sábado, 22 de agosto de 2015

Bibliotecário: 50 anos de Regulamentação



A Biblioteconomia está em festa! Afinal comemoramos o Jubileu de Ouro da regulamentação profissional, dos quais já participei 33 anos, efetivamente. Orgulho de ser Bibliotecária!

As comemorações pelos 50 anos foram muitas por todo o território nacional, com ênfase para a sessão solene no Plenário da Câmara dos Deputados, requerida pelo deputado Espiridião Amin (PP/SC), enfocando a Lei 4.084, de 30.06.1962 e o Decreto 56.725, de 16.08.1965, que criou e regulamentou a profissão, e as conquistas da categoria, ao longo dos 50 anos.

Dessas conquistas, fazemos a leitura de alegria, evolução, mudanças e de adaptações para o contexto atual.



Mitos e ritos, lendas e parlendas



Nesse Dia Nacional do Folclore, vamos ressaltar e fazer a leitura de alguns entes e elementos do nosso folclore, que fazem referência ao nosso contexto atual, quem sabe, eles trazem alguma mensagem, mesmo que subliminar, para que possamos pensar a respeito... 

A começar pela Mula-sem-cabeça, mas, como? Se não há cabeça, a não ser labaredas do mais profundo vermelho, como vai conseguir pensar?

Talvez, tirando-lhe uma gota de sangue, quem sabe ela pára seu galope desenfreado e as coisas voltam à normalidade.

Se não funcionar, podemos recorrer ao Saci Pererê... Não sei não! Ele que fica solto por aí fazendo presepadas, roubando e escondendo tudo de todos, afinal, falta-lhe uma extremidade, será essa a razão? De qualquer forma, como a Mula-sem-cabeça, ele também gosta de exibir o vermelho no seu gorro e na sua sunga.

Portanto, já está comprovado que de nada adianta o vermelho da Mula-sem-cabeça e do Saci Pererê, porque estamos vendo a vaca ir para o brejo. Na verdade, precisamos de um Boitatá para proteger o verde-amarelo das matas e florestas da nossa casa.



É trabalhoso, mas, nesses casos folclóricos, o recurso da adivinhação funciona muito bem, mesmo que trave a língua: O que é o que é...? 

Gato escondido com rabo de fora está mais escondido que rabo escondido com gato de fora.

Caso não funcione, lançaremos mão de Três, três, passarás, se não o diante, há de ser o de detrás, pois, há quem mereça chicote queimado, nesse caso, a solução é correr atrás e pegar antes que seja tarde demais.

Será que fazendo uni duni te, salame minguê, um sorvete colorê, o escolhido foi você, chega alguém de repente e resolve tudo! Porque está cada vez mais difícil...

Um, dois, feijão com arroz;
Três, quatro, feijão no prato;
Cinco, seis, falar inglês;
Sete, oito, comer biscoito;
Nove, dez, comer pastéis
.


Receio que seja necessário entoar a súplica do Ritual Yanomami, para o céu não desabar sobre a face da nossa terra.

A eles, os personagens e elementos verdadeiros dentro do contexto folclórico, que emprestaram suas vidas, ações e falas, a minha admiração e o meu perdão por usá-los assim, de forma tão pejorativa. Aos outros, aqueles personagens e elementos falsos, dentro do contexto verdadeiro, o meu repúdio e a minha indignação, na esperança de que um dia todos serão afastados de cena e banidos para sempre do dia a dia.

Mitos e ritos, lendas e parlendas, são fantasias, invenções, crenças, culturas, tradições, costumes, superstições, "tudo junto e misturado", até porque somos miscigenação pura de elementos indígenas, portugueses e africanos.

E agora vou encerrando...

Entrou por uma porta,
Saiu pela outra.
Quem quiser
Que conte outra.


Qualquer semelhança não é mera coincidência.

domingo, 9 de agosto de 2015

Livro: solucionando problemas

Na sala de espera de um consultório de dentista, deparei-me com a Revista da Cultura, edição 93, de abril/2015, em que traz uma reflexão no editorial, de Pedro Herz cuja mensagem tem tudo a ver com leitura e contexto, tanto por fomentar a leitura e cultura incondicionalmente, como pelo contexto atual do Brasil, crítico por demais e, sobretudo, pela importância que o autor dá ao livro, enfatizando-o como instrumento de mudança e progresso.

Depois de ler a revista, por sinal, de elevadíssimo padrão editorial em todos os sentidos, fiz o registro da página do editorial, para não perder a oportunidade de incluí-la aqui, nesse espaço de leitura e contexto.
“Como se fossemos cegos e não prevíssemos absolutamente nada, o Brasil acordou dia 1º de janeiro passado dentro de uma crise instalada pelo governo que assumia o país, mudando tudo da água para o vinho. Essa crise assola áreas políticas e financeiras, além da credibilidade em instituições de toda natureza, afetando empresas públicas e privadas, pessoas empregadas ou não. E nesse momento em que essa instabilidade se prolonga, mais do que nunca é hora de refletir , aprender e novamente voltar a falar sobre a importância do livro. Ele é, certamente, um dos caminhos concretos para solucionar muitos problemas: o de achar uma profissão nova, de inventar ou de descobrir outras maneiras de ganhar dinheiro, sempre inovando, acima de tudo. É hora de procurar soluções dentro de si, usar a criatividade e o saber, além de não assumir dívidas. [...]”
Pedro Herz



Projeto Livraria Amiga, no Shopping Via Sul

Agrego à postagem que fiz em 24 de agosto de 2014: Leitura: projetos Mil!, o Projeto Livraria Amiga, instalado e em pleno funcionamento desde novembro de 2014, no Shopping Via Sul.

Tive a oportunidade de visitar o referido Shopping ontem, e deparei-me com essa maravilha. Livros de toda sorte dispostos aleatoriamente em mesas e cavaletes, de forma bem livre, para quem quiser, também de forma bem livre, chegar e pegar um para ler. 

Um recinto pequeno, mais cheio de cuidados e atenção. No momento, havia 5 pessoas se exercendo o ato da leitura, conformavelmente sentadas.

Realmente é uma ação de amigo para amigo.









sexta-feira, 31 de julho de 2015

Aula inaugural "Especialização em Administração Estratégica de Arquivos"

Excelentes abordagens apresentadas pelo Prof. Dr. Daniel Flores, da UFSM, na aula inaugural do curso de "Especialização em Administração Estratégica de Arquivos", na Fatene, em parceria com a Acesso Assessoria Documental.



Ressalto aqui, alguns pontos relevantes da aula, os quais fizeram parte das minhas anotações:
  • O advento do 6º marco dos arquivos com a produção do documento eletrônico, requer aparato rigoroso para mantê-lo autêntico, em função da sua complexidade e especificidade;
  • Arquivística pós-custodial que tem a informação como objeto; 
  • A necessidade premente do plano de classificação de documento para atender ao cidadão, em função da Lei de Acesso à Informação (LAI);
  • Na LAI o acesso é regra; o sigilo é exceção;
  • A LAI criou mecanismos para transformar a transparência ativa em passiva, objetivando o atendimento a cidadão, mas é preciso a sociedade cumprir seu papel, cobrando dos governos;
  • Já existem sistemas de informações criados que podem ser utilizados, não precisa reinventar a roda;
  • É preciso atentar para a preservação digital;
  • No novo contexto, os arquivistas saem do nível técnico operacional de depósito, para o nível de profissionais de gestão;
  • A academia não está acompanhando a pesquisa;
  • Há muito mercado na área para ser explorado!





Fotos de Fernando Braga

domingo, 26 de julho de 2015

Dia dos Avós com Olavo Bilac

Neste Dia dos Avós, fazemos a leitura do "ser avô/avó" com o poema de Olavo Bilac, evidenciando o contexto carinhoso e peculiar de contar histórias aos netinhos, que passa de geração em geração, esperando, um dia, ter o prazer de fazê-lo.


A avó

A avó, que tem oitenta anos,
Está tão fraca e velhinha! . . .
Teve tantos desenganos!
Ficou branquinha, branquinha,
Com os desgostos humanos.

Hoje, na sua cadeira,
Repousa, pálida e fria,
Depois de tanta canseira:
E cochila todo o dia,
E cochila a noite inteira.

Às vezes, porém, o bando
Dos netos invade a sala . . .
Entram rindo e papagueando:
Este briga, aquele fala,
Aquele dança, pulando . . .

A velha acorda sorrindo,
E a alegria a transfigura;
Seu rosto fica mais lindo,
Vendo tanta travessura,
E tanto barulho ouvindo.

Chama os netos adorados,
Beija-os, e, tremulamente,
Passa os dedos engelhados,
Lentamente, lentamente,
Por seus cabelos, doirados.

Fica mais moça, e palpita,
E recupera a memória,
Quando um dos netinhos grita:
"Ó vovó! conte uma história!
Conte uma história bonita!"

Então, com frases pausadas,
Conta historias de quimeras,
Em que há palácios de fadas, 
E feiticeiras, e feras,
E princesas encantadas . . .

E os netinhos estremecem,
Os contos acompanhando,
E as travessuras esquecem,
— Até que, a fronte inclinando
Sobre o seu colo, adormecem . . .



Imagem extraída de hellokids.com

sábado, 25 de julho de 2015

Escritor de outrora, de ontem, de hoje ou de agora



Escritor de outrora, de ontem, de hoje ou de agora, se não fosse tu para registrar a ilusão da realidade, a razão da cumplicidade, o todo da parte, a arte do aparte, a paixão em drama, o auge da fama, o fato que acontece, a ficção que apetece, jamais teríamos acesso a essas maravilhas, que nos fazem viajar para os mais longínquos mundos, que nos conduzem ao fragmento do pensamento, que nos encantam e os males espantam.

25 de julho, Dia do Escritor, data instituída em 1960, após a realização do I Festival do Escritor Brasileiro, pela União Brasileira de Escritores.


domingo, 19 de julho de 2015

Livros são janelas que se abrem para o mundo!

Livros são conexões temporais e abrem janelas atemporais para o mundo. Foi essa a leitura que fiz como bibliotecária, quando assisti ao filme Interestelar, exatamente nas cenas que ocorrem no quarto da menina, quando a estante de livros é o objeto explorado.

Além da leitura científica inerente à visão geral do filme, outras leituras já foram feitas, conforme o contexto de cada um, filosófica, religiosa, psicológica, metafísica... Mas, eu prefiro ficar com a minha.

A princípio, o mistério!. Livros são derrubados, abrindo espaços nas prateleiras da estante. A menina conclui que alguém está tentando se comunicar com ela, por intermédio de código morse, talvez, um fantasma...





Depois, sinais são revelados em função da anomalia gravitacional existente na Terra. Desenhados no chão do quarto, por intermédio de grãos de areia. 




Eles representam coordenadas em código binário, que conduzem ao centro de pesquisa espacial.



E, por fim, já no desfecho do filme, por trás da estante, abrem-se janelas entre os livros, de onde o agente do futuro (ou do passado) vivencia vários momentos do passado, do presente ou do futuro, fazendo conexões com as realidades, permitindo uma comunicação atemporal. 





Fantasma? Não! Na verdade é o eu do futuro (ou do passado), interagindo com o presente que se passa na Terra, preso em uma dimensão espacial (tesserato), composta pela redundância das prateleiras das estantes, do quarto da menina, numa realidade pentadimensional. 





Em cada abertura já existente ou forçada pelo caimento dos livros, é possível perceber o tempo e brincar com o passado, presente e futuro, porque ele é mostrado como uma dimensão espacial.




É aqui que a analogia fica clara, o livro, as coleções, a estante, as prateleiras, são aberturas, são passagens, são possibilidades, são janelas que se abrem para o mundo. Uma simbologia ímpar, para representar esse contexto futurístico.





Afora esses trechos, há dois momentos paradoxais, em que constam livros em cena.

No primeiro, o livro que narra a história da saga espacial do passado, como objeto desacreditado, em função do novo contexto do planeta Terra.



No segundo, a sala do cientista repleta de livros que, provavelmente subsidiaram suas pesquisas.



Portanto, o livro como fonte de informação, como ponte, como conexão, como janela entre passado e futuro, influenciando o presente e interagindo com tudo, registrando e renovando o conhecimento da Humanidade.




O filme é fantástico!
O tema musical do filme é maravilhoso!


terça-feira, 7 de julho de 2015

Biblioteca do Futuro: memória, legado, posteridade

Imaginação e Tempo são as palavras-chave desse grande projeto, ousado, desafiador, criativo, curioso, atemporal, saudosista e futurista, a Biblioteca do Futuro, que prevê a construção de cem textos, por cem autores diferentes, ano após ano, a fim de serem reunidos em uma grande antologia. 

Além de todos esses, cabe, ainda, o adjetivo ecológico, pois, é parte integrante do projeto o plantio de 1000 mudas, as quais crescerão em cem anos, para fornecer a matéria prima do fabrico do papel, em que serão impressos 3000 livros. "É uma obra de arte orgânica, que vive e respira, junto ao crescimento das árvores”.

Imaginação e Tempo na nossa linguagem é Leitura e Contexto, respectivamente. A imaginação se desenvolve conforme a leitura que o pensamento faz do contexto, e este, por sua vez, é o tempo que se desenvolve ao longo dos anos, com tudo que interage, pessoas, lugares, acontecimentos, etc.

O interessante desse projeto, cuja idealizadora é Katie Paterson, é a possibilidade de mostrar a evolução e a atualização dos textos literários ao longo dos cem anos, ou seja, acompanhando o pensamento, o comportamento, os costumes, a sociedade, em torno da temática imaginação e tempo, podendo ser percebido pelas gerações futuras na unificação da obra, a Biblioteca do Futuro. 

A primeira autora do Future Library, Margaret Atwood, visita floresta na Noruega ao lado da artista Katie Paterson (Foto: Divulgação/Giorgia Polizzi)

Esse livro você não vai ler, "o manuscrito será trancafiado na Biblioteca Pública de Oslo, numa sala especial batizada de Silent room", é memória, é legado para a posteridade! 

Conheça detalhes do projeto no site da Época, matéria de ÉRIKA KOKAY, de 07/07/2015 - 12h44.


domingo, 5 de julho de 2015

Mural Interativo do Bibliotecário: registro da marca de 5.000 fãs

A Equipe da fanpage do Mural Interativo do Bibliotecário, da qual tenho a honra de participar, completou hoje a marca de 5.000 curtidas e, comemorando esse feito, registramos uma pequena mensagem para os nossos fãs. 





Fabíola Bezerra
Ana Luiza Chaves
Edvander Pires
Juliana Lima


Contexto Biblioteconomia, leitura alegria!

domingo, 28 de junho de 2015

Rádio Debate: "A Importância dos arquivos para a preservação da memória"


Aconteceu em 12 de junho, o Rádio Debate da Rádio Universitária FM, apresentando "A Importância dos arquivos para a preservação da memória", quando tive a honra de participar, na companhia de Marcela Teixeira e Alailton Andrade, debatendo a respeito e divulgando a Associação dos Arquivistas do Ceará (ARQUIVE-CE), instituição recém fundada em Fortaleza.


O Programa foi ao ar em 12 de junho, com reprise no dia 15 de junho, cujo áudio está disponível aqui.

Debatedores:
  • Marcela Teixeira, presidente da Associação dos Arquivistas do Estado do Ceará (ARQUIVE-CE) e coordenadora do Memorial da UFC. Arquivista, bibliotecária, mestre em Políticas Públicas em Educação;
  • Ana Luiza Chaves, responsável técnica da MRH Gestão de Arquivos e Informações. Bibliotecária, especialista em Gestão de Arquivos Empresariais;
  • Alailton Andrade, assessor da “ASP: Assessoria, Contabilidade e Processamento”; bacharel em Direito, especialista em Perícia Criminal e Segurança Pública.

Apresentadora: Raquel Chaves



Produção: Raquel Chaves e Fátima Babini.





Um novo contexto da Arquivologia vem se consolidando de forma positiva no Ceará, a partir da ARQUIVE-CE, com o envolvimento e comprometimento de profissionais da área. A leitura que faço é de ganho para as empresas, instituições públicas, profissionais e para a sociedade em geral.

sexta-feira, 26 de junho de 2015

Escrita: realidade vivida, criação e recriação!


Lendo alguns trechos do Diálogo Fedro, de Platão, deparei-me com esse, que já foi citado por muitos autores, quando se reportam à história, à importância da escrita, em que há trocadilho muito complexo acerca dos registros, da memória, na conversa entre o Thoth (deus egípcio) e Thamuz (faraó egípcio).

Quando chegaram à escrita, disse Thoth: 

"Esta arte, caro rei, tornará os egípcios mais sábios e lhes fortalecerá a memória: portanto, com a escrita inventei um grande auxiliar para a memória e a sabedoria." 

Thamuz, cético, responde:

"Grande artista Thoth! Não é a mesma coisa inventar uma arte e julgar da utilidade ou prejuízo que advirá aos que a exercerem. Tu, como pai da escrita, esperas dela com o teu entusiasmo precisamente o contrário do que ela pode fazer. Tal coisa tornará os homens esquecidos, pois deixarão de cultivar a memória; confiando apenas nos livros escritos, só se lembrarão de um assunto exteriormente e por meio de sinais, e não em si mesmos. Logo, tu não inventaste um auxiliar para a memória, mas apenas para a recordação. Transmites aos teus alunos uma aparência de sabedoria, e não a verdade, pois eles recebem muitas informações sem instrução e se consideram homens de grande saber, embora sejam ignorantes na maior parte dos assuntos. Em consequência, serão desagradáveis companheiros, tornar-se-ão sábios imaginários ao invés de verdadeiros sábios." (PLATÃO, 2001, p. 119)

No contexto de Thamuz, a invenção da escrita não era lá uma grande invenção, uma vez que a oralidade reinava como o recurso fundamental para passar o conhecimento de geração em geração, de forma dinâmica, viva e absoluta. Para ele, a escrita era uma armadilha traiçoeira, algo inerte, apenas com aspecto exterior, que não transmitia a sabedoria, e que levaria os homens à preguiça, pois não se esforçariam mais para lembrar de algo, porque iriam sempre recorrer ao que já havia sido escrito, portanto, uma invenção apenas para a recordação, não para a memória.

O próprio Thoth que a inventara não imaginava e nem tinha ideia do seu potencial, para ele, a escrita seria apenas um auxílio à memória, para ajudar a não esquecer.

Ambos realmente estavam equivocados, pois não tinham ainda a capacidade de projetar a sua utilidade para o futuro, para admitirem a verdadeira importância da escrita e de todo o seu legado para a Humanidade, inclusive a sua dinamicidade, por intermédio da interpretação dos textos.

Com certeza essa invenção teria outra leitura se Thoth e Thamuz sobrevivessem aos tempos, presenciariam a sua riqueza e a sua grande utilidade.

E foi assim, com a invenção da escrita, que a pré-história dos registros foi ficando para trás... Com ela (a escrita) o homem escreveu histórias e poesias, anotou seus discursos, registrou o seu patrimônio e as cerimônias, emitiu recibos e notas de pagamentos, registrou todo conhecimento e tudo que acontecia. O homem passou a ter uma ferramenta para registrar os fatos a partir da realidade vivida e criar e recriar, a partir da sua imaginação.

Indo mais longe...

Foi com o acúmulo ou com a coleção de tudo isso, que se fizeram os arquivos e as bibliotecas, para salvaguardar o conhecimento para a posteridade!

PLATÃO. Fedro. São Paulo: Martin Claret, 2001.

sexta-feira, 19 de junho de 2015

Dela, para ela, no dia dela, um beijo nela

Uma flor é sempre uma flor,
quer nascida em rico jardim, quer nascida no lago, na campina.
Todas, primeiro botão;
depois desabrocham para a vida.





Autoria de Maria da Conceição Farias. 
Orgulhosamente, minha mãe, que faz hoje 85 anos de muita leitura de vida, no contexto do jardim, do lago e da campina florida.

quarta-feira, 17 de junho de 2015

"Chamam-se livros"

Um lugar cujo acesso é proibido, porque ninguém deve conhecer todas as "verdades", apenas aquelas que reduzem as pessoas à padronização. 


Mas, uma porta se abriu, depois que ele conheceu o lugar e fez a leitura, nunca mais foi o mesmo.


Deparou-se com um vasto acervo de livros, os quais foram a ele apresentados.



E o guardiã de tudo isso é o doador, que usa memórias do passado para fornecer sabedoria aos anciãos, que conduzem a sociedade. 



Um mundo aparentemente ideal, porque as pessoas são poupadas do sofrimento, das guerras, das doenças, dos sentimentos em geral, até do amor, sendo apenas uma pessoa responsável por conhecer e armazenar todas as memórias e o conhecimento, para doar ao próximo receptor.

Viver em contexto de falsa realidade, desprovida de memórias e de sentimentos de qualquer natureza, é viver uma ilusão e isso conduzirá o receptor a fazer escolhas sobre a vida e o futuro.

Assista ao trailler

Se o filme é bom, imaginem o livro! Recomendo!

O Doador de Memórias, de Lois Lowry
Editora Arqueiro