domingo, 19 de abril de 2020

Tapeçaria, pontos de alegria

Fui aluna do Colégio Estadual Jenny Gomes, quando entrei em 1972 na sétima série, logo depois da reforma da educação, que juntou o curso primário ao ginasial, intitulando como  Ensino Fundamental. Cursei também a oitava série no ano seguinte. O Colégio era referência de ensino no Estado e nesse período foi credenciado pelo Conselho de Educação Estadual, pois antes disso, era uma instituição ligada diretamente aos militares da Base Aérea de Fortaleza, criada para atender exclusivamente aos filhos dessa categoria. Depois do credenciamento, a instituição militar continuou parceira em projetos de benfeitorias.

No currículo tínhamos uma aula semanal denominada GOT, não sabia o significado da sigla, mas, tinha noção, fazia a leitura que era algo ligado a trabalhos manuais, tanto para os meninos como para as meninas, claro que respeitadas todas as exigências de gênero da época. Naquele contexto havia tarefas específicas para meninos e, separadamente, outras específicas para meninas.  

Pesquisando na internet encontrei a denominação Ginásios Orientados para o Trabalho, creio que seja isso mesmo, pois o direcionamento da aula era com esse intuito. Nessas aulas, as meninas aprendiam diversas atividades, tais como costurar, pintar, modelar, tricotar, fazer croché, etc. Destaco a tapeçaria que aprendemos com direito a conhecer diversos pontos: ponto de cruz; ponto gobelim reto, inclinado e desencontrado; ponto kilim; ponto de arroz; ponto mosaicos, dentre outros, ao ponto de criarmos um álbum, que valia pontos para o bimestre.

Hoje, apresento aqui essa raridade, guardada por minha mãe durante todos esses anos, que já são quase 50, fruto do meu esforço e dedicação à atividade, em plena adolescência nos anos 70.




2 comentários:

  1. Legal filha, gostei de ver esse álbum verdadeiro documento da sua responsabilidade como estudante.

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    1. Sim, mãe, muito rigor e esmero, lá no Christus e também no Jenny Gomes.

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