sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Feliz Ano Novo com muita leitura e contexto

Neste fim de Feliz Ano Velho,
Desejo a todos um Feliz Ano Novo, 
Afinal, O Sol é para todos,
Com direito A Hora da estrela.

Que o Ano Novo seja
A Metamorfose que você sempre buscou,
Sem Orgulho e preconceito,
Viva A Vida como ela é.

Não fique Em busca do tempo perdido,
Nem tão pouco busque O Paraíso perdido,
Tire O Coração das trevas
E corra atrás do Admirável mundo novo.

O que é isso Companheiro?
Chega de Cem anos de solidão,
De Crime e castigo,
Saia de À beira do abismo!

Seja você uma Olga, Lolita, Madame Bovary,
Dom Quixote, Dom Juan ou Dom Casmurro,
Não interessa aqui O Nome da Rosa,
Nem o nome de O Príncipe...

Ou ainda se Mulheres apaixonadas,
Ou Homens de poder,
Se passam Mil e uma noites
Ou apenas Cinco minutos...

Se Pássaros feridos,
Se O Vento levou...
Vá ao Morro dos ventos uivantes
E escute o Som da Montanha!

Adeus às armas,
Desarme-se!
Encha-se de Grandes esperanças,
Ame-se e cure sua vida!

Mesmo que a vida seja contraditória ou cheia de dúvidas: 
Guerra e paz,
Anjos e Demônios,
A Cabana - O Castelo...

Muitas duvidas:
Ensaio sobre a cegueiraEnsaio sobre a lucidez,
A Divina comédiaA Comédia humana,
A Insustentável leveza do ser
Ser O Idiota, ou viver um Love story?

Dar A Volta ao mundo em 80 dias,
Ter apenas Uma passagem para a Índia,
Ver a Primavera de Praga,
Ou conhecer o Mar Morto?

Em 1808, 1822, 1984 ou até em 2012 (a profecia maia),
O mundo não acabou!
Grande sertão: veredas e As Cidades e as serras
Continuarão a existir.

Nada de Angústia,
Não chore o Leite derramado,
Em Vidas secas encontra-se a Odisseia,
Para se viver melhor.

Os anos são cheios de Metamorfoses da sobrevivência
Tudo isso compõe o Sagrado território das lembranças.
Juntando e desmanchando,
A vida é uma Poesia do meu jeito.

Se o contexto depende da leitura que se faz,
Ou a leitura depende do contexto em que se vive,
Os livros acima já foram escritos...
Comece a escrever o seu livro do Ano Novo!


Viva do seu jeito! 
Seja feliz!

AnaLu

No meio dos títulos citados, os quais compõem as listas dos clássicos mais lidos, mais vendidos e mais famosos do mundo, para fechar a postagem com chave de ouro, incluo, na penúltima quadra, as obras de duas mulheres maravilhosas, guerreiras e vencedoras, Frederica e Concita.

sábado, 22 de dezembro de 2012

Ócio criativo: autonomia, liberdade e sabedoria

Ócio é palavra forte na contemporaneidade capitalista, pode remeter a um mal entendimento,  à ideia de preguiça, de descaso com a produção. Mas, na ótica dos estudiosos e entendidos, daqueles que sabem o significado clássico da palavra, advindo da Antiguidade, dos gregos, estar em ócio pode ser produtivo e criativo.

O ócio de que falo é o conceito defendido pelo sociólogo italiano Domenico De Masi, denominado ócio criativo, que iguala trabalho, estudo e lazer, o primeiro para "criar riqueza", o segundo para "criar saber e o terceiro para "criar alegria e bem-estar". Trata-se daquilo que exercemos com alegria e criatividade, quando conseguimos desempenhar as três atividades simultaneamente. Quando não sabemos ao certo se estamos trabalhando, se estamos estudando, ou se estamos nos divertindo, nesta situação, estamos praticando o ócio criativo, estamos nos dedicando a nossa produção criativa, ao nosso crescimento.

Algumas profissões propiciam com maior facilidade a prática do ócio criativo, são aquelas que lidam com o intelectual, com o cientifico e com a arte, é claro que isso também vai de encontro ao contexto e ao próprio sujeito, pois ele precisa ter autonomia sobre a liberdade de usar o seu tempo e de exercer a subjetividade na sua plenitude. Quando praticamos o ócio criativo ganhamos experiências que agregam valor e contribuem para o trabalho, estudo e lazer, levando ao desenvolvimento holístico, contemplando todas as nossas dimensões. É Interessante realçar que esse lazer refere-se ao lazer com liberdade, não aquele imposto pela sociedade de consumo.

Uma pequena pausa, seja para pensar, dialogar, trocar ideia e até repousar, poderá ser o momento do surgimento de uma solução para um problema existente, de uma grande descoberta.


Hoje, de férias, cuidando do jardim, pesquisando, pintando, lendo, etc., faço essa reflexão para verificar como anda o meu ócio criativo. Para tirar a prova, desenvolvi a análise combinatória a partir das três variáveis e acabei concluindo que, as seis alternativas não estão longe de ser verdadeiras.







Para saber mais sobre estudos do Ócio no Ceará

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Fazer "a alegria dos livros"

Livros novos prontos para serem adquiridos e levados às mãos dos leitores. Na calada da noite se exercitam, fazem suas evoluções e coreografias em cores e movimentos, trocam de lugar, passeiam nas estantes, conversam uns com os outros e interagem com os outros objetos. Quem sabe, no dia seguinte, poderá ser a vez!

As horas se passam, o dia amanhece e tudo volta à normalidade. A porta se abre e os livros se fecham, se comportam. No contexto real, só vão ser abertos novamente nas mãos dos próximos leitores. No contexto fantasioso, na próxima noite.

Não vamos esperar que a porta se feche para dar alegria aos livros. Eles querem sair, eles querem ser lidos e explorados.


Advertising Agency: Lowe Roche, Toronto 
Creative Director / Photographer / Director / Editor: Sean Ohlenkamp 
Music: Tom Westin, Grayson Matthews Music + Sound


Apesar de o objetivo ser a divulgação da Livraria Type, em Toronto, Canadá, essa foi a minha leitura da fabulosa animação "The joy of books", que, de uma forma ou de outra, não deixa de contribuir para a venda dos livros.

Fazer a alegria dos livros é conduzi-los aos leitores, sejam eles infantis, jovens ou adultos. Livros existem para todos os gostos, não há desculpas para a não leitura.

Dados, informações, conhecimento, um potencial imenso registrado nas páginas está pronto para entrar em ebulição nas mentes dos leitores. Deixá-los parados, inertes é desperdício. Autores querem registrar e compartilhar suas ideias, querem transmitir conhecimentos.

Livros também podem ser trocados, doados, passados adiante.

Vamos fazer a alegria dos livros e, sobretudo, a alegria dos leitores!


Postagem motivada pela postagem de blogbethbaltar, em 09/12/2012.

sábado, 8 de dezembro de 2012

Túnel do tempo: a Biblioteca do Banco do Estado do Ceará


Cenário: Biblioteca Geral do Banco do Estado do Ceará - BEC.
Período: 1986 a 1994

Antes de assumir a Chefia da Biblioteca Geral do Banco do Estado do Ceará - BEC, já se tentava algo mais consistente, mais dinâmico, afora o trivial que vinha sendo feito. Foi quando se idealizou a utilização do malote do Banco para levar os empréstimos de livros aos funcionários de todas as agências. A nova atividade teve ótima aceitação, e o Jornal BEC Informa noticiou em 07/11/1986.









"A pessoa certa no lugar certo", foram estas as palavras proferidas pelo novo Chefe que acabara de assumir o Departamento de Planejamento e Organização - DEPLO, depois do ritual de apresentação de cada funcionário.

Admirado pela situação de encontrar uma bibliotecária formada, que não estava à frente da Biblioteca, tratou de reparar a situação.

Logo depois chegou o ato administrativo, assinado pelo Presidente, nomeando a Bibliotecária como Chefe da Biblioteca.




Daí em diante foi idealizada uma série de ações para dinamizar a Biblioteca Geral do Banco (BIBEC), que, até então, era uma unidade de estudo quase que exclusiva daquele Departamento.

A primeira delas foi atualizar suas instruções de serviços (IS-22) e tratar de incluir um item que garantisse a atualização do acervo, sendo definido o valor correspondente a um salário mínimo, para compra mensal de livros. Direito igual foi dado à Biblioteca Jurídica (BIBLI).

Em seguida o empréstimo de livros foi estendido a todos os funcionários, não só aos da Direção Geral (como antes), mas, de toda a rede de agências, que, na época, contava com mais de 70 unidades, espalhadas pelo Interior do Estado e nas Cidades de Recife, Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília.

Um formulário de solicitação foi criado (código 22.91.0010-6) e logo foi impresso em bloco, fazendo parte do estoque de material, para ser solicitado pelas unidades. Mas como garantir a reposição do acervo em caso de perdas e extravios? Na referida solicitação continha abaixo uma autorização de débito em conta, que o funcionário previamente assinava, essa foi a forma de assegurar o acervo da Biblioteca. Os empréstimos eram atendidos colocando os livros em envelopes, utilizando o malote do Banco .

No entanto, era necessário dar personalidade ao sistema de empréstimo via malote, que a cada dia ganhava mais usuários. Fazendo parte desse novo contexto, foi idealizado um pequeno malote, a exemplo dos utilizados pelos Correios, para que os livros fossem enviados com segurança (com lacre) diretamente aos funcionários interessados, mediante à solicitação prévia, utilizando o sistema de malote do Banco.


Figura adaptada 

Daí por diante, a nova rotina da Biblioteca era atender às solicitações e receber as devoluções, o que acontecia diariamente nos horários rigorosos do malote do Banco (2 vezes por dia), era o malote da Biblioteca dentro do malote do Banco. E o balcão da Biblioteca, constantemente, ficava lotado de publicações, que atendiam a esse fluxo...

Mas, nem só de livros de treinamento, técnicos e científicos era composto o acervo da Biblioteca. Em  1987, visando atender a uma demanda reprimida e, ao mesmo tempo, acolher um acervo sem possibilidade de utilização e cuidados, foi firmado convênio entre o Banco do Estado do Ceará e  a Associação Atlética Banco do Estado do Ceará (AABEC), tendo como objeto a transferência do acervo da Biblioteca daquela Associação, Raul Leite, para a Biblioteca do BEC, visando a sua administração, uso e controle. Os livros foram incorporados ao acervo com o indicativo da letra "A", que antecedia ao número de tombo, para diferenciá-los do acervo já existente. O convênio foi amplamente divulgado, inclusive na Revista da AABEC.





A comunidade Becista passou então a conhecer a importância de uma biblioteca e a usufruir dos seus serviços, que, inclusive, eram extensivos aos seus dependentes. Pesquisas escolares eram atendidas mediante a solicitação por telefone, utilizando-se as enciclopédias Barsa, Mirador, Conhecer e tantas outras existentes no acervo da época. Os verbetes eram fotocopiados e enviados também pelo malote para o funcionário solicitante. Também era rotina receber essa clientela nas dependências da Biblioteca, acompanhada de orientação, para que ela mesma fizesse as consultas de seu interesse.



Abusando das facilidades do malote do Banco, foi criado o "Sistema de Informação Corrente-SIC", em que, previamente, era enviada uma correspondência aos funcionários com as opções de assuntos a serem escolhidos, o que correspondia ao recebimento, via mala direta, de cópias de artigos veiculados nas revistas assinadas pela Biblioteca do Banco, fazendo com que a informação fosse compartilhada com todos. Uma espécie de disseminação seletiva da informação.





Mais adiante, chegou a tecnologia de vídeos em VHS e a Biblioteca investiu em muitos filmes de treinamento, a fim de diversificar o acervo e viabilizar o autodesenvolvimento de todos a qualquer tempo, conforme a comodidade de cada um. Mas, não ficou por aí, sessões de vídeos eram programadas no horário de almoço e a sala interna da Biblioteca estava sempre lotada, funcionários e gestores trocavam ideias e experiências em harmonia. O vídeo mais requisitado era Motivando para Vencer I, que já foi motivo de outra postagem.





Marco interessante foi a aquisição do livro "Ascensão e queda das grandes potências", de Paul Kennedy, que mexeu com a Diretoria, depois da divulgação no BEC Informa. Afinal a compra fora totalmente revolucionária, saindo do contexto de até então, quando eram adquiridos livros visando sempre aplicá-los imediatamente em situações pontuais do Banco.



Logo depois, com a chegada dos PC's em cada Departamento/setor, foi possível cadastrar todo o acervo , utilizando o banco de dados dBase e distribuir listas de autor, título e assunto via malote, para que os funcionários fizessem suas escolhas.  É claro que essa tarefa não foi assim tão fácil, primeiro foi preciso alguém para desenvolver a estrutura da base de dados e depois conseguir hora livre nos PC's do Departamento, para digitar as fichas catalográficas uma a uma. Depois de concluído esse processo, com a divulgação informatizada, mais e mais pedidos foram sendo recebidos, ao ponto de ocasionarem reservas de muitos títulos.

Sob o título "Biblioteca ganhou sua importância e parte para sua essencialidade", a matéria veiculada no BEC Informa nº 494, de 29.10.91, registrou o posicionamento do Chefe de Departamento de Organização (DEORG), antigo DEPLO, e as realizações da Biblioteca. A Biblioteca cresceu e foi parar no Departamento de Recursos Humanos (DERUM), no Centro Administrativo do Banco, bem juntinho do treinamento. Nesse contexto, subsidiava os livros para os alunos nos programas específicos de treinamento e desenvolvimento e até de pós-graduação, passando também a orientar a normalização dos trabalhos desses cursos.








Com a transferência para o Centro Administrativo, uma nova leitura, a Biblioteca, realmente passou a ser essencial e, frenquentemente, era notícia no Jornal BEC Informa...




Em novo espaço, a BIBEC mantinha internamente, além do ambiente de leitura, uma sala para sessões de vídeos e outra para reuniões.




Na edição especial de julho/1994, a BIBEC também foi notícia.





Durante o ano de 95 a Biblioteca ainda se desenvolveu, enfrentando no final de 1996 os primeiros indícios da privatização do Banco. Não querendo ver tudo que foi construído ser deixado para um plano inferior, em 1997, optou-se pelo desligamento profissional do Banco, vindo com ele, a prevista desconstrução da BIBEC.

Foram dez anos de dedicação e crescimento profissional, de leitura e contexto. Saudades daquela rotina, saudades da Biblioteca, saudades dos colegas e usuários, saudades do Banco...


A Hóspede é o leitor


A Hóspede 
Guilherme de Almeida





Não precisa bater quando
chegares.
Toma a chave de ferro que
encontrares
sobre o pilar, ao lado da cancela,
e abre com ela
a porta baixa, antiga e
silenciosa.
Entra. Aí tens a poltrona, o livro,
a rosa,
o cântaro de barro e o pão de
trigo.
O cão amigo
pousará nos teus joelhos a
cabeça.
Deixa que a noite, vagarosa,
desça.
Cheiram a relva e sol, na arca e
nos quartos,
os linhos fartos,
e cheira a lar o azeite da candeia.
Dorme. Sonha. Desperta. Da
colmeia
nasce a manhã de mel contra a
janela.
Fecha a cancela
e vai. Há sol nos frutos dos
pomares.
Não olhes para trás quando
tomares
o caminho sonâmbulo que
desce.
Caminha - e esquece.


****************************************************************
Tomo a poesia do grandioso Guilherme de Almeida para fazer uma analogia a partir de uma nova leitura, compatível com o meu contexto, na certeza de que, amante e praticante da cultura, arte, literatura e inovação como ele era, se vivo estivesse, não ficaria aborrecido.



A casa de que ele fala é a biblioteca, sempre aberta ao seu público.

A hóspede é o leitor, que entra e sai a qualquer hora, afinal, a cada tempo que se instala na Biblioteca, usufrui de suas instalações, do seu mobiliário e dos recursos nela existentes.

A chave é o acesso, seja ele por identificação pessoal, eletrônica ou por qualquer outro meio.

Os utensílios da casa, o alimento e, principalmente, o livro, são o acervo e todos os demais recursos informacionais, disponíveis para os leitores.

O cão amigo é o bibliotecário que recepciona o leitor para atender as suas demandas. 

O cheiro é a própria ambiência da biblioteca, incluindo-se, além do odor característico dos livros, a fragrância das pessoas.

O repouso, a dormida e o sonho são a concentração, a leitura e toda a aventura vivida durante este percurso.

O despertar é a hora de partir, de deixar a biblioteca.

O amanhecer com o sol e toda a sua riqueza e força é a bagagem que o leitor carrega, fruto da leitura e de sua passagem pela biblioteca. 

Não olhar para trás significa que ele não é mais o mesmo, depois das informações e do conhecimento adquiridos, advindos da leitura.

Para conhecer mais sobre o poeta. (Futura/Mackenzie)




domingo, 2 de dezembro de 2012

Saboreando "O Sabor do arquivo"


Estou agora a saborear "O Sabor do arquivo", autoria de Arlette Farge, editado pela Edusp. E que sabor! Um primor de obra, que usa sem querer, facetas da Arquivística, para fazer ponte entre o Direito e a História, já comentada aqui neste espaço de leitura e contexto e agora, também, junto à Sociologia. 

A autora utiliza os registros dos arquivos policiais da França no século XVIII, para revelar situações do contexto desse cotidiano social e, por intermédio deles, levar o leitor a perceber que não se tratam de simples páginas escritas e adormecidas, mas, um complexo de informações, que, a qualquer tempo, no dedilhar e olhar do pesquisador ou curioso, chegam à tona, desvendando mistérios, contando histórias e elucidando fatos, denunciando os  crimes, os costumes, os segredos da sociedade da época, em um verdadeiro "debate social". 

Pelos depoimentos policiais é possível conhecer o comportamento da mulher daquele século, o quão era atuante, mesmo na sua condição de subjugo, também os pequemos delitos de delinquentes, a perseguição ao chambrelan, os acontecimentos de Paris...

A autora faz a leitura do aquivo utilizando-se de um jogo de paradoxos, ao tempo em que fala da monotonia, ressalta a sua dinâmica, do silêncio que impera, enfatiza o soar das palavras dos manuscritos, quando consultados e lidos seus registros.

Fala da fragmentação dos acontecimentos, da desordem, do tamanho do arquivo, da impossibilidade de consumi-lo em leitura durante toda uma vida. 

Premia o leitor, principalmente aquele da área, com a sequência de uma pesquisa e com citações de Foucault. Premia também esse espaço de leitura e contexto, quando dá ênfase à subjetividade.

Eu que venho há mais de 15 anos "saboreando arquivos", me deparo agora com este sabor à parte.

Recomendo a leitura.