terça-feira, 20 de julho de 2010

Vendas do livro digital e sucesso do Kindle

A Amazon.com, uma das maiores livrarias dos Estados Unidos, anunciou que nos últimos três meses as vendas de livros para o seu e-reader, o Kindle, superou as vendas de livros de capa dura. No período, disse a Amazon, foram vendidos 143 livros para Kindle para cada 100 livros de capa dura – incluindo livros em papel que não têm edição para Kindle. Leia mais... no site da Veja.

Saiu a notícia na Veja, na Folha de São Paulo, no Estadão e em vários outros canais, além de estar sendo repassada por diversos sites e blogs da rede, inclusive aqui, em leitura e contexto, afinal é uma boa ou não é? Você trocaria a leitura de um livro tradicional por um livro em formato digital digital?

Eu responderia, depende do contexto. Se a ênfase é dada para a tecnologia, para o ar de novidade, de curiosidade, de enfrentar e desvendar o novo, por que não? Ler um livro por intermédio de um equipamento (e-book / e-reader) é o máximo, mas, por outro lado, se a preferência é pelo prazer de tê-lo fisicamente pelo tato, pelo olfato, pela visão, melhor dizendo, pela encadernação, pelo cheiro da impressão e do papel, pelas ilustrações, pelo alto ou baixo relevo... a coisa se comporta de outra maneira.

Não sei se o formato tradicional vai chegar a ser peça de museu no futuro, mas o fato é que já assistimos a esse mesmo filme, com o advento dos microcomputadores -- o discurso da época era que o papel ia acabar e vimos foi a proliferação dele. Com a chegada das fitas em VHS, admitiu-se que o cinema ia acabar... Sei que pode não ser o mesmo caso, mas gosto de pensar assim, o livro como tal conhecemos há décadas, jamais terá o seu fim. Nostalgia? Não, amor de quem trabalha com eles. Resistência à tecnologia? Também não, ela é minha parceira e aliada no dia-a-dia, repito, amor de quem trabalha com eles.

Kindle da Amazon, Nook da Barnes & Noble, Alfa da Positivo, as diversas versões dos e-readers da Sony ou o Skiff da LG, este último já com tela flexível (questão de praticidade ou seria um retorno ao papel?), aqui não importa a marca do equipamento, até porque não sou especialista, mas o suporte da informação, ao invés do papel que recebe diretamente a tinta representando os símbolos e as letras, a tela, agora em cristal líquido, interface necessária para exibição da imagem, gerada e transmitida em formato digital, em bits. É claro que a questão envolve outros processos, tão complexos para os leigos e ao mesmo tempo tão simples para os profissionais hight tech, outra questão de contexto, que não cabe aqui comentar.

De qualquer forma se o kindle está cativando e ampliando a leitura de um país, ele merece o sucesso!


Imagem extraída de http://www.leiabrasil.org.br/blog/wp-content/uploads/2010/03/amazon-kindle-reader-books.jpg

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