"O Menino que descobriu o vento", assisti ao filme, foi uma indicação da minha mãe, leitora, poetisa e estudiosa permanente. Agora bateu a vontade de ler o livro, no entanto, encontra-se esgotado em todas as livrarias que pesquisei.
Uma história real que focaliza a curiosidade, a atitude, o conhecimento, a investigação, a ciência, tudo aliado à vontade de servir à família, à comunidade.
Mas onde estaria esse conhecimento, senão no livro e na biblioteca? Mesmo sendo uma biblioteca precária, em uma localidade muito pobre da África, com livros já surrados pelo manuseio, o menino, com a ajuda da bibliotecária, busca a resposta que procura, para sua inquietação: como transformar a força do vento em energia.
A energia eólica já é explorada com alta tecnologia em vários países/cidades, com parques eólicos gigantes espalhados na terra e no oceano, mas não ainda no vilarejo de Malawi, país localizado na África Oriental, até o momento da descoberta e operação do catavento mais engenhoso que já se viu. Todo ele construído graças a um livro de uma biblioteca, um punhado de equipamentos e objetos de sucata e, claro, a inteligência do menino, um adolescente, misto de curioso, cientista, engenheiro, projetista e operador de máquinas.
Se observado com o olhar e leitura da ciência, vemos no contexto do enredo, todo o trajeto percorrido para cumprimento de cada etapa da pesquisa científica: a inquietação, a problematização, a justificativa, a hipótese, o objetivo, a teoria, o recorte espaço-temporal, a pesquisa de campo, as limitações, os experimentos e testagens, a discussão e os resultados, e até a intervenção, com a construção do moinho de vento.