Resolvi fazer este post para ver se as perdas se encerram por aqui, apesar de o mês de julho ainda não ter acabado; primeiro, Ivan Junqueira (3), em seguida, João Ubaldo Ribeiro (18), depois, Rubem Alves (19) e agora Ariano Suassuna (23).
O que estará planejando o Senhor para este mês de julho de 2014, que já soma quatro perdas de grandes mestres da Literatura?
Uma apoteose literária para a grande plateia celestial?
Uma sessão de longa metragem nos confins do infinito?
Uma retrospectiva epopeica alucinada de feitos literários heroicos nos céus?
Uma aula espetáculo com direito a camarotes nas nuvens?
Com certeza, cada um desses mestres, ao seu estilo, promoverá deleite aos ouvidos, aos olhos, à mente e ao coração de todos que assistirem ao grande espetáculo, que, em função de suas peculiaridades, poderá enveredar para uma diversidade sem fim.
Apesar de outras atividades, a Literatura foi o ponto intercessor dos quatro e cada um soube conduzi-la com maestria, de modo inigualável, conforme seu contexto.
Precursores de ideias e recebedores de prêmios com repercussão nacional e internacional, faço a leitura sintética de cada um deles...
O primeiro teve sua poesia traduzida para diversas línguas: espanhol, alemão, francês, inglês, italiano, dinamarquês, russo e chinês, abordando questões políticas e metafísicas.
O segundo retratava o contexto social do Brasil, incluindo também a cultura portuguesa e a cultura africana.
O terceiro preocupava-se com assuntos religiosos, educacionais e existenciais, explorando a essência do homem e a alma do ser.
O quarto defendia de forma ferrenha a cultura do Nordeste do Brasil, principalmente com o Movimento Armorial, através do qual buscava revigorar a identidade nordestina.
Deixaram para a posteridade o legado de uma biblioteca imensa de obras que enriquecem a tradição e a história literária brasileira.
O 25 de Julho deste ano, Dia do Escritor, estará de luto.
O 25 de Julho deste ano, Dia do Escritor, estará de luto.