Editoras e Livrarias

sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

A Pandemia e o legado arquivístico

Já imaginaram o volume de documentos e informações que a pandemia gerou e vem gerando até hoje? São milhares de documentos físicos e digitais, com valores administrativos, fiscais, legais, técnicos, históricos e sobretudo, científicos. Sabemos que as pesquisas não se encerrarão, ainda falta muito a ser descoberto, até porque surgem novas variantes e situações diferentes do vírus a cada tempo, a busca pela verdade continua, é incessante. 

Cientistas, médicos, instituições de pesquisa e saúde, farmacêuticas,  laboratórios estão mobilizados para essa busca e o resultado aparece nos registros documentais, os quais farão parte do arquivo permanente de cada uma dessas entidades produtoras. É como sempre acontece, cada contribuição vai dando margem para novas descobertas, tanto a partir de confirmações como de refutações. Dessa forma o conhecimento avança e ficamos cada vez mais próximos de um resultado seguro e positivo.

Muitos dados isolados ainda serão trabalhados para que sejam transformados em informação e conhecimento. Se há ainda controvérsias a respeito é exatamente porque a coisa ainda está em curso, ainda é novidade, e por isso está sujeita a alterações de posicionamentos, mas tudo em prol de confirmações e verdades. E é nesse ponto que observamos o método científico, contando com o empirismo de Bacon, o racionalismo de Descartes e o falseamento de Popper.

E como os documentos arquivísticos são o resultado das atividades das pessoas e instituicões de forma cumulativa, teremos todo esse legado carregado dos valores citados acima, para contar a história e avançar na Ciência.

Não é a primeira pandemia do planeta, outras cinco grandes pandemias assolaram a humanidade, peste bubônica, cóleragripe espanholagripe suína, varíola, que causaram muitas mortes. 

Que este segundo ano pandêmico seja o início do fim, para que possamos viver e contemplar a vida com saúde. 

Saúde e paz para todos!

sexta-feira, 24 de dezembro de 2021

Lírio imperial para enfeitar o Natal


O Natal já é belo pela sua essência e natureza. Enfeitamos ainda mais porque queremos enaltecê-lo a nossa maneira. Aqui em casa, além da tradicional lapinha exposta na sala, tudo ficou ainda mais belo e muito perfumado com esses lírios cor de vinho. 


Desejo um Natal abençoado e alegre para todos. Feliz Natal!

domingo, 19 de dezembro de 2021

Coruja já!

Olha só  o que ganhei! Além de uma peça magnífica esculpida na madeira, uma simbologia sem igual. Conhecimento, sabedoria, alerta. 

Eu vou de coruja já!

quinta-feira, 9 de dezembro de 2021

Abutres humanos

Aqueles que se acham acima de tudo e de todos, acima até da lei, que não primam pela integridade e honestidade, continuam roubando e sendo corruptos, com o mesmo discurso e ações prejudicando a tudo e a todos, são desprezíveis, fazendo a leitura, são verdadeiros abutres humanos, alimentam-se de podridão, vomitam podridão e vivem na podridão.

Infelizmente, hoje temos esse contexto de corrupção aqui no nosso Brasil. Que neste Dia Internacional Contra a Corrupção possamos pensar mais nessa questão e dar a resposta a esses seres desprezíveis nas próximas eleições.


E preciso até me desculpar junto a essa ave, o abutre, que tem hábitos necrófagos e apenas segue o seu instinto, contribuindo de forma inestimável junto à natureza, uma vez que faz uma limpeza daquilo que está em estado de putrefação, controlando a disseminação de doenças por essa condição.

domingo, 5 de dezembro de 2021

L.E.M.A fechamento com chave de ouro

Último dos encontros L.E.M.A do Grupo Mrh, Programa de Desenvolvimento de Líderes (PDL), desta vez, além de toda a receptividade carinhosamente pensada, inclusive com a participação física dos colegas das filiais de outros Estados, tivemos a surpresa de que iríamos construir o PDL do próximo ano, um fechamento com chave de ouro.

Muitas atividades a quatro mãos a partir do método da investigação apreciativa,  conduzida por Bianca Rocha SBPP, resultando em conteúdo valiosíssimo, que será ainda ajustado em formato para execução em 2022. 

E as frases que peguei da fala de Bianca foram:

  • "Liderança não é posição, é posicionamento";
  • "Focar no possível";
  • "O que está dando certo não deve ser mudado, e sim ser mais explorado". 

Ao final das atividades, recebemos um mimo enaltecendo a importância da água em nossas vidas, linkando com a temática do segundo encontro.

Além do delicioso coffee break, um almoço na Oie Confeitaria, show!!!







domingo, 28 de novembro de 2021

A "Poeira dos arquivos" citada por Euclides da Cunha

Estou aqui imaginando como será o futuro sem documentos empoeirados, que trazem a marca do tempo, aqueles com o amarelecimento das páginas, com os vestígios de invasores microscópicos que se deliciam com o papel. Sim, porque teremos tudo digital em bits e bytes, tudo na nuvem e esse formato não permite essas marcas, talvez o reconheçamos como "empoeirado" apenas por conta da obsolescência do suporte e da tecnologia.

Não é saudosismo, é apenas uma constatação  sabendo que essa é a tendência da realidade e que talvez tenhamos apenas o legado já constituído dessa era do papel, claro, se preservado com os devidos cuidados, porque o mundo hoje já é digital. Se é digital, seu legado para o futuro também será digital, privando-nos da "poeira dos arquivos" de que falo adiante.

Em Diário de uma expedição, escritos que deram origem à obra Os Sertões, Euclides da Cunha ressalta a sensação dessa experiência, de lidar com registros históricos preciosos, para fazer descobertas sobre os fatos.
"A poeira dos arquivos de que muita gente fala sem nunca a ter visto ou sentido, surgindo tenuíssima de páginas que se esfarelam ainda quando delicadamente folheadas, esta poeira clássica — adjetivemos com firmeza — que cai sobre tenazes investigadores ao investirem contra as longas veredas do passado, levanto-a diariamente. E não tem sido improfícuo o esforço.“ (Euclides da Cunha, 21 de agosto de 1897, Canudos: diário de uma expedição)


Euclides da Cunha, enquanto correspondente do  Jornal O Estado de São Paulo, fez viagens à Bahia para entender o desenrolar das atividades de Canudos sob a égide de Antônio Conselheiro, até a tragédia final. Os documentos de arquivo foram fundamentais para elucidar os fatos até então não conhecidos, e como vimos culminou na grande obra histórico literária.

CUNHA, Euclides da. Canudos: diário de uma expedição. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.

sábado, 20 de novembro de 2021

Mais L. E. M. A

Desenvolvimento profissional ´deve ser uma constante. Mais um encontro L.E.M.A, desta vez sobre o líder mentor, aquele que, além de liderar, chega junto, apoia e auxilia o desenvolvimento do mentorado, compartilhando sua experiência, trocando ideias, conduzindo-o ao cumprimento de um objetivo.


E é claro que não podia deixar de ter um mimo, desta vez, um frasco encantado, cheio de lavanda, para relaxar o corpo e combater o cansaço excessivo.



sexta-feira, 19 de novembro de 2021

Nossa bandeira

Linda, forte e magnífica, essa é a nossa bandeira. Honrá-la sempre é dever de todo brasileiro. Mesmo em contexto de bipolaridade, não cabe deixá-la para trás, afinal ela é o símbolo máximo do país.

Fazendo a leitura da inscrição positivista, podemos ainda afirmar que jamais teremos progresso se não tivermos ordem. Hoje está difícil avançar, porque há várias frentes querendo a desordem.

Que o dia seja abençoado pelo Deus Brasileiro que há em cada um de nós, independente de ideologia.




quinta-feira, 11 de novembro de 2021

Qualidade? Só se for sempre!

Qualidade? Só se for sempre e, pois ter e deixar de ter é decepcionante, e completando o título, é uma questão de gestão. 

Gerir um sistema de gestão da qualidade em uma empresa é complexo e sistêmico, mas, como se diz no popular, quando a coisa está no sangue, flui naturalmente. 

O resultado é uma conexão intensa, com tudo interligado a todos, e óbvio, com o provimento, aval e envolvimento total da direção.

Dessa forma o sistema se mantém girando o PDCA, sendo renovado e recertificado a cada ano. Digo isso por experiência própria na Mrh Arquivos.

Hoje, Dia Mundial da Qualidade, quero enaltecer esse viés da Administração tão importante para as partes interessadas ou seja,  os stakeholders: diretoria, acionistas, investidores, colaboradores, fornecedores e parceiros.

O olhar com a lupa ajuda a enxergar minúcias, que podem não estar bem trabalhadas e comprometer todo o processo.


domingo, 7 de novembro de 2021

Biblioteconomia e bibliotecário é isso e muito mais

Encontrei esse folder do CFB - Conselho Federal de Biblioteconomia nas minhas gavetas e achei por bem compartilhar nesse espaço de leitura e contexto. 

Chamo a atenção para a frase central: "O bibliotecário lida com qualquer tipo de informação em todas as áreas do mercado." Portanto, há espaço para todos, a profissão é promissora, é só sair do quadrado e ir à luta. 

UX, Data Science, BI e tantas outras frentes de trabalho que se abrem na atualidade são campos férteis para atuação do bibliotecário.

 




terça-feira, 2 de novembro de 2021

Nova vida de onde menos se espera

As maravilhas da natureza são divinas. O que faz uma erva daninha qualquer nascer em um vaso de uma palmeira Ráfia (Raphis) e ainda colocar uma flor belíssima? São coisas do Senhor do universo. 

Um pequeno pássaro deve ter trazido em seu pequeno bico uma pequena semente e a depositou nesse pequeno espaço disponível, mas ela floresceu com tamanha grandeza, robustez e vivacidade, chamando a atenção de todos.


Realmente, de onde menos se espera, há uma nova vida. Neste Finados desejo a todos os nossos entes queridos que já partiram, que floresçam na Paz do Senhor, porque, com certeza, estão todos em um novo contexto, no esplendor de uma nova vida.

segunda-feira, 1 de novembro de 2021

Livro que é emprestado não volta, comprovado!

A História do livro em cinco mil palavras, de Hipólito Escolar, bibliotecário e escritor espanhol, foi um dos livros que comprei ainda estudante de Biblioteconomia da UFC. Tinha ele guardado até os idos dos anos 90, mas, tive a bondade de emprestá-lo para alguém que ia fazer um concurso, e até então, não o recebi de volta. 

Eis que a Estante virtual me dá a oportunidade de tê-lo novamente, vi, não hesitei e comprei.


E buscando na internet conselhos e pensamentos sobre o assunto "emprestar livros", me deparo com esses de algumas personalidades que, de pronto, selecionei.

Nunca empreste livros, pois nunca vão devolvê-los. Todos os livros que tenho em minha biblioteca são livros que outras pessoas me emprestaram. Anatole France

Burro é quem empresta um livro, mais burro ainda é quem devolve. Carlos Drummond de Andrade 

No Brasil não se podem emprestar livros: os que os recebem, consideram-nos dados e não emprestados. Marquês de Maricá

sexta-feira, 29 de outubro de 2021

Livro, sempre livro



Livro é: Liberdade de vida; Informação com liberdade; Vida de riqueza; Riqueza de oportunidade; Oportunidade de informação...






quinta-feira, 28 de outubro de 2021

Biblioteca Nacional, patrimônio do Brasil

Hoje, Dia Nacional do Livro, é a data oficial da inauguração da Biblioteca Nacional, aliás, a comemoração é por conta desse evento, ocorrido em 1810. São mais de 200 anos de memória, história, e patrimônio.

Os bens culturais estão incluídos na Declaração dos Direitos Humanos, como tal, por isso, salvaguardá-los é dever de cada nação, conforme artigo 27: 

1. Todo ser humano tem o direito de participar livremente da vida cultural da comunidade, de fruir as artes e de participar do progresso científico e de seus benefícios.

2. Todo ser humano tem direito à proteção dos interesses morais e materiais decorrentes de qualquer produção científica literária ou artística da qual seja autor.

Aprecie a fachada, entre e se depare com toda essa maravilha de encher os olhos, a mente e o coração!





ONU. Assembleia Geral das Nações Unidas. 1948. Declaração dos direitos humanos. Disponível em: https://www.unicef.org/brazil/declaracao-universal-dos-direitos-humanos. Acesso em: 28 Out. 2021.

sábado, 23 de outubro de 2021

Outro dia de L.E.M.A

Outro dia de L.E.M.A, desta vez na Praia de Iracema ao ar livre, conectando experiências sensoriais do local de lazer com o local do trabalho, fazendo os líderes do Grupo Mrh pensar, refletir e buscar equilíbrio e melhoria contínua.

Foto autorizada por todos do grupo

A ordem é L.E.M.A!

Liderança!
Engajamento!
Motivação!
Autonomia!

Essas são as minhas forças de caráter: criatividade, integridade, amor ao aprendizado, perseverança e perspectiva.



terça-feira, 12 de outubro de 2021

Leitura: um grande passo para a compreensão do mundo

Sabemos que toda tarefa que é obrigada a ser feita, sem que se apresente um atrativo, uma motivação, um ganho, é algo enfadonho, cansativo e não cativante de ser realizado. Trazendo esse senso comum para o contexto de leitura, podemos dizer que toda leitura espontânea é mais atrativa, tem mais ganho de realidade, de crítica e reflexão e ainda mais  pode ser divertida, claro, dependendo do gênero literário do texto.

Na fala de Bamberger (2000) a formação de jovens leitores se dá quando a leitura apresentada é adequada, para que não se limite a desenvolver apenas o hábito de ler, mas também desenvolva o interesse pelo seu conteúdo, a fim de ampliar saberes e entender o mundo. E quando essa leitura é de interesse do jovem, quando a escolha é espontânea, os resultados são ainda melhores.

Tomando Luckesi et al (1991, p. 136) para completar Bamberger (2000), temos que "o texto é tão-somente um instrumento intermediário. Ele mediatiza leitor e mundo. Ele serve de intermediário elucidativo entre leitor e realidade." E vai mais além, afirmando que "caso isso não ocorra, a leitura será somente uma forma mecânica ou semimecânica de identificar símbolos sem que eles façam sentido como instrumento de compreensão da realidade." Portanto, cabe ao leitor fazer escolhas que lhes interessem para que essa interação ocorra.
 
O processo de compreensão da realidade por intermédio da leitura toca crianças, jovens e adultos. A criança de hoje que não lê pode ser um jovem alienado da realidade em que vive e, por consequência um profissional com dificuldade de se estabelecer no mercado. 

A dificuldade em aprender e em crescer profissionalmente é potencializada pela falta de leitura, que leva a uma dificuldade maior na escrita, na preparação de apresentações consistentes e o desenvolvimento de competências (AQUINO, 2007, p. 92).



AQUINO, Carlos Tasso Eira de. Como aprender: andragogia e as habilidades de aprendizagem. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007. 

BAMBERGER, Richard. Como incentivar o hábito de leitura. São Paulo: Ática, 2000. 

LUCKESI, Cipriano, et al. Fazer universidade: uma proposta metodológica. 6. ed. São Paulo: Cortez, 1991. 

Dia da Criança com Toy Story

Direto do Facebook Nerd Fantasy, essa maravilha de registro, para marcar o retorno às aulas depois de meses de confinamento. Como diz no registro, realmente é a melhor foto de volta às aulas. Mães que já assistiram aos filmes, que participaram dessa saga, que tiveram que comprar os bonecos, que passaram o isolamento social com seus filhos em casa, enfrentando o novo formato de estudo e tendo que se virar com brincadeiras em casa, entendem perfeitamente e são afagadas carinhosamente por esses pequenos personagens.

Para esse registro imagético, não era necessária a legenda, a imagem é por demais significativa.



sexta-feira, 1 de outubro de 2021

O Lema é L. E. M. A

Primeiro encontro do Programa de Desenvolvimento de Líderes da Mrh com o lema L.E.M.A:

  • Liderança;
  • Engajamento;
  • Motivação;
  • Autonomia.
Todos unidos em um único propósito, definir as forças de assinatura, para que sejam melhor utilizadas em prol da empresa e de todos. O efeito em cascata que se inicia com a direção, passando pelos líderes, chegando a todos os colaboradores, proporciona o desenvolvimento holístico.


O conceito "Forças de caráter" (forças de assinatura) é da Psicologia Positiva e foi estudado e desvendado por Ryan Niemiec, tornando-o algo possível de ser colocado em prática. Utilizamos o questionário do Instituo VIA, que define e avalia 24 forças responsáveis que direcionam o comportamento das pessoas e fluem com maior ou menor evidência, conforme o contexto e as circunstâncias. Além do questionário, toda a didática e expertise da MRH, responsável pela idealização do programa L.E.M.A., e da parceira DAAD, agigantaram o evento.

As minhas forças de assinatura já conheço e refletem de fato a minha essência e o meu propósito: criatividade, integridade, amor ao aprendizado, persistência e perspectiva. Assim como eu, todos do grupo também já conhecem as suas e estamos preparados para a próxima etapa.

Todos de azul, tudo azul!
Foto autorizada por todos do grupo

quinta-feira, 30 de setembro de 2021

Já fui secretária

Já fui secretária quando trabalhava no Banco Estado do Ceará, nos idos anos 80, oportunidade em que aprendi coisas novas, que até então não tinha enfrentado. Etiqueta, comunicação oral e escrita, normas internas e arquivo, sim, foi o meu primeiro contato efetivo com os arquivos, coisa que perdura até hoje.

Fui secretaria de uma grande gestora (IMMO), que muito me ensinou, e quem admiro até hoje. Com certeza, no lugar em que ela se encontra agora, busca dar o seu melhor, planejando, reestruturando e organizando, na dimensão superior.

E ser secretária é algo grandioso, porque você domina todo o espaço, o tempo e as coisas, organizando administrando, colocando tudo nos devidos lugares e à disposição da administração, em tempo hábil, para que as rotinas fluam sem solução de continuidade.

Com esse post resgatei um período da minha vida profissional, que foi um trampolim para novas conquistas, ao tempo em que homenageio todas as secretárias.

domingo, 26 de setembro de 2021

A Pontuação dos arquivos

Já sabemos que arquivos são pontuais em solucionar questõesArquivos são provas documentais que podem se referir a uma contratação, um fechamento de negócio, um pagamento efetuado, um acontecimento, um crédito liberado, um compromisso assumido ou quaisquer fatos que ocorram em função do desenvolvimento de atividades e funções de uma pessoa, empresa, instituição ou governo. Com isso, concluímos que arquivos pontuam de forma positiva, pois elucidam e comprovam fatos, além de corroborar com a história.

Além desses dois aspectos de pontuação, neste post quero utilizar os sinais de pontuação da nossa gramática, para fazer um paralelo com os arquivos. É uma forma lúdica de considerá-los, envolvendo a teoria arquivística.


Tomando, portanto, cada um deles, vamos tecer alguns comentários a respeito, de acordo com a ordem da ilustração acima:
  • exclamaçãoporque os sentimentos de surpresa, admiração, ordem, espanto, susto do dia a dia, dependem do contexto, tal como ocorre com os documentos de arquivos. Organicidade: "Relação natural entre documentos de um arquivo em decorrência das atividades da entidade produtora" (AN, 2005, p. 127);
  • interrogação, porque sempre estamos pesquisando, buscando algo, perguntando, tirando dúvidas em relação à informação arquivística desejada. Indexação: "Processo pelo qual documentos ou informações são representados por termos, palavras- chave ou descritores, propiciando a recuperação da informação" (AN, 2005, p. 107);
  • ponto final: porque da mesma forma que se encerra uma frase em um texto, se encerra um fundo arquivístico. Fundo fechado: "Fundo que não recebe acréscimos de documentos em função de a entidade produtora não se encontrar mais em atividade" (AN, 2005, p. 98);
  • reticências, porque os arquivos se perpetuam junto às gerações vindouras. Arquivo permanente: "Conjunto de documentos preservados em caráter definitivo em função de seu valor" (AN, p. 34);
  • dois pontos, porque temos sempre algo a especificar em um fundo arquivístico. Descrição: "Conjunto de procedimentos que leva em conta os elementos formais e de conteúdo dos documentos para elaboração de instrumentos de pesquisa" (AN, 2005, p. 67);
  • ponto e vírgula e vírgula, porque sempre tem algum documento de arquivo que pode complementar o outro. Apenso: "Documento ou processo juntado a processo sem, contudo, passar a integrá-lo" (AN, 2005, p. 24);
  • aspas e travessão, porque é dos arquivos que afloram os recortes, os fatos, as falas, que precisam de aspas para garantir a autoria e travessão para "ouví-las", garantindo, assim, a procedência da fonte. Proveniência"Termo que serve para indicar a entidade coletiva, pessoa ou família produtora de arquivo" (AN, 2005, p. 140);
  • parênteses, porque sempre precisamos explicar algo de forma mais detalhada, tal como ocorre nos arquivos, que contribuem fazendo aditamento a um documento para esclarecimentos. Aditamento: "Informação acrescentada a um documento para alterá-lo, explicando ou corrigindo seu conteúdo" (AN, 2005, p. 21).

ARQUIVO NACIONAL (Brasil). Dicionário brasileiro de terminologia arquivística. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2005. Publicações Técnicas, 51. Disponível em: http://www.arquivonacional.gov.br/images/pdf/Dicion_Term_Arquiv.pdf. Acesso em: 26 set. 2021.

quarta-feira, 22 de setembro de 2021

Simples, mas significativas

Com o niver de 2021, entrei na versão 6.2, uma nova caminhada, regada a lembranças carinhosas da data, simples, mas significativas.



sábado, 18 de setembro de 2021

Um bom livro

Completando...

E aflora em momentos oportunos, se perpetuando nas nossas ações.

sábado, 11 de setembro de 2021

Escolhendo leitura

Na minha pequena estante, já se vão mais de 200 livros, e na hora da escolha, aquela indecisão, este ou aquele?

É que compramos livros e muitas vezes eles não são lidos de pronto. Enfeitam e recheiam as prateleiras, permanecendo à disposição para leitura. Muitos deles passam mais tempo do que deviam, mas sempre chega a hora certa de serem lidos, é que há toda uma preparação e contextualização para se iniciar uma leitura, mesmo que seja por impulso. 

Ocorre também de alguns depois de lidos serem destinados a uma biblioteca ou a algum projeto de livro livre como doação.

O importante é ter sempre algo para ler seja presente na estante física, seja um e-book ou algo na rede.

quinta-feira, 9 de setembro de 2021

Minhas aquisições da Editora Karuá

Em tarde de visita à Editora Karuá das amigas Rejane e Isabelle, para acertar detalhes da publicação de minha mãe, aproveitei para adquirir três excelentes publicações da casa, todas já com destino certo, serão presenteadas.




Na conversa pude ver o projeto do livro de minha mãe, Poesia do meu jeito, tomando forma, se concretizando.  Foram anos para chegar até aqui, reunindo, selecionando, organizando tudo a partir de rascunhos, pedacinhos de papel, anotações, avulsas, enfim, alfarrábios poéticos de toda sorte,  que ganham forma para serem registrados para sempre, com a qualidade da Editora Karuá. 


domingo, 5 de setembro de 2021

Nova jornada de educação continuada

É sempre bom voltarmos aos bancos acadêmicos, educação continuada é fator indispensável para se manter no mercado, principalmente nesse cenário de novo normal. 

Agora, a quarta especialização, MBA em Gestão da informação, do conhecimento e novas tecnologias, é a bola da vez. Inicio junto à Faculdade Novoeste, um desafio, tanto pela temática, como pelo formato online, mas a motivação pelo que é novo e diferente é fator para ir em frente, sem medo de ser feliz.



Irmãos são arquivos permanentes

O conceito de arquivo permanente segundo o Dicionário de terminologia arquivística do Arquivo Nacional é:

Conjunto de documentos preservados em caráter definitivo em função de seu valor. Também chamado arquivo histórico.

O que são os irmãos, então, diante desse conceito? Podemos chamá-los de arquivos permanentes?

Fazendo uma analogia desse conceito com os irmãos, ao considerar todo o contexto histórico de vivências em comum, tudo registrado em pensamentos, fotos, gravações, filmes e demais possibilidades de memórias em diferentes suportes, penso que de uma forma simbólica podemos considerá-los arquivos permanentes.

Irmãos são amigos fraternos que não escolhemos, simplesmente são entregues decorrentes da união dos nossos pais. Amigos podemos escolher, são passageiros, podem até durar muito, mas não são eternos, já os irmãos não, são eternos, por isso arquivos permanentes.

E aqui deixo para a eternidade o registro  dessa amizade permanente que temos uns com os outros, eu e meus irmãos.


domingo, 29 de agosto de 2021

Documento eletrônico e documento digital, afinal, qual é a diferença?

Documento eletrônico e documento digital, já fez confusão com esses dois conceitos? É normal, por vezes passam despercebidos e achamos se tratarem da mesma coisa. Consultando o Dicionário brasileiro de terminologia arquivística, podemos esclarecer a respeito.

Documento digital: Documento codificado em dígitos binários, acessível por meio de sistema computacional. 
Documento eletrônico: Gênero documental integrado por documentos em meio eletrônico ou somente acessíveis por equipamentos eletrônicos, como cartões perfurados, disquetes e documentos digitais.
Portanto, podemos concluir que todo documento digital é eletrônico, mas nem todo documento eletrônico é digital.

 

BRASIL. ARQUIVO NACIONAL. Dicionário brasileiro de terminologia arquivística. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2005. Disponível em: <http://www.arquivonacional.gov.br/images/pdf/Dicion_Term_Arquiv.pdf>. Acesso em: 29 ago. 2021.

sábado, 28 de agosto de 2021

14a. Turma capacitada

É isso! Chegamos neste ano à décima quarta turma do Curso de Noções de Arquivo da Mrh, cumprindo a matriz de competências do sistema da qualidade.

Desta vez, além dos recém admitidos, incluímos colaboradores veteranos, que optaram em reciclar conhecimentos.

Muitas dúvidas e curiosidades foram esclarecidas, e isso é muito bom, denota motivação, envolvimento e engajmento, fatores essenciais para obtermos uma equipe eficiente.

Fico satisfeita em poder contribuir, sabendo que novos talentos surgirão e os já existentes se aperfeicoarão.

Foto de Ana Luiza, autorizada pelos participantes.

sexta-feira, 20 de agosto de 2021

Retorno presencial, já era tempo

Demorou, mas o dia está chegando. Na segunda-feira, 23/08, voltando a atender na Biblioteca da Faculdade CDL. Que seja um retorno abençoado!






sábado, 7 de agosto de 2021

Uma casa bem arquitetada

Uma casa, nossa casa. Eis o croqui original, ainda em papel manteiga, pintado a aquarela, representando a nossa futura casa, que logo em seguida foi projetada e construída pelo nosso pai, Arquiteto José Armando Farias. Um documento permanente, tendo em vista o seu valor histórico e sentimental, que, apesar dos tons envelhecidos devido aos mais de cinquenta anos passados, está sendo preservado pelo meu irmão do meio, engenheiro, que divulgo agora, em função do Dia dos Pais.


Mas, voltando a falar da casa, nela, vivemos muitas alegrias. Passamos a ocupá-la em julho de 1968, ainda em construção, eu, mais 4 irmãos, nosso pai e nossa mãe. O mais novo nascera em abril do mesmo ano, ainda na casa alugada, e o mais velho há pouco havia completado 13 anos.

Uma casa diferente, cheia de novidades para a época, a começar pelas colunas, que passavam a ideia de grandes blocos de concreto e na verdade eram armários internos embutidos, que causavam admiração a todos que visitavam e tinham a ideia de uma fortaleza. 

Acima do terraço, sustentada por esses blocos, uma laje aparente permitia a subida pela janela do quarto dos meninos. O mais velho, já rapazinho, explorava ao máximo esse recurso e até subia no telhado para admirar as alturas, coisa de piloto, que virou comandante de voos internacionais.

Dessa laje escoavam as águas das chuvas que enchiam a bica exagerada situada na frente da casa, que se tornava comunitária pela ausência de muro na frente. Em dias de chuvas tomávamos banho de bica, mas antes de enfrentar a água fria da chuva, um leve gole de licor de menta, liberado pelo nosso pai. Juntava-se a nós nesse brincadeira interminável toda a criançada da rua e às vezes, alguém que por ali passava, tudo na Santa Paz.

A frente da casa era toda em piso artesanal feito a mão com a colher de pedreiro pelo Sr. Edilson, mestre de obra e verdadeiro artesão da construção, que também sentou de forma primorosa e perfeita os cobogós que separavam o terraço. A ideia, é claro que foi do pai arquiteto.




A área externa lateral toda ladeada de vigas, pronta para receber um segundo andar, era o grande playground, com mosaico recortado criando canteiros irregulares, cobertos de jibóia, cheio de flores e pés de romãs, tudo muito cuidado pela nossa mãe, jardineira de jardim, de filhos que floresceram para o bem, e de poesias germinadas e regadas até hoje.


Era na área coberta desse espaço, no terraço, abaixo da laje já falada, que minha irmã, bailarina na época, lia e relia clássicos da literatura, assim como romances água com açúcar, podendo o mundo se acabar que nada a fazia despregar o olho da leitura. Mais tarde, quem foi lidar mais de perto com leitura, bibliotecas, escrita e tudo mais que advém dos livros foi essa bibliotecária que faz este registro agora.

E também era nessa área coberta e descoberta, que o novinho, eu e meu "irmão gêmeo" (só na vontade), brincávamos de velocípede e bicicleta. 




Mais adiante, no terraço coberto, uma mesa oficial de ping pong fora presente de Natal, se instalando para promover campeonatos com os amigos da vizinhança.

Saindo desse espaço, eis que surge o quintal, guardado pelo cão Duque, que toda noite ganhava um refresco de água gelada com açúcar do nosso pai. O quintal era cheio de fruteiras - graviola, siriguela, cajarana, goiaba, banana curuda, que atraiam muitas espécies de aves, pardais aos montes, bem-te-vis alegres, beija-fores faceiros, sanhaços verdes e azuis e até um paturi, que chegou do nada e desapareceu entre a floresta de bananeiras. Ainda no quintal, um local escondido para guardar os utensílios de jardim, tão discreto que era chamado de "esconderijo" e um pouco mais abaixo, em um declive acentuado, uma pequena nascente de água, em que se via pequenas espécies do tipo cara e pitu.



Todo esse espaço, mais adiante, se tornara a Escolinha O Cogumelo, comandada pela nossa mãe, que tanto contribuiu com a educação de crianças de 2 a 5 anos. Hoje, em um dos espaços, onde já fora a garagem e a escolinha, encontra-se instalado o Memorial Arquiteto José Armando Farias, sob a responsabilidade do nosso irmão caçula, aquele que era novinho quando nos mudamos, historiador e contador de histórias de família.

Dentro de casa, ligando os dois andares, do corredor superior à área de serviço, um cano PVC embutido na parede, servia de comunicação entre a minha mãe e a encarregada dos serviços domésticos, mas na verdade também servia de muita brincadeira, dávamos susto nos amigos que visitavam a casa. 

A escada que leva ao segundo andar, mais parece uma escada medieval, de uma torre de contos de fadas ou de um farol encantado, com direito a correntes e fresta para entrar os raios do sol poente. É claro que os espaços formados pelos recortes da escada eram sugestivamente aproveitados.

Nos quartos de dormir, as camas com base em concreto e uma laje em balanço acentuado, era o charme para receber os colchões de espuma.

Os corredores do andar superior e do térreo, ligavam a frente da casa aos fundos, tinham o piso em taco devidamente encerado com cera e enceradeira. No janelão do corredor de cima, certa vez, entrou um pássaro noturno, que ficou batendo asas até achar a saída e ser libertado. Já no andar de baixo, corria-se, patinava-se e andava-se de bicicleta, mas não depois de encerado.

A grande sala de visitas, mais adiante, depois da ida aos céus do nosso pai, tornou-se local de barras, espelhos, radiolas e caixas de sons, onde a minha irmã bailarina, que se tornara uma educadora psicopedagoga, ensinava os primeiros passos da dança, impregnando todo o ambiente com a boa música clássica e trazendo valores para completar a renda da família.

Tudo isso e muito mais faz parte de um passado maravilhoso, vivido nessa casa bem arquitetada, concebida para nos fazer felizes, que resiste até os dias de hoje, tendo já recebido os netos e agora mais recente, os bisnetos de nossa mãe. Ela, que aos 91 anos, carrega um arsenal de memórias e feitos, tanto na nossa educação como na sua história de vida pessoal e profissional, e nosso irmão caçula, o historiador, quem admiro e acompanho, são  os guardiões dessa casa bem arquitetada. 

Uma casa, uma história, muitas vidas e lembranças boas.

As fotos foram reproduzidas pelo primogênito, a partir de slides originais feitos pelo nosso pai.