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domingo, 2 de fevereiro de 2025

A função do mata-borrão

Mata-borrão, ou melhor, porta mata-borrão, o nome já diz tudo, mas, explicando melhor, era uma peça que não podia faltar nos escritórios, na secretaria e também para quem escrevia cartas, contratos, tratados, enfim, qualquer escrito usando a caneta-tinteiro ou bico de pena.

Essa peça era um suporte de madeira ou metal com o papel absorvente por excelência (papel mata-borrão), fixado na sua base/superfície para absorver o excesso de tinta deixado pelas canetas da época. Pressionava-se o suporte sobre o texto escrito para absorver a tinta, evitando-se borrões no papel. Seu sistema oval permitia fácil aplicação. Também era utilizado para absorver tinta em excesso de carimbos e sinetes.

A leitura que faço, conforme o contexto, é de alta tecnologia para a solução de um problema presente no dia a dia das pessoas da época.

O papel foi inventado na Inglaterra no século XV, seu uso no porta mata-borrão estendeu-se até surgir a caneta esferográfica, ou seja, até a primeira metade do século XX. Antes dele eram usadas cinzas e até areia para secar o excesso de tinta.

Porta mata-borrão herança da minha mãe, família Lucena de Oliveira Cavalcanti.

Atualmente, o papel do tipo mata-borrão é muito utilizado para remover da superfície o excesso de líquidos, tais como tinta, óleo e água. Usado na microscopia em laboratórios de vários segmentos para remover líquidos de lâminas, na restauração de objetos e de produtos têxteis e, sobretudo para secar documentos atingidos pela água, preservando-se, assim, registros arquivísticos para a posteridade.

O papel é feito de uma pasta química com fibras de celulose/algodão sem colagem, exatamente porque a colagem interna diminui a capacidade de absorção da água e de outros fluidos.

Abaixo, apresento algumas imagens de peças antigas disponíveis na internet, todas comercializadas em leilões.










sábado, 25 de janeiro de 2025

A grandiosa Biblioteca de Alexandria

Falar em biblioteca é falar em educação, em conhecimento. A instituição promove há séculos e séculos possibilidades de educação, seja ela biblioteca pública, comunitária de bairro, escolar ou universitária, ela está sempre a postos para oferecer informação e conhecimento, ampliando a educação de cada cidadão, da sociedade como um todo.

Representando tudo isso, trago este vídeo ilustrativo com informações da maior biblioteca da Antiguidade, a Biblioteca de Alexandria, mostrando a sua grandiosidade. Data e causa da sua destruição, assim como o responsável não são consensuais, há algumas teorias.


Trazer esse ícone à tona é, sobretudo, enaltecer e lembrar toda história e evolução, que tem representatividade contemporânea desde 2002 com a nova Biblioteca de Alexandria, estabelecida no mesmo local, oferecendo uma espetacular sala de leitura com mais de 20 mil metros quadrados.


terça-feira, 5 de dezembro de 2023

D. Pedro II, homem culto e erudito

Hoje, é aniversário de morte do último Imperador do Brasil, Dom Pedro II, que esteve à frente do Império por 49 anos.

Um homem culto e erudito, foi um grande incentivador das artes, da ciência e da educação. E eu, que visitei o Museu Imperial neste ano, pude conhecer um pouco mais da história dele e da monarquia.



No dia 16 de novembro de 1889, na véspera da partida para o exílio, Dom Pedro escreveu:

"À vista da representação escrita que me foi entregue hoje, às 3 horas da tarde, resolvo, cedendo ao império das circunstâncias, partir com toda minha família para a Europa amanhã, deixando a Pátria, de nós estremecida, à qual me esforcei por dar constantes testemunhos de empenhado amor e dedicação durante quase meio século em que desempenhei o cargo de Chefe de Estado. Ausento-me pois, eu como todas as pessoas da minha família, conservarei do Brasil a mais saudosa lembrança, fazendo ardentes votos por sua grandeza e prosperidade".

domingo, 3 de setembro de 2023

Museu Imperial: um sonho duplamente real

Visitar o Museu Imperial é um sonho duplamente real, tanto pelo fato de conhecer de perto toda a história da família real representada pelas peças ligadas à monarquia brasileira, objetos, artefatos, móveis, roupas, documentos, obras de arte, etc., como pela possibilidade de realizar um sonho de muito tempo, um sonho que virou realidade. Um sonho real!

Tudo é belo, o entorno do palácio com seus jardins e a construção neoclássica, que um dia foi a Fazenda do Córrego Seco, transformando-se na casa de veraneio da Família Real, depois, em 1940, em Museu Imperial, perdurando até os dias de hoje.

As fotos são dos ambientes externos, pois internamente não é permitido o registro, e contam com a companhia da minha filha.















quinta-feira, 8 de dezembro de 2022

Edificações da história de Fortaleza

Em Fortaleza, preciosidades da nossa arquitetura, Castelo do Plácido, Café Java e Palacete do João Gentil, edificações do patrimônio histórico e cultural foram destruídas em nome de uma tal modernidade. 

Para mantê-las vivas, bastaria resignificá-las adaptando-as ao uso conforme o contexto e a atualidade. Dessa forma, estaríamos ainda sendo beneficiados com essas maravilhas da nossa história, usufruindo desses espaços carregados de história e requinte.

Não fossem os seguidos históricos textuais e iconográficos existentes, não teríamos mais como deixar para a posteridade a história dessas maravilhas.

Na matéria do DN, detalhes sobre a história que permeia essas construções.

Fotos de edificações históricas de Fortaleza

Fotos da matéria DN

Publicado originalmente no LinkedIn.

sábado, 5 de novembro de 2022

Muita história com as louças do Rei

A obra "A Mesa do Rei" é fantástica, a começar pelos elementos extrínsecos, capa, encadernação papel, impressão, passando pela formatação e diagramação, até chegar aos elementos intrínsecos à obra como seu conteúdo ilustrativo, informativo, histórico, rico em detalhes.

O livro resgata a história das peças, bem como retrata os costumes à mesa daquela época.

Conhecer o serviço de mesa do Império, e todo o arcabouço históricos que permeava a ocasião, tendo como personagens o Rei D. João VI, Rei de Portugal, Brasil e Algarves e toda a família imperial, foi por demais encantador e compensador.

Foi uma aquisição da minha filha, que compartilhou a obra para leitura. 

Livro A Mesa do Rei

Livro A Mesa do Rei

sábado, 13 de agosto de 2022

Famílias que se entrelaçam e formam novas famílias

Cavalcanti e Farias duas famílias que se entrelaçaram por intermédio da união entre meus pais. Além dos filhos gerados, eu e meus irmãos, muita coisa se misturou, gerando o legado dessas famílias. Costumes, educação e todo um contexto de memórias e histórias.

Para registrar tudo isso encomendamos os brasões das famílias, que, expostos na parede da casa construída e projetada pela nosso pai, não deixam esquecer o que tem que ser lembrado.


Brasões de Família - Corredor da Torre do Boulevard Geneve
Campos do Jordão - SP

terça-feira, 15 de março de 2022

Poesia e História

Para ressaltar o Dia Nacional da Poesia, comemorado em 14 de março,  o historiador Armando Farias descreve, poeticamente, trechos relevantes da história, iniciando pela Deusa Clio, fechando com os ilustres do Ceará. 

Veja o passeio que ele dá na história. São fatos contados com arte ou a arte dos fatos? É a poesia da história ou a história em poesia?

Confira na postagem de Capitania Siará Grande.

sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

A Pandemia e o legado arquivístico

Já imaginaram o volume de documentos e informações que a pandemia gerou e vem gerando até hoje? São milhares de documentos físicos e digitais, com valores administrativos, fiscais, legais, técnicos, históricos e sobretudo, científicos. Sabemos que as pesquisas não se encerrarão, ainda falta muito a ser descoberto, até porque surgem novas variantes e situações diferentes do vírus a cada tempo, a busca pela verdade continua, é incessante. 

Cientistas, médicos, instituições de pesquisa e saúde, farmacêuticas,  laboratórios estão mobilizados para essa busca e o resultado aparece nos registros documentais, os quais farão parte do arquivo permanente de cada uma dessas entidades produtoras. É como sempre acontece, cada contribuição vai dando margem para novas descobertas, tanto a partir de confirmações como de refutações. Dessa forma o conhecimento avança e ficamos cada vez mais próximos de um resultado seguro e positivo.

Muitos dados isolados ainda serão trabalhados para que sejam transformados em informação e conhecimento. Se há ainda controvérsias a respeito é exatamente porque a coisa ainda está em curso, ainda é novidade, e por isso está sujeita a alterações de posicionamentos, mas tudo em prol de confirmações e verdades. E é nesse ponto que observamos o método científico, contando com o empirismo de Bacon, o racionalismo de Descartes e o falseamento de Popper.

E como os documentos arquivísticos são o resultado das atividades das pessoas e instituicões de forma cumulativa, teremos todo esse legado carregado dos valores citados acima, para contar a história e avançar na Ciência.

Não é a primeira pandemia do planeta, outras cinco grandes pandemias assolaram a humanidade, peste bubônica, cóleragripe espanholagripe suína, varíola, que causaram muitas mortes. 

Que este segundo ano pandêmico seja o início do fim, para que possamos viver e contemplar a vida com saúde. 

Saúde e paz para todos!

domingo, 28 de novembro de 2021

A "Poeira dos arquivos" citada por Euclides da Cunha

Estou aqui imaginando como será o futuro sem documentos empoeirados, que trazem a marca do tempo, aqueles com o amarelecimento das páginas, com os vestígios de invasores microscópicos que se deliciam com o papel. Sim, porque teremos tudo digital em bits e bytes, tudo na nuvem e esse formato não permite essas marcas, talvez o reconheçamos como "empoeirado" apenas por conta da obsolescência do suporte e da tecnologia.

Não é saudosismo, é apenas uma constatação  sabendo que essa é a tendência da realidade e que talvez tenhamos apenas o legado já constituído dessa era do papel, claro, se preservado com os devidos cuidados, porque o mundo hoje já é digital. Se é digital, seu legado para o futuro também será digital, privando-nos da "poeira dos arquivos" de que falo adiante.

Em Diário de uma expedição, escritos que deram origem à obra Os Sertões, Euclides da Cunha ressalta a sensação dessa experiência, de lidar com registros históricos preciosos, para fazer descobertas sobre os fatos.
"A poeira dos arquivos de que muita gente fala sem nunca a ter visto ou sentido, surgindo tenuíssima de páginas que se esfarelam ainda quando delicadamente folheadas, esta poeira clássica — adjetivemos com firmeza — que cai sobre tenazes investigadores ao investirem contra as longas veredas do passado, levanto-a diariamente. E não tem sido improfícuo o esforço.“ (Euclides da Cunha, 21 de agosto de 1897, Canudos: diário de uma expedição)


Euclides da Cunha, enquanto correspondente do  Jornal O Estado de São Paulo, fez viagens à Bahia para entender o desenrolar das atividades de Canudos sob a égide de Antônio Conselheiro, até a tragédia final. Os documentos de arquivo foram fundamentais para elucidar os fatos até então não conhecidos, e como vimos culminou na grande obra histórico literária.

CUNHA, Euclides da. Canudos: diário de uma expedição. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.

domingo, 19 de janeiro de 2020

Parado, mas funcionando

Em visita técnica a trabalho efetuada junto ao Instituto de Saúde dos Servidores do Estado do Ceará (Issec), deparei-me com essa belezura de relógio de ponto, que apesar de estar parado, ainda funciona.

A servidora informou que, periodicamente, ele recebe, carinhosamente, corda mecânica, e assim vai se mantendo, preservando o patrimônio público histórico.

Uma peça e tanto!


segunda-feira, 19 de agosto de 2019

Cheio de histórias e memórias

Cheio de histórias e memórias, buscando, juntando e organizando recortes do passado, ele consegue montar uma parte do tempo que estava esquecida.

Um historiador é um fazedor de cenários recompostos a partir de resgates e fragmentos do passado, com vistas a entender os fatos e disponibilizá-los para compreensão da sociedade.

É um quebra-cabeças que depende da leitura e do contexto, pois os fatos são interligados e estão enraizados no seu nascedouro. O trabalho é de garimpeiro e leva tempo para ter resultados concretos, tendo os documentos como a principal fonte de informação, para essa concretização.



Fico orgulhosa com meu irmão caçula, Armando Farias, historiador da família, que tem muito conhecimento e continua sempre aprendendo, porque a história está nas suas veias.



A criação do Dia do Nacional do Historiador foi oficializada pela Lei nº 12.130, de 17 de dezembro de 2009.

quarta-feira, 10 de outubro de 2018

Arquivista, ele é o cara!

Arquivo é isso, arquiva-se e desarquiva-se, no sentido literal da palavra. Os documentos estão lá, organizados, descritos e indexados, prontos para recuperar a informação desejada. E em um passe de mágica, ops! E lá está a informação. Um trabalho ímpar e singular do arquivista, que muitas vezes não aparece, mas é primoroso e primordial.



Passe de mágica em sentido figurado, afinal, tem todo um trabalho de formiguinha, tanto intelectual como físico, um trabalho a quatro mãos, ou a dez, vinte, trinta, dependendo do volume e do contexto arquivístico.

Sempre a serviço da sociedade, seja no âmbito público ou privado, seja nas questões administrativas, fiscais, legais, históricas ou científicas, os arquivos e os arquivistas são o elo com o passado, visitando o presente, e resguardando o futuro.

A trajetória dos arquivos acessíveis culmina na memória e na história. Glória do arquivista, vitória para a sociedade.

sexta-feira, 7 de setembro de 2018

De volta às escavações

... E o fogo chegou, quase tudo do Museu Nacional queimou, agora só nos resta voltar às escavações.


(Reuters/R.Moraes)

Escavar para resgatar aquilo que um dia já foi encontrado, devidamente catalogado e colocado à exposição. Desta vez em meio aos escombros do que restou depois do incêndio, em busca do que pode ser resistido ao fogo, dentro de mais de 20 milhões de itens.


Anos e anos de história, de cultura, de pesquisa foram ao chão, perdas irreparáveis, irrecuperáveis, talvez se salve alguma coisa, mas sempre haverá o sentido de perda total.

Local onde as "logias" de A a Z (AntropologiaArqueologia, Biologia, Etnologia, Geologia, Mineralogia, Paleontologia, Petrologia e Zoologia) habitavam de modo requintado, dialogando com algumas "grafias" (Bibliografia, Etnografia e Geografia). Local onde as ciências e a história se encontravam para provocar o pesquisador, o historiador e todos os cidadãos comuns que um dia já passaram por lá, entrando de um jeito e saindo carregados de maravilhas, indagações, críticas, suposições e tudo mais que pode provocar e articular a mente para fazê-la crescer.
Que as autoridades tenham competência para tocarem o projeto de recuperação daquela que é a mais antiga instituição científica do nosso país. Que a Família Real Portuguesa nos perdoe! Que no próximo 7 de Setembro tenhamos algo positivo em relação ao soerguimento do Museu.


sábado, 9 de julho de 2016

A Majestosa

A Revista Mundo Estranho, edição 181, de junho/2016, traz uma matéria ilustrada do que seria a famosa e majestosa Biblioteca de Alexandria, cujo nome oficial era Ptolemaic Mouseion Academy, fundada por volta de 300 a.C.

Interessante os recortes dos ambientes e suas finalidades, tudo projetado conforme os interesses e agentes operantes: pensadores, matemáticos, bibliotecários, copistas, checadores, reparadores e público geral.

Sem desprezar os demais atores desse cenário épico, histórico e cultural, vemos na matéria quão imprescindíveis foram os bibliotecários nesse passado distante.

"Os bibliotecários dirigiam  lugar e fizeram história, criando soluções que usamos até hoje para lidar com aquela quantidade de obras. Zenódotus, o primeiro deles, foi o criador da organização por ordem alfabética. Calímaco, seu sucessor, introduziu a catalogação. Eratóstenes inventou o glossário e Thrax a primeira gramática."
Revista Mundo Estranho, edição 181, junho/2016. p.38-39.

terça-feira, 9 de junho de 2015

"O Futuro tem um coração antigo": Dia Internacional dos Arquivos

Neste Dia Internacional dos Arquivos tomo a frase de Carlo Levi para ressaltar a importância dos arquivos, por fazerem parte de nossas vidas.

Em passagem à Oficina Brennand, deparei-me com ela em grande estilo, cravada na arte da cerâmica,  não hesitei em registrar o momento.


Painel cerâmico da Oficina Brennand


O que seria do futuro sem os registros do passado? Nesse ponto os arquivos estão presentes e são incisivos. 

Os registros do passado e do presente influenciam aqueles que ainda virão, tanto na vida em geral, como no contexto da Arquivística. Um lugar, uma cidade, uma pessoa, uma empresa são entidades produtoras de documentos durante o desenvolvimento de suas ações. São passagens de uma vida que vão se agregando de forma cumulativa, sem pretensão, é a natureza dos registros arquivísticos, que, se preservados, podem ser resgatados para contar a história.

Passado presente no futuro, futuro cheio de presente que já virou passado. Futuro que não se constitui do nada, herda passos do passado, se transforma, passa a ser o que vai ser e logo já vira passado. 

Sem os arquivos, tudo se perde, nada se conhece.

Para conhecer mais sobre a obra de Carlo Levi
Para conhecer mais sobre a obra de Francisco Brennand

quarta-feira, 24 de julho de 2013

I Simpósio de História, Arquivos e Mídias Digitais


Encerrou-se hoje na UFC, no Departamento de História, o I Simpósio de História, Arquivo e Mídias Digitais, cumprindo o objetivo de contribuir com o fomento das práticas arquivísticas no Estado do Ceará, para fazer a interface com a cultura, a memória e a história dos cearenses.




Excelência na organização e, sobretudo, na fala dos conferencistas, que deixaram uma grande contribuição para os participantes.

Dos eventos que participei, destaco a seguir os saberes transmitidos:

1
O processo documental que ocorre durante a organização dos arquivos, apresentado pela Profª. Ana Célia: identificação, produção; organização (classificação e ordenação), avaliação, descrição e recuperação da informação (serviços), além da ênfase necessária à questão do elemento orgânico e funcional.

 Minicurso: Organização de arquivos permanentes, com a Profª Dra. Ana Célia Rodrigues, da UFF.


2.
As características dos documentos de arquivo, evidenciadas pelo Prof. Renato Tarciso, citando Cruz Mundet, que contém informação interna, é previsível e regulado, além da dicotomia do possível e concebível, no momento da guarda/recuperação do documento. "Avaliamos para preservar e não para eliminar".

Conferência II: A Construção da história: a necessidade do fazer arquivístico, com o Prof. Dr. Renato Tarciso Barbosa de Sousa, da UnB


3.
E o enfoque das mídias digitais dado pelo Prof. Tiago Gil, quando definiu as três eras da WEB: HTML, que organiza apenas formas (funciona como uma vitrine, podemos apenas ver, sem interferir); WEB 2.0, que é interativa e colaborativa (atua como um balcão, podemos chegar e pedir e somos atendidos) e a WEB 3.0, semântica, que organiza ideias e conteúdos, além das formas (atua como uma cozinha, podemos entrar, mexer, alterar, compor, mixar.), tal como o "Atlas Digital da América Lusa", que apresentou.


Conferência III: Mídias digitais e documentos históricos, com o Prof. Dr. Tiago Luís Gil, da UnB



Fiquei satisfeita com o Simpósio pela abrangência dos conteúdos passados pelos conferencistas e por perceber que a minha atuação junto aos arquivos está no caminho certo, validada pelo pensamento desses profissionais.





segunda-feira, 24 de junho de 2013

Escrevendo e registrando a história

Faço a leitura do contexto sócio-político atual.




Esse é o novo Grito do Ipiranga, de um povo heroico que está cansado de conviver com tanta atrocidade, incoerência, inversão de valores, insensatez e corrupção e daí resolveu bradar para ser ouvido pelos políticos da nação.

Como o sol em raios fúlgidos, queremos liberdade para expressar a nossa opinião.

Queremos também o penhor da liberdade de ir e vir, com transporte a preço justo e de qualidade.

Se o nosso céu é formoso, risonho e límpido, queremos clareza e transparência nos negócios e nas contas da presidência.

Por ser "gigante pela própria natureza", o povo é destemido e forte, o grito do sul ecoou no norte.

Somos filhos deste solo de quem o Brasil é mãe gentil, temos esperança, queremos pisá-lo e viver em segurança.

Mas, "deitado eternamente em berço esplêndido", não quer dizer um povo acomodado e sim pela natureza privilegiado. Com tamanha riqueza natural e de pessoal, nossas terras férteis e nossos profissionais competentes, podem garantir a alimentação, a educação e o cuidado da saúde do povo, bastando apenas o interesse político e o direcionamento ético.

Amamos a nossa bandeira, o nosso país, o nosso hino, vencemos outras batalhas e haveremos de vencer também essa, pois "o filho teu não foge à luta."

Ajudo a escrever e registrar a história de um futuro breve, mania de bibliotecária literária e arquivista ativista.


O país que é um grande livro aberto, sem segredos, sem injustiças, com verdes campos, onde crianças brincam e de onde corre um rio de águas límpidas, que leva conhecimento, que lava a ignorância, que se renova sempre, buscando o melhor. 

Um livro sob um céu azul, luminoso e cheio de energia, para inspirar os governantes e se estes que estão hoje no poder não souberem captá-la, que deixem o espaço para outros, para que tenhamos a certeza de poder contar com os direitos básicos, constitucionais e universais.