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sábado, 23 de julho de 2016

Tudo organizado e classificado!

Lembro-me da primeira aula de Classificação do Curso de Biblioteconomia, quando a Professora Aracy introduziu a disciplina, com o discurso de que classificamos tudo a toda hora, desde a tarefa mais simples à mais complexa. 

Na época, ainda muito jovem, inexperiente, fiquei pensando na extensão daquela verdade, mas, imediatamente, associei a fatos e situações da minha infância.

Um deles, o jogo de paciência que brincava quando criança, distribuindo as cartas do baralho no tapete da sala, aos poucos as cartas do mesmo naipe iam se agrupando e formando, na sequência, os conjuntos dos símbolos, Copas, Ouro, Espada e Paus. 

Outra passagem interessante da infância que recordei, envolvendo a classificação, foi a condição de organização que eu mesma aplicava às gavetas do guarda-roupa, mantendo-as sempre arrumadas, mesmo quando chegava uma nova peça da lavagem, shorts de um lado, blusas de outro, pijamas ao centro, e assim por diante...

Depois, durante o desenrolar da disciplina, sistemas e métodos foram sendo apresentados, estudados e desvendados, quando conclui a necessidade dessa disciplina tanto na vida cotidiana pessoal, no trabalho, como em qualquer situação, confirmando aquela máxima do início do semestre da faculdade. 

De férias em julho, em visita à Curitiba, especificamente ao Mercado Municipal, percebi a organização das mercadorias, sementes, raízes e especiarias, classificadas por tipos e categorias. 

A vida é mais organizada quando se classifica. 




domingo, 31 de março de 2013

Os métodos de busca são os mesmos, foram os meios e suportes que mudaram


Assistindo ao filme J. Edgar (2011), dirigido por Clint Eastwood, que retrata a carreira do Diretor Federal do FBI (Federal Bureau of Investigation), J. Edgar Hoover, chamou-me a atenção logo no início do filme, a cena em que o personagem, interpretado por Leonardo DiCaprio percorre os corredores de estantes da Biblioteca do Congresso Americano, para provar a sua recente colega de trabalho, que consegue localizar qualquer obra, dentre as milhares existentes nas estantes, por intermédio de um catálogo de fichas que ele mesmo organizou. 

A demonstração é bem sucedida, depois da leitura da ficha, o personagem entende o contexto, fazendo com que ele localize em poucos segundos a mais de um minuto, a obra solicitada pela jovem (Naomi Watts, no papel de Helen W. Gandy).

Dez prints das principais passagens da cena.


A entrada e o deslumbre com a magnitude
 


A inscrição The Library of Congress


O desafio da busca lançado


A busca no catálogo


A busca nos corredores das estantes


O resultado da busca: a entrega do livro.


A analogia e o sonho


A troca de segredos, o pacto do sigilo e a proposta de trabalho


A devolução do livro


A reposição da ficha no catálogo e a saída


Nas cenas mencionadas acima, a intenção do personagem no filme, usando a analogia com as fichas do catálogo e os livros da biblioteca, é a de evidenciar para a sua futura secretária particular, como poderia formar e fazer funcionar um grande arquivo com as impressões digitais dos habitantes dos Estados Unidos, a fim de facilitar a investigação dos crimes naquele país.


Vamos ao trailler!





Além dessa passagem focada nos registros da Biblioteca do Congresso Americano, o filme também ressalta o contexto dos registros dos arquivos, quando destaca os dossiês dos estrangeiros suspeitos de subversão, dos políticos, das personalidades em evidência no país e das digitais dos gangsters famosos, os quais serviam para a leitura e análise investigativa dos agentes peritos. Importante também é o caráter de sigilosidade que é representado na relação entre os dois personagens, diretor e secretária, e no trato de ambos junto aos documentos do FBI. 

Hoje, os suportes para se registrar a informação e os meios para se conseguir uma busca com eficácia são outros, nada de catálogos e fichários físicos, com fichinhas arquivadas, que ocupam grandes espaços, seguindo uma ordem lógica, quer numérica, quer alfabética, quer cronológica, ou uma combinação entre elas. Os suportes são eletrônicos, digitais, virtuais, e os meios são carregados de tecnologia de ponta, no entanto, os métodos de busca continuam os mesmos. 

Apesar de diferentes na constituição do acervo, arquivos e bibliotecas utilizam a indexação para estruturar a informação e permitir sua recuperação em tempo hábil, sendo ela contextualizada ou tematizada, conforme cada uma das instituições.