terça-feira, 7 de julho de 2015

Biblioteca do Futuro: memória, legado, posteridade

Imaginação e Tempo são as palavras-chave desse grande projeto, ousado, desafiador, criativo, curioso, atemporal, saudosista e futurista, a Biblioteca do Futuro, que prevê a construção de cem textos, por cem autores diferentes, ano após ano, a fim de serem reunidos em uma grande antologia. 

Além de todos esses, cabe, ainda, o adjetivo ecológico, pois, é parte integrante do projeto o plantio de 1000 mudas, as quais crescerão em cem anos, para fornecer a matéria prima do fabrico do papel, em que serão impressos 3000 livros. "É uma obra de arte orgânica, que vive e respira, junto ao crescimento das árvores”.

Imaginação e Tempo na nossa linguagem é Leitura e Contexto, respectivamente. A imaginação se desenvolve conforme a leitura que o pensamento faz do contexto, e este, por sua vez, é o tempo que se desenvolve ao longo dos anos, com tudo que interage, pessoas, lugares, acontecimentos, etc.

O interessante desse projeto, cuja idealizadora é Katie Paterson, é a possibilidade de mostrar a evolução e a atualização dos textos literários ao longo dos cem anos, ou seja, acompanhando o pensamento, o comportamento, os costumes, a sociedade, em torno da temática imaginação e tempo, podendo ser percebido pelas gerações futuras na unificação da obra, a Biblioteca do Futuro. 

A primeira autora do Future Library, Margaret Atwood, visita floresta na Noruega ao lado da artista Katie Paterson (Foto: Divulgação/Giorgia Polizzi)

Esse livro você não vai ler, "o manuscrito será trancafiado na Biblioteca Pública de Oslo, numa sala especial batizada de Silent room", é memória, é legado para a posteridade! 

Conheça detalhes do projeto no site da Época, matéria de ÉRIKA KOKAY, de 07/07/2015 - 12h44.


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