sábado, 30 de janeiro de 2010

Arquitetura à frente dos tempos

"Controle e desenho do espaço habitado". Quem fez isso tão bem em tão pouco tempo, com idéias bem avançadas a ponto de não serem aceitas para o contexto da época? 

Arquiteto José Armando Farias, meu pai. Posso citar uma delas, na década de 70, como o transplante de carnaubeiras adultas para embelezar com motivo regional o canteiro central da Avenida Luciano Carneiro e assim encantar os que visitassem Fortaleza. Na verdade a ideia só seria implantada bem mais adiante, na Avenida Monsenhor Tabosa.

Ser útil

Sentir-se útil é confortador, é o reflexo da sua atuação. Na sociedade em geral, é proporcionar aos outros a sua parcela de contribuição de forma natural, fazendo acontecer as ações na medida em que são solicitadas, conforme o contexto

Ajudar ao próximo, oferecer informação, compartilhar sofrimento, fazer a leitura correta do que ele precisa... Os que vão de encontro a essas ações, os voluntários, trabalham na vanguarda das necessidades, são pessoas mais disponíveis e desprendidas materialmente.

No trabalho, é fundamental, pois representa o retorno do seu esforço profissional. O caso não é apenas a sensação do dever cumprido, mas sobretudo se este dever foi executado de forma correta, com ética e qualidade, o que denominamos profissionalismo. Ser útil no trabalho garante a sua empregabilidade.

De qualquer forma dê a sua parcela de contribuição, ambas são necessárias. A sociedade cresce e agradece!

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Novo olhar


O que é o novo olhar senão uma questão de leitura e contexto!
Passado o tempo, com uma nova oportunidade de refletir, de repensar as ações, nos deparamos com um novo olhar para situações já vividas que tiveram certas soluções em função do que requeria o momento. Da mesma forma escritos são reformulados a cada nova leitura e, mesmo dados como encerrados em certo momento, com certeza, no futuro, se relidos pelo autor, haverá a constatação: Teria ficado melhor se eu... Eu deveria...
O que é isso senão a onda do mar, que renova a praia a cada ida e vinda!
O que é isso senão a própria vida vivida conforme nossos caminhos e escolhas!




terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Archives and Libraries



Quais espaços mais envolventes, curiosos e cativantes do que os arquivos e as bibliotecas?
Dentro da complexidade, a capacidade de se ter tudo com simplicidade, facilitando a busca do que se procura. Dentro de tantos metros lineares de variedades de documentos e livros, informações tão preciosas que atendem às peculiaridades dos consulentes. Dentro do processo paulatino de classificar e indexar cada documento e livro, a chance de tê-los às vistas de um jeito rápido e eficiente. Dentro da seriedade que requer os respectivos ambientes, a amistosidade dos atendentes. Dentro do acervo antigo, o conhecimento novo que adquirimos para o nosso dia-a-dia. Dentro de estruturas tão seculares, a renovação de interesses diários para curiosos, alunos, professores e pesquisadores.

Paradoxal?

Mais do que isso, espetacular, sensacional, incrível. Instituições que devem ser respeitadas na sua natureza e essência. Claro que ambas passaram por mudança de contexto, mas mesmo depois de séculos de existência permanecem úteis e imprescindíveis à Humanidade.

Você já precisou dos serviços de biblioteca e arquivo?
Eu faço parte desse universo.

Repouso merecido


Cumprimento de metas e prazos, projetos elaborados, propostas apresentadas, palestras ministradas, visitas realizadas, enfim, trabalhos concluídos!
E agora? Repouso merecido... Onde?
Praia, serra ou sertão?
Carro, ou avião?
Uma questão de contexto!
Com certeza a melhor decisão.

domingo, 10 de janeiro de 2010

Vencer!


Parecia interminável, parecia impossível, mas, cada passo foi uma conquista, e, devagarinho, foi se conquistando e percebendo que é só começar, tentar, resistir, insistir e terminar. O contexto ajuda, porque se você teve a sabedoria de criá-lo, a questão é só respeitá-lo. E, no fim, a leitura foi perfeita!


quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Arquivista & Bibliotecário




Registros documentais ocorrem a toda hora. Fotos, cartas, sons, documentos administrativos, comerciais e judiciais. Inclusos neles estão os atualíssimos documentos eletrônicos de toda sorte. Todos eles servem de prova documental quando conseguem se manter autênticos e íntegros e guando são localizados em tempo hábil, para a ocasião que lhes espera. O grande problema é que com a geração seriada sem a devida gestão, acumulam-se, prejudicando a recuperação e a conservação. Se você ou sua empresa está passando por essa situação, contrate um profissional da área, ele tem a solução!

Biblioteca Mercado Cultural


Prática, acessível e democrática, a Biblioteca Mercado Cultural oferece informação, cultura e lazer. É o público e o privado agindo juntos para a sociedade ler, conhecer e aprender.
Grátis!
Procure uma loja da Super Rede.
Projeto da Faculdade CDL em parceria com o Governo do Estado do Ceará e com a Super Rede.
Eu faço parte!

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Criatividade e Inovação

Qualquer pessoa em qualquer lugar pode ser criativa, mas as novas idéias fluem melhor se o ambiente propicia e nutre a criatividade. As novas idéias podem ser decorrentes de um pensamento imaginativo ou da combinação de vários deles, ou ainda das experiências de um grupo.

Até bem pouco tempo, a criatividade era ainda vista pelas empresas como algo intangível, destinado a poucos gurus. Algo reservado a artistas, pessoas incomuns e gênios. As pesquisas e estudos desenvolvidos nesta área sinalizam em direção a retomada da criatividade como uma disciplina que pode ser desenvolvida e aprendida, possibilitando a todos os profissionais o acesso à sua prática.

Embora haja uma certa confusão entre criatividade e inovação, de uma forma bastante simples, a criatividade pode ser resumida no processo de desenvolvimento de novas idéias e, a inovação, na implementação destas idéias em uma solução rentável ou de valor agregado. Criatividade é o pensar, inovação, o implementar. A Inovação não se restringe a produto/serviço, mas pode ser também considerada em contextos maiores e mais complexos, que antecedem a sua existência.

Fazer a leitura certa da ideia dentro do seu contexto é propiciar a inovação.

Compreensível contextualmente

Em Arquivologia, o contexto de formação dos arquivos é fundamental para sua compreensão e está intrinsicamente ligado à importância de respeito aos fundos que Michel Duchein ressalta em "O Respeito aos Fundos em Arquivística: princípios teóricos e problemas práticos", da revista Arquivo & Administração,1982, fazendo uma analogia ao sítio arqueológico, quando as peças resgatadas nas escavações eram extraídas de seu contexto e encaminhadas isoladamente para museus, desfazendo dessa forma toda a relação que existia entre elas. Da mesma forma o documento retirado do seu contexto original (fundo) perde a efervescência de significados e de leituras, induzindo a compreensões vagas e/ou distorcidas.


Como se vê o trabalho do arquivista é subjetivo, é contextual, é circunstancial, é memorial, é arqueologizável. Um arquivo é um mundo que se constitui de forma cumulativa e não intencional, ou seja, ele vem se compondo a partir da geração e recebimento de documentos que registram os fatos administrativos e afetam a vida da organização. Portanto, não há uma pré-concepção e por isso a ordem que dá sentido a ele não está pré-estabelecida. Não há rigidez, há sim um entendimento para uma melhor classificação, implicando num trabalho reflexivo, onde a investigação é constante em torno do que está escrito e também do que não está. É um trabalho arqueológico, conforme Michel Foucault também ressalta em "A Arqueologia do saber", 2007, p. 147, que transcrevo a seguir:


O arquivo é, de início, a lei do que pode ser dito, o sistema que rege o aparecimento dos enunciados como acontecimentos singulares. Mas o arquivo é, também, o que faz com que todas as coisas ditas não se acumulem indefinidamente em uma massa amorfa, não se inscrevam tampouco, em uma linearidade sem ruptura e não desapareçam ao simples acaso de acidentes externos, mas que se agrupem em figuras distintas, se componham umas com as outras segundo relações múltiplas, se mantenham ou se esfumem segundo regularidades específicas.

O conceito de arquivo de Foucault revolucionou o entendimento para o formato de organização dos corpus a serem analisados, agora não mais vistos de forma linear e cronológica, mas sim a partir da diversidade, da temática e do discurso, tornando o arquivista um agente de formação da memória.

Portanto, mais leitura e contexto!

Ponto de referência


Para tudo precisamos de um referencial. Se vamos analisar uma distância é necessário sabermos o ponto de partida, se vamos fazer uma comparação, também é necessário termos o elemento que servirá de referência, pois do contrário, a leitura poderá ser errônea. Mudando o contexto, mudamos o resultado final. 
Como exemplos podemos citar o "Marco Zero", na Praça Rio Branco, em que "as distâncias no Recife são medidas a partir desse ponto", e um ponto do plano cartesiano que é formado por um par ordenado (x, y), onde x é a abscissa e y é a ordenada, se alterarmos x ou y, fatalmente estaremos criando outro ponto.

sábado, 2 de janeiro de 2010

Memória e memórias


Retemos aquilo que de alguma forma nos impressiona, nos comove ou nos agride e desperdiçamos o que não nos interessa, para, de uma forma imperceptível, registrar esses fatos e só buscá-los em função de alguma força maior externa. Através da memória o homem interpreta e compreende sua própria história e evolução, fatos, pessoas e lugares, que num determinado tempo fizeram parte de sua existência, contribuindo para a construção de sua identidade. É a memória que permite a sobrevivência social dos povos, mediante a sucessão de gerações, de costumes e tradições e a falta dela pode ocasionar o esquecimento das origens, o que pode comprometer o presente e o futuro. Analisando essa questão e fazendo a leitura dos aspectos da memória, verificamos os seguintes contextos:
  • A memória que existe = aquela que está ao alcance da pessoa/comunidade a que pertence;
  • A memória que se perde = aquela resultado do abandono, do descaso, da falta de registros ou simplesmente aquele que se deixou esquecer;
  • A memória que se resgata = aquela que se recuperou e passou a dar sentido e significado à existência anterior de um povo;
  • A memória da memória = aquela que se resgatou, que se preservou e se eternizou, proporcionando a criação de novas memórias.
O que você está fazendo para preservar a sua e a nossa memória?