Tomei hoje o mimo que o Google preparou para o dia do meu aniversário para reforçar a questão da especificidade do serviço de referência em unidades de informação.
O doodle abaixo, repleto de bolinhos, docinhos e velinhas com a saudação Feliz aniversário, Ana Luiza! realmente me surpreendeu, apesar de global, o Google consegue individualizar.
Podemos pensar, é óbvio, é muito fácil, temos um perfil com dados, descrições, fotos, etc., tudo está nas mãos dele. Analisarmos friamente a situação, veremos que ele podia ter tudo isso e não fazer diferença, não materializar em um novo produto personalizado. Mas, ele fez e, por conta disso, hoje será diferente, todas as minhas buscas serão adocicadas e iluminadas com esse mimo de bolinhos, docinhos e velinhas do amigo Google.
E o que tem isso a ver com o serviço de referência em unidades de informação? Tudo!
O serviço deve ser executado de forma personalizada, com toda a atenção possível voltada para as especificidades do usuário, verificando o seu perfil, suas demandas, suas deficiências, só assim podemos entender o problema, a necessidade de informação do usuário, a questão inicial que ele coloca, fazer a leitura e a transcodificação criando a questão negociada, para depois elaborar a estratégia de busca e obter a resposta e a solução do problema inicial. São esses passos citados que compõem o processo de referência, segundo o teórico Grogan (1).
E se durante esse processo de comunicação tiver a chamada pelo nome, a aproximação e a troca de informações, sem deixar ruídos, com certeza o resultado final se dá com eficácia, traduzindo-se no desejo real do usuário. Usuário satisfeito é usuário que produz, que gera conhecimento e, sobretudo, que volta em busca de sempre mais, por isso o bibliotecário deve estar sempre atento, ser sensível e perspicaz.
O serviço de referência tem regras globais, mas, podemos (devemos) individualizar, chegar mais junto, tal como o Google fez hoje de forma simbólica.
(1) GROGAN, Denis. A prática do serviço de referência. Brasília, DF: Briquet de Lemos, 2001.
(1) GROGAN, Denis. A prática do serviço de referência. Brasília, DF: Briquet de Lemos, 2001.
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