sábado, 23 de abril de 2011

Pietá

Oportuno pelo momento, ressalto significativo souvenir que recebi recentemente do casal Pedro e Goreth, meu irmão e sua esposa, ambos estiveram de férias na Itália e, passando em Florença, cenário dos artistas do Renascimento, tiveram a lembrança de trazer uma réplica em miniatura da Pietà de Michelangelo, conhecida como a Pietà do Vaticano.

A Pietà (Piedade, em italiano) foi esculpida em mármore em 1499 e atualmente está localizada no interior da Basílica de São Pedro, em Roma. A Pietá representa a Virgem Maria com o corpo morto de Jesus, depois da crucificação.

A leitura que faço do objeto é a seguinte: no contexto da crucificação, perante os homens, o sofrimento de uma mãe como as outras, no contexto dos desígnios de Deus, superação, ascenção.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Falconi direto do blog da HSM

Transcrevo trecho inicial do segundo dia do Fórum HSM de Gestão e Liderança 2011, da seção do talk show com Vicente Falconi:


O professor Falconi abriu o bate-papo afirmando que está convencido de que já existe nas empresas uma quantidade de conhecimento muito grande. “O que falta nas empresas é execução, mas principalmente, fazer o que precisa ser feito. Nós precisamos começar a executar”. Para ele, as coisas simples podem ser executadas. “A cultura da não execução é uma coisa dramática, ainda mais quando existe a cultura da procrastinação. O fato fundamental é o seguinte: se eu não executar, nada acontece”.

Falconi explicou que o filósofo francês René Descartes escreveu o livro O Discurso do Método, por volta de 1600. Para ele, método é a busca da verdade para se atingir os resultados. “É você tomar decisões baseadas na verdade, entender e continuar”. Para ele, há as verdades mostradas na análise dos dados e fatos. E as empresas, na grande maioria, não trabalham com elas. As pessoas vivem tomando decisões, que custam milhões, baseadas em opiniões. Ele afirma que todo gestor deveria ler Descartes.

Leia a matéria completa.

Como admiradora de Descartes, não poderia deixar escapar essa recomendação que o renomado Falconi faz para a leitura da obra Discurso do Método, do fundador da filosofia moderna.

Descartes duvidou dos sentidos, do que via e do que ouvia, se deparou com um ser que pensa e que usa a razão e daí veio a frase "penso: logo existo".

As quatro regras do Discurso do Método são:

  1. VERIFICAÇÃO DA EVIDÊNCIA - Não aceitar nada que não seja evidente, evitando a prevenção e a precipitação.
  2. ANÁLISE - Dividir um problema em tantas partes quantas forem possíveis e necessárias. 
  3. SÍNTESE E ORDENAÇÃO – Ordenar o pensamento, partindo das coisas mais simples para as mais complexas. 
  4. ENUMERAÇÃO - Efetuar enumerações tão completas de modo a ter certeza de nenhum elemento ter sido esquecido.
O método de Descartes sugere seu uso para a execução, por isso a máxima de Falconi: “É você tomar decisões baseadas na verdade, entender e continuar”.
Segundo Falconi, os três fatores fundamentais para que se obtenham resultados extraordinários são: liderança, conhecimento técnico e método.
 
Acesse breviário sobre a filosofia de Descartes
 






quinta-feira, 21 de abril de 2011

Fazendo a análise SWOT dos arquivos empresariais em geral

Resgatei alguns escritos da minha equipe do Curso de especialização em Gestão de Arquivos Empresarias, pela FESPSP, para apresentar uma ferramenta do marketing, a análise SWOT, que aplicamos aos arquivos empresariais em geral, necessária para a construção de um plano de marketing.

Antes, fizemos uma pequena reflexão e pararelo entre o marketing e os arquivos, fazendo a leitura dos dois contextos.

Fazer arquivo e fazer marketing são atitudes que remontam aos primórdios da Humanidade.   Como ciências, ambas são recentes e, por essa razão, ainda estão em formação, constituindo conceitos e definições. Arquivo e Marketing estão diretamente ligados à mudança de tecnologias. Todos da empresa fazem Arquivo e Marketing no seu dia-a-dia, independente de se ter um departamento exclusivo. Arquivo e Marketing tiveram épocas bem definidas que foram se superando com o passar do tempo. Tanto o Arquivo como o Marketing se consolidaram de forma mais efetiva no século XX.

Fazendo a análise SWOT dos arquivos empresarias em geral:

Fatores Internos

Forças
  • É uma unidade que se articula com todas a unidades da empresa;
  • Trabalha com um produto estratégico e decisivo;
  • Outras unidades dependem do seu produto para desenvolver suas atividades;
  • Todos têm a consciência que a informação está no Arquivo;
  • Existe programas de treinamentos na empresa.
 Fraquezas
  • Geralmente, não é reconhecido oficialmente dentro da estrutura da empresa;
  • Conhecido de forma pejorativa;
  • Massa documental sem gestão;
  • Falta pessoal qualificado;
  • A ciência que fundamenta o Arquivo ainda está se consolidando e é pouco divulgada;
  • O produto do arquivo “informação” é um bem intangível;
  • O retorno como benefício também é intangível e não mensurado.
 Fatores Externos

Oportunidades 
  • Oferta de tecnologia para aplicação no arquivo;
  • Vive-se hoje a “Era da Informação”;
  • Fiscalização constante dos órgãos competentes;
  • Aporte direto para as atividades meio e fim;
  • ISO 9.001.
 Ameaças 
  • Aplicação da tecnologia como a panacéia para todos os problemas do Arquivo;
  • Obsolescência de tecnologia e equipamentos;
  • Mudança de administração;
  • Programa 5S.

Inter-relação dos Fatores Internos e Externos da Análise SWOT
Adaptado de: FERREL, O. C. et al. Estratégia de marketing. São Paulo: Atlas, 2000.

Traduzindo a figura, aliam-se as forças às oportunidades e vice-versa, para se obter maior grau de vantagem competitiva, algumas ameaças podem ser convergidas em oportunidades, desde que estudadas e exploradas estrategicamente, as demais devem ser eliminadas, assim como as fraquezas que não têm reflexo nas forças por si só, ou por interferência de uma força específica.

A Fraqueza falta pessoal qualificado pode ser eliminada pela Força existe programas de treinamento na empresa;
A Ameaça mudança de administração pode ser convertida em uma Oportunidade, nova administração, novos valores ou sensibilizar para tal;
A Força trabalha com um produto estratégico e decisivo associada à Oportunidade oferta de tecnologia para a aplicação no arquivo, resulta em mais competitividade e qualidade.

Faça e refaça sua análise SWOT, pois a leitura pode ser diferente em função do contexto empresarial que muda a cada dia, tanto em razão dos fatores internos, como dos externos.

domingo, 10 de abril de 2011

Organização e acessibilidade II

Em minhas visitas rotineiras às organizações, para fins de diagnóstico situacional, consultoria e/ou continuidade de trabalhos já implantados, tudo dentro do segmento de arquivo, estou sempre a me deparar com curiosidades, tanto na maneira de fazer arquivo (pessoas), como na forma de guardar os documentos (mobiliário). Em recente visita tive a surpresa de ficar à frente de um mobiliário bem peculiar e interessante (talvez comum, dependendo da leitura e do contexto de quem observa), provavelmente dos anos 70, haja vista a existência da empresa, no entanto, o design e a ideia de funcionalidade remontam a uma idade mais antiga. Trata-se de um arquivo horizontal, pois a superfície de maior área do documento repousa horizontalmente, mas de design vertical. A peça em madeira é muito prática, pela sua dimensão e pela acessibilidade às gavetas, cuja identificação de conteúdo pode ser feita externamente, facilitando à busca do documento. Pela altura mínima das gavetas, conclui-se que é aplicado para documentos em idade "correntíssima", que ainda necessitam de despachos, apreciação, ou mesmo que estão em trânsito. O mobiliário ainda dispõe de uma gaveta inferior de maior altura, em qualquer cantinho de sala se acomoda e dá uma elegância ao ambiente, diferente da frieza do aço. Vi, registrei e bloguei!

sábado, 2 de abril de 2011

Dia Internacional do Livro Infantil

Hans Christian Andersen,  escritor dinamarquês de histórias infantis, que escreveu 156 contos, é o patrono do Dia Internacional do Livro Infantil. Dentre suas obras destacam-se os clássicos:


O Patinho feio, O Soldadinho de chumbo, as Roupas novas do imperador, A Pequena sereia, A Princesa e a ervilha, A Pequena vendedora de fósforos, A Polegarzinha.
Quem de nós não se encantou com a leitura e as ilustrações das páginas dessas histórias e fábulas maravilhosas?
O prêmio "Hans Christian Andersen" é considerado uma espécie de Prêmio Nobel de Literatura do gênero infanto-juvenil. Ele é oferecido pela organização "Internacional Board on Books for Young People" todos os anos.

A data é comemorada em mais de 60 países e é uma tentativa de despertar nas crianças o interesse pela literatura.

No Brasil, o Dia Nacional do Livro Infantil, é comemorado no dia 18 de abril, em homenagem ao grande escritor brasileiro Monteiro Lobato. A data foi escolhida em 2002 pelo Presidente Fernando Henrique Cardoso, em alusão ao nascimento do escritor brasileiro José Bento Monteiro Lobato. Monteiro Lobato foi o criador da literatura infantil no Brasil, suas obras estão imortalizadas pelos personagens inesquecíveis de suas histórias infantis: Dona Benta, Visconde de Sabugosa, Tia Anastácia, Pedrinho, Narizinho e Emília, contextualizados no Sítio do Picapau Amarelo

Segundo a Wikipédia, a Literatura infantil constitui-se como gênero durante o século  XVII, época em que as mudanças na estrutura da sociedade desencadearam repercussões no âmbito artístico. O aparecimento da Literatura Infantil tem características próprias, pois decorre da ascensão da família burguesa, do novo "status" concedido à infância na sociedade e da reorganização da escola. Sua emergência deveu-se, antes de tudo, à sua associação com a Pedagogia, já que as histórias eram elaboradas para se converterem em instrumento dela.

Aqui faço o comentário referente à necessidade que surge em função do contexto.

No século XVII Fenélon (1651-1715), tinha a função de educar moralmente as crianças, para tanto, escreveu, De L'éducation des filles, primeira obra significativa em sua carreira de escritor e educador. O livro, solicitado pela duquesa de Beauviller para orientá-la na educação de suas filhas, alcançou grande sucesso, tornando-se obra de referência para as famílias da época, bem como texto de consulta para os estudiosos da pedagogia. Já o duque de Beauvilliers, designado "governador" do jovem duque de Borgonha - neto do rei e herdeiro presuntivo da coroa - escolheu Fénelon para o honroso cargo de preceptor do príncipe. Portanto, além de escrever a pedido da duquesa de Beauviller, Fénelon dedicou-se logo a trabalhar no sentido de corrigir o comportamento do príncipe por meio de fábulas, que ele próprio ia escrevendo.

É a partir do século XVIII que a criança passa a ser considerada um ser diferente do adulto, com necessidades e características próprias, pelo que deveria distanciar-se da vida dos mais velhos e receber uma educação especial, que a preparasse para a vida adulta.

Não posso deixar de lembrar das diversas obras infantis que li, me fizeram viajar em pensamentos e, de certa forma, contribuíram para a minha formação: Alice no país das maravilhas, O Patinho feio, a Pequena vendedora de fósforos, Emília no país da gramática, A Chave do tamanho, Reinações de Narizinho, Caçadas de Pedrinho, O Pequeno príncipe, Chapeuzinho Vermelho, Rapunzel, etc., estas últimas dos renomados Irmãos Grimm. 


Nesse contexto de literatura infantil, também não posso deixar de registrar o livro de poesia infantil, "Juntando e desmanchando", concebido no seio da Escolinha o Cogumelo, pelos idos dos anos 80, de autoria da minha mãe.