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domingo, 10 de janeiro de 2021

Livro e biblioteca: caminhos certos para a pesquisa e o conhecimento

"O Menino que descobriu o vento", assisti ao filme, foi uma indicação da minha mãe, leitora, poetisa e estudiosa permanente. Agora bateu a vontade de ler o livro, no entanto, encontra-se esgotado em todas as livrarias que pesquisei.

Uma história real que focaliza a curiosidade, a atitude, o conhecimento, a investigação, a ciência, tudo aliado à vontade de servir à família, à comunidade.

Mas onde estaria esse conhecimento, senão no livro e na biblioteca? Mesmo sendo uma biblioteca precária, em uma localidade muito pobre da África, com livros já surrados pelo manuseio, o menino, com a ajuda da bibliotecária, busca a resposta que procura, para sua inquietação: como transformar a força do vento em energia.

A energia eólica já é explorada com alta tecnologia em vários países/cidades, com parques eólicos gigantes espalhados na terra e no oceano, mas não ainda no vilarejo de Malawi, país localizado na África Oriental, até o momento da descoberta e operação do catavento mais engenhoso que já se viu. Todo ele construído graças a um livro de uma biblioteca, um punhado de equipamentos e objetos de sucata e, claro, a inteligência do menino, um adolescente, misto de curioso, cientista, engenheiro, projetista e operador de máquinas.

Se observado com o olhar e leitura da ciência, vemos no contexto do enredo, todo o trajeto percorrido para cumprimento de cada etapa da pesquisa científica: a inquietação, a problematização, a justificativa, a hipótese, o objetivo, a teoria, o recorte espaço-temporal, a pesquisa de campo, as limitações, os experimentos e testagens, a discussão e os resultados, e até a intervenção, com a construção do moinho de vento.







Imagens printadas do trailer do filme da Netiflix, emTrailersBR

Se o filme é excelente, imaginem o livro!

sábado, 24 de fevereiro de 2018

Plateia cheia!

Muito bom ter casa cheia para um evento que você prepara com carinho e com objetivos a serem cumpridos. Foi assim o Seminário de Metodologia Científica ministrado na última quinta-feira (22/02/2018), na Faculdade CDL, para os cursos de Administração, Gestão Comercial e Logística.








Foram esses os objetivos do nosso seminário:
  • Divulgar a Biblioteca;
  • Incentivar a pesquisa científica;
  • Divulgar o Manual de Normalização para Elaboração de trabalhos da Faculdade CDL (graduação e pós-graduação);
  • Explicar a aplicabilidade do Manual;
  • Explicar a normalização junto aos trabalhos acadêmicos (Projeto de Pesquisa, Projeto Integrado e Relatório de Estágio Supervisionado.

E o resultado é a demanda imediata por material para iniciar a pesquisa. Boa sorte a todos!

sábado, 14 de fevereiro de 2015

Hipóteses: sempre temos uma em mente


Na vida nos deparamos com muitas hipóteses, tanto aquelas já formadas por outras pessoas, como aquelas que nós mesmos elaboramos, com a nossa experiência e vivência. 




Ao longo do tempo elas vão se confirmando ou sendo refutadas e, a partir desse ponto, novas hipóteses vão sendo construídas, é a evolução do conhecimento, é o amadurecimento, curso natural da capacidade do homem de pensar, refletir, discutir, experimentar, discordar, reconstruir, etc.

Mas, falando nessas hipóteses, podemos classificá-las como nula, alternativa unidirecional e alternativa bidirecional, são os tipos estudados nas ciências. De forma bem simplificada, temos:
  • Nula: expressa uma igualdade (=);
  • Alternativa, que pode ser unidirecional e bidirecional, ocorre em função de uma desigualdade (≠).
Pois bem, vamos exemplificá-las tomando uma mesma linha de raciocínio, que envolve o contexto atual do Carnaval:
  • Nula: O comportamento das pessoas é o mesmo independente de ser Carnaval ou não.
  • Alternativa unidirecional: No carnaval, o comportamento das pessoas é mais extrovertido do que em outra festa comemorativa.
  • Alternativa bidirecional: O comportamento das pessoas é mais ou menos extrovertido, conforme a festa comemorativa que participam.
Esse é um exercício muito eficaz para nos posicionarmos diante as situações do dia a dia, ou para quem vai construir uma hipótese e seguir em frente na pesquisa, seja qual for o contexto, social, político, econômico, etc

Praticando (fazendo a leitura), podemos encontrar o nosso posicionamento diante de uma inquietação: nulo, unidirecional ou bidirecional?

domingo, 14 de setembro de 2014

Descartes: modernidade, contemporaneidade e posteridade



Reler sempre é bom, em novo contexto, há sempre uma nova leitura, mas, Descartes, é sempre Descartes!

Ele que é o patrocinador da dúvida, mas, a dúvida de Descartes, não é a dúvida de um cético, é a dúvida de quem pretende chegar o mais próximo possível da verdade, nem que seja por pouco tempo, porque sempre haverá algo ou alguém que a refute e gere novos conceitos, novos conhecimentos. Portanto, quanto maior for essa dúvida, mais certeza se terá do conhecimento obtido pela busca durante a investigação.

E para iniciar essa investigação, nada melhor do que o Método, constituído de fases, tão básicas, que as utilizamos, imperceptivelmente, todos os dias na solução de problemas, na busca da verdade, fazem realmente parte do nosso cotidiano - a verificação, a análise, a síntese e ordenação e a enumeração - e as Regras para a Direção do Espírito, das quais destaco a Regra IV:

"O método é necessário para a procura da verdade." (DESCARTES, 2005, p. 80)

Não podemos ter pressa na busca da resposta, sob pena de irmos ao encontro do que não é verdadeiro, devemos, portanto, fragmentar o problema em partes, partindo da mais simples para a mais complexa, enumerando-as e revisando-as ao final.




Sua relevância para a história da filosofia e para a própria ciência é fundamental, porque, a partir da "dúvida metódica" ele conseguiu diferenciar o científico do não científico. 

Tudo que veio depois dele, concordando, reagindo contrariamente ou completando, foi positivo no sentido da evolução do conhecimento e da ciência, com ele o racionalismo, o bom uso da razão, que ainda é usado hoje, conforme o contexto, e, a partir dele, a corrente oposta, o empirismo, de Locke, que usa os sentidos, que dá mais importância às ciências experimentais, mais adiante, o creticismo, de Kant, que encontra o ponto comum entre os dois, os sentidos modelados pela razão, e tantas outras correntes que vieram depois.

DESCARTES, René. Discurso do métodos: regras para a direção do espírito: texto integral. São paulo: Martin Claret, 2005. (Coleção a Obra-prima de Cada Autor)

domingo, 13 de maio de 2012

Fazemos pesquisa todo dia

Quem já não se deparou com a tarefa de elaborar o projeto de pesquisa acadêmica e depois desenvolver a monografia, como requisito para obtenção de título?
Com certeza todos que estão na vida acadêmica, e sempre é um caminho longo a se percorrer, às vezes, por demais exaustivo. Para desmitificar a pesquisa, para mostrar que todos nós somos capazes, pois enfrentamos em nosso contexto situação similar, trago aqui para discussão, o fato de que fazemos pesquisa todos os dias. É óbvio que não se trata da tal pesquisa acadêmica, no entanto, o percurso pelo qual passamos diariamente, se assemelha ao processo que desenvolvemos naquela pesquisa.

Fazendo a leitura de cada contexto, enumeramos abaixo.

No nosso dia a dia
  1. Surge uma demanda qualquer na nossa vida, que precisa ser atendida, resolvida.
  2. Quando muito complicada, dividimos em partes.
  3. Interpretamos a demanda e definimos o que deve ser cumprido.
  4. Temos uma ideia pré-concebida do que virá pela frente.
  5. Agregamos e relacionamos à demanda a nossa experiência de vida e os exemplos de outrem.
  6. Analisamos a melhor forma de atender à demanda.
  7. Criamos as condições adequadas.
  8. Executamos o que pretendemos.
  9. Depois de executado, analisamos e verificamos o que conseguimos. 
  10. Tiramos conclusões a respeito. Foi bom? Deu certo? Era isso mesmo? Essas conclusões servirão para aplicarmos em outra ocasião da vida.


Na pesquisa acadêmica
  1. Como pesquisador, temos uma inquietação acerca de certo tema.
  2. O tema é muito amplo, resolvemos delimitá-lo e afunilá-lo.
  3. Criamos os objetivos da pesquisa.
  4. Apresentamos os nossos pressupostos.
  5. Buscamos a fundamentação teórica para servir de base à investigação e à análise dos dados.
  6. Optamos pelo melhor método, de acordo com a natureza e tipo da pesquisa.
  7. Preparamos os instrumentos para coleta de dados.
  8. Fazemos a pesquisa propriamente dita.
  9. Analisamos e discutimos os dados colhidos.
  10. Tecemos as nossas considerações finais, confrontando com os objetivos da pesquisa. E a nossa pesquisa poderá ser utilizada por outro pesquisador

Propositadamente enumerei cada etapa da primeira correspondendo a uma da segunda, para facilitar a leitura, o acompanhamento e a compreensão.

Ficou mais fácil?

domingo, 10 de julho de 2011

"A bússola do escrever"

"E quando não temos ciência, necessariamente impera o senso comum e a intuição, carregados de ideologias".

Afirmação de Ana Maria Netto Machado, em "A bússola do escrever", diretamente da minha estante.


MACHADO, Ana Maria Netto. A Relação entre a autoria e a orientação no processo de elaboração de teses e dissertações. In: BIANCHETTI, Lucídio; MACHADO, Ana Maria Netto (Org.). A Bússola do Escrever: desafios e estratégias na orientação de teses e dissertações. 2.ed. Florianópolis: UFSC; São Paulo: Cortez, 2006. p.45-66.


Encantei-me com a obra, uma coletânea organizada por Lucído Bianchetti e Ana Maria Netto Machado (ambos também contribuem com seus trabalhos), tratando exclusivamente da questão da orientação dos docentes junto aos mestrandos e doutorandos. Muitas experiências relatadas, tudo em prol da produção científica.

A tarefa de orientação é árdua, sei muito bem disso, não por ter sido orientadora, mas por ter acompanhado muitos nessa trajetória,  enquanto bibliotecária, ora buscando e indicando bibliografia, ora ajudando na construção do raciocínio,  ora comentando sobre a metodologia, até o auxílio na formatação final.

Os organizadores e colaboradores de "A bússola do escrever" expõem em seus textos as dificuldades durante esse percurso para ambos os sujeitos envolvidos: orientador e orientando, trazendo suas experiências na atividade e os pontos críticos, o processo de orientação/pesquisa/escrita.

E, retomando o início desse post, fazendo novamente a leitura, vê-se a importância da afirmação da autora, pois todo trabalho científico é constituído da tríade: epistemologia, metodologia e normalização. Esse é o curso normal para que seja aceito na comunidade acadêmica, é dessa forma que se registra e se divulga o conhecimento e, por conseguinte, a sua evolução, pois, quando analisado pelos pares, sempre haverá quem acrescente algo ou refute. É nesse contexto que temos ciência.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Falconi direto do blog da HSM

Transcrevo trecho inicial do segundo dia do Fórum HSM de Gestão e Liderança 2011, da seção do talk show com Vicente Falconi:


O professor Falconi abriu o bate-papo afirmando que está convencido de que já existe nas empresas uma quantidade de conhecimento muito grande. “O que falta nas empresas é execução, mas principalmente, fazer o que precisa ser feito. Nós precisamos começar a executar”. Para ele, as coisas simples podem ser executadas. “A cultura da não execução é uma coisa dramática, ainda mais quando existe a cultura da procrastinação. O fato fundamental é o seguinte: se eu não executar, nada acontece”.

Falconi explicou que o filósofo francês René Descartes escreveu o livro O Discurso do Método, por volta de 1600. Para ele, método é a busca da verdade para se atingir os resultados. “É você tomar decisões baseadas na verdade, entender e continuar”. Para ele, há as verdades mostradas na análise dos dados e fatos. E as empresas, na grande maioria, não trabalham com elas. As pessoas vivem tomando decisões, que custam milhões, baseadas em opiniões. Ele afirma que todo gestor deveria ler Descartes.

Leia a matéria completa.

Como admiradora de Descartes, não poderia deixar escapar essa recomendação que o renomado Falconi faz para a leitura da obra Discurso do Método, do fundador da filosofia moderna.

Descartes duvidou dos sentidos, do que via e do que ouvia, se deparou com um ser que pensa e que usa a razão e daí veio a frase "penso: logo existo".

As quatro regras do Discurso do Método são:

  1. VERIFICAÇÃO DA EVIDÊNCIA - Não aceitar nada que não seja evidente, evitando a prevenção e a precipitação.
  2. ANÁLISE - Dividir um problema em tantas partes quantas forem possíveis e necessárias. 
  3. SÍNTESE E ORDENAÇÃO – Ordenar o pensamento, partindo das coisas mais simples para as mais complexas. 
  4. ENUMERAÇÃO - Efetuar enumerações tão completas de modo a ter certeza de nenhum elemento ter sido esquecido.
O método de Descartes sugere seu uso para a execução, por isso a máxima de Falconi: “É você tomar decisões baseadas na verdade, entender e continuar”.
Segundo Falconi, os três fatores fundamentais para que se obtenham resultados extraordinários são: liderança, conhecimento técnico e método.
 
Acesse breviário sobre a filosofia de Descartes
 






domingo, 14 de fevereiro de 2010

Pesquisa Científica


Resumo da minha monografia "Velho arquivista": elo perdido da memória arquivística organizacional, apresentada para obtenção do título de Especialista em Pesquisa Científica, pela Universidade Estadual do Ceará, em janeiro/2009, com conceito satisfatório.

Orientador: Prof. Dr. José Clerton de Oliveira Martins 
Banca: Profª. Drª. Mônica Façanha Farias e Profª. Drª. Virgínia Bentes Pinto




RESUMO
A pesquisa “Velho arquivista”: elo perdido da memória arquivística organizacional procurou investigar como se dá o resgate da memória arquivística organizacional a partir das ações do “velho arquivista”. Buscou-se nas organizações o espaço da pesquisa e nos arquivos o lugar onde atua a figura dos seus sujeitos, no caso, o “velho arquivista”. O trabalho propõe a interdisciplinaridade da Administração com a Arquivística, adentrando-se na Cultura Organizacional e em suas variáveis, que propiciam estabelecer estereótipos para os membros dos grupos, culminando no personagem da pesquisa. A pesquisa teve natureza descritiva qualitativa e utilizou como instrumento de coleta de dados a entrevista semi-estruturada, com aporte da  observação simples e da análise do ambiente, levando a inferir que o arquivo é lugar de memória e o “velho arquivista” é agente promotor da memória arquivística organizacional, porque guarda, acessa, resgata e preserva, utilizando recursos muito peculiares a sua experiência acumulada, que vão de encontro aos princípios e as técnicas da Arquivística, mesmo que de forma alegórica e singular.  Verificou-se que a cultura organizacional das empresas pesquisadas tende para a variável de sentimentos, em que se percebeu a valorização sazonal do sujeito “velho arquivista” e a ausência tecnológica para transformar insumos em bens ou serviços.

Palavras-chave: arquivística; arquivos; cultura organizacional; estereótipo; memória arquivística organizacional; organizações.

Disponível em: http://pt.scribd.com/doc/82867655/Velho-arquivista-elo-perdido-da-memoria-arquivistica-organizacional