domingo, 24 de setembro de 2017

Prática da Biblioteconomia x Biblioteconomia na prática: a dualidade necessária

Como praticar a Biblioteconomia? É óbvio que temos que aplicar a teoria aprendida na academia, mas, também é claro que precisamos agregar o contexto vivido e apreendido das experiências decorrentes dos caminhos das pedras, que foram sendo descobertos e desbravados ao longo da vida profissional.


Daí, já estamos falando da Biblioteconomia na prática, aquela que se distancia um pouco da academia, não pelo confronto de conhecimentos e juízos da ciência, mas pela adaptação e validação destes, por já terem sidos contextualizados e testados. São as aplicações da ciência.

Uma coisa é o estudo de usuários que aprendemos, outra coisa é a faceta de cada um no dia a dia e a preocupação com os usuários em potencial. Quando estudamos o dimensionamento dos espaços e a necessidade do desenvolvimento das coleções para melhor atender aos serviços de uma unidade de informação, temos que lidar com a limitação de áreas e a precariedade de recursos para repensar esses serviços e oferecer, dentro do possível, o melhor. Da mesma forma, quanto ao acesso eletrônico, se há infinitas possibilidades em bases comerciais, precisamos buscar mais e mais conteúdos abertos para permitir o desejável acesso sem posse.

São inúmeros os exemplos que enfrentamos na rotina biblioteconômica, por isso, a conclusão de que uma ação não vive sem a outra: Prática da Biblioteconomia x Biblioteconomia na prática, pois, ao sermos muito ortodoxos na ciência, corremos o risco de nos distanciarmos da realidade e, por outro lado, se nos apegarmos apenas à prática, o erro pode ser fatal.

Vamos equilibrar!

segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Não deixem que derrubem as suas torres gêmeas!

11 de setembro, a data não é nada convidativa, pelo contrário, é funesta, é angustiante, é deprimente para qualquer pessoa que se importa com o outro, mesmo que não conheça e que esteja a quilômetros de distância, em outro país. 

Passados 16 anos, muita coisa mudou. Mudou a paisagem do local, mudou a segurança nacional, mudaram os inimigos, mudaram as atitudes geopolíticas dos países, e as pessoas seguiram em frente... De qualquer forma, ficou o trauma enraizado em relação à data, que já faz parte da história mundial.

Vamos tomar essa data, pela simbologia física que representa, ou seja, a queda de dois elementos próximos e independentes, mas, que se integravam e que faziam parte do mesmo complexo de negócios de representação mundial. 

A analogia que estamos fazendo vale para a criatividade, que aqui será a Torre Norte, ou WTC 1 e a inovação, representando a Torre Sul, ou WTC 2, rumo ao empreendedorismo, identificado como o complexo do World Trade Center (WTC).


Já dissertamos antes sobre esses três elementos, criar, inovar e empreender, por isso a nossa temática de hoje fica restrita a um alerta: não nos deixemos levar pela procrastinação, pelo medo, pelo desânimo, pela mesmice, pela torcida negativa das pessoas, que não nos querem ver bem, progredindo... “Xô azarão”!

Por vezes somos atingidos por suicidas que já se perderam no caminho e, não satisfeitos, querem levar mais alguém com eles. 

Opa! Surgiu uma ideia? Afinal elas chegam a qualquer tempo, dirigindo, no chuveiro, antes de dormir... Vamos tentar trazê-la para o papel, planejar, torná-la viável, saindo do abstrato e tentando passá-la para o plano concreto, aparando as arestas, se for preciso. O importante é seguir em frente, não deixando que destruam as torres gêmeas da criatividade e da inovação, pois, sem elas, fica difícil empreender em qualquer segmento e condição, seja em relação ao empreendedorismo em ambiente físico ou digital ou ainda na dinâmica do intra-empreendedorismo.

Para empreender tem que estar de pé. NÃO DEIXEM QUE DERRUBEM AS SUAS TORRES GÊMEAS!


Publicado originalmente no Mural Interativo do Bibliotecário

quinta-feira, 7 de setembro de 2017

Livro livre, por Annita Moura

Encantada com a ação "Livro livre", de Annita Moura!


Sem pretensão, ela vem libertando livros, que, uma vez livres, também libertam pessoas.

Ela vai expondo os livros em vários locais, quem quiser pode pegar um, quem puder, pode deixar outro... E assim ela vai juntando e espalhando possibilidades de leitura.


E esse ela libertou na minha mão, mais adiante, depois da leitura, estará na mão de outra pessoa.



E você, já libertou algum? Promova também a Independência dos brasileiros pela leitura, tornando-os mais críticos, reflexivos, criativos, conscientes e independentes.


domingo, 3 de setembro de 2017

Literatas de minha admiração e predileção, que moram no meu coração!

Mãe e filho, acadêmicos, confrades, amantes e praticantes da boa literatura, ela, poetisa, minha mãe, ele, cronista, meu irmão, pessoas abertas para o mundo, pois o enxergam da forma mais reflexiva possível, ora realista, ora romanceada, ora crítica, ora deslumbrante, conforme a leitura e o contexto do momento. 

E o bom é ter a qualquer tempo esses momentos registrados para o nosso deleite na opinião em perspectiva e na poesia do meu jeito.

São literatas de minha admiração e predileção, que moram no meu coração!

Pedro Altino e Conceição Farias (Concita), em evento do dia 31/08/2017, 

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Saberes em folhetim: Inovação

Vamos abordar a Inovação, elemento essencial para o ambiente competitivo, interligado e compartilhado da atualidade, tomando o pensamento de algumas personalidades conhecidas de todos nós, para ilustrar melhor o assunto.

Capítulo 1

Adentrando no caminho da inovação

A palavra inovação não é nova, o termo vem do latim 'innovatus' (renovação, mudança) e remonta ao Século XV.

Já vimos que a criatividade antecede a inovação, que inovar é implementar uma ideia, colocá-la em prática. Um sonho de inovação pode ser realizado, se houver determinação e foco.

Podemos inovar como empreendedores/empresários, mas também trabalhando em uma instituição/empresa, obedecendo aos seus limites e objetivos.

Para inovar, precisamos de momentos e situações livres de quaisquer amarras, para que o pensamento flua com maior facilidade e intensidade.

Inovar é:
  • Inventar algo que não existia antes;
  • Tomar um produto/serviço que já existe e adaptá-lo a outro público
  • Converter um produto já bom em algo melhor;
  • Fazer mais com menos recursos;
  • Melhorar um processo, tornando-o mais eficiente;
  • Transformar um artigo cujo destino era o lixo em algo valioso; 
  • Oferecer produtos tradicionais em plataformas digitais.
  • ...

“O olho vê, a lembrança revê, e a imaginação transvê. É preciso transver o mundo”, diz o poeta vanguardista Manoel de Barros.

Capítulo 2
Desmistificando a inovação

É preciso buscar aquela ideia que está no lado direito do cérebro, aquela que, no primeiro momento, pareceu absurda, mas, está carregada de emoções, de intuição e de criatividade. 

Ousar, inovar com algo totalmente novo ou trazer soluções diferentes para o que já existe, não importa, o essencial é desenvolver e dinamizar produtos e serviços dentro da Biblioteconomia, ou, usando esta, para chegar mais além.

As pessoas e as empresas que estão ilhadas na sua mesmice estão fadadas ao esquecimento. Fazer diferente essa é a nova regra, para não ter que assistir a concretização de uma ideia que você concebeu e não implementou. 

Segundo Peter Drucker, "Todas as inovações eficazes são surpreendentemente simples. Na verdade, o maior elogio que uma inovação pode receber é haver quem diga: isto é óbvio, por que não pensei nisso antes?"

Capítulo 3
Os 7 princípios da inovação, segundo Steve Jobs

Vamos tomar como exemplo alguém que conhecemos pelos seus produtos inovadores e revolucionários, Steve Jobs, que definiu 7 princípios para se chegar à inovação.

Princípio 1: faça o que você gosta
Dedique-se certeiramente

Princípio 2: cause impacto no universo 
Enxergue o que é preciso mudar e trabalhe para isso 

Princípio 3: ponha seu cérebro para funcionar 
Não pare de pensar, as chances são maiores para criar. Pense, pense e pense 

Princípio 4: venda sonhos em vez de produtos 
Preencha as lacunas, antevendo as demandas das pessoas

Princípio 5: diga não para mil coisas 
Para o que você pensou, o faça de forma simples 

Princípio 6: crie experiências incríveis 
Ofereça o algo mais, surpreenda 

Princípio 7: domine a mensagem 
Saiba como dar o recado

Capítulo 4
Os papéis na inovação

Segundo Philip Kotler, quando tentamos inovar, estamos sujeitos a dois tipos de erro: matar um projeto bom ou ir adiante com um projeto ruim. A fim de reduzir esse risco, convém equacionar as competências de cada pessoa na inovação, cujos papéis devem ser assim considerados.
  • Ativadores: têm ideias e iniciam o processo de inovação, mas não o levam adiante. 
  • Buscadores: buscam informações e as levam para o grupo segundo sua especialidade.
  • Criadores: geram conceitos e soluções para os demais envolvidos na inovação.
  • Desenvolvedores: transformam ideias em produtos, serviços ou fábricas.
  • Executores: realizam o que for necessário para implementar ou lançar o que foi desenvolvido. 
  • Facilitadores: aprovam as novas despesas e o investimento.
Cada papel é fundamental para se levar adiante um projeto de inovação. Você pode dividir com a sua equipe os papéis ou ter mais de um nessa jornada, o importante é estar motivado e consciente da existência e necessidade de cada um.

Capítulo 5
Haja ação!!!

A motivação mantém a criatividade aguçada.
A criatividade leva à inovação.
A inovação mantém a interação com o mercado.

A inovação deve estar presente em todas as áreas, trazendo soluções, para que possamos viver melhor, seja na medicina ou na biomedicina, na política ou na arquivística, na arquitetura ou na agricultura, na educação ou na administração, na engenharia ou na hotelaria, na economia ou na biblioteconomia...

Criação, articulação, transformação, revitalização, motivação, informação, interação, inovação e tudo mais que for ação, deve fazer parte do cotidiano do bibliotecário. 

Portanto, AÇÃO!!! Não dá para ficar parado!.


Publicado originalmente no Mural Interativo do Bibliotecário

domingo, 27 de agosto de 2017

Arquivos empresariais: coração e vida dos stakeholders, todo cuidado é pouco!

Os documentos de arquivo registram a vida da empresa, de seus empregados, dos seus clientes e acionistas e demais stakeholders, sejam eles partes interessadas de caráter temporário ou duradouro.

Neles estão registradas operações e ações de toda sorte, projetos, negócios, pagamentos, contratos, etc., conforme o contexto em que foram produzidos, por isso, devem ser autênticos e íntegros, para que possam servir de prova documental. A falta dessa prova documental compromete os interesses dos stakeholders, podendo causar prejuízos incalculáveis.



Por isso, o cuidado com o documento durante todo o ciclo documental, desde a geração, tramitação, manuseio, passando pela classificação, avaliação, processamento até o arquivamento, e o alerta constante em relação ao seu estado de conservação, são fundamentais para evitar esses prejuízos.

Quem trabalha com documentos empresariais é diretamente responsável em primar pela preservação e conservação, porque podem ser a solução de muitas questões nas várias esferas, administrativa, social, fiscal, jurídica, tais como: a empresa pode ser poupada de pagar uma multa se tiver a comprovação, a vida e até o futuro de uma pessoa pode estar contido em um prontuário médico ou na contribuição para a sua aposentadoria..

A própria degradação do papel pode ocasionar perdas irreparáveis, tanto em relação aos aspectos intrínsecos, tais como: tipo de fibras, tipo de encolagem, resíduos químicos não eliminados e partículas metálicas, quanto em relação aos aspectos extrínsecos, como por exemplo, radiação ultravioleta, temperatura, umidade, poluentes atmosféricos, agentes biológicos (microrganismos, insetos e roedores) e a própria ação do homem.

Estes são alguns cuidados necessários, a fim de prolongar a vida dos documentos físicos de arquivo:


  • lavar as mãos no início e ao final do trabalho, pois, frequentemente, os dedos podem estar sujos de tinta, manchando o papel. A gordura natural existente nas mãos também danifica o documento ao longo do tempo.
  • não manusear os documentos com as mãos molhadas ou úmidas, para não causar o mofo no papel.
  • folhear os documentos sem amassá-los ou dobrá-los.
  • ao consultar livros ou documentos, não apoiar as mãos e os cotovelos, manuseá-los sobre uma mesa.
  • não rasgar o documento ou danificar capas e lombadas ao retirá-lo de uma pasta, caixa ou estante.
  • não dobrar os documentos, o local que recebe a dobra, resulta em uma área frágil que se rompe e rasga facilmente.
  • evitar o abuso de uso de clipes em contato direto com o papel, proteger os documentos com um pequeno pedaço de papel na área.
  • não aplicar fitas adesivas sobre os documentos. A cola perde a aderência resultando em uma mancha escura de difícil remoção, atraindo insetos e roedores, além de adulterar a integridade do documento.
  • usar fotocópia somente se necessário, o uso em demasia é prejudicial para a preservação do papel.
  • as máquinas copiadoras operam com luz ultravioleta em grande intensidade, causando danos tanto ao papel, como à tinta do documento original, além do manuseio inadequado na operação, que pode ocasionar dobras e rasgos nos documentos e danificá-los. 
Arquivos empresariais: coração e vida dos stakeholders, fazendo a leitura, todo cuidado é pouco!

quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Basta de clichê! A ordem é mudar!

Sabemos que o clichê, denominado pelos estudiosos da língua como “lugar-comum”, é palavra, expressão, frase ou ideia que, de tão usada, se tornou banal e previsível, perdeu a originalidade. 

Apesar de antiquado e redundante, esse elemento surge no cotidiano de forma quase imperceptível, frases feitas que caem como uma luva, Ops! Aí está um clichê!


Na escrita, é por muitas vezes utilizado porque facilita a compreensão do leitor, uma vez que ele já está familiarizado, em função das repetições ao longo do tempo, nos diversos meios de comunicação: "A união faz a força", “Só colhemos o que plantamos”; "A toque de caixa”; “No apagar das luzes”; “Tomar um banho de loja”, “Vestir a camisa” e por aí vai... Em casa, no trabalho, em reuniões sociais, todos nós já usamos em algum momento do nosso dia a dia.

Da mesma forma, estamos cansados de ler livros ou assistir filmes para os quais já sabemos o enredo e o final por conta do formato engessado e sem criatividade: o mordomo é sempre o culpado; o problema da trama será resolvido no último momento; o mocinho é sempre o galã, a luz apaga na hora H, etc.

E na profissão? Será que não estamos sendo um tanto clichê? Fazer sempre a coisa do mesmo jeito, sem criatividade, sem buscar o novo, repetindo tal qual já foi executada há tempos. Só porque alguém já fez e deu certo, não é obrigatório repetir a fórmula, temos que nos diferenciar, quebrar paradigmas, ir além das paredes que nos cercam, Ops! Olha ele aqui de novo! 

Pois bem, já falamos aqui sobre empreendedorismo, criatividade, inovação, e também já postamos exemplos de muitos projetos surpreendentes e desafiantes dentro da Biblioteconomia.

Trazer atividades diferentes para a biblioteca, atuar nas mídias sociais, propor novas parcerias com os professores, engajar o pessoal de TI no seu projeto, interagir de forma mais sistemática com outras disciplinas e profissionais, enfim, executar a sua ideia antes que alguém o faça, sem medo de ser feliz. E aqui já vai outro clichê...

Ser clichê é cômodo, já temos a receita e é mais fácil acertar, é prático, vimos aqui nesse texto cheio de clichês, mas, que tal sair da zona de conforto? 

Ah, não! Clichê de novo? Outra vez, não!


Publicado originalmente em Mural Interativo do Bibliotecário

domingo, 13 de agosto de 2017

Meu Pai, arquiteto da família em todos os sentidos

A meu pai com carinho, 

Porque em sua curta existência, no compasso do seu caminhar,
arquitetou uma família linda, 
planejou um lar harmonioso,
usou todas as perspectivas do amor,
atentou para cada ângulo da vida,
viveu a arte da profissão,
traçou sua caminhada de forma íntegra,
desenhou seus sonhos de família, 
edificou exemplos para mim e meus irmãos, 
solidificou sua presença em nossos corações,
construiu todo esse patrimônio para sua descendência.

Caminhada de pai

Pai que se derrete, quando vê o filho chegando ao mundo, solidificando sua condição, na benção de Deus.

Pai que não concebeu, mas fez nascer nele o seu filho, recebendo e criando o filho do coração, também na benção de Deus.

Pai que se agiganta quando fica pequeno, para brincar com o filho.

Pai que se preocupa com as peraltices despreocupadas do filho.

Pai que descansa se cansando de acompanhar tudo que o filho faz.

Pai que deixa de atender as suas necessidades, para satisfazer o filho, porque é mais importante.

Pai que sem recursos dá o seu jeito para fazer bem feito.

Pai que sofre, porque não pode sofrer no lugar do filho.

Pai que erra com a intenção de acertar, para educar bem o filho.

Pai que luta para ter o filho de volta, buscando, conquistando e até entregando.

Pai que esbanja juventude, para acompanhar o crescimento do filho, no auge dos seus cabelos brancos.

Pai que  corrige o suposto acerto do filho, pensando no seu futuro.

Pai que vira pai de novo, quando recebe a bênção de ter o filho do filho.

Pai que partiu para o PAI, mas sempre está presente e é lembrado sempre, além do Dia dos Pais.

Pai que também é filho e tem o pai ainda perto, para desejar Feliz Dia dos Pais!

Pai que é tudo isso e muito mais, porque ser pai vai além daquilo que já imaginamos e cada experiência é única, porque cada um faz a leitura e vive conforme o seu contexto.

Feliz Dia dos Pais! 



A todos os pais que são verdadeiros pais, 
em especial ao meu pai, ao pai dos meus filhos, 
e aos pais de toda a minha família.




segunda-feira, 7 de agosto de 2017

Qual é o seu "calcanhar de Aquiles" na Biblioteconomia?

A expressão popular "calcanhar de Aquiles" remonta à mitologia grega. A Deusa Tétis, mãe de Aquiles, com a intenção de torná-lo indestrutível, garantindo, assim, a sua imortalidade, o banhou nas águas do Rio Estige, que tinha o poder da invulnerabilidade. Mas, ao segurá-lo pelo calcanhar para fazer a imersão, este lhe foi poupado, tornando-se a única parte vulnerável. Durante a Guerra de Troia, teria sido atingido por uma flecha no calcanhar, recebida do príncipe Páris, levando-o à morte. Aquiles é um herói lendário do mundo grego clássico.



Essa é a versão mais popular desse relato mitológico, havendo, no entanto, outras versões e contradições. Portanto, baseado nesse mito, atribui-se ao "calcanhar de Aquiles" o ponto fraco de uma pessoa, aquele que não se tem o domínio necessário, que é vulnerável.



Trazendo o mito para a realidade profissional, é de bom alvitre que façamos a seguinte indagação para reflexão: 

Qual é o meu "calcanhar de Aquiles" na Biblioteconomia? 
  • atendimento ao usuário?
  • acesso às novas tecnologias?
  • uso das mídias sociais?
  • construção de vocabulário controlado?
  • serviço de referência?
  • catalogação?
  • classificação?
  • indexação?
  • normalização?
  • organização de conteúdos?
  • uso de repositórios?
  • trabalho com bases de dados?
  • medo de empreender?
  • ...
Não vamos nos deixar ser flechados nesse ponto fraco! Ponto fraco pode ser minimizado e até transformado em ponto forte, se for bem trabalhado. Quantos profissionais se tornaram expert exatamente naquilo que não dominavam antes?


O desconhecido por natureza é instigante, atraente e desperta curiosidade, temos que desmistificá-lo, conhecê-lo, estudá-lo, para depois dominá-lo.

Para começar, temos que refletir sobre o que nos incomoda. Em seguida, apostar na leitura, no crescimento profissional, nas discussões em grupo, nos encontros profissionais, na educação continuada, que se torna ainda mais fácil quando temos à disposição o canal mais democrático para buscar tudo isso.

Vamos navegar e nos banhar por completo no nosso Rio Estige da atualidade!

Vivam todas as possibilidades que temos hoje com a internet!


Publicado originalmente no Mural Interativo do Bibliotecário


sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Saberes em folhetim: Criatividade

É preciso observar;
É preciso pensar;
É preciso ter ideias.
Engana-se muito
E realiza o nada
Aquele que pensa pouco." 
(Leonardo da Vinci)

Capítulo 1
Explicando criatividade com criatividade (5W2H)

Já ouviu falar no 5W2H (What, Why, Where, When, Who, How, How much)?


O 5W2H é muito utilizado como ferramenta de gestão para planejar e executar qualquer atividade, por intermédio de um plano de ação, tanto para projetos da vida pessoal ou para projetos de trabalho.

A ferramenta teve origem na indústria automobilística, no Japão, na linha de produção de carros, funcionando como uma espécie de check list, sendo logo expandida para todas as áreas, sempre com o objetivo de auxiliar na execução de um plano, culminando na assertividade.

Desta vez, vamos utilizá-lo para guiar esse nosso folhetim. Você que já leu sobre empreender, agora vai conhecer mais sobre criatividade, algo a ser muito explorado na trajetória do empreendedorismo.

Capítulo 2
Aplicando os 5W – Parte I (What, Why)

O que é criatividade? (What)

Etimologicamente, tem origem do latim “creare”, mesmo radical que deriva a palavra criação e que está ligado à palavra criança, afinal, qual criança não é criativa?

Analisando ao pé da palavra, temos cria + atividade, algo que está sempre em criação, nascendo, em atividade.

É buscar a ideia que está do lado direito do cérebro, aquela que, no primeiro momento, parece absurda, mas está carregada de emoções, de intuição e de novidade.
Criar é o processo de desenvolver novas ideias. É o pensar de forma livre, sem barreiras, sem limites ou think outside the box (expressão em inglês que significa pensar fora da caixa), tal qual uma criança.

Por que usar a criatividade? (Why)

Porque queremos nos diferenciar no mercado, oferecer produtos e serviços que atendam às demandas, que curem as “dores” das pessoas. Porque Criatividade (ideia) leva à inovação (ação) e é lá que queremos chegar, no fazer, no implementar, construindo e reconstruindo, para transformar a realidade.

Capítulo 3
Aplicando os 5W – Parte II (Where, When, Who)

Onde usar a criatividade (Where)

Já falamos antes aqui, vamos usar a criatividade no ambiente digital, é democrático, convidativo e acessível a todos. A rede não é só para deitar e sair navegando a balanço nela, tem também que se embaralhar com ela, usá-la para criar o negócio e depois fisgar os clientes.

Quando usar a criatividade? (When)

Agora, now! Está esperando o quê? Tem momento mais oportuno do que este que vivemos atualmente? É das crises que podem nascer oportunidades. Já vimos esse filme antes, muitas ideias novas que conhecemos hoje nasceram de crises. Vamos colocar a cabeça para pensar e criar?

Quem pode (deve) usar a criatividade? (Who)

Qualquer pessoa pode ser criativa. Criatividade não é intangível, não é qualidade de poucos, só dos gurus ou algo reservado aos artistas, pessoas incomuns e gênios, é disciplina que pode ser desenvolvida e aprendida. Todos nós somos capazes de expressar e exercer a criatividade, bibliotecário então, nem se fala, nós temos a expertise de gerir a informação, de mediá-la, tornando-a acessível. Precisa de mais?

Capítulo 4
Aplicando os 2H (How, How much)

Como usar a criatividade? (How)

Deixe a criatividade correr solta, tal qual a de uma criança, que tudo imagina, tudo sonha, tudo idealiza, tudo cria e recria.
Ser o próprio agente promotor da mudança é fantástico! No mundo atual, precisamos nos reinventar sempre, para nos mantermos em evidência no mercado.
As novas ideias podem ser decorrentes de pensamento imaginativo, da combinação de vários deles, ou ainda das experiências de um grupo.

Quanto custa usar a criatividade? (How much)

Nada! O melhor de tudo isso, é que ter ideias novas, nada custa, apenas alguns momentos de dedicação ao exercício de criação, ficar atento aos insights, ou refletir sobre as demandas que a própria vida mostra e aplicá-las ao contexto adequado.

Capítulo 5
Concluindo e abrindo espaço para a inovação

Depois dessa conversa, vocês já podem perceber quão importante é criar e recriar; que uma ideia já existente pode ser trabalhada e reinventada de acordo com o contexto; que todos nós somos capazes de expressar e exercer a criatividade; que a internet é de todos e para todos e, que a criação é o caminho para a inovação.

Vamos a ela, então, no próximo folhetim! Aguardem!

Publicado originalmente em Mural Interativo do Bibliotecário


terça-feira, 1 de agosto de 2017

Agosto que dá gosto!

Agosto que dá gosto! Mas o certo não seria, “agosto, mês do desgosto”?

Esclarecendo, para quem não conhece, a tradição é herdada dos colonizadores portugueses, do período das Grandes Navegações do Século XVI, pois era no mês de agosto que as caravelas se lançavam ao mar para desbravar o novo. As mulheres dos navegadores nunca casavam em agosto, porque, além de não ser possível a da lua-de-mel, corriam o risco de se tornarem viúvas em função do alto risco das navegações. 

Segundo o escritor Mário Souto Maior, a frase tradicional consagrada é “casar em agosto traz desgosto”, mas, foi resumida para a conhecida “agosto, mês do desgosto”

Queremos desmistificá-lo, passando a adotar o “Agosto que dá gosto!”, isso porque marca o retorno às aulas, seguido imediatamente do Dia do Estudante.

Estudante que segue sempre em frente com seus objetivos, estudando e aprendendo, para construção de uma sociedade melhor.


Agosto, realmente, dá gosto!