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sábado, 10 de setembro de 2011

Ideias se completam e transcendem ao tempo



Como viver na atualidade sem novas ideias, sem inovação? Impossível, estaremos condenados ao esquecimento à superação por outrem, em função da competitividade e do próprio contexto tecnológico, mutável e gradativo a cada dia, que se instaurou nas últimas décadas. No entanto, essa preocupação advém de alguém que ainda não tinha experimentado tudo isso, mas que tinha uma visão futurística sublime.

Da Vinci (Sec. XV e XVI) já falava ao mundo dessa necessidade, efervescente na época, não pela competitividade, pois o contexto era outro, estava ele inserido na era das grandes descobertas e invenções e sua performance por demais eclética  cientista, matemático, engenheiro, inventor, anatomista, pintor, escultor, arquiteto, botânico, poeta e músico, lhe proporcionava a condição de se preocupar com o novo. Era, sobretudo, um observador, daí esse recorte de seu pensamento:

"É preciso observar;
É preciso pensar;
É preciso ter idéias.
Engana-se muito
E realiza o nada
Aquele que pensa pouco."

Saltamos agora para os séculos XX e XXI, com Peter Drucker e percebemos a mesma preocupação com o novo, desta vez realmente inserida no seio da competitividade de mercado, da globalização, tão familiar ao pai da Administração Moderna.

"Todas as inovações eficazes são surpreendentemente simples. Na verdade, o maior elogio que uma inovação pode receber é haver quem diga: isto é óbvio, por que não pensei nisso antes?"

Como dois pensamentos tão distantes entre si no tempo e na sociedade podem se completar e serem tão verdadeiros e atemporais?

Leituras semelhantes para contextos diferentes. Fazendo a leitura do segundo pensamento, vimos que se reporta ao ato de observar, de pensar do primeiro e este ao ato de realizar do segundo, porque não basta ter uma nova ideia, é preciso colocá-la em prática, e aí estamos falando da inovação. Peter Drucker inovou criando "conceitos que fizeram da gestão um campo legítimo de estudos acadêmicos" (Raúl Candeloro) e incluindo a própria inovação como uma necessidade, uma regra na atualidade.

As pessoas e as empresas que estão ilhadas na sua mesmice estão fadadas ao esquecimento. Fazer diferente essa é a nova regra, para não ter que assistir a concretização de uma ideia que você concebeu e não implementou ou para não ter que se perguntar:

"─ Por que não pensei nisso antes?"

sábado, 20 de agosto de 2011

O ato de escrever

"Escrever é fácil. Você começa com uma letra maiúscula e termina com um ponto final. No meio você coloca ideias." (Pablo Neruda)

O que realmente o poeta chileno, Pablo Neruda, quis dizer com essa frase?

Há quem pense que basta iniciar para que as ideias fluam e depois é só uma questão de encerrar.

Outros já são partidários de que se trata de uma ironia, ou seja, escrever é difícil, pois no meio é que se encontra a dificuldade, qualquer um pode iniciar e terminar um texto, no entanto, ele só será digno de uma boa crítica se o meio, o miolo, o desenrolar da história, do pensamento estiver realmente benfeito.

Fazendo a leitura, sou partidária do segundo contexto, e vou por aí me atrevendo a escrever.


Outras frases sobre o ato de escrever:

"Ou escreves algo que valha a pena ler, ou fazes algo acerca do qual valha a pena escrever." (Benjamin Franklin)

"Somos todos escritores. Só que uns escrevem, outros não." (José Saramago)

"Escrever é deixar uma marca. É impor ao papel em branco um sinal permanente, é capturar um instante em forma de palavra." (Margaret Atwood)


"O gosto pela escrita cresce à medida que se escreve." (Erasmo de Rotterdam)


"Escrever é ter coisas para dizer." (Darcy Ribeiro)

"Escrever é um ato de liberdade." (Martin Amis)



"Eu escrevo como se fosse salvar a vida de alguém." Provavelmente a minha própria vida. (Clarice Lispector)


"Procura o que escrever, não como escrever." (Sêneca)



 

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Cresce mente!

"A mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original." (Albert Einstein)


Quando estamos abertos a receber coisas novas, captamos com mais facilidade os dados, conseguimos gerar informação e transformamos isso em conhecimento. A mente de outrora, jamais será a mesma, porque evoluiu, cresceu, se expandiu... Impossível voltar ao status quo inicial. Sempre estamos evoluindo, a vida é um constante aprendizado que pode ser mais ou menos produtivo, dependendo dessa abertura, dessa aceitação.

Estar aberto ao novo é romper com velhos paradigmas, é transformar algo que vem sendo pensado ou feito há tempos, do mesmo jeito, sabe-se lá porque, em algo melhor, mais grandioso, mais abrangente.

A nossa mente é um grande arquivo, há lugares esquecidos, empoeirados, em que guardamos exemplares únicos, preciosos, estáticos, permanentes, mas que podem ser resgatados a qualquer tempo, a partir de um simples toque, indício ou vestígio. Em outros compartimentos mais transitórios, reservamos para conteúdos de repouso temporário, que, dependendo da seletividade, podem ir em seu devido tempo para a ala dos permanentes, ou,  fazendo oposição a estes, serem descartados, esquecidos, por já não serem mais necessários, talvez pela obsolescência. Em um plano mais efervescente nos deparamos com um "entra e saí" de novidades, itens bem efêmeros, consumíveis, que duram o tempo mínimo necessário para que sejam transformados em algo mais duradouro ou descartado para sempre.

Não sei o que me deu, mas fui falar de mente e terminei em arquivo. Acho que levei muito em consideração a epígrafe, daí minha mente resgatou algo muito presente em meu contexto e imediatamente o transformou em algo novo, peguei teoria pura, fiz a leitura e associei à prática. Valeu Einstein!


domingo, 10 de julho de 2011

"A bússola do escrever"

"E quando não temos ciência, necessariamente impera o senso comum e a intuição, carregados de ideologias".

Afirmação de Ana Maria Netto Machado, em "A bússola do escrever", diretamente da minha estante.


MACHADO, Ana Maria Netto. A Relação entre a autoria e a orientação no processo de elaboração de teses e dissertações. In: BIANCHETTI, Lucídio; MACHADO, Ana Maria Netto (Org.). A Bússola do Escrever: desafios e estratégias na orientação de teses e dissertações. 2.ed. Florianópolis: UFSC; São Paulo: Cortez, 2006. p.45-66.


Encantei-me com a obra, uma coletânea organizada por Lucído Bianchetti e Ana Maria Netto Machado (ambos também contribuem com seus trabalhos), tratando exclusivamente da questão da orientação dos docentes junto aos mestrandos e doutorandos. Muitas experiências relatadas, tudo em prol da produção científica.

A tarefa de orientação é árdua, sei muito bem disso, não por ter sido orientadora, mas por ter acompanhado muitos nessa trajetória,  enquanto bibliotecária, ora buscando e indicando bibliografia, ora ajudando na construção do raciocínio,  ora comentando sobre a metodologia, até o auxílio na formatação final.

Os organizadores e colaboradores de "A bússola do escrever" expõem em seus textos as dificuldades durante esse percurso para ambos os sujeitos envolvidos: orientador e orientando, trazendo suas experiências na atividade e os pontos críticos, o processo de orientação/pesquisa/escrita.

E, retomando o início desse post, fazendo novamente a leitura, vê-se a importância da afirmação da autora, pois todo trabalho científico é constituído da tríade: epistemologia, metodologia e normalização. Esse é o curso normal para que seja aceito na comunidade acadêmica, é dessa forma que se registra e se divulga o conhecimento e, por conseguinte, a sua evolução, pois, quando analisado pelos pares, sempre haverá quem acrescente algo ou refute. É nesse contexto que temos ciência.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Sabedoria

"Tudo tem seu tempo e até certas manifestações mais vigorosas e originais entram em voga ou saem de moda. Mas a sabedoria tem uma vantagem: é eterna."  (Baltasar Gracián)

Sabedoria se dá com leitura e contexto.
 

domingo, 12 de setembro de 2010

Estátuas imóveis, mas pensantes

À margem de um rio, encontra-se uma fileira de estátuas. Não se movimentam, mas têm olhos e enxergam. Têm ouvidos e são capazes de ouvir. E pensam. Talvez vejam umas às outras. Estão isoladas, mas, percebem que algo acontece do outro lado do rio. Pensam, meditam, mas, é impossível ver o que está acontecendo por lá. E assim, cada estátua forma sua opinião, que provém da sua própria experiência. Ela enxerga, ouve e pensa. Mas é imóvel. Está só e não tem meios de se convencer. O abismo é intransponível.

ELIAS, Norbert. A Sociedade dos indivíduos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1994, p. 96.

Se você está em contexto qual as estátuas da citação de Norbert Elias, ainda há tempo para transpor o abismo, faça a leitura correta, mova-se!

sábado, 11 de setembro de 2010

Sede de leitura

"A leitura é uma fonte inesgotável de prazer, mas, por incrível que pareça, a quase totalidade, não sente esta sede."

Carlos Drummond de Andrade

sábado, 31 de julho de 2010

Einstein

"A mente que se abre a uma nova idéia jamais voltará ao seu tamanho original." (Albert Einstein)
A cada nova leitura que fazemos do mundo, criamos novo contexto e assim evoluimos.

domingo, 18 de julho de 2010

Duas preciosidades

"Se tens um jardim e uma biblioteca, tens tudo." (Marco Túlio Cícero - Arpino-Itália, 106 a.C. –43 a.C. Formia-Itália ).
Duas preciosidades do contexto da época que, na minha opinião, continuam válidas. Ambas são minha paixão!

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Igual ou diferente?

"Temos o direito a ser iguais quando a diferença nos inferioriza;
temos o direito a ser diferentes quando a igualdade nos descaracteriza."
(Boaventura de Souza Santos)

= ou ≠ ?

Depende do contexto e da leitura do momento.
Esse é o meu blog!

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Da Vinci

"É preciso observar;
É preciso pensar;
É preciso ter idéias.
Engana-se muito
E realiza o nada
Aquele que pensa pouco."



Fazendo a leitura do pensamento de Leonardo da Vinci, apesar de escrito em meados dos séculos XV/XVI, de tão visionário na época se torna atualíssimo nos dias de hoje, em que se deve ter acima de tudo ousadia e criatividade. Daí eu me pergunto: qual pensamento ele escreveria se tivesse que fazê-lo hoje no contexto de competitividade que vivemos?