segunda-feira, 24 de junho de 2013

Escrevendo e registrando a história

Faço a leitura do contexto sócio-político atual.




Esse é o novo Grito do Ipiranga, de um povo heroico que está cansado de conviver com tanta atrocidade, incoerência, inversão de valores, insensatez e corrupção e daí resolveu bradar para ser ouvido pelos políticos da nação.

Como o sol em raios fúlgidos, queremos liberdade para expressar a nossa opinião.

Queremos também o penhor da liberdade de ir e vir, com transporte a preço justo e de qualidade.

Se o nosso céu é formoso, risonho e límpido, queremos clareza e transparência nos negócios e nas contas da presidência.

Por ser "gigante pela própria natureza", o povo é destemido e forte, o grito do sul ecoou no norte.

Somos filhos deste solo de quem o Brasil é mãe gentil, temos esperança, queremos pisá-lo e viver em segurança.

Mas, "deitado eternamente em berço esplêndido", não quer dizer um povo acomodado e sim pela natureza privilegiado. Com tamanha riqueza natural e de pessoal, nossas terras férteis e nossos profissionais competentes, podem garantir a alimentação, a educação e o cuidado da saúde do povo, bastando apenas o interesse político e o direcionamento ético.

Amamos a nossa bandeira, o nosso país, o nosso hino, vencemos outras batalhas e haveremos de vencer também essa, pois "o filho teu não foge à luta."

Ajudo a escrever e registrar a história de um futuro breve, mania de bibliotecária literária e arquivista ativista.


O país que é um grande livro aberto, sem segredos, sem injustiças, com verdes campos, onde crianças brincam e de onde corre um rio de águas límpidas, que leva conhecimento, que lava a ignorância, que se renova sempre, buscando o melhor. 

Um livro sob um céu azul, luminoso e cheio de energia, para inspirar os governantes e se estes que estão hoje no poder não souberem captá-la, que deixem o espaço para outros, para que tenhamos a certeza de poder contar com os direitos básicos, constitucionais e universais.

domingo, 9 de junho de 2013

Dia Internacional dos Arquivos



Neste Dia Internacional dos Arquivos 2013, proponho, por intermédio de um acróstico(1),  a leitura de algumas ações inerentes à atividade de arquivo, as quais, considero fundamentais para o seu desempenho e entendimento do contexto.




Avaliar o ambiente, os processos e a documentação.
Reconstruir a estrutura e os conjuntos documentais, que por vezes estão desfeitos.
Qualificar o arquivo e seus conjuntos documentais.
Unificar os fundos arquivísticos.
Institucionalizar os instrumentos, procedimentos e rotinas.
Validar os instrumentos, procedimentos e rotinas.
Operacionalizar e fazer funcionar o arquivo.


Outras ações são importantes e inerentes aos arquivos. Você que trabalha com arquivo, pense e desenvolva seu acróstico.


(1) Gênero de composição, em geral poética, que consiste em formar uma palavra vertical com as letras iniciais ou finais de cada verso. Muito usado no barroco. É um exercício lúdico, como um passatempo ou uma curiosidade verbal, em que se coloca uma palavra na vertical e a partir das letras dessa criam-se outras palavras ou pequenas frases. Já era praticado na Antiguidade pelos escritores Gregos e Latinos e na Idade Média pelos monges. Hoje em dia é fácil encontrar também o acróstico em jornais, revistas e puzzles.
Parte integrante da monografia de autoria coletiva, apresentada por ocasião do Curso de Gestão de Arquivos Empresarias, pela FESPSP.

sábado, 1 de junho de 2013

A liberdade pode estar na biblioteca


O filme "Um sonho de liberdade" é um drama que envolve várias questões, o sistema penitenciário, a justiça e a injustiça, a corrupção, a violência, as tramas psicológicas dos presos, a reintegração social, a liberdade. O filme é um primor e várias são as resenhas já elaboradas, que estão publicadas na rede. Assisti há tempos, assisti novamente, fiz agora uma nova leitura, percebi novos detalhes, apreciei o filme com outro olhar.

A razão deste post é para realçar o trecho do filme em que o protagonista é direcionado para trabalhar na biblioteca do presídio (momento 51:58). Apesar de a intenção da direção do presídio não ter sido as melhores, o tiro saiu pela culatra por duas vezes. Primeiro, porque a biblioteca se transforma em algo de bom para os presos e segundo, em razão do esquema armado, que culmina com a fuga do presidiário inocente e a condenação do diretor corrupto.

O mais novo encarregado da biblioteca insiste na busca de verbas públicas até conseguir a primeira delas (momento 65:46) e assim, antes de transformar aquele lugar sombrio, morto, velho e sujo em um espaço de convivência dinâmico, movimentado, onde os presos podiam retomar a dignidade de cidadão, tendo contato com a literatura, música e cultura (momento 76:36), ele ousa e sonha com a liberdade (momento 66:17).

A lição de busca pela liberdade, de foco, de persistência, vale não só para o cenário e enredo do filme, mas, fazendo um paralelo, vale também para o contexto do bibliotecário que, muitas vezes tem que lidar com a falta de recursos para tocar sua biblioteca. 

A tarefa não é impossível, portanto... 


Quando o desafio for lançado,
 

conheça o status quo, recursos e pessoas que estão disponíveis.

Haverá o que se aproveite e quem te receba com sorriso no rosto.

Aceite a experiência dos mais velhos, eles conhecem o problema e podem contribuir.

Comece a agir, não perca tempo, o serviço de referência acontece a toda hora.
 

Mãos à obra!

Reforme o que for preciso,

mas, antes, faça o planejamento.

Trate o acervo,

classificando-o, catalogando-o, indexando-o...

Busque verbas! Elas um dia chegam.

Envolva todos na cooperação.

Dê identidade ao seu projeto.

A realização acontece, é uma consequência do esforço e da união.

Depois você colherá os frutos,

pois o atendimento ao outro lhe deixará realizado.

Mas... É hora de buscar novos desafios, crie coisas novas! 

A biblioteca é uma educadora.
 

O espaço permite, aproveite-o, mas, permite também que você saia dele.

Ouse!


Faça a escolha certa para o momento certo.

Pense em cada detalhe.

Coloque o plano em prática.

Analise a repercussão.

Sinta-o e tire conclusões.

Depois, ouse mais!


É o sonho de liberdade!

A liberdade pode estar na biblioteca.




Um Sonho de Liberdade (The Shawshank Redemption, 1994 / EUA)
Direção: Frank Darabont
Roteiro: Frank Darabont e Stephen King
Com: Tim Robbins, Morgan Freeman, Bob Gunton, James Whitmore, William Sadler e Clancy Brown. 
Duração: 142 min.