domingo, 24 de junho de 2018

Bibliotecando por aí...


Andanças, mudanças e esperanças.
Paradas, estadas e empreitadas.
Idas, visitas e revisitas.
Retornos, contornos e adornos.
Voltas, viravoltas e reviravoltas.
Amizade, simplicidade e cumplicidade.
Vontade, utilidade e proximidade.







São essas rimas que constituem o quadro da rotina profissional do bibliotecário português, Nuno Marçal, que, como ele chama "andanças da bibliomóvel por estradas, terras e gentes de Proença-a-Nova". Tive o prazer de conhecê-lo pessoalmente, juntamente com um grupo seleto de profissionais, na palestra do último dia 22, "Bibliomóvel de Proença-a-Nova: Uma Biblioteca Útil, Próxima e Afectiva!", na UFC, que o Mural Interativo do Bibliotecário proporcionou.






Na oportunidade conhecemos tudo que sai daquele bibliomóvel encantado, conduzido por aquele bibliotecário-ambulante, incumbido e comprometido com o social, material e imaterial: carinho, soluções, livros, revistas e emoções.

Coisas que encantam os olhos e entram na alma. 

sábado, 16 de junho de 2018

Pescaria da leitura

Todo São João tem brincadeira. Na Biblioteca da Faculdade CDL não foi diferente, promovemos a "Pescaria da leitura".

A ação do Projeto Livro leve e solto, envolveu os alunos da Faculdade e funcionários da CDL.

Com o anzol do conhecimento os pescadores fisgaram suas leituras. 

Pescar, levar, ler e compartilhar!




domingo, 10 de junho de 2018

E agora, quem vai publicar os quadrinhos Disney?

Quem cresceu lendo quadrinhos Disney como eu, com certeza, nesse momento, já está sentindo saudades, mesmo que já tenha deixado de ser leitor dessas "revistinhas", eram assim que chamávamos, quando criança.

Pato Donald foi o primeiro a ser lançado pelo Editor Victor Civita, em 1950. Aquele pato meio aborrecido e estressado, porque, na maioria das vezes, sai enganado ou entra em alguma esparrela, não por sua vontade, mas em função de algumas encrencas armadas pelos seus amigos de HQ's, terá, em julho, o último número. É a despedida do pato mais famoso do mundo, aqui no Brasil.


É que a Editora Abril, anunciou para seus assinantes que, "após revisão estratégica do Grupo Abril, a partir de junho de 2018 os quadrinhos Disney não serão mais publicados por nós". 

E quais outros personagens desse mundo maravilhoso também vão fazer falta? Com certeza, o Tio Patinhas, com seu banho tradicional na piscina de moedas de ouro; o Zé Carioca com suas malandragens, características de quem sempre quer se dar bem; o Mickey com o seu excesso de sensatez e conformidades, sempre ao lado do companheiro Pluto; Pateta,  com suas patetices; o Gastão, com a sua sorte fenomenal, que mexe com os nervos do primo Donald; o Peninha, com suas atrapalhadas e confusões.

  
  
   

Sem falar na ala feminina, que não fica atrás: Vovó Donald, Margarida, Minnie, Rosinha, Maga Patológica, Madame Mim, Clarabela, cuja leitura é de mulheres empoderadas, com personalidades bem fortes.


É que a tal "revisão estratégica" também chegou no Grupo Abril, afinal, qual empresa não precisou se adaptar ao contexto de crise da atualidade?

Foram 68 anos de parceria entre as duas empresas, Disney e Abril. Será que teremos outra editora para assumir a publicação das revistas Disney? Vamos torcer que sim, afinal, Disney é patrimônio da criançada e crescer sem essas leituras é deixar de conhecer um universo lúdico e peculiar, que encantou milhares e milhões com suas histórias fabulosas.

sábado, 9 de junho de 2018

Gestão disso, gestão daquilo, por que não a Gestão Documental?

Gestão de recursos humanos, gestão financeira, gestão de recursos materiais, gestão de recursos tecnológicos, gestão disso, gestão daquilo, são tantas as necessidades de gestão! 

Todas bem faladas, bem tratadas, bem discutidas no contexto empresarial, mas, e a gestão documental? 

São poucas aquelas empresas que se preocupam com ela, apesar de ser fundamental para a tomada de decisão, solução de problemas informacionais e fechamento de negócios. Esquecida ou relegada a uma plano inferior, por muitas vezes, só é considerada quando o caos documental está instaurado, levando a prejuízos incalculáveis e irreparáveis.


Antes que isso aconteça, nesse Dia Internacional dos Arquivos, tomamos a gestão documental para evidenciá-la como condição sine qua non, para que os arquivos possam cumprir seu papel, servindo à administração e à história, nas esferas social, política e econômica, disponibilizando o documento e a informação arquivística a quem deles necessitem. 

A gestão documental evita o acúmulo desordenado de documentos, proporciona o controle, a padronização e o acesso aos documentos. Mas, qual o caminho a ser tomado para se ter a gestão documental? 

O caminho é um tanto longo, mas não impossível de ser percorrido, para execução de cada etapa e conquista de resultados positivos. 

A princípio, podemos iniciar com a definição, conforme Art. 3º, da Lei 8.159/1991: 
Art. 3º - Considera-se gestão de documentos o conjunto de procedimentos e operações técnicas referentes à sua produção, tramitação, uso, avaliação e arquivamento em fase corrente e intermediária, visando a sua eliminação ou recolhimento para guarda permanente.
Depois, nos conscientizando da necessidade de constituição da Comissão Permanente de Avaliação de Documentos, conforme Art. 18, da Lei 8.159/1991, que apesar de estabelecer literalmente para os órgãos da Administração Pública Federal, recomenda, indiretamente, o mesmo para os arquivos privados: 
Art. 18. Em cada órgão e entidade da Administração Pública Federal será constituída comissão permanente de avaliação de documentos, que terá a responsabilidade de orientar e realizar o processo de análise, avaliação e seleção da documentação produzida e acumulada no seu âmbito de atuação, tendo em vista a identificação dos documentos para guarda permanente e a eliminação dos destituídos de valor. 
Mais adiante, entramos no mister da questão, para tanto, resumimos algumas indagações necessárias de serem discutidas e articuladas durante esse processo:
  • Que espécie de documento é esse? 
  • Qual é a sua tipologia? 
  • Qual é a sua finalidade? 
  • A qual atividades/área ele pertence. Quem o produziu?
  • Quantos volumes/metros lineares são produzidos desse documento por um determinado tempo?
  • Quantas vias tem esse documento? 
  • O documento é físico ou eletrônico? 
  • Quais os elementos que o identificam de forma objetiva (indexação)? 
  • Quanto tempo de guarda (temporalidade) é necessário no arquivo corrente? 
  • Quanto tempo de guarda (temporalidade) é necessário no arquivo intermediário?
  • Qual é a sua destinação depois desses prazos? 
  • Qual o nível e incidência de acesso a esse documento?
  • Qual o valor que se reveste esse documento?

Concluída essa etapa, é possível termos uma visão geral e detalhada sobre a documentação gerada/recebida por cada unidade produtora, para seguirmos adiante com outras questões da esfera arquivística.

Gestão documental, a única saída para o sucesso empresarial!