Livrarias, bibliotecas e sebos são lugares onde reinam os livros impressos, em idas e vindas eles possibilitam quilômetros de leitura.
Agora vou falar daqueles livros que têm destino certo, ou seja, fazer parte do acervo de uma biblioteca. Geralmente são adquiridos conforme os objetivos da biblioteca ou da instituição a que pertencem. Podem ser para atender a disciplinas ou pesquisas específicas, demandas de usuários do dia a dia ou para ampliação do acervo. Chegam novinhos, mas com o tempo já denotam a idade ou o tanto de quilômetros rodados, e é assim que deve ser, quanto mais leituras, mais objetivos alcançados. Outros já chegam de segunda mão por doação, mas também são bem-vindos, pois ampliam e diversificam o acervo. Nas bibliotecas são tombados, catalogados e classificados, estão organizados por um sistema de classificação universal, que permite serem localizados facilmente para serem lidos.
Agora resta falar dos sebos, não que são menos importantes, pelo contrário, eles são todas as possibilidades de leituras juntas, até então não possíveis. É no sebo que, mesmo sem uma organização de praxe, encontramos aquela obra que já não mais existe para comprar, é lá que fazemos descobertas raras, é lá que surfamos nos grifos, comentários e autógrafos alheios, fazendo descobertas incríveis, por intermédio da leitura e do contexto. O que leva alguém a iniciar um negócio dessa envergadura com milhares de livros? Quantas pessoas manusearam esses livros? Por que vieram parar no sebo?
Mesmo sendo três ambientes tão diferentes, ora comercial, ora acadêmico, ora organizados e sistematizados, ora não, são lugares de livros, e neles há algo que os une além do livro em si, a conspiração para a leitura, as possibilidades de leitura, os interesses comuns e a vontade de ler.
Independentemente do que existe na internet, dos acessos que podemos fazer virtualmente, nada se compara a permanência física nesses ambientes carregados de conhecimento, de vida, de movimento, de vivências e experiências.
Esta postagem foi inspirada no texto de Alexandre Pitanga, no LinkedIn.