Mata-borrão, ou melhor, porta mata-borrão, o nome já diz tudo, mas, explicando melhor, era uma peça que não podia faltar nos escritórios, na secretaria e também para quem escrevia cartas, contratos, tratados, enfim, qualquer escrito usando a caneta-tinteiro ou bico de pena.
Essa peça era um suporte de madeira ou metal com o papel absorvente por excelência (papel mata-borrão), fixado na sua base/superfície para absorver o excesso de tinta deixado pelas canetas da época. Pressionava-se o suporte sobre o texto escrito para absorver a tinta, evitando-se borrões no papel. Seu sistema oval permitia fácil aplicação. Também era utilizado para absorver tinta em excesso de carimbos e sinetes.
A leitura que faço, conforme o contexto, é de alta tecnologia para a solução de um problema presente no dia a dia das pessoas da época.
O papel foi inventado na Inglaterra no século XV, seu uso no porta mata-borrão estendeu-se até surgir a caneta esferográfica, ou seja, até a primeira metade do século XX. Antes dele eram usadas cinzas e até areia para secar o excesso de tinta.
Porta mata-borrão herança da minha mãe, família Lucena de Oliveira Cavalcanti.
Atualmente, o papel do tipo mata-borrão é muito utilizado para remover da superfície o excesso de líquidos, tais como tinta, óleo e água. Usado na microscopia em laboratórios de vários segmentos para remover líquidos de lâminas, na restauração de objetos e de produtos têxteis e, sobretudo para secar documentos atingidos pela água, preservando-se, assim, registros arquivísticos para a posteridade.
O papel é feito de uma pasta química com fibras de celulose/algodão sem colagem, exatamente porque a colagem interna diminui a capacidade de absorção da água e de outros fluidos.
Abaixo, apresento algumas imagens de peças antigas disponíveis na internet, todas comercializadas em leilões.
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