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sábado, 13 de agosto de 2022

Famílias que se entrelaçam e formam novas famílias

Cavalcanti e Farias duas famílias que se entrelaçaram por intermédio da união entre meus pais. Além dos filhos gerados, eu e meus irmãos, muita coisa se misturou, gerando o legado dessas famílias. Costumes, educação e todo um contexto de memórias e histórias.

Para registrar tudo isso encomendamos os brasões das famílias, que, expostos na parede da casa construída e projetada pela nosso pai, não deixam esquecer o que tem que ser lembrado.


Brasões de Família - Corredor da Torre do Boulevard Geneve
Campos do Jordão - SP

sábado, 7 de agosto de 2021

Uma casa bem arquitetada

Uma casa, nossa casa. Eis o croqui original, ainda em papel manteiga, pintado a aquarela, representando a nossa futura casa, que logo em seguida foi projetada e construída pelo nosso pai, Arquiteto José Armando Farias. Um documento permanente, tendo em vista o seu valor histórico e sentimental, que, apesar dos tons envelhecidos devido aos mais de cinquenta anos passados, está sendo preservado pelo meu irmão do meio, engenheiro, que divulgo agora, em função do Dia dos Pais.


Mas, voltando a falar da casa, nela, vivemos muitas alegrias. Passamos a ocupá-la em julho de 1968, ainda em construção, eu, mais 4 irmãos, nosso pai e nossa mãe. O mais novo nascera em abril do mesmo ano, ainda na casa alugada, e o mais velho há pouco havia completado 13 anos.

Uma casa diferente, cheia de novidades para a época, a começar pelas colunas, que passavam a ideia de grandes blocos de concreto e na verdade eram armários internos embutidos, que causavam admiração a todos que visitavam e tinham a ideia de uma fortaleza. 

Acima do terraço, sustentada por esses blocos, uma laje aparente permitia a subida pela janela do quarto dos meninos. O mais velho, já rapazinho, explorava ao máximo esse recurso e até subia no telhado para admirar as alturas, coisa de piloto, que virou comandante de voos internacionais.

Dessa laje escoavam as águas das chuvas que enchiam a bica exagerada situada na frente da casa, que se tornava comunitária pela ausência de muro na frente. Em dias de chuvas tomávamos banho de bica, mas antes de enfrentar a água fria da chuva, um leve gole de licor de menta, liberado pelo nosso pai. Juntava-se a nós nesse brincadeira interminável toda a criançada da rua e às vezes, alguém que por ali passava, tudo na Santa Paz.

A frente da casa era toda em piso artesanal feito a mão com a colher de pedreiro pelo Sr. Edilson, mestre de obra e verdadeiro artesão da construção, que também sentou de forma primorosa e perfeita os cobogós que separavam o terraço. A ideia, é claro que foi do pai arquiteto.




A área externa lateral toda ladeada de vigas, pronta para receber um segundo andar, era o grande playground, com mosaico recortado criando canteiros irregulares, cobertos de jibóia, cheio de flores e pés de romãs, tudo muito cuidado pela nossa mãe, jardineira de jardim, de filhos que floresceram para o bem, e de poesias germinadas e regadas até hoje.


Era na área coberta desse espaço, no terraço, abaixo da laje já falada, que minha irmã, bailarina na época, lia e relia clássicos da literatura, assim como romances água com açúcar, podendo o mundo se acabar que nada a fazia despregar o olho da leitura. Mais tarde, quem foi lidar mais de perto com leitura, bibliotecas, escrita e tudo mais que advém dos livros foi essa bibliotecária que faz este registro agora.

E também era nessa área coberta e descoberta, que o novinho, eu e meu "irmão gêmeo" (só na vontade), brincávamos de velocípede e bicicleta. 




Mais adiante, no terraço coberto, uma mesa oficial de ping pong fora presente de Natal, se instalando para promover campeonatos com os amigos da vizinhança.

Saindo desse espaço, eis que surge o quintal, guardado pelo cão Duque, que toda noite ganhava um refresco de água gelada com açúcar do nosso pai. O quintal era cheio de fruteiras - graviola, siriguela, cajarana, goiaba, banana curuda, que atraiam muitas espécies de aves, pardais aos montes, bem-te-vis alegres, beija-fores faceiros, sanhaços verdes e azuis e até um paturi, que chegou do nada e desapareceu entre a floresta de bananeiras. Ainda no quintal, um local escondido para guardar os utensílios de jardim, tão discreto que era chamado de "esconderijo" e um pouco mais abaixo, em um declive acentuado, uma pequena nascente de água, em que se via pequenas espécies do tipo cara e pitu.



Todo esse espaço, mais adiante, se tornara a Escolinha O Cogumelo, comandada pela nossa mãe, que tanto contribuiu com a educação de crianças de 2 a 5 anos. Hoje, em um dos espaços, onde já fora a garagem e a escolinha, encontra-se instalado o Memorial Arquiteto José Armando Farias, sob a responsabilidade do nosso irmão caçula, aquele que era novinho quando nos mudamos, historiador e contador de histórias de família.

Dentro de casa, ligando os dois andares, do corredor superior à área de serviço, um cano PVC embutido na parede, servia de comunicação entre a minha mãe e a encarregada dos serviços domésticos, mas na verdade também servia de muita brincadeira, dávamos susto nos amigos que visitavam a casa. 

A escada que leva ao segundo andar, mais parece uma escada medieval, de uma torre de contos de fadas ou de um farol encantado, com direito a correntes e fresta para entrar os raios do sol poente. É claro que os espaços formados pelos recortes da escada eram sugestivamente aproveitados.

Nos quartos de dormir, as camas com base em concreto e uma laje em balanço acentuado, era o charme para receber os colchões de espuma.

Os corredores do andar superior e do térreo, ligavam a frente da casa aos fundos, tinham o piso em taco devidamente encerado com cera e enceradeira. No janelão do corredor de cima, certa vez, entrou um pássaro noturno, que ficou batendo asas até achar a saída e ser libertado. Já no andar de baixo, corria-se, patinava-se e andava-se de bicicleta, mas não depois de encerado.

A grande sala de visitas, mais adiante, depois da ida aos céus do nosso pai, tornou-se local de barras, espelhos, radiolas e caixas de sons, onde a minha irmã bailarina, que se tornara uma educadora psicopedagoga, ensinava os primeiros passos da dança, impregnando todo o ambiente com a boa música clássica e trazendo valores para completar a renda da família.

Tudo isso e muito mais faz parte de um passado maravilhoso, vivido nessa casa bem arquitetada, concebida para nos fazer felizes, que resiste até os dias de hoje, tendo já recebido os netos e agora mais recente, os bisnetos de nossa mãe. Ela, que aos 91 anos, carrega um arsenal de memórias e feitos, tanto na nossa educação como na sua história de vida pessoal e profissional, e nosso irmão caçula, o historiador, quem admiro e acompanho, são  os guardiões dessa casa bem arquitetada. 

Uma casa, uma história, muitas vidas e lembranças boas.

As fotos foram reproduzidas pelo primogênito, a partir de slides originais feitos pelo nosso pai.

domingo, 4 de julho de 2021

Arquivo pessoal: registro histórico de 90 anos

As pessoas costumam guardar documentos ao longo de suas vidas. Esses documentos são testemunhos da vida, das relações interpessoais e/ou profissionais, que se acumulam e são mantidos, muitas vezes passados de uma geração para outra. Denominados de arquivos pessoais porque evidenciam a organicidade das atividades da pessoa a que pertencem, ou seja, vínculos inerentes aos registros do fundo a que pertencem. Esses arquivos revelam não somente os fatos da época, mas sobretudo todo um contexto que permeia os fatos, a partir da leitura que se faz.

Os arquivos pessoais podem ser fontes complementares de informações pelo seu valor histórico, cultural, probatório e informativo, junto aos arquivos de natureza pública, em prol da memória nacional, para tanto, o Conarq publicou a Resolução 47, de 26/04/2021, que "Dispõe sobre os procedimentos relativos à declaração de interesse público e social de arquivos privados de pessoas físicas ou jurídicas que contenham documentos relevantes para a história, a cultura e o desenvolvimento nacional" (CONARQ, 2021). Na verdade a preocupação com esses arquivos não é de agora, a Resolução 47 atualizou a 17/2003, que por sua vez revogou a 12/1999.

Mantido por uma tia minha junto a tantos outros documentos da família, um cartão postal, datado de Junho de 1930, traz em seu verso a mensagem de uma prima de minha avó, Jovita Lucena Cavalcanti, enviando votos de parabéns pelo nascimento da minha mãe, "a mimosa Maria da Conceição", como foi carinhosamente chamada pela remetente Maria Olympia.

Tempo do romantismo das correspondências postais, comuns e rotineiras, que tanto alegravam a quem as recebia, possibilitando uma interação contínua, indo e vindo.


Importante ressaltar a forma de denominar a destinatária, "Madame Altino Cavalcanti", ou seja, minha avó sob o nome do meu avô, formalidade de tratamento da época. Época em que o termo "madame" era sinal de eloquência e respeito, quando as mulheres não tinham identidade social própria e eram conhecidas por intermédio do nome do marido. 

Mudanças na sociedade, tradições, contextos históricos, genealogia, revelações de família e tantas outras informações podem ser extraídas e inferidas a partir de acervos pessoais. 

Acrescento aqui, que minha avó Jovita Lucena Cavalcanti tinha como tio-avô o Barão de Lucena e era prima em segundo grau do ex-presidente Epitácio Pessoa, que era tio de João Pessoa. Como vemos aqui, há um emaranhado de família e história.

BRASIL. Conselho Nacional de Arquivos (CONARQ). Resolução Nº 47, de 26 de abril de 2021. Dispõe sobre os procedimentos relativos à declaração de interesse público e social de arquivos privados de pessoas físicas ou jurídicas que contenham documentos relevantes para a história, a cultura e o desenvolvimento nacional. Disponível em: https://www.gov.br/conarq/pt-br/legislacao-arquivistica/resolucoes-do-conarq/resolucao-no-47-de-26-de-abril-de-2021. Acesso em: 03 jul. 2021.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2021

Que maravilha de leitor!

Ele já faz leituras a seu modo, faz escolhas dos livros, folheia as páginas, olha as figuras, aponta para as preferidas, admira-se com as cores e movimentos, enfim, é um leitor em potencial apesar dos seus 2 aninhos incompletos.







Está no caminho certo para ter uma boa desenvoltura cognitiva, vocabulário vasto, compreensão das coisas, boa reflexão e censo crítico, e claro, uma excelente leitura no sentido completo da palavra.

Essa fofura de leitor é um dos meus sobrinhos-netos, que foi flagrado pela avó paterna, nesse doce momento de puro deleite e muita concentração. E essa sequência de lindas fotos que recebi dela, veio a calhar, hoje, Dia do Leitor.

Que maravilha de leitor! Digno de representar todos os leitores!


sexta-feira, 23 de outubro de 2020

Um sonho, milhares de voos

Diferente de Ícaro, ele voou, voou e voou, muitas idas e vindas. Atravessou cidades, mares, países, oceanos e continentes. Milhares de voos, diferentes aeronaves, muitos céus conquistados, muitos passageiros entregues em segurança nos seus destinos.

Esse é meu mano mais velho, piloto comandante por muitos anos na TAM, LATAM, Airline. Na ocasião, pilotando o Airbus A350, aeronave desenvolvida e fabricada pela Airbus, com asas de fibra de carbono e polímero.

Profissão linda essa de aviador, que ele abraçou desde cedo. Entre as partidas e chegadas, muita dedicação, objetivo, meta, foco, controle, atenção, qualidade, destreza, tomada de decisão, precisão, perfeição. Só isso!

Parabéns, mano, pela bela profissão e pelo exímio piloto comandante que você é.

 

 


sexta-feira, 19 de junho de 2020

90 anos, uma longa jornada

Hoje é um dia muito especial. São completados 90 anos de vida da minha mãe, marcados por uma longa jornada de garra, dedicação, firmeza, sensibilidade, amor e de muitas superações e realizações. 

Tudo isso muito bem representado em texto belíssimo do meu irmão Pedro Altino Farias, postado no blog da Academia Cearense de Literatura e Jornalismo "Homenagem - D. Concita - 90 anos (AF)".

Orgulho imenso de tê-la como mãe e exemplo.

Na peça de lembrança de seus 90 anos, registramos sua poesia, para marcar essa data tão sublime.


As dálias, os miosótis, as açucenas, os crisântemos,
Na vida tudo tem o seu tempo.
Vida, vida, tempo, tempo…


Na comemoração, muita "Loucura de Amor".




sábado, 30 de novembro de 2019

Livraria com estilo

Neste Dia da Livraria e do livreiro, resgatei essas fotos de 2017.


Poderia ser uma paisagem urbana de uma cidadezinha da Europa, e a visitante dessa livraria, uma leitora europeia. 



Mas não é, nem é uma miragem, é a Livraria Miragem e estamos no Brasil, na Cidade de São Francisco de Paula/RS. Essa belezura, além de livraria, é um lugar peculiar cheio de novidades e, sobretudo, carregado de história, carinhosamente, administrado e cuidado pela livreira Luciana Olga Soares. Li maravilhas sobre ela e o lugar.Tenho que visitar!

A leitora é uma brasileira, cearense, minha filha, que passou uma estada em Porto Alegre, em novembro de 2017, para cumprir estágio de formação em medicina, e fez roteiro turístico pela Serra Gaúcha, visitando a Cidade.  Essa lindeza, meu orgulho, hoje é médica!

sexta-feira, 18 de outubro de 2019

Seu nome é Medicina

Minha doutorinha já completou, em julho, um ano do exercício da Medicina. De lá  para cá muita dedicação e cuidados junto aos seus pacientes.

Desde criança seu sonho era ser médica. Com muito estudo e esforço conquistou seu sonho, orgulho de toda a família.

Tenho certeza que a facilidade com a leitura e a escrita contribuiu para essa realização. Leitora voraz, daquele tipo que, desde a alfabetização, lia livros, placas, avisos do colégio e todos os textos que via pela frente, além disso,  gostava de registrar tudo e escrever histórias, afinal, uma coisa leva a outra.

Mas, voltando para a Medicina, é maravilhoso ver o branco sob seu corpo, deixando-a pronta para o exercício da profissão, para recepcionar e acolher quem precisa de cuidados médicos, quem sofre por conta da fragilidade na saúde.



Um futuro inteiro brilhante pela frente e, mais ainda, solidário, e de grandes emoções, porque cumpre com ética, carinho e muita presteza o ofício da medicina.

Em vôo recente, retornando de férias, ouvir do comandante a fala "Um passageiro está passando mal, há algum médico a bordo? Por favor se apresente", com ela respondendo de pronto, indo ao encontro para prestar seus serviços médicos, foi simplesmente emocionante.

Neste dia do Médico, minha homenagem, cheia de orgulho, para a doutorinha da família.

segunda-feira, 9 de setembro de 2019

Administrar não é para todos

Hoje é o dia dele. Administrador nato! Meu primogênito sempre foi excelente naquilo que faz, principalmente na complexa arte e técnica de administrar. Até hoje, tudo que se propôs a fazer, que precisou dessa habilidade e competência, o fez com esmero, sempre conquistando resultados positivos.


Em novo contexto, com uma nova missão a cumprir, tenho a certeza que muito sucesso vem pela frente, porque é capaz, porque tem conhecimento, porque está preparado para o que der e vier e, sobretudo, porque prima pelo que faz.

Só orgulho!

Parabéns pelo Dia do Administrador!

quinta-feira, 15 de agosto de 2019

Quem historia, também faz poesia

Outono/OCASO

Quando o dia se pronuncia
Cerra a ilusão que habita a logia (galeria).
Companhia não havia.
Decai mais uma nostalgia.
Mais uma noite vazia,

Nova travessia noturna inicia.
Como previa, nem utopia.
Triste agonia vivia
Que se repete em demasia.
Mais uma noite vazia,

O mar da serrania luzia
Contrário a vida em letargia.
Outrora tão festejada, resplandecia,
Já floresceu na via, fulgurante, repleta de sodomia.
Mais uma noite vazia,

Agora mais nada principia
Tentativa vã, a tal florestania.
Apenas o silêncio jazia
Revirar, sacudir, acrobacia.
Mais uma noite vazia,

Achar no abissal algo que irradia
Hoje, tão triste quanto o destino de Sofia.
Futuro ausente, apenas a sombra prenuncia.
Mergulho no nada, escuridão disformia.
Mais uma noite vazia,

Fleches de euforia no pretérito fenecia.
Agora não há sequer fantasia.
Útero estéril que não procria,
Nem a exótica cotovia.
Mais uma noite vazia,

Vidência, runas, magia. Intuía.
A estrela guia quimbanda e quiromancia.
Como a Babilônia, ruía.
Ao passado festivo, presente sequer de anistia.
Mais uma noite vazia,

Na lata do lixo apodrecia
Um sopro de juventude, cidadania.
O tempo inexorável destruía
As máscaras de alegoria
Mais uma noite vazia,
     
A deriva pedia o espectro não ouvia.
Ainda assim aconselhava zelar sua cria.
O deserto seco só gemia.
Findou o sonho de parceria.
Mais uma noite vazia,

Moradia, alucinação, não existia.
Atravessar o vale, noite sombria,
Púbere ilusão na coxia sumia.
Tudo como a fria Normandia.
Mais uma noite vazia,

Encerra-se um ciclo, o amanhã escorria.
Para sempre, despede-se a verdejante Talia.
A cortina se fecha, escurecia.
A morte ronda, contra nem alquimia.
Mais uma noite vazia,

Murcharam as rosas, na vegetação o fogo ardia.
Não há verdes vales, nem flor na cercania.
Há o lamento, uma agonia, uma nuvem escura uma ventania varria.
Não há rubor, graça ou alegria...
Mais uma noite vazia...

Armando Farias


Na foto, ao centro, Armando Farias, historiador, meu mano caçula, compartilhando sua poesia Outono/Ocaso, na noite de 13/08/2019, durante o "Momento Literário" da Embaixada da CachaçaSentada ao lado, nossa mãe poetisa, Concita, autora do blog Poesia do meu jeito, que também participou do evento e, em pé, acompanhando a leitura, Reginaldo Vasconcelos, ambos da ACLJ

O evento cultural semanal foi instituído pelo “Embaixador” Altino Farias, meu outro mano, proprietário dessa casa de bebidas, também membro da ACLJ

domingo, 18 de março de 2018

Registros memoráveis da década de 60

Hoje, tive acesso a registros que escrevi na década de 60. Cartas enviadas a tias de Recife, nas quais relato o meu dia a dia familiar quando menina, ainda na primeira infância.

Minha mãe me fez a entrega, ela, por sua fez, os recebeu do meu mano  caçula Armando, de quem mais adiante vou falar, que os recolheu da minha Tia Nanita, irmã de minha mãe.

Interessante como esses registros são poderosos em resgatar aquilo que estava guardado lá no fundo da memória, talvez  no inconsciente.

Recortes do tempo congelados em um pedaço de papel há mais de 50 anos, que, se bem conservados, resistirão a mais 50 anos, quem sabe...



Ali, em certo dia, eu contava às minhas Tias Nanita, Olga e Carmela sobre o meu corte de cabelo, sobre a entrada do meu irmão Pedro no jardim II e o primeiro dente que arrancou.  Mais tarde, levava a notícia sobre o meu excelente desempenho escolar, notas 10, sobre o carinho com o meu mano mais novo ainda nenê, sobre a nossa casa que nosso pai projetou e  construiu e outras coisinhas mais da mente inocente e criativa de uma criança.

Daí, hoje, fazendo a leitura deles, eu volto a pensar nos registros documentais da Arquivística, o quanto são importantes para a posteridade, para fazer a leitura e desvendar fatos, entender o contexto da época e fazer inferências a respeito.

Vou guardá-los nos meus arquivos pessoais e mais, no fundo do coração, porque fazem parte de mim, do meu contexto, do meu passado, da construção da minha pessoa.

Arquivos: passado presente no futuro!

sexta-feira, 24 de novembro de 2017

Começando por escrever um livro

Vontade de escrever não lhe falta, é tanto que, dentre as três façanhas a serem realizados na vida estabelecidas pelo senso comum: plantar uma árvore, ter um filho e escrever um livro, ele começou pelo livro. 

Juntamente com mais 19 autores, todos ainda estudantes de Direito da Universidade de Fortaleza (Unifor) e sob a coordenação da Professora Elizabeth Alecrim Soares Coelho, ele escreveu "Reflexões Críticas do Novo Código de Processo Civil".


O livro é o resultado do trabalho empenhado do Grupo de Estudos Processuais “Lições Preliminares de Direito Processual Civil” sobre o novo Código de Processo Civil, que a Professora Elizabeth coordena.


Para esse contexto efervescente de questionamentos e conhecimentos, com muito empenho e dedicação, só podia resultar nessa conquista. 

Não é todo dia que se escreve um livro.

Fomos prestigiar nosso caçula no evento de lançamento dessa obra na noite de ontem (23/11), na Unifor. 

Que venham mais e mais produções dessa natureza!