terça-feira, 1 de maio de 2012

Nos jardins da minha tia


Em breve passagem por Recife, já citada em post anterior, como de costume, curti a carinhosa hospedagem na casa da família. Além de ser projeto do meu saudoso pai, de ser o lar da minha querida tia Nanita, é objeto de longas e prazerosas reuniões familiares, em que, no mesmo contexto, cada vez, redescobrimos as lembranças do passado, da infância...


A leitura que faço é de uma casa cada vez mais viva e com certeza os jardins têm parcela de responsabilidade. No caminho da entrada sentimos a fragância do jasmim e admiramos a beleza das plantas ornamentais. Todo o jardim e arredores da casa são muito bem plantados e cuidados.







Nos jardins da frente, o colorido das flores e folhagens.







E, por volta da casa, a flor Panamá vermelha.








Do portão da garagem, têm-se a visão de parte do todo e a fachada ao alto.






E à noite, eu observando tudo da janela...




segunda-feira, 30 de abril de 2012

Entardecer: uma tela divina


Podia ser uma tarde qualquer, mais uma entre tantas outras em direção ao trabalho. Mas, meio aquele trânsito intenso e engarrafado, tendo hora para chegar, somente diante de um cartão postal natural, pintado pela mão Divina, foi possível fazer uma viagem da simples rotina ao raro deleite. 

Fazendo a leitura daquele contexto, vi o Sol se retirando com elegância, tentando em vão ser discreto. Diante de tanta exuberência, impossível! Deixou seu astro, irradiando a luz do entardecer sobre a tela do céu, que reagiu combinando o matiz das cores, resultando em um azul rosado lindo, parecendo uma mistura de madrepérola, veludo e mármore carrara.

E eu, diante daquele espetáculo, extasiada, sempre que possível, registrava tudo em uma pequena câmera de celular, e o momento que estava condenado a ser enfadonho, transformou-se em momento impar e de rara beleza. Coisas da natureza surpreendendo o asfalto.


No azul do céu,
A luz do Sol,
É rosa céu,
É pôr do Sol!
 
 
 






Vou ali em Recife e já volto III


Recife é bem ali...
E Olinda a dois pulos de Recife.
Leitura breve,
Fui na sexta e voltei no domingo.
Na casa, as lembranças da infância,
No contexto, o calor dos Lucena Cavalcanti.
Maravilha de reunião familiar!
Todos estavam lá!


Desta vez recordamos fotos em uma sessão de slides (diapositivos) convertidos em imagens digitais, graças à tecnologia, serão preservados. O acervo engloba todos da nossa geração ainda crianças e todos da geração passada, ainda bem jovens. Para os filhos da nossa geração, a admiração!













quarta-feira, 18 de abril de 2012

Ofereça livros a sua criança!

Neste Dia Nacional do Livro Infantil, o pouco que tenho a dizer é muito, pois tem efeito multiplicador:

__ Ofereça livros a sua criança!

Mesmo sem saber ler no sentido literal da palavra, ela fará a leitura conforme o seu contexto, criando histórias fantásticas, aguçando a imaginação, explorando seu pequeno mundo. 




Meu caçula em 1996, com dois anos, lendo um dos livros de sua coleção.


Já sabendo ler, ela ampliará seu vocabulário, desenvolverá a compreensão de outros textos e, sobretudo, desenvolverá a escrita e a emoção, por intermédio do jogo e da combinação das palavras.

E, já adulta, por toda a vida, apenas compreenderá melhor o mundo, as coisas e as pessoas e, de tanto ler, fará associações entre um texto e outro, entre um autor e outro, construirá suas argumentações e terá suas próprias conclusões de mundo e de verdades, constituirá seu conhecimento e se apropriará de saberes, para expressar e compartilhar tudo isso com o próximo.

Oferecer livros é simples, é prático, é compensador. Comece com o livro infantil e verá o efeio multiplicador!

Hoje, dia 18 de abril comemoramos aqui no Brasil, o Dia Nacional do Livro Infantil. A data é alusão ao nascimento do grande Monteiro Lobato, afinal "Um país se faz com homens e livros".

sábado, 7 de abril de 2012

No meu jardim IX

Leitura de muita alegria no meu jardim, contexto de Feliz Páscoa!
Aleluia!


No meu jardim VIII


Dama-da-noite: seu perfume é esplêndido, sua cor é pura, sua exentricidade enche os olhos de qualquer um, seu momento é efêmero, mas é belo o suficiente para encantar uma noite.

"Que não seja imortal posto que é chama mas que seja infinito enquanto dure..." (Vinícius de Moraes)

É a preciosidade do efêmero, admirei e registrei! 






vídeo de arturmamp

sexta-feira, 6 de abril de 2012

"Livros são pequenos castelos em que o leitor vai morar."


"Livros são pequenos castelos em que o leitor vai morar." (Flávio Luis Ferrarini)

Expresso o meu entendimento acerca da essência desse inteligente pensamento, conforme o meu contexto.

Quando ele coloca "pequenos", de certa forma, indica sentido de provisório, pois, como lemos muitos livros durante a vida, moramos um pouco em cada castelo que construímos, a partir da leitura que fazemos.  

Para cada investida de leitura, captamos os saberes e os sentires que ela oferece, contracenamos com os personagens, incorporamos personalidades, dialogamos com o autor, vivemos a história, formamos nossas opiniões, enfim, construímos nossos castelos e lá vamos morar. Dependendo do contexto, permanecemos em alguns deles menos tempo, já em outros, mais, portanto, sempre provisórios, seja pelo que vivenciamos no momento efêmero da leitura, seja pelo que agregamos com ela e aplicamos à vida, seja pela nossa própria condição de passagem nessa vida.

Quem não lê ou quem pouco lê não poderá construir seu castelo ou terá poucos castelos para morar, ao contrário de quem se farta de livros, que pode escolher em qual castelo deseja morar e por quanto tempo permanecerá nele, tendo ainda à disposição, a opção de construir novos castelos e de se mudar a qualquer hora. 

Vamos ler! Vamos construir castelos!




domingo, 1 de abril de 2012

Nos jardins da minha mãe


O resultado da visita à casa da minha mãe no fim de semana foi um passeio completo aos jardins, com direito a registrar tudo que floria, fazendo a leitura de cada espécie, respeitando o contexto de cada uma.

Iniciamos pelos abacaxis de salão (Ananas comusus mini), espalhados em fartura pelo gramado do quintal, qual erva daninha.


 



Continuamos o passeio apreciando, em pleno dia, a  espontânea boa-noite (Catharanthus roseus), retratadas com o pano de fundo das espadas de São Jorge (Sansevieria trifasciata), aquelas com o debrum amarelo, na minha opinião, as mais bonitas. 



Passamos também pelas margaridinhas (Argyranthemum frutescens) amarelas, que livres, brotam e ampliam o tapete verde-amarelo.



No fundo, ao pé do muro, verificamos essa suculenta bicolor, com face superior verde-oliva e dorso roxo-púrpura, (Tradescantia spathacea), que se reúne em grupo, embelezando o local.



Saindo do chão, direto para o alto, vimos o lacre vermelho (Ixora coccinea), que subiu e exibe sua floração na folhagem da goiabeira e esta permite essa interação sem reclamar, confundindo quem está em baixo a apreciar.



Falando em goiabeira, ela estava carregada de frutos, fizemos uma bela colheita e, ao meio da sua folhagem, eis que surge essa espécie de ameixa silvestre, ameixa do Peru (Bunchosia armeniaca), para completar o colorido vermelho, fruto predileto dos pássaros visitantes dos jardins da minha mãe.



No jardim da frente, exalando um delicioso perfume que invade toda a entrada da casa, a dracena de Vênus (Dracaena Fragrans), já bem adulta e alta, exibe sua floração abundante em cachos brancos.





Colônia (Alpinia speciosa) e paquevira (Heliconia sp.) são por demais exuberantes, suas folhagens em palmas também são um evento à parte.





Essa aqui, nas cores branca e lilás, que já aparecia na foto anterior, ao meio das paqueviras, também teve direito a um close, ainda não descobrimos o nome dela, mas é habitante antiga dos jardins.



Mais vermelho no mini lacre (Ixora chinensis), que já atinge a altura do muro lateral, meio à sombra em função do jasmim manga (Plumeria rubra), que, ainda não floresceu, apenas oferece sua linda folhagem.




A dracena vermelha (Cordyline terminalis), tropicalíssima, que deu as boas-vindas quando cheguei, mandou um até logo, quando fui saindo.


Foi essa a leitura maravilhosa desse dia, contexto repleto de flores e cores!


sábado, 24 de março de 2012

Chico Anysio e um acervo para catalogar, classificar e indexar





Tantas estão sendo as homenagens para o Cearense Chico Anysio, todas muito bem merecidas, sabemos da importância dele para o cenário artístico e cultural do país, com repercussão, inclusive, no exterior.

Humorista, ator, dublador, escritor, compositor e pintor, destacou-se principalmente pela criação de uma coleção de personagens. A leitura que faço desses personagens é a de um contexto carregado de  estereótipos da nossa sociedade, que representam, nada mais, nada menos, os tipos que nos deparamos por aí.

Quem não se divertiu com esses personagens? Creio que cada um tinha o seu preferido. Eu tinha o meu, Alberto Roberto, o máximo do excesso!



Tomando esse contexto, faço aqui minha homenagem, típica de bibliotecária, porque vejo na sua produção artística um acervo rico e multifacetado para ser catalogado, classificado e indexado, um verdadeiro laboratório para a Biblioteconomia. É óbvio que o Cedoc da Rede Globo já o fez com excelência e qualidade, utilizando todos os recursos tecnológicos e informacionais de que dispõe, registrando nos arquivos da televisão, desde sempre e para sempre, toda a sua trajetória.

Quero enfatizar que, se analisarmos todos os personagens e tipos criados por essse mestre do humor, vemos que é possível utilizar esse acervo para trabalharmos diversas questões da Biblioteconomia, haja vista a riqueza do acervo.
 
 
Para iniciar, com certeza uma remissiva devemos usar. Aprendemos que Chico Anysio é a alcunha usada como entrada principal, no catálogo de autor, para Francisco Anysio de Oliveira Paula Filho, o velho Chico Total.

Adentrando nos personagens, usando a alfabetação, iniciamos por Albarde, Alberto Roberto, Apolo, Azambuja e continuamos com Baiano, Bento Carneiro e Bicão, todos os nomes inclusos como assuntos principais.

Buscando palavras-chave e descritores, para completar a catalocação, investimos em políticos, machões e sofredores.

Para ampliar e facilitar a busca, a indexação pelos nomes dos principais programas é fundamental: Chico City, Escolinha do Prof. Raimundo, Chico Anysio Show, Chico & Amigos e Chico Total.

Necessário se faz mencionar a miúdo os jargões de cada um, talvez como nota de conteúdo.

E para criar um índice por assunto em torno dos personagens, nos deparamos com futebol, jornalismo e política, profissões, religiões e vantagens. Como representantes desses temas, seguem: Bozó, Canavieira, Divino, Gastão --  Jovem, Meinha, Pantaleão e Quem-Quem.

Enfim, um estoque de nomes, de charlatão estrangeiro, como Tim Tones, a político brasileiro, com uso das letras do alfabeto inteiro, para criação de um índice onomástico: de Albarde a Zelberto Zel, simplesmente fantástico!




Vá em paz Chico Anysio!
Você já foi catalogado, classificado, indexado e, sobretudo, apreciado.
Está garantido às gerações vindouras, conhecer a inteligência e o legado do humorista cearense.

segunda-feira, 19 de março de 2012

"Ler, pensar e escrever"

Mais uma obra sobre leitura, pensamento e escrita e que obra! Desta vez contemplando a sequência das ações, criando valor agregado.

Se fizermos a leitura do próprio título, vimos que o autor sugere um processo. Processo a princípio linear em cadeia, mas, que, com certeza, culmina na circularidade, afinal quem leu, pensou e escreveu, se de fato quer crescer como "ser da palavra", como chama o autor, haverá de ler mais, pensar mais e escrever mais.




Transcrevo abaixo um trecho bem introdutório, que por si só, já vale o livro e um mundo para reflexão, objeto da fundamentação do que escrevi acima.
[...] ler (uma sílaba), pensar (duas sílabas) e escrever (três sílabas). Como se a cada etapa avançássemos um passo, transbordássemos um pouco mais. A leitura, a reflexão, a escrita. A busca, a assimilação, a produção. A recepção ativa, a elaboração de um sistema pessoal de convicções, o compartilhamento.
O autor destina cada capítulo a uma das três ações do processo, explorando vários aspectos envolventes dentro de cada contexto, fazendo o leitor exercer em cada um deles, o próprio título do livro: Ler, pensar e escrever.

Eu já li, pensei e escrevi.

Fica aqui o convite tara Ler, pensar e escrever, com Gabriel Perissé.



PERISSÉ, Gabriel. Ler, pensar e escrever. 5. ed. rev. amp. e atual. São Paulo: Saraiva, 2011. 91 p