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segunda-feira, 12 de fevereiro de 2024

Arquivos e Carnaval: uma analogia

Imaginem que as formas como os arquivos se apresentam são como os diferentes tipos de blocos de carnaval. Descrevendo-os abaixo, faço a analogia.

Arquivos Organizados: São como os blocos de carnaval bem planejados, há uma gestão, onde tudo está em ordem, existe um padrão, as pessoas conseguen encontrar umas as outras, trajam as mesmas fantasias, dançam a mesma coreografia no mesmo ritmo, percorrem sempre o mesmo itinerário, porque ele é certo. 

Arquivos Bagunçados: Podem ser comparados aos blocos improvisados que surgem de repente nas ruas. Não há uma estrutura clara, todos estão espalhadas por toda parte, difícil reunir todos para iniciar o trajeto do desfile, até porque não trajam a mesma fantasia.


Arquivos Criptografados: Esses são como os bailes de máscaras do carnaval, onde as identidades são ocultas e só podem ser reveladas por aqueles que têm a chave certa.

Arquivos Corrompidos: São como aqueles blocos que, por algum motivo, não conseguem sair às ruas no dia marcado. Eles estão lá, mas não podem ser acessados ou desfrutados.

Arquivos Expirados: Esses são como as festas que acontecem no último dia do carnaval. Você pode até tentar participar, mas a diversão já passou e o que resta são apenas vestígios do que foi uma grande celebração.

Arquivos Protegidos por Senha: São como festas privadas do carnaval, onde só aqueles que recebem.o convite e têm a senha certa podem entrar e aproveitar a diversão.

Independentemente do tipo de arquivo ou festa, a dica para aproveitar ao máximo é sempre a organização, o padrão, o acesso correto, para que tudo dê certo, seja no arquivo, seja no Carnaval.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

No contexto do carnaval

A biblioteca é um celeiro de oportunidades para aproveitar o contexto e promover atividades cheias de frenesi.

Entramos no clima do carnaval. Leitura também é diversão, alegria e distração. 

Fica o convite para todos entrarem na folia da leitura.





quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

O ano começou... Somente agora?

Dizem que no Brasil o ano só começa depois do Carnaval. Será?

Na verdade é mais uma falácia daqueles que alimentam o ócio improdutivo. Desde o primeiro dia útil do ano que as pessoas estão trabalhando, que as coisas estão funcionando. Manter essa cultura é, no mínimo, desrespeitar o país, contribuindo para o seu desprestígio em relação às demais nações. É também fomentar esse hábito junto aos jovens que ainda não adentraram no mercado de trabalho, e que ficam postergando essa ação até que "se inicie o ano".

O País precisa de novos valores, novos hábitos, nova cultura, não bastasse a crise econômica que estamos enfrentando, ainda há quem repita feito papagaio que "o ano só começa depois do Carnaval."

Tire a máscara, saia da folia e caia na real. O ano começou há quase dois meses.


O contexto atual precisa de uma nova leitura. Vamos contribuir!

sábado, 10 de fevereiro de 2018

Carnaval é sempre igual


Carnaval é sempre igual, mesma leitura, mesmo contexto, dança e festança; fantasia e alegoria. Muita gente bamba caindo no samba, dia e noite, noite e dia. 

Não tem como fugir disso aí, está na TV e na internet, está nas ruas e no sangue do brasileiro, que parece esperar pelo carnaval o ano inteiro. 

Mas, há outras preferências, há quem goste de se refugiar em algum lugar afastado para repousar ou fazer retiro, para rezar. Tem aqueles que preferem viajar, para se aventurar em outro lugar. Há também quem goste de colocar os estudos e a leitura em dia e ainda quem goste de aproveitar para trabalhar mais. 

Eu continuo com minhas preferências: natureza, leitura, paz e sossego, lar doce lar.

E você? Vai fazer o quê?

sábado, 25 de fevereiro de 2017

Se tem data comemorativa, vamos comemorar! É carnaval!

E foi assim, na Biblioteca da Faculdade CDL, "Livros mascarados: o baile dos monstros da literatura”, uma ideia da estagiária Amanda, que chegou, foi ficando, crescendo e acontecendo. 

Da mesma forma que ocorre em um baile de máscara, quando não se conhece o par mascarado, os livros mascarados ficaram expostos e encobertos, para que fossem escolhidos pelos foliões da leitura.

Biblioteca vivendo o contexto e incentivando a leitura.






Vejam as postagens:

Livros mascarados deram o que falar!
Mais adeptos
E o baile continua...
Visita da Profª Neurismene
Começou o baile dos livros mascarados
"Livros mascarados"


terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Cair na folia da leitura

Na sua origem, o ‪#‎carnaval‬ é a festa da extravagância, em que não há privações, com grande concentração de brincadeiras e de festas. Que tal levar esse conceito para o universo da ‪#‎leitura‬

Cair na ‪#‎foliadaleitura‬ é passar o carnaval desfrutando de excelentes leituras ao nosso bel prazer, sem compromisso de iniciar e ter que terminar, desse ou daquele gênero, de ler autores clássicos ou renomados, acessando livros tradicionais ou virtuais. 

Essa é a folia da leitura, com direito a mudar de uma para outra, a sonhar e se transportar para outra realidade, de viver vários personagens, de parar ou de ir adiante, de dançar conforme a música, tal como ocorre no carnaval. 


A folia da leitura é ler por lazer, ler o que dá prazer, ler por ler.

Portanto, a nossa sugestão para quem não tem viagem ou programação definida nesse carnaval, é a folia da leitura. Quem entrar nessa situação verá que nada será em vão, qualquer que seja a informação.

Nesse carnaval, que tal cair na folia da leitura?

Depois, queremos saber como foi a sua folia, quantas foram as suas leituras, o que leu e o que deixou de ler, o que gostou e o que não gostou.

Mas, carnaval é igual a vendaval, passa rápido, e ‪#‎aleituranãopodeparar‬!

Depois desse carnaval, que tal continuar na folia da leitura? E se brincou o carnaval, que tal iniciar a folia da leitura?

‪#‎otextoénosso‬

Publicado originalmente no Mural Interativo do Bibliotecário

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Biblioteca e livros na Marquês de Sapucaí


Um carro alegórico representando uma biblioteca foi, na minha opinião, o maior destaque deste Carnaval de 2015.





Unidos da Tijuca apresentou o enredo "Um conto marcado no tempo - 'O olhar suíço de Clóvis Bornay'." A Escola de Samba levou para a Sapucaí um enredo sobre a Suíça, uma homenagem a um dos mais importantes foliões do carnaval do Rio de Janeiro, Clóvis Bornay.




Cheia de significados foi a apresentação, em que todo o desenrolar do tema, "Um conto marcado no tempo - 'O olhar suíço de Clóvis Bornay'" se dá a partir do poder do livro e da leitura em transportar Clóvis Bornay criança, para épocas e lugares, conhecendo personagens e coisas incríveis, que fizeram parte tanto do imaginário, como da história real. 

Depois, já como um folião, desfila na Sapucaí sob o fascínio dos contos da Suíça, mas, também encantado com o "lugar de cores e riquezas mil, são os laços Suíça-Tijuca-Brasil."

O tema do enredo foi desenvolvido a partir de contos que descreveram um pouco da história da Suíça, detalhando sua cultura, invenções, tecnologia e seus personagens, conforme o olhar de Clóvis Bornay, filho de um suíço e figura representativa do carnaval carioca, que se destacou nos concursos de fantasias do Theatro Municipal, no Copacabana Palace e no Hotel Glória.

Na exibição da comissão de frente, um personagem representando Clóvis Bornay apareceu à frente de uma biblioteca. Conforme ele recordava a infância, os livros ganhavam vida e viravam personagens. 




O desfile começou mostrando o contexto de várias lendas suíças, que marcaram o imaginário do país desde sua formação. O abre-alas, um dos maiores carros a passar pela Sapucaí, com cerca de 50 metros, representava a leitura das lendas de cavaleiros e dragões. 

"Ainda me lembro, sentado aos pés do meu pai... entre as páginas dos livros, ouvindo suas histórias de uma terra mágica, viajava nos contos encantados que davam vida aos cavaleiros medievais montados em ginetes, cavalgando em direção aos montes gelados e brancos. Dragões alados sobrevoavam castelos e aldeias, o povo aterrorizado, fez um pacto até mesmo com o diabo para construir uma ponte e, assim, seguir seu caminho. Minha imaginação me embalava; eu ali estava, guardado pelas emoções, o tempo não passava. Os ponteiros do relógio bailavam em prosa e verso, eu ali continuava, despertando personagens sem fronteiras nesse universo." [...]  Conheça a sinopse completa

sábado, 14 de fevereiro de 2015

Cenário Carnaval

Neste Carnaval nada melhor que trazer à tona livros que retratam esta festa popular. São contextos variados, mas a leitura é carnavalesca.

Um deles começa com o Carnaval...


Dona Flor e seus dois maridos 
Jorge Amado 


Num domingo de Carnaval, Vadinho parou de sambar e caiu duro. Uma vida de boemia chegava ao fim: cachaça, jogatina e noites de esbórnia arruinaram o jovem malandro. Dona Flor acorreu em prantos ao corpo do marido, fantasiado de baiana. Em sete anos de casamento, sofrera com as safadezas de Vadinho, mas o amava.

Viúva, Florípedes Guimarães concentra-se nas aulas de cozinha na escola Sabor e Arte. Um ano depois da morte de Vadinho, porém, o desejo do corpo lhe incendeia o recato da alma.

O farmacêutico Teodoro Madureira surge como pretendente. Do namoro e de um noivado pudico, eles passam ao casamento. Cerimonioso e equilibrado, o segundo marido é o oposto do primeiro. Dr. Teodoro vive para a farmácia e para os ensaios de fagote. Flor é feliz com ele, mas sente um vazio que não sabe definir. 

Certa noite, depois de um ano de casada, dona Flor toma um susto: Vadinho está nu, deitado na cama, rindo e acenando para ela. O fantasma do malandro passa a viver com o casal. 

No melhor estilo de crônica de costumes, Dona Flor e seus dois maridos descreve a vida noturna de Salvador, seus cassinos e cabarés, a culinária baiana, os ritos do candomblé e o convívio entre políticos, doutores, poetas, prostitutas e malandros. 

Uma das mais conhecidas personagens femininas do autor, dona Flor encarna contradições bem brasileiras. Dividida entre o fiel e comedido Teodoro e o extravagante e voluptuoso Vadinho, ela decide viver o melhor de dois mundos. 

A narrativa faz um retrato inventivo e bem-humorado das ambiguidades que marcam o Brasil, país dividido entre o compromisso e o prazer, a alegria e a seriedade, o trabalho e a malandragem. 

Fonte e resenha: Site Jorge Amado


Outro, discorre sobre um certo Baile Verde...


Antes do Baile Verde
Lygia Fagundes Telles


Uma jovem se prepara para ir a um baile carnavalesco onde as fantasias devem ser todas verdes. Enquanto ela se maquia para o baile, colocando lantejoulas no saiote verde que cobre o biquíni, seu pai agoniza no quarto ao lado. Esse ambiente teatral e angustiante do conto 'Antes do baile verde' dá a tônica do livro homônimo. 

'Antes do Baile Verde' (publicado em 1970 e traduzido para o tcheco, o russo e o francês) é um dos livros mais marcantes da carreira de Lygia Fagundes Telles. Os contos, escritos entre 1949 e 1969, deixam claro para o leitor por que a autora é uma das mais representativas e premiadas escritoras brasileiras em atividade. Estão presentes no livro algumas histórias emblemáticas como 'O jardim selvagem' e 'Meia-noite em ponto em Xangai'. 

Narrativas turbulentas, de diálogos cuidadosamente esculpidos e marcadas por finais em aberto, como no conto 'Natal na barca', em que uma mulher atravessa o rio com o filho no colo, sem que o leitor saiba se a criança está mesmo viva. Os finais das histórias de Lygia provocam o imaginário do leitor. Há sempre uma cartada, uma surpresa, um susto.

A autora demonstra uma coragem singular para trabalhar pontos mais delicados da condição humana através de personagens cínicos, amargos e, principalmente, cruéis como no clássico conto 'Apenas um saxofone', onde uma mulher pede ao amante que se mate como prova de amor.

Fonte e resenha: Saraiva


Tem um que ressalta a alienação do povo no período carnavalesco e temas como mestiçagem e racismo, cultura popular e atuação política ... 


O país do Carnaval 
Jorge Amado


Primeiro romance de Jorge Amado, O país do Carnaval faz um retrato crítico e investigativo da imagem festiva e contraditória do Brasil, a partir do olhar do personagem Paulo Rigger, um brasileiro que não se identifica com o país. 

Filho de um rico produtor de cacau, Rigger volta ao Brasil depois de sete anos estudando direito em Paris. Num retorno marcado pela inquietação existencial, ele se une a um grupo de intelectuais de Salvador, com o qual passa a discutir questões sobre amor, política, religião e filosofia. Dúvidas sobre os rumos do país ocupam o grupo.

O protagonista mantém uma relação de estranhamento com o Brasil do Carnaval, acredita que a festa popular mantém o povo alienado. Os exageros e a informalidade brasileira são motivo de espanto, apesar de a proximidade com o povo durante as festas nas ruas fazer com que ele se sinta verdadeiramente brasileiro. Aturdido pelas contradições, Rigger decide voltar para a Europa.

Mestiçagem e racismo, cultura popular e atuação política são alguns dos temas de Jorge Amado que aparecem aqui em estado embrionário. Brutalidade e celebração revelam-se, neste romance de juventude, linhas de força cruciais de uma literatura que se empenhou em caracterizar e decifrar o enigma brasileiro.

Fonte e resenha: Site Jorge Amado


Nesse outro, o autor enfoca o Carnaval do Rio de Janeiro, misturando todas as épocas...


Carnaval no fogo
Rui Castro


Carnaval no fogo não é um livro sobre Carnaval. Sua ação se passa em todas as épocas do ano e em todos os quinhentos anos da agitada história do Rio - da primeira índia tupinambá que namorou um pirata francês aos réveillons de Copacabana. Ruy Castro compõe um vibrante retrato do Rio de hoje, cheio de viagens ao passado, para revelar que, mesmo nos períodos de calmaria, havia sempre uma excitação no ar - um permanente "Carnaval no fogo". 

Quem se lembra que, na Belle Époque carioca, de 1890 a 1914, quando poetas de colarinho duro flertavam com senhoritas de anquinhas na porta da Colombo, eclodiram revoltas que quase destruíram a cidade? E quem diria que as calçadas com desenho de ondas em Copacabana, famosas pela sensualidade, foram batizadas com o sangue dos "18 do Forte" enquanto a poucos metros se construía o Copacabana Palace? E quem acredita que, mais de cem anos antes das garotas de Ipanema, já havia as garotas da rua do Ouvidor - as primeiras brasileiras que saíram à rua e aprenderam tudo com as francesas?

O Rio de Janeiro de Carnaval no fogo é o Rio dos antropófagos que encantaram os intelectuais europeus, dos escravos que se vestiam como os senhores, dos fotógrafos pioneiros que o clicaram como se estivessem num avião - setenta anos antes de o avião existir -, da loura Nair de Teffé e da mulata Chiquinha Gonzaga, que, juntas, abalaram as estruturas. É também o Rio em que os salões se prolongaram nos botequins, em que um cafezinho tomado em pé na avenida Rio Branco podia alterar a cotação mundial do produto e em que o povo, habituado à própria pele, passou a desfilar quase nu pelas praias e até pelos restaurantes. É ainda o Rio das asas-deltas, do Fla-Flu entre os traficantes e a polícia, do bolinho de aipim e do indestrutível bom humor. 

Carnaval no fogo é a história dessa fascinante superação do povo carioca - até hoje.

Fonte e resenha: Companhia das Letras


Há também uma tragédia grega, que vai parar em uma favela carioca...


Orfeu da Conceição
Vinícius de Moraes


Tragédia carioca", Orfeu da Conceição transporta para um cenário tipicamente brasileiro o mito de Orfeu, filho de Apolo, uma das histórias mais emblemáticas da vasta mitologia grega. Imerso em sofrimento depois da morte da amada Eurídice, o músico vê-se incapaz de entoar suas canções, pois os sons melodiosos e tristes de sua lira não o consolam da perda do grande amor. Desesperado, Orfeu decide descer ao Hades (o reino dos mortos) para trazer Eurídice de volta à terra.

Ambientada em uma favela carioca, Orfeu da Conceição estreou no Theatro Municipal do Rio de Janeiro em 1956, com enorme sucesso. Nada mais justo: com músicas de Tom Jobim - a peça inclusive inauguraria a fecunda parceria entre o poeta e o compositor -, cenários de Oscar Niemeyer e figurinos de Lila Bôscoli, o texto é ainda hoje um marco na releitura inteligente dos mitos gregos diante da realidade social, da mistura entre poesia e música popular, entre teatro e canção.

Fonte e resenha: Companhia das Letras


Mais esse, que retrata a transformação da festa ao longo dos anos, em três cidades diferentes...


Inventando carnavais
Felipe Ferreira


Carnaval é festa civilizatória. Seu febril reinado sobre os homens é antigo e vasto. Loucura coletiva e multifacetada, paradoxalmente regrada, a um só tempo brincadeira e coisa séria, incitando a paixão vivê-la e desafiando a razão a entendê-la. 'Inventando Carnavais' nos conduz ao século XX, pelos meandros da conformação da festa em três diferentes cidades. Duas delas européias: a Paris ostentatória e hierarquizada, que baila e brilha com seu carnaval então hegemônico no continente; e a mediterrânea Nice, recém-incorporada à França, que logo define seu belo Carnaval como foco de atração de viajantes. A terceira das Américas: o Rio de Janeiro, capital do Império e, logo em seguida, da nascente República brasileira, com seus carnavais múltiplos e em mútua relação, num jogo tenso de interinfluências entre diferentes camadas e grupos sociais. Cidades em transformação, carnavais em transformação.

Fonte e resenha: Saraiva


E, finalmente, não que não existam mais opções, mas, resolvo encerrar por aqui, um livro de teoria literária, completando, assim, vários estilos literários.


Nelson Rodrigues: o freudismo e o carnaval nos teatros modernos
Victor H. A. Pereira


Nos textos deste livro, o autor procura estar atento às apropriações de referências psicanalíticas por Nelson Rodrigues, que dialogou frequentemente com diferentes discursos sobre a natureza humana e sobre os valores envolvidos na existência. Examina, também, a estilização destas apropriações, bem como o tratamento paródico a que são submetidas, atentando à influência dos procedimentos identificados com uma cultura carnavalesca.

Fonte e resenha: 7 Letras

Hipóteses: sempre temos uma em mente


Na vida nos deparamos com muitas hipóteses, tanto aquelas já formadas por outras pessoas, como aquelas que nós mesmos elaboramos, com a nossa experiência e vivência. 




Ao longo do tempo elas vão se confirmando ou sendo refutadas e, a partir desse ponto, novas hipóteses vão sendo construídas, é a evolução do conhecimento, é o amadurecimento, curso natural da capacidade do homem de pensar, refletir, discutir, experimentar, discordar, reconstruir, etc.

Mas, falando nessas hipóteses, podemos classificá-las como nula, alternativa unidirecional e alternativa bidirecional, são os tipos estudados nas ciências. De forma bem simplificada, temos:
  • Nula: expressa uma igualdade (=);
  • Alternativa, que pode ser unidirecional e bidirecional, ocorre em função de uma desigualdade (≠).
Pois bem, vamos exemplificá-las tomando uma mesma linha de raciocínio, que envolve o contexto atual do Carnaval:
  • Nula: O comportamento das pessoas é o mesmo independente de ser Carnaval ou não.
  • Alternativa unidirecional: No carnaval, o comportamento das pessoas é mais extrovertido do que em outra festa comemorativa.
  • Alternativa bidirecional: O comportamento das pessoas é mais ou menos extrovertido, conforme a festa comemorativa que participam.
Esse é um exercício muito eficaz para nos posicionarmos diante as situações do dia a dia, ou para quem vai construir uma hipótese e seguir em frente na pesquisa, seja qual for o contexto, social, político, econômico, etc

Praticando (fazendo a leitura), podemos encontrar o nosso posicionamento diante de uma inquietação: nulo, unidirecional ou bidirecional?

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Carnaval de livros



Como seria um carnaval de livros?

Imagino os livros desfilando em uma prateleira suspensa, ficando de frente para cada lado das arquibancadas e camarotes, fazendo reverências com o abrir e fechar das páginas e o público embaixo a apreciar cada um deles, nas alegorias das capas, nos detalhes dos títulos e por intermédio dos nomes dos autores. 

Os livros de romance estariam com estilos de fantasia Romeu e Julieta, a caráter para um baile de máscaras, os de aventura, como Harry Portter, com todos os seus poderes, já os livros épicos, seriam caracterizados como o Rei Arthur de Excalibur, erguendo a espada, os romances policiais, trajados de Sherlock Holmes, exibindo um belo chapéu e cachimbo e os de terror, abrindo a capa e mostrando os dentes afiados do Drácula, e assim seguiriam tantos outros no desfile... Todos encenando e acenando para o público. Um espetáculo à parte!



Muita concentração na hora daqueles de caráter técnico-científico, o conhecimento exige reflexão e assim a plateia toda faria silêncio e respeitaria os teóricos, os quais demonstrariam seus ensaios e experimentos ao vivo.

E muito riso para os de sátira e humor, o público não se contentaria em ficar sério, as gargalhadas viriam à tona na hora da Comédia da vida privada, de desfilar Satiricon e O Analista de Bagé.

Os e-books seriam projetados num grande telão e quem tivesse equipado, poderia recebê-los em seus portáteis.

Cada editor apresentaria sua equipe, que faria a evolução exibindo a performance dos autores, ao som dos diálogos, crônicas, contos, poesias e pontos de vista, os mais caprichados apresentariam, além de tudo isso, as ilustrações, que brilhariam com os focos e canhões de led direcionados, um show de iluminação especial.

No abre alas estariam os autores, na bateria, os prefaciadores, tradutores, ilustradores e organizadores, todos em sintonia e sinergia, dando o melhor de si para atrair os leitores.

O mestre sala conduziria tudo e a porta bandeira indicaria a que veio: romance, suspense, comédia, drama, autoajuda, estudo...

Conforme o contexto de cada espectador, uns seriam mais aplaudidos que os outros, são as preferências de leitura, que se devem respeitar, em função dos estilos literários dos autores, da linguagem, dos personagens e da própria composição do texto. Mas, como há um livro para cada leitor e vice-versa, conforme a Lei de Ranganathan, todos seriam campeões na grande jornada da leitura.

Carnaval de livros é confete e serpentina, é brincadeira de leitura, é deleite com o imaginário, é diversão certa, é viagem encantada, é informação e conhecimento.

Vamos ao carnaval de livros?