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sábado, 2 de dezembro de 2017

Saberes em folhetim: Biblioteconomia no dia a dia


O novo Saberes em Folhetim trará ações comuns no dia a dia de qualquer pessoa, que são também específicas do bibliotecário, da Biblioteconomia. São, portanto, verbos do dia a dia da Biblioteconomia, que aqui agrupados em ordem alfabética, formam um glossário, que poderá agregar conhecimento aos nossos leitores.

Avaliar 

Quem já não avaliou algo na vida? Avaliou o carro que ia comprar, avaliou um candidato a contratar, avaliou uma situação a ser resolvida, etc. Mas, a tarefa de avaliar na Biblioteconomia pode se referir à avaliação de coleção. 
Avaliar coleções é a função sistemática de verificar e determinar a importância das coleções, conforme os objetivos da Biblioteca e da instituição a que ela está vinculada. Essa verificação deve ser quantitativa e qualitativa, por intermédio de planejamento, traçando diretrizes para uma aquisição focada, visando o desenvolvimento da coleção de forma adequada, passando ainda pelos processos de seleção, revisão e desbastamento, conforme o caso.

Buscar

A tarefa de buscar, às vezes, é incessante. Quando queremos algo, buscamos até achar e, quando não conseguimos, fica o sentimento de frustração.
Buscar na Biblioteconomia é correr atrás da informação, seja onde ela estiver. Não tem essa de não conseguir, o bibliotecário usa de todos os recursos para trazer a informação certa para o usuário. A busca, no contexto bibliotecário, está muito ligada aos operadores booleanos, aqueles que auxiliam na recuperação da informação (and, or e not e as associações destes com sinais, formando sentenças matemáticas), quando esta está estruturada em uma base de dados. Podemos ter um resultado de precisão (especificidade) ou de revocação (exaustividade). Mas, buscar na biblio pode também se referir a qualquer outro tipo de informação, até aquelas bem simples, que são requeridas no balcão, e outras que conseguimos com os colegas de profissão, tudo em prol do usuário.

Classificar

A tarefa de classificar acontece diariamente nas nossas vidas. Estamos sempre buscando caminhos, fazendo escolhas, separando isso daquilo, ou seja, passamos a vida classificando de alguma forma as nossas ações, mas, não chegamos ao ponto de atribuir códigos para todas elas, essa missão é da Biblioteconomia.
Classificar é atribuir um código a uma publicação, conforme o assunto que ela trata, seguindo um critério de codificação pré-estabelecido, para possibilitar que obras de um mesmo assunto fiquem reunidas em um determinado espaço e assim possam ser encontradas pelos usuários. Na Biblioteconomia, temos a CDD, a CDU e outras mais específicas.

Catalogar

Muitos profissionais lidam com essa tarefa, ela não é específica da Biblioteconomia, mas nesta há as especificidades a serem seguidas, são as determinações do código.
Catalogar é descrever as informações características de uma publicação em um sistema, seguindo critérios pré-estabelecidos (existentes no código de classificação), permitindo que ela seja identificada e localizada pelo usuário.

Desbastar

No dicionário da língua portuguesa, desbastar é retirar o excesso, limpar, cortar. Estamos acostumados a praticar essa ação em relação a qualquer coisa em nossas casas ou ambientes em que circulamos, os quais temos autonomia.
Desbastar, em se tratando da ciência biblioteconômica, é retirar as publicações pouco utilizadas de uma coleção de uso frequente, as quais são direcionadas para outro ambiente (depósito), podendo retornar à coleção, conforme necessidade ou serem descartadas, em função do prazo estabelecido pela comissão de seleção. Dessa forma mantemos o acervo otimizado em quantidade e qualidade.

Descartar

Quem já não promoveu em casa ou no trabalho o famoso 5S da qualidade, realizando o primeiro S, Seiri, na língua japonesa, o descarte, na nossa língua? Estamos acostumados a praticar essa ação em relação a qualquer coisa em nossas casas, separar as coisas necessárias das desnecessárias e manter nos ambientes somente o que for útil. O que não tiver utilidade não deve ocupar o nosso precioso espaço e deve ser descartado!
Descartar, para nós que trabalhamos com acervo, é bem parecido com o descartar de qualquer pessoa, é retirar de forma definitiva as publicações de um acervo, conforme critérios estabelecidos pela comissão de seleção, excluindo-a também os seus registros dos catálogos.

Disseminar

Vamos disseminar o amor, a amizade, a fraternidade, a solidariedade, o respeito, etc. Todas as pessoas do bem têm essa intenção e missão.
Nós da Biblioteconomia usamos muito o jargão “Disseminação seletiva da informação – DSI”. Disseminar, nesse contexto, se refere à ação do serviço de divulgação informacional mantido periodicamente por uma instituição, que atende a uma clientela previamente cadastrada e perfilada em um sistema específico, de acordo com seus interesses de pesquisa e de educação continuada.

Indexar

Os economistas usam muito esse verbo quando se referem aos índices econômicos estabelecidos pelo mercado, que regulam e reajustam a economia (ou deveriam). Ou ainda, quando os nossos parentes mais próximos, os profissionais de informática, inserem sites na base de dados dos buscadores (Google, Yahoo, etc.), para recuperar a URL desejada.
Indexar, na nossa Biblioteconomia, é o processo de representar documentos ou informações por termos, descritores, palavras-chave, de forma que possam levar à recuperação do item desejado. É o destaque dos metadados que identificam o documento, para facilitar na sua pronta recuperação, junto ao software de gerenciamento.

Intercambiar

Na atualidade, o termo é muito comum entre os jovens, que buscam um intercâmbio educacional, estudantil ou cultural, em busca de aprender outra língua, conhecer novas culturas e lugares. É uma troca mútua.
Intercambiar, no sentido biblioteconômico, é disponibilizar as duplicatas do acervo para outras bibliotecas e centros de informação e documentação, que, por sua vez, também disponibilizam seus materiais nessa mesma condição. Portanto, pode ocorrer pela permuta ou doação de livros e por outros materiais duplicados ou a serem descartados. É uma forma de diversificar e atualizar o acervo.

Inventariar

Levando em conta o aspecto jurídico, inventariar é relacionar e discriminar de forma pormenorizada o patrimônio de uma pessoa que faleceu, para que seja possível iniciar a partilha dos bens junto aos herdeiros e/ou legatários. É, portanto, um instrumento legal. No geral, inventariar é descrever de forma detalhada qualquer coleção ou reunião de coisas. Mas, na Biblioteconomia, inventariar, na maioria das vezes, é a tarefa de fazer o inventário do acervo, que, na verdade, já está registrado, catalogado e classificado, necessitando apenas, de uma conferência periódica. Nessa atividade, além da verificação dos materiais extraviados, muitas tarefas são realizadas paralelamente, tais como: rever a ordem das publicações, pois muitas são deslocadas pelos usuários; identificar quais materiais necessitam de reparos, refazer as etiquetas de dorso, verificar quais publicações são mais ou menos utilizadas, para fins de tomada de decisão em relação às próximas ações de desbaste e/ou aquisição.

Mediar

No sentido estrito da palavra, quer dizer dividir ao meio, fazer a divisão em partes iguais. Em sentido mais amplo, tem o significado de agir como mediador, e é nesse sentido que pegamos carona para a Biblioteconomia. Nesta, o sentido passa a ser específico, afinal estamos na condição de mediador da informação. Mediar a informação é condição sine qua non para atuar na Biblioteconomia. O bibliotecário media a informação em vários momentos, desde quando decide pela seleção de materiais, passando pela indexação, até o momento final do atendimento, no serviço de referência. Nesse sentido, mediar é fazer uma interferência de modo que ele consiga fornecer a informação certa, na hora certa, para a pessoa certa. No serviço de referência é entender o usuário e se fazer entender, para que seja possível a comunicação e obtenção de resultados positivos. O bibliotecário media a informação em várias áreas além da Biblioteconomia, quando interage de forma multidisciplinar junto à Informática, à Arquivística, à Pedagogia, dentre outras e, em geral, no processamento técnico, preparando as publicações para serem consultadas.

Normalizar

No dicionário da língua portuguesa normalizar é fazer voltar ou voltar ao estado normal, à ordem, regularizar. Em situação mais específica, normalizar é aplicar e seguir a norma estabelecida por alguma instituição que seja referência. Em relação à Biblioteconomia, normalizar, na maioria das vezes, quer dizer aplicar as normas da ABNT, Vancouver ou APA, nos trabalhos acadêmicos, na produção científica. É uma tarefa biblioteconômica, que requer domínio das normas utilizadas e, sobretudo, atualização. A normalização é um dos requisitos para um trabalho científico ser bem aceito na comunidade acadêmica.

Organizar

O que seria do mundo se não fosse a organização! Organização da sociedade, organização dos poderes, organização das leis, organização política, organização do trânsito... Haja organização! Fundamental para as coisas caminharem positivamente. Não é à toa que chamamos as empresas, instituições, repartições, etc., de organizações. Pois bem, organizar na Biblioteconomia pode se referir à organização da informação, organização do conhecimento, organização da biblioteca ou organização de qualquer acervo para que fique acessível ao usuário. 

Permutar

Em termos contratuais, permutar é quando as partes de obrigam a dar uma coisa por outra que não seja dinheiro. É um contrato bilateral, é uma troca recíproca. No âmbito da Biblioteconomia, permutar é o ato comum nas bibliotecas de trocarem publicações com entidades congêneres, principalmente àquelas que são duplicatas ou que foram selecionadas no processo de desbaste. É praxe elaborar listas tanto para a divulgação, como para o controle e registro dessas publicações.

Pesquisar

Hoje em dia, pesquisamos tudo a toda hora: preços, produtos, itinerários, profissionais, temos tudo nas pontas dos dedos, por intermédio da internet, do GPS, das mídias sociais. Pesquisar no âmbito da Biblioteconomia e das ciências em geral, é tarefa mais complexa, é um processo sistemático de análise científica, por intermédio de uma metodologia específica, para se obter informação e assim, construir conhecimento. O conhecimento evolui em função das pesquisas e investigações científicas, que buscam cada vez mais se aproximar da realidade, para melhor conhecê-la e transformá-la, visando o progresso da ciência e o bem comum.

Processar

Processar é palavra forte se enquadrada no contexto jurídico. Refere-se ao ato de iniciar uma ação judicial em relação a alguma querela entre partes contrárias. Já na esfera da Biblioteconomia, quando falamos processar, estamos nos referindo ao processamento técnico junto às publicações de um acervo. É o ato de fazer a análise temática e descritiva dos materiais, classificar e catalogar, de forma que fiquem acessíveis aos usuários em termos de busca. Contamos aqui com a mediação da informação, conforme já foi comentada no verbete mediar.

Recuperar

Resgatar, reassumir, reconquistar, readquirir, reaver, retomar, esses verbos são sinônimos para o “Recuperar” do dia a dia. Todos nós sempre estamos em busca de recuperar algo que perdemos, visando reaver essa coisa. Na Biblioteconomia esse verbo é muito forte e decisivo, na verdade representa a possibilidade de atender às demandas dos usuários. E qual bibliotecário não fica satisfeito ao final do dia com a sensação de dever cumprido quando consegue recuperar a informação? Conseguir recuperar a informação que o usuário deseja é tudo de bom, mas, para chegar lá precisamos ter trabalhado a informação em todos os seus aspectos, descritivos, representativos e de conteúdo. Recuperar, então, é conseguir resultados positivos, a partir de um problema formulado junto a um banco de dados de um sistema de gerenciamento de informações.

Referenciar

O ato de referenciar está associado a tomar algo como ponto de referência, como parâmetro. Pode ser também uma narração ou relação de algo; aquilo que se refere; sinal ou indicação que remete o leitor a outra fonte. Adentrando no universo da Biblioteconomia e da Documentação, referenciar é fazer referência a um autor, é referir, é citá-lo para que seja possível utilizar o seu pensamento sem ferir os direitos autorais. Esse mesmo autor, por sua vez, também se utiliza de pensamento de outros autores, afinal, em qualquer investigação nunca se parte do zero, mas de fontes de informação anteriores sobre o assunto. Além de dar mérito aos autores, o ato de referenciar auxilia os leitores a localizarem as fontes citadas. Portanto, é fundamental citar e referenciar para não incorrer em plágio.

Registrar

Declarar algo por escrito, mencionar, assinalar, tomar nota de, guardar na memória como uma lembrança. Registrar para não correr o risco de esquecer. Registrar na Lei dos Registros Públicos é inscrever em livro próprio, em registros cartoriais etc. Registro do nascimento, registro geral, registro do casamento, registro de um imóvel e assim por diante... Registrar é a segurança dos atos, fatos e bens. Quando levamos o conceito para a Biblioteconomia, não sentimos muita diferença, pois Registrar nessa esfera é fazer com que uma unidade informacional passe a fazer parte do acervo, respectivamente, um bem de um patrimônio. É garantir que ela será administrada por toda a sua existência, pois é identificada com suas características dentro do acervo a que ela pertence, sendo única.

Resenhar

Em geral, resenhar é fazer uma abordagem sobre algo, ressaltando seus elementos mais importantes. É um texto que objetiva apresentar outro (texto-base), ainda desconhecido do leitor. No jornalismo, é produto fruto de prestação de serviço do profissional. Para os críticos de arte, a resenha pode ser de objeto de qualquer natureza: filme, livro, teatro.
A resenha pode ser descritiva e/ou crítica, sendo a primeira limitada a descrever o objeto, mas devendo trazer requisitos mínimos para que o leitor se oriente e crie interesse, e a segunda, que além de trazer esse conteúdo, elabora juízo sobre o valor da obra.
Levando para a esfera científica, mais relacionada à Biblioteconomia, resenhar um trabalho acadêmico de divulgação é apresentar síntese e crítica sobre o trabalho, motivada por interesse próprio ou sob demanda editorial. Geralmente ocorre em função da publicação em periódico técnico ou para divulgação em mídia ampla. É recomendado que essa resenha seja elaborada por um cientista da mesma área de conhecimento do texto-base, até porque será analisado por pares.

Resumir

Condensar em poucas palavras; abreviar, sintetizar. Sempre somos chamados para resumir algo que aconteceu, algo que lemos ou que assistimos, como por exemplo, o filme, a novela. Exercemos essa capacidade diariamente, na vida comum, mas, para que haja o devido entendimento, é necessário manter o objetivo da peça e ser fiel à ideia central. Para quem lê ou escuta o resumo, possibilita conhecer o conteúdo, diminuindo o tempo que seria dispensado a essa tarefa na sua forma original.
Falando agora da atividade de resumir mais formal, aquela normatizada na NBR 6028, muito familiar da Biblioteconomia, vimos que a norma define 3 tipos: indicativo, informativo e crítico, deste último já falamos anteriormente, trata-se da resenha. O resumo indicativo traz uma visão geral do texto, utilizando os pontos principais como destaque. Já o resumo informativo, exige do produtor que conheça a obra de forma mais consistente e objetiva transmitir o maior número de informações relacionadas ao texto ao leitor. Esse tipo é o mais utilizado em universidades, nas produções científicas acadêmicas, portanto, o mais próximo com a Biblioteconomia. 

Transcodificar

Transcodificar na área de tecnologia é a prática de converter um arquivo de um formato para outro formato, ou refere-se à re-codificação para o mesmo formato, a fim de alterar a taxa de bits do arquivo. Popularmente falando, é passar de um código para outro, sem perdas de informação. Quando nos referimos à ação de transcodificar aplicada à área de Biblioteconomia, estamos falando da preocupação dos profissionais dessa área em não perder a informação já registrada em algum suporte por questões de obsolescência desse material, bem como da responsabilidade de manter os equipamentos de reprodução para que os arquivos gravados possam ser abertos, lidos e disseminados. Assistimos, recentemente, à evolução das mídias eletrônicas digitais, para as quais foi necessária a transcodificação, tais como os diversos tipos de disquetes, os filmes do tipo Super-8 e os vídeos VHS.

Tombar 

No popular, tombar é derrubar, fazer cair ou cair. Paradoxalmente, nas políticas públicas, tombar é preservar oficialmente um bem como patrimônio nacional, seja material ou imaterial. Dessa forma é reconhecido o valor histórico de um bem e instituindo um regime jurídico especial de propriedade, por conta da sua função junto à sociedade. Na Biblioteconomia, tombar é o mesmo que registrar, já falado anteriormente.

Vocabularizar

Vocabularizar é incluir em vocabulário, simples assim! Complica e se torna complexo quando elevamos para a Biblioteconomia, abordando o tal vocabulário controlado. Nesse caso, vocabularizar é buscar vocábulos que podem ser termos, descritores, palavras-chave, de forma que juntos esses itens formem uma linguagem com estrutura relacional ou alfabética. Em função dessa busca de adequação e padronização, não se trata de uma linguagem natural, denomina-se, portanto, linguagem artificial.

Publicado originalmente em Mural Interativo do Bibliotecário.

sábado, 21 de outubro de 2017

Não confunda alhos com bugalhos!

Quem já não ouviu o ditado popular "não confunda alhos com bugalhos"?



O ditado é de origem portuguesa. Confundir alhos com bugalhos nos remete à semelhança entre o bulbo (planta do gênero Allium sativum), utilizado como tempero ou como ingrediente medicinal e a galha, protoberância formada nos troncos de algumas árvores, tais como carvalho, comum no continente europeu, também conhecida como noz-de-galha.

O alho todos nós conhecemos, mas o bugalho, poucos já viram ou o conhecem, este também tem sua serventia, que não é a mesma do alho, apenas uma semelhança na sua aparência. É o resultado das picadas de insetos que depositam os ovos nos tecidos da planta. Ao reagir, a planta gera uma protuberância, onde o inseto se desenvolve. Portanto, O bugalho serve de casulo para vespas e outros insetos, servindo de isca vegetal e, depois de seco, é facilmente inflamável. 

Enraizado na esfera do senso comum, patrimônio da cultura popular da língua portuguesa, nos leva para o pensamento - não confunda alguma coisa com outra em função de uma semelhança superficial, discernir entre o que pode ser e o que não pode.

É ditado genérico que pode ser aplicado em qualquer contexto cotidiano da vida de qualquer um. Sempre há momentos em que nos deparamos com essas situações e temos que prestar a atenção para não confundir alhos com bugalhos, pois o primeiro é uma coisa e o segundo é outra.

Vamos tomá-lo nessa nova série do Mural Interativo do Bibliotecário para aplicá-lo no contexto da Biblioteconomia, sem, no entanto, apontar quem é alho ou bugalho, quem é mais ou menos importante, o dualismo apresentado servirá apenas de aporte ilustrativo e de alerta para fazermos a leitura correta, não confundindo "alhos com bugalhos"

Capítulo 1
Utilizando as normas da ABNT

Não confunda sumário com índice

Sumário é a enumeração das principais divisões, seções e outras partes do trabalho, na mesma ordem e grafia em que a matéria nele se sucede, seguido de sua localização dentro do texto (número da página). É um elemento pré-textual, porque antecede o texto do trabalho e sua presença é obrigatória.

Índice é uma lista detalhada de palavras, expressões ou frases, segundo um critério determinado, com a indicação de sua localização no texto (número da página). É um elemento pós-textual, porque está situado no final do trabalho, de presença opcional. Os índices podem variar conforme a sua organização:
  • índice onomástico – organiza em ordem alfabética os nomes das pessoas, autores, autoridades tratadas no texto; 
  • índice cronológico - organiza por ano/período/época os fatos e acontecimentos importantes do texto; 
  • índice remissivo - organiza em ordem alfabética os assuntos tratados no texto.
Não confunda apêndice com anexo

Apêndice é um texto ou documento elaborado pelo autor do trabalho, que, em função do seu formato, tamanho ou configuração fica mais bem situado como elemento pós-textual.

Anexo é um texto ou documento não elaborado pelo autor do trabalho, que, em função do seu formato, tamanho ou configuração fica mais bem situado como elemento pós-textual.

Não confunda referências com bibliografia

Referências: lista de obras citadas no texto do trabalho, ordenadas alfabeticamente por autor e elaboradas conforme a ABNT 6023 (2002).

Bibliografia é uma lista estruturada de referências com características comuns. Ex. bibliografia do curso de Direito; bibliografia de um concurso

Não confunda resumo com resenha

Resumo: Apresentação concisa dos pontos relevantes de um texto, fornecendo uma visão rápida e clara do conteúdo e da conclusão do trabalho.

Resenha é um texto que serve para apresentar outro texto (texto-base) ainda desconhecido do leitor, por isso é necessário, além do resumo das ideias, apresentar outras informações sobre o trabalho, fazendo uma abordagem crítica, para que ele se oriente quanto ao seu grau de interesse junto ao texto-base.

Capítulo 2
Aplicando no âmbito da administração de bibliotecas

Não confunda desbaste com descarte

Desbaste é a retirada de publicações pouco utilizadas de uma coleção de uso frequente, as quais são direcionadas para outro ambiente (depósito), podendo retornar à coleção, conforme necessidade ou serem descartadas, em função do prazo estabelecido pela comissão de seleção.

Descarte é a retirada definitiva de publicações de um acervo, conforme critérios estabelecidos pela comissão de seleção, excluindo-a também os seus registros dos catálogos.

Não confunda seleção com política de seleção

Política de seleção é o documento de uma unidade de informação, que estabelece vários fatores: responsáveis pela seleção das publicações; limites financeiros; critérios a serem observados durante o processo; instrumentos para auxiliar na seleção; etc., de forma que o acervo cresça qualitativa e quantitativamente, a fim de atender aos interesses e necessidades de seus usuários. 

Seleção é um processo de tomada de decisão para itens individuais, ou seja, título a título. Nesse processo, cada título foi selecionado seguindo uma política de seleção, porque é necessário ao acervo.

Não confunda classificação com catalogação

Classificação: atribuição de um código a uma publicação, conforme o assunto que ela trata, seguindo um critério de codificação pré-estabelecido, para possibilitar que obras de um mesmo assunto fiquem reunidas em um determinado espaço e assim possam ser encontradas pelos usuários.

Catalogação: descrição das informações características de uma publicação em um sistema, seguindo critérios pré-estabelecidos, permitindo que ela seja identificada e localizada pelo usuário.

Capítulo 3
Voltando-se para o ambiente eletrônico

Não confunda documento eletrônico com documento digital

Documento eletrônico: Gênero documental integrado por documentos em meio eletrônico ou somente acessíveis por equipamentos eletrônicos, como cartões perfurados, filmes em película.

Documento digital: Documento codificado em dígitos binários, acessível por meio de sistema computacional. Todo documento digital é eletrônico, mas o inverso não é verdadeiro.

Não confunda GED com GDE

Gerenciamento Eletrônico de Documentos (GED): processo tecnológico que contempla a captação, o processamento, o armazenamento, a localização e o gerenciamento de documentos em papel ou cópias de microfilme, para o formato digital.

A Gestão Eletrônica de Documentos incorpora o conceito de digitalização de documentos. Aqui o trabalho é de fato garantir que os documentos nascidos em papel passem a ter uma CÓPIA digitalizada e que possa ser facilmente recuperada através da indexação (palavras-chave). Os sistemas GED permitem aos usuários acessarem os documentos de forma ágil e segura.

Gerenciamento de Documentos Eletrônicos (GDE): é a criação, uso e trâmite de documentos, processos e informações geradas nas atividades de uma empresa ou instituição através de ferramentas digitais, como intranets, portais e ferramentas de workflow, que gera passos, aprovações, possuindo várias etapas, que se finalizam em uma decisão sempre documentada. Trata-se dos documentos nato-digitais, é a rede interna de uma empresa, estruturada em diretório e pastas. É um tipo de ferramenta para gestão documental.

Não confunda base de dados com repositório digital

Base de dados: Conjunto de dados estruturados, processados eletronicamente, e organizados de acordo com dados uma seqüência lógica que permite acesso a eles de forma direta, por meio de programas de aplicação.

Repositório digital: coleção de informação digital, que pode ser construída de diferentes formas e com diferentes propósitos. Pode ser colaborativa e com um controle suave dos conteúdos e da autoridade dos documentos, tal como as dirigidas para o público em geral (a Wikipedia é um exemplo), ou como aquelas específicas que armazenam, preservam, organizam e disseminam amplamente os resultados de pesquisa de instituições de ensino e de pesquisa.


Publicado originalmente em Mural Interativo do Bibliotecário

sábado, 7 de outubro de 2017

Bordões, chavões e jargões

Na comunicação oral e escrita tropeçamos no dia a dia com alguns vícios de linguagem, os quais, muitas vezes, comentemos de forma despercebida, em outras vezes, seguindo um modelo pré-estabelecido ou algo já muito presente no contexto, que não conseguimos nos desvencilhar. 

Segundo os autores que selecionei, são esses os conceitos desses vícios: bordão, chavão, e jargão, para os quais, depois de fazer a diferença entre eles, pois, às vezes, podem ser confundidos, serão exemplificados tomando a Biblioteconomia como contexto

Bordão é uma "Palavra ou locução sem função morfossintática que se repete geralmente de forma inconsciente ou automática, enquanto se fala ou escreve." (AURÉLIO, 2008-2015, online) 

É uma expressão que já se popularizou, porque está associada sempre a alguém, que, em determinadas situações, utiliza em suas falas, como forma de se fazer conhecido, de criar um vínculo entre o comunicador e o seu ouvinte. 

Vários personagens, artistas, políticos, personalidades, autores, criam seus próprios bordões para caracterizar suas atitudes, seus pensamentos, de forma que os torne populares e possam passar a mensagem desejada. Na maioria das vezes esses bordões se instalam na memória das pessoas e são constantemente relembrados. 

Chavão é "um vício de estilo já incorporado como linguagem do texto empresarial" (GOLD, 2010, p. 21). A autora comenta que são expressões antiquadas, redundantes, que fazem o texto perder a eficácia, porque falha no efeito de prender a atenção do leitor, além de alguns conterem erros gramaticais ou semânticos. 

Medeiros (2009) também condena o chavão, para ele, são expressões antiquadas, um vício de estilo já incorporado nas empresas, que não traz eficácia ao texto e deve ser combatido. 

Chavões ou clichês, também surgem no nosso cotidiano de forma quase imperceptível. São frases feitas, por isso, a quem ache mais fácil escrever usando um deles, porque facilita a compreensão do leitor, uma vez que ele já está familiarizado, em função das repetições ao longo do tempo, nos diversos meios.Jargão é a "maneira característica e específica de um determinado grupo de se comunicar (GOLD, 2010, p. 25). 

Jargão
Significa uma linguagem pouco compreensível, em muitos casos por ser específica de determinado grupo profissional ou sociocultural. Usá-lo de forma indiscriminada para qualquer público pode comprometer a compreensão do texto, da mensagem. Gold (2010) reforça que a linguagem técnica e os jargões devem ser utilizados apenas no meio específico, em situações que os exijam, porque todos têm a familiaridade. O excesso de linguagem técnica é um desrespeito ao receptor (MEDEIROS, 2009).


Sempre são utilizados por um grupo de especialistas, de profissionais ou sociocultural, por muitas vezes, incompreensível para quem não faz parte desse mesmo grupo. São as famosas "gírias" especificas de grupos de um mesmo meio: bibliotecários, professores, advogados, veterinários, médicos, militares, agentes prisionais, etc. e de uso limitado a estes grupos. 



Depois da leitura dos conceitos, vejamos como essas expressões são utilizadas dentro do contexto da Biblioteconomia: 



Bordão
  • Ler é uma atitude inteligente 
  • Biblioteca é lugar de silêncio 
  • Informação é poder 
  • Informação certa, na hora certa, para a pessoa certa 

Chavão
  • A Biblioteca é um organismo vivo 
  • Informação para a tomada de decisão 
  • Explosão bibliográfica pós-guerra 
  • Uso de novas tecnologias 

Jargão
  • Literatura cinzenta 
  • Processamento técnico 
  • Tombamento de livros 
  • Sociedade da informação 
  • Disseminação seletiva da informação 
  • Fazer uma remissiva 
  • Entrada de autor





AURÉLIO. Dicionário do Aurélio online. Disponível em: . Acesso em: 16 maio 2015.

GOLD, Miriam. Redação empresarial: escrevendo com sucesso na era da globalização. 4. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010. 287 p

MEDEIROS, João Bosco. Redação empresarial. 6. ed. São Paulo: Atlas, único. 2009. 251 p.

domingo, 24 de setembro de 2017

Prática da Biblioteconomia x Biblioteconomia na prática: a dualidade necessária

Como praticar a Biblioteconomia? É óbvio que temos que aplicar a teoria aprendida na academia, mas, também é claro que precisamos agregar o contexto vivido e apreendido das experiências decorrentes dos caminhos das pedras, que foram sendo descobertos e desbravados ao longo da vida profissional.


Daí, já estamos falando da Biblioteconomia na prática, aquela que se distancia um pouco da academia, não pelo confronto de conhecimentos e juízos da ciência, mas pela adaptação e validação destes, por já terem sidos contextualizados e testados. São as aplicações da ciência.

Uma coisa é o estudo de usuários que aprendemos, outra coisa é a faceta de cada um no dia a dia e a preocupação com os usuários em potencial. Quando estudamos o dimensionamento dos espaços e a necessidade do desenvolvimento das coleções para melhor atender aos serviços de uma unidade de informação, temos que lidar com a limitação de áreas e a precariedade de recursos para repensar esses serviços e oferecer, dentro do possível, o melhor. Da mesma forma, quanto ao acesso eletrônico, se há infinitas possibilidades em bases comerciais, precisamos buscar mais e mais conteúdos abertos para permitir o desejável acesso sem posse.

São inúmeros os exemplos que enfrentamos na rotina biblioteconômica, por isso, a conclusão de que uma ação não vive sem a outra: Prática da Biblioteconomia x Biblioteconomia na prática, pois, ao sermos muito ortodoxos na ciência, corremos o risco de nos distanciarmos da realidade e, por outro lado, se nos apegarmos apenas à prática, o erro pode ser fatal.

Vamos equilibrar!

quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Basta de clichê! A ordem é mudar!

Sabemos que o clichê, denominado pelos estudiosos da língua como “lugar-comum”, é palavra, expressão, frase ou ideia que, de tão usada, se tornou banal e previsível, perdeu a originalidade. 

Apesar de antiquado e redundante, esse elemento surge no cotidiano de forma quase imperceptível, frases feitas que caem como uma luva, Ops! Aí está um clichê!


Na escrita, é por muitas vezes utilizado porque facilita a compreensão do leitor, uma vez que ele já está familiarizado, em função das repetições ao longo do tempo, nos diversos meios de comunicação: "A união faz a força", “Só colhemos o que plantamos”; "A toque de caixa”; “No apagar das luzes”; “Tomar um banho de loja”, “Vestir a camisa” e por aí vai... Em casa, no trabalho, em reuniões sociais, todos nós já usamos em algum momento do nosso dia a dia.

Da mesma forma, estamos cansados de ler livros ou assistir filmes para os quais já sabemos o enredo e o final por conta do formato engessado e sem criatividade: o mordomo é sempre o culpado; o problema da trama será resolvido no último momento; o mocinho é sempre o galã, a luz apaga na hora H, etc.

E na profissão? Será que não estamos sendo um tanto clichê? Fazer sempre a coisa do mesmo jeito, sem criatividade, sem buscar o novo, repetindo tal qual já foi executada há tempos. Só porque alguém já fez e deu certo, não é obrigatório repetir a fórmula, temos que nos diferenciar, quebrar paradigmas, ir além das paredes que nos cercam, Ops! Olha ele aqui de novo! 

Pois bem, já falamos aqui sobre empreendedorismo, criatividade, inovação, e também já postamos exemplos de muitos projetos surpreendentes e desafiantes dentro da Biblioteconomia.

Trazer atividades diferentes para a biblioteca, atuar nas mídias sociais, propor novas parcerias com os professores, engajar o pessoal de TI no seu projeto, interagir de forma mais sistemática com outras disciplinas e profissionais, enfim, executar a sua ideia antes que alguém o faça, sem medo de ser feliz. E aqui já vai outro clichê...

Ser clichê é cômodo, já temos a receita e é mais fácil acertar, é prático, vimos aqui nesse texto cheio de clichês, mas, que tal sair da zona de conforto? 

Ah, não! Clichê de novo? Outra vez, não!


Publicado originalmente em Mural Interativo do Bibliotecário

segunda-feira, 7 de agosto de 2017

Qual é o seu "calcanhar de Aquiles" na Biblioteconomia?

A expressão popular "calcanhar de Aquiles" remonta à mitologia grega. A Deusa Tétis, mãe de Aquiles, com a intenção de torná-lo indestrutível, garantindo, assim, a sua imortalidade, o banhou nas águas do Rio Estige, que tinha o poder da invulnerabilidade. Mas, ao segurá-lo pelo calcanhar para fazer a imersão, este lhe foi poupado, tornando-se a única parte vulnerável. Durante a Guerra de Troia, teria sido atingido por uma flecha no calcanhar, recebida do príncipe Páris, levando-o à morte. Aquiles é um herói lendário do mundo grego clássico.



Essa é a versão mais popular desse relato mitológico, havendo, no entanto, outras versões e contradições. Portanto, baseado nesse mito, atribui-se ao "calcanhar de Aquiles" o ponto fraco de uma pessoa, aquele que não se tem o domínio necessário, que é vulnerável.



Trazendo o mito para a realidade profissional, é de bom alvitre que façamos a seguinte indagação para reflexão: 

Qual é o meu "calcanhar de Aquiles" na Biblioteconomia? 
  • atendimento ao usuário?
  • acesso às novas tecnologias?
  • uso das mídias sociais?
  • construção de vocabulário controlado?
  • serviço de referência?
  • catalogação?
  • classificação?
  • indexação?
  • normalização?
  • organização de conteúdos?
  • uso de repositórios?
  • trabalho com bases de dados?
  • medo de empreender?
  • ...
Não vamos nos deixar ser flechados nesse ponto fraco! Ponto fraco pode ser minimizado e até transformado em ponto forte, se for bem trabalhado. Quantos profissionais se tornaram expert exatamente naquilo que não dominavam antes?


O desconhecido por natureza é instigante, atraente e desperta curiosidade, temos que desmistificá-lo, conhecê-lo, estudá-lo, para depois dominá-lo.

Para começar, temos que refletir sobre o que nos incomoda. Em seguida, apostar na leitura, no crescimento profissional, nas discussões em grupo, nos encontros profissionais, na educação continuada, que se torna ainda mais fácil quando temos à disposição o canal mais democrático para buscar tudo isso.

Vamos navegar e nos banhar por completo no nosso Rio Estige da atualidade!

Vivam todas as possibilidades que temos hoje com a internet!


Publicado originalmente no Mural Interativo do Bibliotecário


domingo, 9 de abril de 2017

Desrespeitando a Lei de Lavoiser

Todos nós conhecemos ou já estudamos a Lei de Conservação das Massas, de Lavoiser, que se refere à conservação da matéria durante uma transformação física ou química, cujo enunciado popular é: "Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma." 

Pai da Química Moderna, tendo separado a Química da Alquimia, dentre outras descobertas e inventos brilhantes, Lavoiser, no auge da Revolução Francesa foi guilhotinado. 

Sem querer ser guilhotinada como fora Lavoiser, atrevo-me a desrespeitar essa Lei aplicando-a à Biblioteconomia, para que se torne mais dinâmica, explorada e articulada.

Nesse novo contexto, eu diria que a leitura dessa lei é a seguinte: 


Na Biblioteconomia tudo se cria, nada se perde, tudo se transforma! 

Do "nada se cria", partiremos para o "tudo se cria", é uma forma de despertar para o empreendedorismo, a partir da inovação. Sabemos que a inovação pode ocorrer referente a produto, processo, método de marketing e/ou método organizacional, portanto, tem muita oportunidade esperando para ser agarrada. 

Todo cuidado é pouco, porque se ficar parado, vem alguém e dá sentido àquilo que você só pensava e especulava, não realizava. O campo é vasto, são muitos os contextos que podemos atuar, é saber fazer a leitura do mundo e partir para o abraço.




domingo, 12 de março de 2017

Bibliotecária e seus mimos

Neste Dia do Bibliotecário resolvi reunir alguns dos meus mimos para mostrar meu bem querer pela profissão. São objetos que trazem na lembrança momentos peculiares de dedicação e amor à Biblioteconomia.

mini estante com mini clássicos

 Caixa livro

 um presente de minha filha Mariana, uma mini biblioteca, que ela mesma confeccionou

marcadores de livro em couro

e uma panorâmica de outros tantos, no meu cantinho de ócio criativo: 
ao fundo, porta retrato; placa bibliotecária e lâmpada de Aladin



sexta-feira, 10 de março de 2017

Desculpe-me, Belchior, minha pedra é ametista, mas minha cor é lilás!


Minha pedra é ametista, minha cor, o lilás!
Sou bibliotecária, envolvida e comprometida por demais. Vivo de informação, indexação e muito mais, por isso sempre busco e corro atrás.

Minha pedra é ametista, minha cor, o lilás!

Sou bibliotecária encantada com tudo que faz. Tenho que ler um pouco de tudo, para entender o que traz, faço leitura técnica rápida e voraz.

Minha pedra é ametista, minha cor, o lilás!

Sou bibliotecária realizada e feliz, pois trabalho em paz. Trabalho em biblioteca ou arquivo, tanto faz! Sou toda ouvidos e vivaz.




Flores lilás do meu jardim, em março/2017: frésia, tumbérgia e agapanto.

 

Bibliotecária de biblioteca e Bibliotecária de arquivo


Notas
A pedra da graduação de Biblioteconomia é ametista e a cor é lilás.
O texto faz referência à Bijouterias, de João Bosco, imortalizada na voz e interpretação de Belchior.

domingo, 12 de fevereiro de 2017

O Mercado nos ensina todo dia

É óbvio que aprendemos nos bancos acadêmicos, tanto no período de graduação, como de pós-graduação e de educação continuada. É a teoria que precisa ser estudada, comentada, discutida, refutada, etc. 

É o embasamento para entrar no tal mercado. Mas, nada como ele próprio para nos ensinar as manhas e as dicas da profissão, para nos moldar a ponto de sabermos nos portar nos cenários, trabalhar as conjecturas e enfrentar as crises decorrentes desse ambiente. E, passada essa fase, saber também colher os frutos e fazer com que se multipliquem.

Dizem que o mercado é cruel, mas, ele também é pai, aliás é pai e mãe, nos acolhe, nos educa e nos dá condições de atuar, mas, precisamos fazer também a nossa parte, pois, do contrário, somos largados ou até expulsos desse paraíso. 

Paraíso?

Sim, um paraíso sem limites, para crescermos e nos desenvolvermos. Na nossa profissão de bibliotecário não é diferente, é emergente, há um leque com infinitas possibilidades, as quais, se bem trabalhadas, podem se tornar oportunidades em potencial. São muitos os caminhos e as soluções.


Buscar, reformular, criar, inovar, empreender, expandir, são ações passíveis de serem realizadas. 

Afinal, estamos esperando o quê? Biblioteconomia já! Aqui, agora e lá!

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

O Herói de cada dia

Quem só constrói, quem vive a cumprir sua missão, quem combate o que destrói, só pode ser um herói.

O herói de cada dia pode ser eu, você ou a sua tia, é uma analogia que usei para dizer, que o herói está em você.

Em casa, no trabalho, na sociedade, não tem idade, está cheio de herói por todo lado, vira e mexe, tem um bocado.

Na Biblioteconomia não é diferente, tem muito profissional presente, que, de tão competente, é um herói da gente.

Bibliosoc, Bibliodig, Biblioref ou Bibliotec, tanto faz, porque tem esses e muito mais... 


O herói de cada dia é você quem faz!

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por Ana Luiza Chaves
publicado originalmente em Mural Interativo do Bibliotecário

terça-feira, 27 de setembro de 2016

Primavera na Biblioteconomia


Hoje vamos aproveitar o contexto que estamos vivenciando da Primavera, para aplicá-lo na Biblioteconomia. É uma analogia das estações do ano, mostrando o aspecto cíclico que a Terra passa, pelo qual podemos passar na nossa trajetória profissional.

A Primavera está frequentemente associada ao desabrochar das flores, às cores, aos perfumes, às paisagens mais bonitas. Vamos extrair todo esse poder na natureza, para sair de um inverno frio, sombrio, descolorido, se energizar com todo esse esplendor da Primavera, e empreender. 

Já falamos antes de empreendedorismo e queremos com essa postagem incentivar ainda mais os colegas a praticá-lo, buscando aquela ideia que está no lado direito do cérebro, aquela que, no primeiro momento, pareceu absurda, mas, está carregada de emoções, de intuição e de criatividade. 

Ousar, empreender algo totalmente novo ou trazer soluções diferentes, para o que já existe, não importa, o essencial é desenvolver e dinamizar produtos e serviços dentro da Biblioteconomia, ou, usando esta, para chegar mais além.

Mesmo trabalhando para uma organização, dá para empreender, neste caso, estamos falando do “intrapreneurship”, ou intraempreendedorismo, a versão português para a expressão, cujo significado é empreendedorismo interno, dentro dos limites de uma organização já estabelecida.

Os exemplos estão por aí, muita gente boa fazendo acontecer. Vamos empreender nesta Primavera, aproveitar o sol e as chuvas do verão, para fazer tudo crescer, colher os resultados no outono e assim poder passar um inverno tranquilo, sem a frieza habitual?

#otextoénosso #empreendedorismo #biblioteconomia 
Publicado originalmente em Mural Interativo do Bibliotecário