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domingo, 5 de junho de 2022

O meio ambiente nosso de cada dia

Hoje é Dia Mundial do Meio ambiente. No meu contexto, aqui no meu lar doce lar, preserva-se muito tudo isso, desde o solo, gramíneas, plantas ornamentais, até fruteiras e arbustos, como também pequenos seres vivos, pássaros que vêm e vão e até alguns indivíduos mais diferentes, que nos visitam de vez em quando.

















sábado, 7 de agosto de 2021

Uma casa bem arquitetada

Uma casa, nossa casa. Eis o croqui original, ainda em papel manteiga, pintado a aquarela, representando a nossa futura casa, que logo em seguida foi projetada e construída pelo nosso pai, Arquiteto José Armando Farias. Um documento permanente, tendo em vista o seu valor histórico e sentimental, que, apesar dos tons envelhecidos devido aos mais de cinquenta anos passados, está sendo preservado pelo meu irmão do meio, engenheiro, que divulgo agora, em função do Dia dos Pais.


Mas, voltando a falar da casa, nela, vivemos muitas alegrias. Passamos a ocupá-la em julho de 1968, ainda em construção, eu, mais 4 irmãos, nosso pai e nossa mãe. O mais novo nascera em abril do mesmo ano, ainda na casa alugada, e o mais velho há pouco havia completado 13 anos.

Uma casa diferente, cheia de novidades para a época, a começar pelas colunas, que passavam a ideia de grandes blocos de concreto e na verdade eram armários internos embutidos, que causavam admiração a todos que visitavam e tinham a ideia de uma fortaleza. 

Acima do terraço, sustentada por esses blocos, uma laje aparente permitia a subida pela janela do quarto dos meninos. O mais velho, já rapazinho, explorava ao máximo esse recurso e até subia no telhado para admirar as alturas, coisa de piloto, que virou comandante de voos internacionais.

Dessa laje escoavam as águas das chuvas que enchiam a bica exagerada situada na frente da casa, que se tornava comunitária pela ausência de muro na frente. Em dias de chuvas tomávamos banho de bica, mas antes de enfrentar a água fria da chuva, um leve gole de licor de menta, liberado pelo nosso pai. Juntava-se a nós nesse brincadeira interminável toda a criançada da rua e às vezes, alguém que por ali passava, tudo na Santa Paz.

A frente da casa era toda em piso artesanal feito a mão com a colher de pedreiro pelo Sr. Edilson, mestre de obra e verdadeiro artesão da construção, que também sentou de forma primorosa e perfeita os cobogós que separavam o terraço. A ideia, é claro que foi do pai arquiteto.




A área externa lateral toda ladeada de vigas, pronta para receber um segundo andar, era o grande playground, com mosaico recortado criando canteiros irregulares, cobertos de jibóia, cheio de flores e pés de romãs, tudo muito cuidado pela nossa mãe, jardineira de jardim, de filhos que floresceram para o bem, e de poesias germinadas e regadas até hoje.


Era na área coberta desse espaço, no terraço, abaixo da laje já falada, que minha irmã, bailarina na época, lia e relia clássicos da literatura, assim como romances água com açúcar, podendo o mundo se acabar que nada a fazia despregar o olho da leitura. Mais tarde, quem foi lidar mais de perto com leitura, bibliotecas, escrita e tudo mais que advém dos livros foi essa bibliotecária que faz este registro agora.

E também era nessa área coberta e descoberta, que o novinho, eu e meu "irmão gêmeo" (só na vontade), brincávamos de velocípede e bicicleta. 




Mais adiante, no terraço coberto, uma mesa oficial de ping pong fora presente de Natal, se instalando para promover campeonatos com os amigos da vizinhança.

Saindo desse espaço, eis que surge o quintal, guardado pelo cão Duque, que toda noite ganhava um refresco de água gelada com açúcar do nosso pai. O quintal era cheio de fruteiras - graviola, siriguela, cajarana, goiaba, banana curuda, que atraiam muitas espécies de aves, pardais aos montes, bem-te-vis alegres, beija-fores faceiros, sanhaços verdes e azuis e até um paturi, que chegou do nada e desapareceu entre a floresta de bananeiras. Ainda no quintal, um local escondido para guardar os utensílios de jardim, tão discreto que era chamado de "esconderijo" e um pouco mais abaixo, em um declive acentuado, uma pequena nascente de água, em que se via pequenas espécies do tipo cara e pitu.



Todo esse espaço, mais adiante, se tornara a Escolinha O Cogumelo, comandada pela nossa mãe, que tanto contribuiu com a educação de crianças de 2 a 5 anos. Hoje, em um dos espaços, onde já fora a garagem e a escolinha, encontra-se instalado o Memorial Arquiteto José Armando Farias, sob a responsabilidade do nosso irmão caçula, aquele que era novinho quando nos mudamos, historiador e contador de histórias de família.

Dentro de casa, ligando os dois andares, do corredor superior à área de serviço, um cano PVC embutido na parede, servia de comunicação entre a minha mãe e a encarregada dos serviços domésticos, mas na verdade também servia de muita brincadeira, dávamos susto nos amigos que visitavam a casa. 

A escada que leva ao segundo andar, mais parece uma escada medieval, de uma torre de contos de fadas ou de um farol encantado, com direito a correntes e fresta para entrar os raios do sol poente. É claro que os espaços formados pelos recortes da escada eram sugestivamente aproveitados.

Nos quartos de dormir, as camas com base em concreto e uma laje em balanço acentuado, era o charme para receber os colchões de espuma.

Os corredores do andar superior e do térreo, ligavam a frente da casa aos fundos, tinham o piso em taco devidamente encerado com cera e enceradeira. No janelão do corredor de cima, certa vez, entrou um pássaro noturno, que ficou batendo asas até achar a saída e ser libertado. Já no andar de baixo, corria-se, patinava-se e andava-se de bicicleta, mas não depois de encerado.

A grande sala de visitas, mais adiante, depois da ida aos céus do nosso pai, tornou-se local de barras, espelhos, radiolas e caixas de sons, onde a minha irmã bailarina, que se tornara uma educadora psicopedagoga, ensinava os primeiros passos da dança, impregnando todo o ambiente com a boa música clássica e trazendo valores para completar a renda da família.

Tudo isso e muito mais faz parte de um passado maravilhoso, vivido nessa casa bem arquitetada, concebida para nos fazer felizes, que resiste até os dias de hoje, tendo já recebido os netos e agora mais recente, os bisnetos de nossa mãe. Ela, que aos 91 anos, carrega um arsenal de memórias e feitos, tanto na nossa educação como na sua história de vida pessoal e profissional, e nosso irmão caçula, o historiador, quem admiro e acompanho, são  os guardiões dessa casa bem arquitetada. 

Uma casa, uma história, muitas vidas e lembranças boas.

As fotos foram reproduzidas pelo primogênito, a partir de slides originais feitos pelo nosso pai.

sábado, 27 de março de 2021

Flor do Deserto resiste às chuvas

Mesmo em contexto de muita chuva, a flor do deserto que gosta de sol forte e quase nada de água, porque já tem seu próprio reservatório no tronco, resiste às chuvas, não desanima, abre em cachos. 

A leitura é: planejamento, resiliência, resistência, foco, missão!

Flor do Deserto

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021

Essência preservada

Diferente das fontes naturais, que esbanjam beleza em meio à natureza com tantos atrativos de biodiversidade que as cercam, esta fonte é artificial, mas também bela dentro do seu contexto, no caso, o meu jardim. 

Observando sua interação com o meio, percebo que essa fonte, mesmo artificial, preserva sua essência, senão, vejamos a leitura que faço:

  • traz o brilho e a translucidez da água; 
  • traz a alegria do movimento da água, sempre se oxigenando;
  • sonoriza o ambiente com o borbulhar constante;
  • democratiza o uso da água, nela bebem e se banham os pássaros;
  • imortaliza-se como um local de busca.



Comparo-a a um biblioteca, que também é  uma fonte, de onde extraímos informação e conhecimento, onde matamos a nossa sede de leitura, onde o som do silêncio possibilita concentração, onde oxigenamos o nosso cérebro, onde buscamos aquilo que ainda não temos para sairmos mais completos.

Uma fonte é sempre uma fonte:
Fonte da vida;
Fonte do amor;
Fonte da leitura;
Fonte do conhecimento.

terça-feira, 14 de janeiro de 2020

Cachos de paz III

Ela cresceu e agora está exuberante. Sempre, no início do ano, os cachos da paz desabrocham, exalando um perfume doce. É a natureza desejando um ano doce para todos. 



segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

Cachos de paz II

Incrivelmente a natureza me presenteia novamente com cachos da paz no início do ano.

Desta vez, cachos de jasmim laranjeira, ou murta, como também é conhecida. A muda ganhei de minha mãe já há algum tempo e veio florir agora nessa entrada de 2018. 











Contexto de natureza divina trazendo a paz por intermédio da leitura das flores.

Feliz 2018 para todos!

quarta-feira, 12 de julho de 2017

Férias de dois

Férias de dois são férias para quem atua em duas frentes, por isso, tê-las simultaneamente leva esse título. É o meu caso, estou de férias de lá e de cá.

Momento para repousar, colocar as ideias em ordem, conversar mais, ler e escrever com frequência, para se dedicar à família, à casa, à natureza e, de quebra, para viajar.

Por enquanto, só curtindo em casa, entre flores, cambacitas e beija-flores.