O título dessa postagem foi extraído do filme Amstad, especificamente do pensamento que compartilham os personagens Cinque, o escravo guerreiro, e John Quincy Adams, ex-presidente dos Estados Unidos, interpretados por Djimon Hounsou e Anthony Hopkins, respectivamente.
O filme Amstad é baseado em fatos reais, meu gênero predileto, e trata do julgamento de escravos africanos em país estrangeiro, abrangendo política internacional, impasses jurídico, econômico e diplomático, visando os interesses dos países envolvidos e não os interesses do ser humano. Um julgamento que, levado à última instância, culmina com a fundamentação no direito natural e nos princípios consagrados da Declaração da Independência dos Estados Unidos da América, devolvendo ao grupo a liberdade.
Vale a pena assistir! Confira o trailler!
O filme Amstad é baseado em fatos reais, meu gênero predileto, e trata do julgamento de escravos africanos em país estrangeiro, abrangendo política internacional, impasses jurídico, econômico e diplomático, visando os interesses dos países envolvidos e não os interesses do ser humano. Um julgamento que, levado à última instância, culmina com a fundamentação no direito natural e nos princípios consagrados da Declaração da Independência dos Estados Unidos da América, devolvendo ao grupo a liberdade.
Vale a pena assistir! Confira o trailler!
Sempre que assisto filmes dessa natureza imagino o resgate histórico, os registros arquivísticos necessários para a composição da história, das cenas, dos personagens, das falas e das vestimentas. E, uma vez estando com esse pensamento, tendo a atuar como bibliotecária a catalogar e classificar livros ou, como arquivista, a ler, interpretar e descrever documentos.
Mas, voltando ao título da postagem, conforme sugere o filme, "somos o que fomos", porque trazemos as raízes e as memórias dos nossos ancestrais, para, em situação de sofrimento, angústia e aflição, invocá-las do tempo e da história, trazendo forças a nosso favor. Também significa que somos hoje o somatório ou a subtração do que fomos ou deixamos de ser no passado.
Mas, voltando ao título da postagem, conforme sugere o filme, "somos o que fomos", porque trazemos as raízes e as memórias dos nossos ancestrais, para, em situação de sofrimento, angústia e aflição, invocá-las do tempo e da história, trazendo forças a nosso favor. Também significa que somos hoje o somatório ou a subtração do que fomos ou deixamos de ser no passado.
"O tempo passa e o momento se vai.... Não estamos sozinhos, estamos sempre com nossos ancestrais. Invocar os nossos ancestrais, desde o inicio dos tempos e implorar que venham nos ajudar. Incorporar a força deles e eles virão, porque neste momento, sou a única razão por eles terem existido, afinal, nós somos o que fomos!"
Cinque
Completando Cinque, a nossa leitura de indivíduo pessoa contém os nossos ancestrais, porque não nascemos do nada, há um contexto, algo que já existia antes, que somado a nossa própria história de vida, se multiplica a cada ano e gera a bagagem que carregamos.
Tudo isso, até mesmo o que deixamos de sê-lo ou de fazê-lo, também somos!
Em momento anterior do filme, outra frase também chama a atenção de quem aprecia os registros históricos: "conte a sua história!"
A história de cada um é como se fosse um grande livro que traz um longo prefácio (a presença dos ancestrais), se iniciando literalmente com o nosso nascimento e sendo concluso com a nossa despedida. No futuro essa mesma história fará parte da vida de outras pessoas, é o nosso posfácio, que resulta no prefácio dos nossos descendentes, ou seja, os ancestrais dos que vierem depois.
Se olharmos considerando a vida como um grande arquivo, temos o arquivo permanente já existente antes de nascermos, que pertence aos nossos ancestrais, de onde herdamos os genes biológico, social, cultural, intelectual e emocional, a idade corrente, representando a nossa plena atividade, a nossa vida em si, a idade intermediária, quando descansamos dessa vida e a nossa idade permanente, quando deixamos o legado para os nossos descendentes.
Se atentarmos para tudo isso, até mesmo o que deixamos de sê-lo ou de fazê-lo, também somos!
Concluo que somos e seremos eternos bibliotecários e arquivistas das nossas próprias histórias!