Nesse ano fiz vários registros,
Uns manuscritos, outros impressos,
Alguns em mídias especiais -- eletrônicos e até digitais.
Cataloguei e descrevi pessoas, lugares e eventos,
Respeitando sempre o princípio da proveniência.
Para pessoas e lugares,
Dei entrada pelo nome,
Apesar de desrespeitar algumas normas de autoria coletiva,
Para os momentos, os quais se constituem dos dois,
Entrei pelo título.
Classifiquei-os como bons, ruins e mais ou menos,
Alguns até tombei, de tão importantes,
Com direito a depósito legal,
Outros, tive que desbastar,
Ora remanejando, ora descartando.
Tive ainda o cuidado de indexá-los,
Afinal, como recuperá-los?
Depois arquivei-os na memória,
Uns em prateleiras bem acessíveis,
Outros bem guardados, lá no alto,
Exceto os correntes,
Que de tão efêmeros, não deu tempo para fazê-lo.
E os periódicos, que vão e voltam?
Esses tive que revivê-los.
Aqueles, os mais importantes,
Ficarão em arquivo permanente,
Assumindo valor sentimental.
E, como a memória tem memória,
De vez em quando, recorrerei ao fichário,
Para buscá-los e relembrá-los.
Estou agora a fazer o inventário
Do meu fundo arquivístico
E percebi que o acervo cresceu,
As aquisições foram maiores que as perdas,
Que bom!
Das pessoas, tive que criar a subclasse de amigos,
Dos lugares, muitos ainda a visitar...
Dos momentos...
Há! Esses tenho que descrevê-los em seis níveis,
Tal como manda a norma,
Afinal a vida é feita de muitos deles:
Uma grande biblioteca dos que quero colecionar,
Um grande arquivo dos que se acumulam incondicionalmente.
Enfim...
Todo ano é assim, sai um e entra outro,
Mas, essa é a especial leitura,
Que faço do meu rico contexto,
Com toda a graça e lisura
De ser Bibliotecária de formação
E Arquivista de coração!
AnaLu
Ana,muitobem!---Avante
ResponderExcluirConcita