domingo, 24 de junho de 2012

Kotler direto do portal HSM


Onde estão os esforços de inovação?

Para que uma ideia se transforme em inovação, ela deve fluir pelo processo correto, do qual participam as pessoas certas

“Como as ideias inovadoras fluem em sua empresa?”, indagou Philip Kotler na manhã do segundo dia do Special Management Program da HSM, quando estimulou os participantes a refletirem sobre o processo de inovação.

Na visão do palestrante, os gestores têm de se perguntar onde estão concentrados os esforços de inovação, se dentro ou fora da empresa, e se a cultura instalada permite que as ideias fluam de baixo para cima. “A melhor maneira de inovar é com todos tendo novas ideias, e não esperando pelos diretores”, afirmou.

[...] 

Os papéis na inovação

Segundo Kotler, quando tentamos inovar, estamos sujeitos a dois tipos de erro: matar um projeto bom ou ir adiante com um projeto ruim. A fim de reduzir esse risco, convém equacionar as competências de cada pessoa na inovação, cujos papéis devem ser assim considerados:
 
  • Ativadores: têm ideias e iniciam o processo de inovação, mas não o levam adiante. 
  • Buscadores:  buscam informações e as levam para o grupo segundo sua especialidade.
  • Criadores: geram conceitos e soluções para os demais envolvidos na inovação.
  • Desenvolvedores: transformam ideias em produtos, serviços ou fábricas.
  • Executores: realizam o que for necessário para implementar ou lançar o que foi desenvolvido.
  • Facilitadores: aprovam as novas despesas e o investimento.

[...]


Cada papel acima é fundamental para se levar adiante um projeto de inovação, como o próprio autor coloca, requer que sejam cumpridas as seguintes fases, conforme ilustração abaixo.


Processo de inovação
 Fonte: Construção AnaLu, fundamentada em Kotler.


Os 6 papéis da inovação estão muito bem explicados, assim como todo o processo de inovação no livro  A Bíblia da inovação, de Philip Kotler e Fernando Trias de Bes.

Considero fundamental a leitura e a compreensão dos papéis, para que cada um atue conforme a exigência do contexto.



sábado, 23 de junho de 2012

Obras raras

Sabemos que alguns critérios são considerados para se avaliar uma obra como rara. Aqui neste espaço de leitura e contexto, ambos, a leitura e o contexto, contribuem muito para essa classificação. 

A Biblioteca Nacional define esses critérios no documento CRITÉRIOS DE RARIDADE EMPREGADOSPARA A QUALIFICAÇÃO DE OBRAS RARAS. 

A produção artesanal, bem como os primeiros anos da imprensa de Gutemberg, as poucas edições, as edições censuradas, as ilustrações, a riqueza da encadernação, inclusive com o uso de materiais especiais e até pedras preciosas e as inscrições à mão, tais como dedicatórias e/ou autógrafos, são elementos sine qua non para essa condição. Esses elementos, que podem ser referentes à forma ou ao conteúdo, atribuem à obra caráter de raridade, de preciosidade.

Fica difícil estimar o valor monetário dessas obras, geralmente, elas são únicas ou com pouquíssimos exemplares disponíveis e, por essa razão, são objeto de roubo nas bibliotecas e centros de documentação.

Abaixo, reuno e transcrevo alguns sites que ressaltam essas obras, disponibilizando o catálogo e até os próprios documentos digitalizados, assim como o Manual para entrada de dados bibliográficos em formato MARC 21: ênfase em obras raras e especiais, de autoria de Maria Angélica Ferraz Messina-Ramos, com a colaboração de Marlene de Fátima Vieira e Maria Helena Santos, ambas bibliotecárias da UFMG.

 


http://www.bn.br/site/pages/catalogos/obrasraras/obrasraras.htm
O acervo da Divisão de Obras Raras - criada em 24 de janeiro de 1946, com a denominação de Seção de Livros Raros - é constituído de material bibliográfico diversificado, com aproximadamente 42.000 títulos em 50.000 volumes. Seu acervo destina-se a um público extremamente especializado e foi selecionado segundo parâmetros que o consideram raro ou precioso. Isto significa que não basta ser uma obra antiga: é preciso obedecer a outros critérios de raridade, tais como ser um exemplar único, inédito, fazer parte de alguma edição especial ou, até mesmo, apresentar uma encadernação de luxo ou autógrafos de personalidades históricas, políticas ou literárias.

O acervo de obras raras é constituído de material bibliográfico diversificado - livros, folhetos, folhas volantes, periódicos - e selecionado segundo parâmetros que o consideram raro ou precioso. Segundo esses parâmetros, não basta ser antigo, é preciso ser único, inédito, fazer parte de alguma edição especial, apresentar uma encadernação de luxo ou, até mesmo, ter o autógrafo de personalidades célebres como D. Pedro II, Coelho Neto, Carlos Drummond de Andrade, Jorge Amado.

Você ficará encantado com este precioso acervo, que abrange obras do século XV - incunábulos - ao século XX - edições especiais.

A coleção foi iniciada com o acervo da Real Biblioteca, de D. João VI, trazida para Brasil em 1808. Posteriormente, o conjunto foi enriquecido por aquisições e/ou por doações de importantes e históricas coleções.

O acervo de Obras Raras guarda grandes tesouros culturais como a edição especial do poema A Visita, autografada por Carlos Drummond de Andrade. A obra é ilustrada com fotografias de Maureen Bisiiliat e faz parte de uma homenagem paulista ao grande poeta. Igualmente preciosa é a primeira edição da Arte da gramática da língua portuguesa mais usada na costa do Brasil, escrita pelo Padre Anchieta.

Encontram-se também neste acervo a famosa Bíblia de Mogúncia impressa em 1642; a primeira edição de Os Lusíadas(1572); o Rerum per octennium...Brasília, de Baerle (1647), com 55 pranchas a cores desenhadas por Frans Post; e o menor livro do mundo que, com apenas um centímetro de comprimento, ensina o "Pai Nosso" em sete línguas. 

http://www2.senado.gov.br/bdsf/item/id/82005A
BDSF armazena, preserva, divulga e dá acesso, em formato digital, a mais de 222 mil documentos* de interesse do Poder Legislativo, propiciando segurança e preservação da informação, maior visibilidade na Internet, maior rastreabilidade em mecanismos de busca e rápida disseminação do conhecimento. O acervo digital é variado, dividindo-se entre livros, obras raras, artigos de revista, notícias de jornal, produção intelectual de senadores e servidores do Senado Federal, legislação em texto e áudio, entre outros documentos. As obras publicadas na BDSF são de domínio público ou possuem direitos autorais cedidos pelos proprietários, possibilitando acesso e download gratuitos das obras. 

http://www.labdigital.icict.fiocruz.br/
Vivemos hoje uma época de mudanças e avanços tecnológicos que nos permitem a migração do livro impresso para mídias digitais, possibilitando ao mesmo tempo sua preservação e a facilidade de acesso às informações. Com este pensamento o Laboratório de Digitalização de Obras Raras surge para implementar este conceito de preservação e acesso ao valioso acervo de publicações existentes na Seção de Obras Raras da Biblioteca de Ciências Biomédicas da Fundação Oswaldo Cruz. Com a disponibilização online possibilitamos ao usuário, facilidade de consulta em diversos dispositivos móveis, flexibilidade de horários, acesso mais interativo através de recursos de navegação se compararmos ao acesso tradicional à Biblioteca.

http://www.realgabinete.com.br/portalweb/Biblioteca/ObrasRaras/tabid/74/language/pt-PT/Default.aspx 
Entre as obras mais raras da biblioteca podemos citar a edição "prínceps" de " Os Lusíadas", de 1572, que pertenceu à "Companhia de Jesus"; as "Ordenações de Dom Manuel" por Jacob Cromberger, editadas em 1521; os "Capitolos de Cortes e Leys que sobre alguns delles fizeram", editados em 1539; "A verdadeira informaçam das terras do Preste Joam, segundo vio e escreveo ho padre Francisco Alvarez", de 1540.
Possui ainda manuscritos autógrafos do "Amor de Perdição", de Camilo Castelo Branco e o "Dicionário da Língua Tupy, de Gonçalves Dias, além de centenas de cartas de escritores.


http://www.obrasraras.usp.br/
A Biblioteca Digital de Obras Raras e Especiais da USP torna disponível para pesquisadores e público em geral o conteúdo integral de títulos existentes nas diversas Bibliotecas da Universidade. Inicialmente, foram selecionados 38 livros em várias áreas do conhecimento, obedecendo aos critérios de antiguidade, valor histórico e inexistência de novas impressões ou edições do título. Este núcleo foi digitalizado integralmente e está disponível para consulta ou impressão para uso não comercial. Os demais volumes, num total de 1224 títulos (1983 exemplares), 236 tiveram apenas as capas digitalizadas. Em 2004, 4 novos livros digitalizados foram adicionados ao acervo inicial. 

http://www.ct.ufrj.br/bor/A
Biblioteca de Obras Raras do Centro de Tecnologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro disponibiliza a seus usuários um valioso acervo, no qual é composto por livros, periódicos, folhetos, manuscritos, infólios, entre outros. Os acervos abrangem obras dos séculos XVII ao XX, nacionais e internacionais, com predominância da língua francesa. O acesso aos catálogos é feito através da Base Minerva que integra as coleções de todas as bibliotecas da UFRJ.

http://obrascatolicas.com/
A criação do site Obras Raras do Catolicismo surgiu com uma iniciativa da Campanha de Digitalização de obras raras do Catolicismo iniciada em agosto de 2009 e concluída no mês de maio de 2011, tendo por objetivos imediatos a preservação e a divulgação de livros importantes que, por razões diversas, deixaram, desde há alguns anos, de ser editados no Brasil e mesmo no exterior. O acervo a ser digitalizado é, em grande medida, composto por manuais para consultas, enciclopédias, entre outros, que versam sobre os mais diversos temas relacionados à Filosofia, Teologia, Apologética e Catequese Católicas, além da História da Igreja (as obras estão, em sua maioria, escritas nos idiomas português, francês e espanhol). Como se verá, optamos por manter o foco neste gênero de obras não incluindo, portanto, clássicos de outros gêneros da literatura católica. 

http://www.bookprep.com/
A empresa Hewlett-Packard mais conhecida como HP acaba de lançar um projeto muito interessante. Em fase beta a BookPrep é um biblioteca online para busca de livros raros. No site você pode Pesquisar, visualizar, comprar novas cópias raras difíceis de encontrar sobre todos os temas imagináveis. Além disso, você pode receber seu exemplar em casa. Faça seu pedido e receba uma cópia impressa e encadernada, entregue diretamente na sua porta. Há também milhares de livros disponíveis para leitura on-line gratuitamente.

sábado, 9 de junho de 2012

Dia Internacional dos Arquivos


Comemora-se hoje, 09 de junho, o Dia Internacional dos Arquivos (International Archives Day), em homenagem a fundação do Conselho Internacional de Arquivos, pela UNESCO, em 1948. A data foi instituída em Novembro de 2007, por ocasião da Assembleia Geral do CIA, em Quèbec, com o objetivo de chamar a atenção para o desenvolvimento de ações de promoção e divulgação da causa dos arquivos, inclusive da profissão.



É um dia para ensejar a reflexão pelas autoridades, quanto às ações necessárias para modernização, para soluções de preservação e de transcodificação, para análise da forma de acesso e da preservação e assinatura digital... são tantas as questões, que carecem ainda de muito debate e consenso.

Fazemos arquivo todo dia, tanto as pessoas naturais como as jurídicas emanam documentos, o crescimento é gradual, é cumulativo, não intencional, é próprio da atividade de quem os criou.

A massa documental é fundamental para servir à administração, às necessidades de informação e pesquisa do cidadão, de prova em juízo e, a longo prazo, para contar a história. Portanto, tanto como caráter informativo, probatório ou histórico, percebemos a necessidade de manter o que é necessário para atender a essas finalidades e, de descartar, de forma consciente e apropriada, o que é passível de eliminação, sem prejuízo às demandas já mencionadas, pois, do contrário, a massa de documentos assume condição não controlável, confundindo e colocando em risco os interesses.

A análise do que deve ser preservado e daquilo que pode ser eliminado é efetuada mediante a leitura e interpretação do documento junto ao contexto de sua criação. Entra em cena a Tabela de Temporalidade Documental (TTD) que, segundo o Dicionário de Terminologia Arquivística, é o "Instrumento de destinação, aprovado por autoridade competente, que determina prazos e condições de guarda tendo em vista a transferência, recolhimento, descarte ou eliminação de documentos".

Mas, voltando à comemoração, destaco abaixo duas instituições arquivísticas públicas.

O Arquivo Nacional, criado em 1838, que centraliza o Sistema de Gestão de Documentos de Arquivos-SIGA, da administração pública federal e é parte integrante da estrutura do Ministério da Justiça, que:

"Tem por finalidade implementar e acompanhar a política nacional de arquivos, definida pelo Conselho Nacional de Arquivos - Conarq, por meio da gestão, do recolhimento, do tratamento técnico, da preservação e da divulgação do patrimônio documental do País, garantindo pleno acesso à informação, visando apoiar as decisões governamentais de caráter político-administrativo, o cidadão na defesa de seus direitos e de incentivar a produção de conhecimento científico e cultural."

Foto 1 - Arquivo Nacional (RJ)
 
 Fonte: Divulgação/Arquivo Nacional


Destaco, em nível Estadual, o Arquivo Público do Estado do Ceará, já cadastrado junto ao CONARQ como BR CEAPEC (Cadastro Nacional de Entidades Custodiadoras de Acervos Arquivísticos), que tem como missão "Recolher e conservar todos os documentos manuscritos e papéis concernentes à administração pública estadual, com o objetivo de garantir o acesso ao público".

O Arquivo mantém acervo composto basicamente por documentos textuais e cartográficos, a partir do século XVI aos dias atuais do setor público e privado.


Foto 2 - Arquivo Público do Estado do Ceará


Na esfera privada, ressalto o trabalho da empresa MRH Gestão de Arquivos e Informações, da qual faço parte como bibliotecária analista de projetos de arquivo, que desenvolve projetos de gestão documental junto às empresas públicas e privadas, oferecendo toda a infraestrutura adequada, para a guarda terceirizada dos seus arquivos.


 Foto 3 - MRH Gestão de Arquivos e Informações
 
Fonte: Manual da Qualidade MRH Gestão de Arquivos e Informações


Vivam os arquivos!
Parabéns a todos os profissionais que atuam na área! 

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Bibliotecas são instituições dentro de instituições

Adquiri o livro Bibliotecas como organizações, de Alba Costa Maciel e Marília Alvarenga Rocha Mendonça, da Editora Interciência, porque seu título me chamou a atenção. A ideia sempre me acompanhou pelas bibliotecas por onde passei e nos círculos profissionais biblioteconômicos, quando eu sempre comentava a respeito. 

Na verdade, o que eu afirmava era: as bibliotecas são instituições dentro de instituições, título que estou dando a este post

Bibliotecas com  missão, visão, valores, planejamento estratégico e até orçamentos próprios, mas, é óbvio, que tudo deve estar alinhado e de conformidade com a instituição mantenedora.

Quando atuamos em bibliotecas ou até mesmo quando só as frequentamos, já podemos perceber esse corpo constituído e que consegue se manter como instituição, seja ela de um banco, de uma escola, de uma universidade, de uma empresa, é a biblioteca enquanto instituição, dentro da instituição que lhe mantém. Ela tem espaço peculiar, diferenciado, horário de funcionamento e até regulamento próprio. Diferente de outros segmentos que são parte do todo e que atuam exclusivamente sob a égide da instituição, a biblioteca pode interagir com seus usuários e suprir suas demandas,  ousando, criando e desenvolvendo projetos específicos, bastando para tanto, seguir  os mesmos objetivos da organização.

Mas, voltando ao livro, de leitura fácil e didática, as autoras tratam sistematicamente o assunto, cobrindo o contexto de uma Biblioteca, todas as suas facetas técnicas e operacionais  mostrando o aspecto administrativo e de gestão do profissional bibliotecário que conduz uma biblioteca. É a teoria da administração aplicada às bibliotecas, missão, visão, planejamento, funções, fluxogramas, etc. 

Quer entender, planejar ou gerir uma biblioteca? Faça a leitura de Bibliotecas como organizações, mais uma obra indispensável na minha biblioteca pessoal.