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quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Independência com liberdade e responsabilidade

Já parou para pensar se o seu agir bibliotecário é independente?


Independência aqui, retratada com liberdade e responsabilidade, em outras palavras, ser independente dentro da esfera biblioteconômica, pois, nós é que somos detentores do conhecimento da área, com liberdade para agir, mas, levando em conta o contexto em que estamos inseridos.

E que contexto é esse?

A instituição a que somos vinculados, seja uma escola, uma empresa, um órgão público, uma universidade, um centro de documentação e informação etc. Temos que atentar para a missão, visão, objetivos e valores, ou seja, agir com responsabilidade, preservando tudo isso, com toda a liberdade possível.

E como podemos materializar essa liberdade?

Criando projetos inovadores, interagindo com áreas afins, realizando a interdisciplinaridade, utilizando todos os recursos disponíveis, sejam físicos ou virtuais, próximos ou distantes, carentes ou fartos, enxergando onde há potencial, para usufruir das vantagens que cada um oferece, mesmo que tenha que “tirar leite de pedra” ou “se virar nos trinta”. Mas temos que realizar sem agredir a sociedade e, sobretudo, primando pelo usuário. É a independência com liberdade e responsabilidade, hoje também chamada de sustentabilidade.

Nessa semana da Independência do Brasil, desejamos que bibliotecários e demais profissionais de áreas afins possam levar a informação a quantos dela necessitem, para que nosso Brasil possa ser cada vez mais independente.


#otextoénosso
Publicado originalmente em Mural Interativo do Bibliotecário

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

O CAMPEÃO VOLTOU!

Ainda em clima de Olimpíadas, usando o momento da conquista da medalha de ouro no futebol masculino, mas, sem querer obrigar aqueles que não apreciam a nossa Seleção Brasileira a concordarem com o que tenho a dizer, o fato é que O CAMPEÃO VOLTOU!


E voltou de que forma?
Recomeçando a trajetória, acreditando no talento, na técnica e na equipe, superando obstáculos e críticas, minimizando fraquezas e maximizando forças.

Além da terceira medalha de ouro para o voleibol masculino, conquistada também ao som de “O campeão voltou”, e da própria Cidade do Rio de Janeiro, que conseguiu sediar os jogos com primazia (apesar de tudo), assistimos a outros exemplos de conquistas nas Olimpíadas. São situações de recomeço, de foco, de superação. E se isso pode acontecer em campo, nas quadras, nas pistas, no tatame, na cidade, por que não na nossa vida profissional, na nossa vida de bibliotecário?

Somos capazes de realizar tantas funções... Operar com vocabulários controlados; preparar base de dados; contar histórias; atender bem na referência, conhecendo as demandas de cada usuário; lidar facilmente com as mídias sociais; buscar a informação nos mais longínquos binários, por intermédio de uma busca booleana complexa; elaborar e executar projetos sociais com excelência; preparar resumos, resenhas e artigos científicos; normalizar textos, atuar junto à sala de aula na biblioteca escolar... E tantas outras que não me recordo agora, de tão vasta que é essa nossa atividade.

Cabe correr atrás da conquista, suando a camisa, mesmo que tenha que ralar o joelho ou torcer o pé. Vamos pular mais alto! Driblar o medo e a insegurança! Desviar dos obstáculos!

Muitas vezes achamos que nada dá certo, que tudo não passa de sorte, que o outro é melhor porque conseguiu, que não era para ser agora, que vai vir outra oportunidade, que isso, que aquilo... E tantas outras falácias, frases prontas, na verdade, puros clichês!

Se não concordamos com esses clichês de ocasião, apoiemos o bordão: O CAMPEÃO VOLTOU, O CAMPEÃO VOLTOU!!!

Eu, Ana Luiza, Fabíola, Edvander e Juliana, já tivemos que recomeçar um dia e estamos aqui para contar a história. 
Difícil? 
_ Sim, mas, não impossível!

E vamos que vamos, cantando: Sou bibliotecário, com muito orgulho, com muito amor!



quinta-feira, 26 de maio de 2016

Disseminando DSI

A convite da Professora Giovanna Guedes, do Curso de Biblioteconomia da UFC, ministrei mais uma palestra aula, desta vez, para alunos do 7º semestre da disciplina Fontes de Informação. 

O tema foi Disseminação seletiva da informação - DSI, em que enfoquei as práticas de DSI aplicadas na Biblioteca do Banco do Estado do Ceará-BEC, no período de 1988 a 1997 e, na Biblioteca da Faculdade CDL, na atualidade.

Práticas parar reforçar a teoria ou teoria que fundamenta a prática, o fato é que uma não vive sem a outra e essa foi a intenção da Professora ao fazer o convite, mostrar aos alunos como aplicar na prática a teoria estudada em sala se aula.

Além da contextualização do DSI junto à Biblioteconomia, enfatizei sua ligação estreita com o Marketing.


Turma boa, incluindo nela, a minha estagiária mais recente, Renata Manuely, da Faculdade CDL, que já está mostrando a que veio.




Agradecida por mais esse convite, que foi indicação do meu amigo Edvander Pires.

quarta-feira, 20 de abril de 2016

Compartilhando experiências

Fim de tarde maravilhosa na companhia da professora Fátima Costa e de sua turma de 8º semestre de Biblioteconomia da UFC, para compartilhar experiências e contribuir na formação desses futuros profissionais.


Na oportunidade, apresentei a minha trajetória profissional, conforme foi solicitado pela Professora, enfatizando as conquistas, as dificuldades, o recomeço e o sucesso profissional, culminando em pequenas dicas de quem já está no mercado, exercendo a profissão, há quase 35 anos.


üEncarar a profissão
üPensar fora do quadrado
üNão ter medo de trabalho
üBuscar sempre o novo
üOuvir os mais experientes
üAgir sempre com ética
üNão deixar escapar oportunidades
üTodo aprendizado é válido, ele será utilizado em algum momento
üCompartilhar conhecimento

domingo, 18 de outubro de 2015

Pare! Olhe-escute!

As ordens da placa são a condição sine qua non para se executar um serviço de referência com excelência e qualidade. Apesar de imperativas, são amigas, e só tendem a fazer o bem.

PARE!
Desligue-se daquilo que estava fazendo antes, o momento agora é desse usuário que lhe procura.

OLHE!
Momento de equilíbrio, de sintonia com o outro, olhe para dentro desse usuário e faça a sua leitura.

ESCUTE!
Seja todo ouvidos! Escute o que ele tem a dizer com paciência, suas demandas, suas dúvidas, suas aspirações à informação, sobretudo, entenda o contexto.

Agora sim! Hora de executar! Mas, se for preciso, comece tudo de novo...

PARE! OLHE-ESCUTE! Essencial para a prática biblioteconômica.

Peça do Museu do Trem, na Estação Central Capiba, no Bairro de São José, Centro de Recife - PE

sábado, 22 de agosto de 2015

Bibliotecário: 50 anos de Regulamentação



A Biblioteconomia está em festa! Afinal comemoramos o Jubileu de Ouro da regulamentação profissional, dos quais já participei 33 anos, efetivamente. Orgulho de ser Bibliotecária!

As comemorações pelos 50 anos foram muitas por todo o território nacional, com ênfase para a sessão solene no Plenário da Câmara dos Deputados, requerida pelo deputado Espiridião Amin (PP/SC), enfocando a Lei 4.084, de 30.06.1962 e o Decreto 56.725, de 16.08.1965, que criou e regulamentou a profissão, e as conquistas da categoria, ao longo dos 50 anos.

Dessas conquistas, fazemos a leitura de alegria, evolução, mudanças e de adaptações para o contexto atual.



domingo, 5 de julho de 2015

Mural Interativo do Bibliotecário: registro da marca de 5.000 fãs

A Equipe da fanpage do Mural Interativo do Bibliotecário, da qual tenho a honra de participar, completou hoje a marca de 5.000 curtidas e, comemorando esse feito, registramos uma pequena mensagem para os nossos fãs. 





Fabíola Bezerra
Ana Luiza Chaves
Edvander Pires
Juliana Lima


Contexto Biblioteconomia, leitura alegria!

sexta-feira, 13 de março de 2015

Reconhecimento no Dia do Bibliotecário

Trabalhar em duas empresas para exercer duas faces da mesma profissão é um privilégio, mais ainda quando o trabalho é reconhecido.


 


Foram essas as manifestações da Faculdade CDL e da MRH Gestão de Arquivos e Informações, no Dia do Bibliotecário de 2015.

 

Se por um lado, o trabalho lida com publicações nos mais variados formatos, fazendo a leitura para extrair as palavras-chave, e assim atender com prontidão ao usuário,


por outro, trata com caixas e caixas de documentos de diversas empresas e instituições, observando o contexto de cada uma, para atender à busca do documentos arquivístico e oferecer a informação necessária.


Nas duas empresas, fui um dia para implantar um projeto, daí fui ficando, fui ficando... E permaneço até hoje como colaboradora efetiva, contribuindo no que for necessário da rotina e implantando novos projetos.

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

"Um bibliotecário para chamar de seu": digna homenagem



Carmela Lucena Cavalcanti, minha Tia, minha inspiração, minha referência para a profissão, é a resposta à chamada do Mural Interativo do Bibliotecário, motivo dessa postagem.


Arquivo pessoal - Nos jardins da casa da minha mãe, em Fortaleza, 2010.

Ainda criança, por volta dos 11 ou 12 anos visitei a Biblioteca em que ela trabalhava na UFPE. A imensidão do campus, o grande salão com corredores e mais corredores de estantes lotadas de livros organizados e enfileirados, os consulentes em atendimento, um birô de trabalho cheio de utensílios e miudezas nas gavetas e muitas histórias... Foi a leitura mais precisa que já fiz, encontrei o concreto da profissão, o suficiente para me encantar.

É claro que o concreto consolidou o contexto de uma série de devaneios do imaginário e de especulações a respeito, pois, a convivência durante as férias na Cidade do Recife era cheia de novidades, de práticas intelectuais advindas dessa pessoa impar, minha Tia Carmela. 

Além da profissão, temos em comum outro ponto, somos uma madrinha da outra de casamento. Eu, com dez anos, conduzi o seu par de alianças ao altar, passados dez anos, eu casava e ela era minha madrinha.

Um dia, me perguntou se eu gostava de fazer palavras cruzadas e, a partir da minha resposta positiva, me presenteou com um maço delas amarradas com um barbante, eram tantas, que mal pude carregá-las, todas de difícil solução, Desafio, Nível Difícil, Inteligente... É que um dia ela desafiou a si própria, queria acertar uma por completo e daí comprou dezenas para desmitificar essa tarefa, mas, com a dedicação, logo atingiu o seu objetivo e, os exemplares restantes, já não tinham mais sentido.

As visitas, ainda na Cidade do Recife, me permitiam apreciar o universo de livros que lotavam um dos cômodos do seu AP e ouvir suas conversas construtivas, repletas de informações, com riqueza de conhecimentos. Não só o primeiro, mas o segundo, terceiro e tantos outros salários eram destinados exclusivamente à compra de livros e eu também fui beneficiada com essa prática, recebendo alguns de presente.

Depois, mudou-se para o Rio de Janeiro e foi trabalhar na Biblioteca Nacional. Mais distante, sem o convívio periódico, passamos a nos corresponder por cartas e telefonemas. Eu já bibliotecária, trocávamos figurinhas da profissão e ela me contava um pouco daquela instituição ícone nacional, em que passou por vários setores, classificação, catalogação, livros doentes, etc., trabalhando por muitos anos.

Chegamos a participar juntas de um congresso de Biblioteconomia em Recife, oportunidade em que conheci parte dos seus contatos de profissão e sua interação com o meio.

Fã de "O Pequeno príncipe", tive o prazer de presenteá-la com uma miniatura da obra, quando esteve em breve passagem por Fortaleza, em 2010.

Livros? Já leu centenas deles... De tudo entende um pouco, discute qualquer assunto, uma pessoa reflexiva e crítica, pé no chão, uma bibliotecária de fato e de direito, a quem eu elegi no quadro "Escolha um bibliotecário para chamar de seu", do Mural Interativo do Bibliotecário.

sábado, 12 de outubro de 2013

Bibliotecário tem que trabalhar como formiga e cantar feito cigarra



Trabalhar ou cantar? Sem conflito de personalidade, tem que associar, não se pode escolher essa ou aquela atividade. No início da fábula A Cigarra e a Formiga as ações são totalmente antagônicas, ou se trabalha ou se canta, mas, no desfecho da história, as duas vertentes são conciliadas, uma completando e dando suporte a outra. 


Na Biblioteconomia tem que ser assim: trabalhar como formiga e cantar feito cigarra. 



Na essência da sua criação a atividade era silenciosa, de bastidores, de retaguarda, mas, sabemos que isso há tempos já mudou, pois as demandas dos usuários são outras frente aos fenômenos da sociedade atual: globalização,  conectividade, Interoperabilidade, interatividade, compartilhamento, colaboratividade, mobilidade, convergência e tantos outros que ainda virão.

Hoje, para o trabalho do bibliotecário, não se permite ação só de formiguinha (trabalhar, trabalhar e trabalhar). Como vamos ser vistos? E não é só isso... Como os nossos usuários vão saber o que temos para oferecer se tudo não for divulgado, compartilhado? Como eles vão se alegrar com os produtos e serviços se não os conhecem? Fazendo a analogia, temos que cantar, cantar e cantar.

O bibliotecário de hoje tem que ser educador, agente cultural e social, comunicador e muito mais, usando o marketing a seu favor.

Neste Dia da Criança, vamos tomar o exemplo da fábula A Cigarra e a Formiga, para exercer a nossa missão com planejamento estratégico e visão de futuro necessária, a fim de alcançarmos os nossos objetivos e, sobretudo, divulgar os nossos serviços, mostrando de forma lúdica, criativa e alegre do que somos capazes e a que vinhemos.
  

domingo, 18 de novembro de 2012

“Competência em Informação”


Momento da abertura da Palestra “Competência em Informação”, proferida pela Profª Drª Aurora Cuevas Cerveró, da Universidad Complutense de Madrid, em 12 de novembro, no Auditório Raquel de Queiroz, no Bloco Ícaro de Sousa Moreira, do Centro de Humanidades da Universidade Federal do Ceará.


Como cerimonialista do evento, a Profª Rute Pontes, na mesa, abrindo a palestra, o Prof. Osvaldo de Souza, a palestrante, Profª Drª Aurora Cuevas Cerveró e, apoiando, o Prof. Davi Vernon Vieira (UFC Cariri), quem articulou a vinda da palestrante.



Bibliotecários, professores e estudantes participaram da palestra e ganharam com as informações e experiências da Profª Aurora, desenvolvidas em Madrid e no Brasil (UnB), que abordou a questão da Information literacy, Alfabetização em Informação.


A Profª Aurora ressaltou que não é tarefa fácil escolher fontes de informação, tendo em vista as ofertas disponíveis no contexto atual da internet, onde as coisas acontecem de forma não linear, com múltiplas escolhas e direções. 


É aí que entra em cena a Competência em Informação, já popularmente conhecida como Alfabetização em Informação, que se desdobra em um conjunto de ações em cadeia, para juntas alcançar o objetivo final, habilitando o usuário a escolher a informação certa para o momento e objeto certos, com segurança e ética. 


É claro que, para passar essa habilidade ao usuário, o bibliotecário deve previamente conhecer bem tudo isso. 

Eu diria que, respeitadas as devidas proporções, no fundo, é uma vertente dinâmica e atual do tradicional serviço de referência em relação ao ambiente informático do ciberespaço, em que se passa a autonomia de solução do problema para o usuário.




domingo, 12 de agosto de 2012

Pais da Biblioteconomia

Elejo os Pais da Biblioteconomia, segundo a leitura e o contexto, e teço algumas considerações, a partir das informações disponíveis na grande rede. 

Inicio com Calímaco de Sirene (310 a.C.-240 a.C), na Antiguidade, professor, gramático, poeta, mitógrafo grego, bibliotecário e diretor da Biblioteca de Alexandria, com o feito de organizar o primeiro catálogo sistematizado, organizando 490.000 rolos de papiros, para elaboração de um catálogo por assunto, onde constariam por essa ordem, os nomes dos autores alfabeticamente organizados. Considerando o contexto da época, Calímaco iniciou, assim, a ordem do caos. Antes dele, somente por sorte alguém seria capaz de encontrar um texto específico. 
***

Passo agora para São Jerônimo (348-420), nos fins da Antiguidade, o Santo Doutor da Igreja Católica, que traduziu a Bíblia do grego antigo e do hebraico para o latim. Essa edição foi denominada Vulgata, que é o texto oficial da Igreja Católica, originando-se dela outras traduções em línguas românicas. Há fontes que o considera o santo padroeiro dos Bibliotecários, pelo grande leitor que foi, pela excelente memória que tinha, por ter a maior biblioteca pessoal da Roma Antiga e pela ajuda em estabelecer a biblioteca papal em Roma, no século IV.
***

No meio da Idade Moderna surge um novo pai, Gabriel Naudé (1600-1653), agora mais preocupado com a profissão e com o profissional decorrente dela, libertando os livros da prisão, abrindo a biblioteca para o público, tornando-a mais dinâmica, sobretudo com a atuação do bibliotecário, que passou a se voltar para a orientação da leitura. 
***

Retomo a paternidade com Melvil Dewey (1851-1931), bibliotecário norte-americano, responsável pela Classificação Decimal Dewey-CDD, que tanto estudamos nos bancos acadêmicos, para aplicar na prática bibliotecária de classificar livros e alocá-los por assuntos nas estantes. O sistema é decimal, contendo 10 classes principais, 100 divisões e 1000 seções, obedecendo a uma hierarquia, foi tão difundido quanto modificado e expandido, existindo hoje mais de 20 edições. As bibliotecas da atualidade ainda utilizam a CDD. 
*** 

Paul Otlet (1868-1944), foi um pai visionário! Autor, empresário, advogado e ativista da paz belgo, criou a Classificação Decimal Universal-CDU, instrumento que foi baseado na CDD, acrescentado de sinais para auxiliar nas facetas, necessárias para especificar as particularidades do documento. O autor teve a visão de uma grande rede de documentos para possibilitar as pesquisas de várias partes do mundo, com equipe especializada para o atendimento. 
*** 

Passando pelo Brasil, encontro um pai brasileiro. Bastos Tigre (1882-1957), o primeiro bibliotecário por concurso no Brasil, exercendo a função por 40 anos e é por isso que a data de seu nascimento, 12 de março, é considerada o Dia do Bibliotecário, instituído pelo Decreto nº 84.631, de 12 de abril de 1980. Bastos Tigre também foi engenheiro, jornalista, poeta, compositor e humorista. 
*** 
Finalizo com o pai mais novo: Ramamrita Ranganathan (1892-1972), bibliotecário da Índia, que estabeleceu as cinco leis da Biblioteconomia há mais de 40 anos e continuam válidas e aplicáveis na atualidade: 

1. Os livros são para usar; 
2. A cada leitor seu livro; 
3. A cada livro seu leitor; 
4. Poupe o tempo do leitor; 
5. A biblioteca é um organismo em crescimento. 


sábado, 23 de junho de 2012

Obras raras

Sabemos que alguns critérios são considerados para se avaliar uma obra como rara. Aqui neste espaço de leitura e contexto, ambos, a leitura e o contexto, contribuem muito para essa classificação. 

A Biblioteca Nacional define esses critérios no documento CRITÉRIOS DE RARIDADE EMPREGADOSPARA A QUALIFICAÇÃO DE OBRAS RARAS. 

A produção artesanal, bem como os primeiros anos da imprensa de Gutemberg, as poucas edições, as edições censuradas, as ilustrações, a riqueza da encadernação, inclusive com o uso de materiais especiais e até pedras preciosas e as inscrições à mão, tais como dedicatórias e/ou autógrafos, são elementos sine qua non para essa condição. Esses elementos, que podem ser referentes à forma ou ao conteúdo, atribuem à obra caráter de raridade, de preciosidade.

Fica difícil estimar o valor monetário dessas obras, geralmente, elas são únicas ou com pouquíssimos exemplares disponíveis e, por essa razão, são objeto de roubo nas bibliotecas e centros de documentação.

Abaixo, reuno e transcrevo alguns sites que ressaltam essas obras, disponibilizando o catálogo e até os próprios documentos digitalizados, assim como o Manual para entrada de dados bibliográficos em formato MARC 21: ênfase em obras raras e especiais, de autoria de Maria Angélica Ferraz Messina-Ramos, com a colaboração de Marlene de Fátima Vieira e Maria Helena Santos, ambas bibliotecárias da UFMG.

 


http://www.bn.br/site/pages/catalogos/obrasraras/obrasraras.htm
O acervo da Divisão de Obras Raras - criada em 24 de janeiro de 1946, com a denominação de Seção de Livros Raros - é constituído de material bibliográfico diversificado, com aproximadamente 42.000 títulos em 50.000 volumes. Seu acervo destina-se a um público extremamente especializado e foi selecionado segundo parâmetros que o consideram raro ou precioso. Isto significa que não basta ser uma obra antiga: é preciso obedecer a outros critérios de raridade, tais como ser um exemplar único, inédito, fazer parte de alguma edição especial ou, até mesmo, apresentar uma encadernação de luxo ou autógrafos de personalidades históricas, políticas ou literárias.

O acervo de obras raras é constituído de material bibliográfico diversificado - livros, folhetos, folhas volantes, periódicos - e selecionado segundo parâmetros que o consideram raro ou precioso. Segundo esses parâmetros, não basta ser antigo, é preciso ser único, inédito, fazer parte de alguma edição especial, apresentar uma encadernação de luxo ou, até mesmo, ter o autógrafo de personalidades célebres como D. Pedro II, Coelho Neto, Carlos Drummond de Andrade, Jorge Amado.

Você ficará encantado com este precioso acervo, que abrange obras do século XV - incunábulos - ao século XX - edições especiais.

A coleção foi iniciada com o acervo da Real Biblioteca, de D. João VI, trazida para Brasil em 1808. Posteriormente, o conjunto foi enriquecido por aquisições e/ou por doações de importantes e históricas coleções.

O acervo de Obras Raras guarda grandes tesouros culturais como a edição especial do poema A Visita, autografada por Carlos Drummond de Andrade. A obra é ilustrada com fotografias de Maureen Bisiiliat e faz parte de uma homenagem paulista ao grande poeta. Igualmente preciosa é a primeira edição da Arte da gramática da língua portuguesa mais usada na costa do Brasil, escrita pelo Padre Anchieta.

Encontram-se também neste acervo a famosa Bíblia de Mogúncia impressa em 1642; a primeira edição de Os Lusíadas(1572); o Rerum per octennium...Brasília, de Baerle (1647), com 55 pranchas a cores desenhadas por Frans Post; e o menor livro do mundo que, com apenas um centímetro de comprimento, ensina o "Pai Nosso" em sete línguas. 

http://www2.senado.gov.br/bdsf/item/id/82005A
BDSF armazena, preserva, divulga e dá acesso, em formato digital, a mais de 222 mil documentos* de interesse do Poder Legislativo, propiciando segurança e preservação da informação, maior visibilidade na Internet, maior rastreabilidade em mecanismos de busca e rápida disseminação do conhecimento. O acervo digital é variado, dividindo-se entre livros, obras raras, artigos de revista, notícias de jornal, produção intelectual de senadores e servidores do Senado Federal, legislação em texto e áudio, entre outros documentos. As obras publicadas na BDSF são de domínio público ou possuem direitos autorais cedidos pelos proprietários, possibilitando acesso e download gratuitos das obras. 

http://www.labdigital.icict.fiocruz.br/
Vivemos hoje uma época de mudanças e avanços tecnológicos que nos permitem a migração do livro impresso para mídias digitais, possibilitando ao mesmo tempo sua preservação e a facilidade de acesso às informações. Com este pensamento o Laboratório de Digitalização de Obras Raras surge para implementar este conceito de preservação e acesso ao valioso acervo de publicações existentes na Seção de Obras Raras da Biblioteca de Ciências Biomédicas da Fundação Oswaldo Cruz. Com a disponibilização online possibilitamos ao usuário, facilidade de consulta em diversos dispositivos móveis, flexibilidade de horários, acesso mais interativo através de recursos de navegação se compararmos ao acesso tradicional à Biblioteca.

http://www.realgabinete.com.br/portalweb/Biblioteca/ObrasRaras/tabid/74/language/pt-PT/Default.aspx 
Entre as obras mais raras da biblioteca podemos citar a edição "prínceps" de " Os Lusíadas", de 1572, que pertenceu à "Companhia de Jesus"; as "Ordenações de Dom Manuel" por Jacob Cromberger, editadas em 1521; os "Capitolos de Cortes e Leys que sobre alguns delles fizeram", editados em 1539; "A verdadeira informaçam das terras do Preste Joam, segundo vio e escreveo ho padre Francisco Alvarez", de 1540.
Possui ainda manuscritos autógrafos do "Amor de Perdição", de Camilo Castelo Branco e o "Dicionário da Língua Tupy, de Gonçalves Dias, além de centenas de cartas de escritores.


http://www.obrasraras.usp.br/
A Biblioteca Digital de Obras Raras e Especiais da USP torna disponível para pesquisadores e público em geral o conteúdo integral de títulos existentes nas diversas Bibliotecas da Universidade. Inicialmente, foram selecionados 38 livros em várias áreas do conhecimento, obedecendo aos critérios de antiguidade, valor histórico e inexistência de novas impressões ou edições do título. Este núcleo foi digitalizado integralmente e está disponível para consulta ou impressão para uso não comercial. Os demais volumes, num total de 1224 títulos (1983 exemplares), 236 tiveram apenas as capas digitalizadas. Em 2004, 4 novos livros digitalizados foram adicionados ao acervo inicial. 

http://www.ct.ufrj.br/bor/A
Biblioteca de Obras Raras do Centro de Tecnologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro disponibiliza a seus usuários um valioso acervo, no qual é composto por livros, periódicos, folhetos, manuscritos, infólios, entre outros. Os acervos abrangem obras dos séculos XVII ao XX, nacionais e internacionais, com predominância da língua francesa. O acesso aos catálogos é feito através da Base Minerva que integra as coleções de todas as bibliotecas da UFRJ.

http://obrascatolicas.com/
A criação do site Obras Raras do Catolicismo surgiu com uma iniciativa da Campanha de Digitalização de obras raras do Catolicismo iniciada em agosto de 2009 e concluída no mês de maio de 2011, tendo por objetivos imediatos a preservação e a divulgação de livros importantes que, por razões diversas, deixaram, desde há alguns anos, de ser editados no Brasil e mesmo no exterior. O acervo a ser digitalizado é, em grande medida, composto por manuais para consultas, enciclopédias, entre outros, que versam sobre os mais diversos temas relacionados à Filosofia, Teologia, Apologética e Catequese Católicas, além da História da Igreja (as obras estão, em sua maioria, escritas nos idiomas português, francês e espanhol). Como se verá, optamos por manter o foco neste gênero de obras não incluindo, portanto, clássicos de outros gêneros da literatura católica. 

http://www.bookprep.com/
A empresa Hewlett-Packard mais conhecida como HP acaba de lançar um projeto muito interessante. Em fase beta a BookPrep é um biblioteca online para busca de livros raros. No site você pode Pesquisar, visualizar, comprar novas cópias raras difíceis de encontrar sobre todos os temas imagináveis. Além disso, você pode receber seu exemplar em casa. Faça seu pedido e receba uma cópia impressa e encadernada, entregue diretamente na sua porta. Há também milhares de livros disponíveis para leitura on-line gratuitamente.

sábado, 10 de dezembro de 2011

O Serviço de Referência da Biblioteconomia e o CRM do Marketing

Já postei sobre o Serviço de Referência da Biblioteconomia e sobre o CRM do Marketing. Oportuno é  fazer a relação do primeiro com o segundo, uma vez que ambos têm em comum o atendimento ao cliente.

Ser proativo, antever necessidades, decifrar linguagens, estudar o cliente, indagar sobre necessidades, ouvir o cliente, verificar particularidades, fazer a leitura e entender o contexto, registrar dados, enfim... buscar e oferecer soluções para as necessidades dos clientes, isso é referência, isso é CRM.


quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

As 5 leis de Ranganathan na atualidade


Nos bancos acadêmicos da Biblioteconomia aprendemos a correspondência entre as 5 leis de Ranganathan com os objetivos de um serviço de referência e informação. No meu caso, já fazem 30 anos, mas, além da prática diária dessas leis no desenvolvimento da profissão, tive a oportunidade de revê-los na teoria, em curso de especialização, em 2008.

Tanto em função desse tempo de formada, como em função da própria criação pelo autor da publicação "The Five Laws of Library Science", que data de 1931, percebi que os escritos continuam tão pertinentes quanto antes.

Trazendos-os para o contexto atual, em que o que importa é a informação, independente do seu suporte, refiz a leitura dos escritos de Ranganathan e atrevi-me a reescrevê-los:

1 Os livros são para serem usados - enfatizando que o livro é um caminho para se chegar a um determinado fim.
1analu. As informações surgem e urgem para serem consumidas - enfatizando que devem ser estruturadas, processadas e aplicadas, para que atinjam um determinado fim.

2 Todo leitor tem seu livro - indicando que devemos conhecer nossos leitores para que o acervo seja para eles selecionado e preparado.
2analu. Todo usuário tem sua informação - indicando que devemos ser proativos e ficar atentos às necessidades informacionais de nossos usuários.

3 Todo livro tem seu leitor - apontando para a necessidade de divulgação do acervo junto aos usuários, assim o livro certo chegará ao leitor certo.
3analu. Toda informaçao tem seu usuário - apontando para a necessidade de termos uma sistemática de divulgação, conduzindo a informação certa para o usuário certo.

4 Poupe o tempo do leitor - ressaltando que devemos organizar o acervo de tal maneira que fique de fácil acesso a busca do livro, por meio da catalogação e classificação adotadas.
4analu. Poupe o tempo do usuário - ressaltando que devemos organizar, estruturar e processar a informação, para que chegue em tempo hábil ao seu usuário, poupando seu tempo.

5 Uma biblioteca é um organismo em crescimento - focando que devemos atuar no controle do crescimento do acervo, a partir de estatísticas, para verificação da necessidade de atualização em combinação com o espaço físico.
5analu. Uma rede de informações é um organismo dinâmico, em constante transformação - focando que devemos atuar com visão holística de crescimento, conciliando o físico e o virtual, de olho no ciberespaço, na obsolescência de suportes e na transcodificação, com vistas à eficiência e eficácia.




terça-feira, 4 de maio de 2010

Olha a Biblioteconomia aí gente!...

O Curso está bombando e se atualizando cada vez mais. São novas frentes que se abrem para o exercício da profissão. O contexto mudou mas o objetivo é o mesmo − disponibilizar a informação com eficiência e eficácia . Estamos na Era da Informação e do Conhecimento. Já pensou na equipe de profissionais que está por traz do Google, todos fazendo a leitura e indexando para você achar o que precisa?

Conheça mais sobre Biblioteconomia assistindo ao programa veiculado no último sábado. E viva a minha profissão!

parte 1

parte 2

parte 3