sexta-feira, 29 de outubro de 2021

Livro, sempre livro



Livro é: Liberdade de vida; Informação com liberdade; Vida de riqueza; Riqueza de oportunidade; Oportunidade de informação...






quinta-feira, 28 de outubro de 2021

Biblioteca Nacional, patrimônio do Brasil

Hoje, Dia Nacional do Livro, é a data oficial da inauguração da Biblioteca Nacional, aliás, a comemoração é por conta desse evento, ocorrido em 1810. São mais de 200 anos de memória, história, e patrimônio.

Os bens culturais estão incluídos na Declaração dos Direitos Humanos, como tal, por isso, salvaguardá-los é dever de cada nação, conforme artigo 27: 

1. Todo ser humano tem o direito de participar livremente da vida cultural da comunidade, de fruir as artes e de participar do progresso científico e de seus benefícios.

2. Todo ser humano tem direito à proteção dos interesses morais e materiais decorrentes de qualquer produção científica literária ou artística da qual seja autor.

Aprecie a fachada, entre e se depare com toda essa maravilha de encher os olhos, a mente e o coração!





ONU. Assembleia Geral das Nações Unidas. 1948. Declaração dos direitos humanos. Disponível em: https://www.unicef.org/brazil/declaracao-universal-dos-direitos-humanos. Acesso em: 28 Out. 2021.

sábado, 23 de outubro de 2021

Outro dia de L.E.M.A

Outro dia de L.E.M.A, desta vez na Praia de Iracema ao ar livre, conectando experiências sensoriais do local de lazer com o local do trabalho, fazendo os líderes do Grupo Mrh pensar, refletir e buscar equilíbrio e melhoria contínua.

Foto autorizada por todos do grupo

A ordem é L.E.M.A!

Liderança!
Engajamento!
Motivação!
Autonomia!

Essas são as minhas forças de caráter: criatividade, integridade, amor ao aprendizado, perseverança e perspectiva.



terça-feira, 12 de outubro de 2021

Leitura: um grande passo para a compreensão do mundo

Sabemos que toda tarefa que é obrigada a ser feita, sem que se apresente um atrativo, uma motivação, um ganho, é algo enfadonho, cansativo e não cativante de ser realizado. Trazendo esse senso comum para o contexto de leitura, podemos dizer que toda leitura espontânea é mais atrativa, tem mais ganho de realidade, de crítica e reflexão e ainda mais  pode ser divertida, claro, dependendo do gênero literário do texto.

Na fala de Bamberger (2000) a formação de jovens leitores se dá quando a leitura apresentada é adequada, para que não se limite a desenvolver apenas o hábito de ler, mas também desenvolva o interesse pelo seu conteúdo, a fim de ampliar saberes e entender o mundo. E quando essa leitura é de interesse do jovem, quando a escolha é espontânea, os resultados são ainda melhores.

Tomando Luckesi et al (1991, p. 136) para completar Bamberger (2000), temos que "o texto é tão-somente um instrumento intermediário. Ele mediatiza leitor e mundo. Ele serve de intermediário elucidativo entre leitor e realidade." E vai mais além, afirmando que "caso isso não ocorra, a leitura será somente uma forma mecânica ou semimecânica de identificar símbolos sem que eles façam sentido como instrumento de compreensão da realidade." Portanto, cabe ao leitor fazer escolhas que lhes interessem para que essa interação ocorra.
 
O processo de compreensão da realidade por intermédio da leitura toca crianças, jovens e adultos. A criança de hoje que não lê pode ser um jovem alienado da realidade em que vive e, por consequência um profissional com dificuldade de se estabelecer no mercado. 

A dificuldade em aprender e em crescer profissionalmente é potencializada pela falta de leitura, que leva a uma dificuldade maior na escrita, na preparação de apresentações consistentes e o desenvolvimento de competências (AQUINO, 2007, p. 92).



AQUINO, Carlos Tasso Eira de. Como aprender: andragogia e as habilidades de aprendizagem. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007. 

BAMBERGER, Richard. Como incentivar o hábito de leitura. São Paulo: Ática, 2000. 

LUCKESI, Cipriano, et al. Fazer universidade: uma proposta metodológica. 6. ed. São Paulo: Cortez, 1991. 

Dia da Criança com Toy Story

Direto do Facebook Nerd Fantasy, essa maravilha de registro, para marcar o retorno às aulas depois de meses de confinamento. Como diz no registro, realmente é a melhor foto de volta às aulas. Mães que já assistiram aos filmes, que participaram dessa saga, que tiveram que comprar os bonecos, que passaram o isolamento social com seus filhos em casa, enfrentando o novo formato de estudo e tendo que se virar com brincadeiras em casa, entendem perfeitamente e são afagadas carinhosamente por esses pequenos personagens.

Para esse registro imagético, não era necessária a legenda, a imagem é por demais significativa.



sexta-feira, 1 de outubro de 2021

O Lema é L. E. M. A

Primeiro encontro do Programa de Desenvolvimento de Líderes da Mrh com o lema L.E.M.A:

  • Liderança;
  • Engajamento;
  • Motivação;
  • Autonomia.
Todos unidos em um único propósito, definir as forças de assinatura, para que sejam melhor utilizadas em prol da empresa e de todos. O efeito em cascata que se inicia com a direção, passando pelos líderes, chegando a todos os colaboradores, proporciona o desenvolvimento holístico.


O conceito "Forças de caráter" (forças de assinatura) é da Psicologia Positiva e foi estudado e desvendado por Ryan Niemiec, tornando-o algo possível de ser colocado em prática. Utilizamos o questionário do Instituo VIA, que define e avalia 24 forças responsáveis que direcionam o comportamento das pessoas e fluem com maior ou menor evidência, conforme o contexto e as circunstâncias. Além do questionário, toda a didática e expertise da MRH, responsável pela idealização do programa L.E.M.A., e da parceira DAAD, agigantaram o evento.

As minhas forças de assinatura já conheço e refletem de fato a minha essência e o meu propósito: criatividade, integridade, amor ao aprendizado, persistência e perspectiva. Assim como eu, todos do grupo também já conhecem as suas e estamos preparados para a próxima etapa.

Todos de azul, tudo azul!
Foto autorizada por todos do grupo

quinta-feira, 30 de setembro de 2021

Já fui secretária

Já fui secretária quando trabalhava no Banco Estado do Ceará, nos idos anos 80, oportunidade em que aprendi coisas novas, que até então não tinha enfrentado. Etiqueta, comunicação oral e escrita, normas internas e arquivo, sim, foi o meu primeiro contato efetivo com os arquivos, coisa que perdura até hoje.

Fui secretaria de uma grande gestora (IMMO), que muito me ensinou, e quem admiro até hoje. Com certeza, no lugar em que ela se encontra agora, busca dar o seu melhor, planejando, reestruturando e organizando, na dimensão superior.

E ser secretária é algo grandioso, porque você domina todo o espaço, o tempo e as coisas, organizando administrando, colocando tudo nos devidos lugares e à disposição da administração, em tempo hábil, para que as rotinas fluam sem solução de continuidade.

Com esse post resgatei um período da minha vida profissional, que foi um trampolim para novas conquistas, ao tempo em que homenageio todas as secretárias.

domingo, 26 de setembro de 2021

A Pontuação dos arquivos

Já sabemos que arquivos são pontuais em solucionar questõesArquivos são provas documentais que podem se referir a uma contratação, um fechamento de negócio, um pagamento efetuado, um acontecimento, um crédito liberado, um compromisso assumido ou quaisquer fatos que ocorram em função do desenvolvimento de atividades e funções de uma pessoa, empresa, instituição ou governo. Com isso, concluímos que arquivos pontuam de forma positiva, pois elucidam e comprovam fatos, além de corroborar com a história.

Além desses dois aspectos de pontuação, neste post quero utilizar os sinais de pontuação da nossa gramática, para fazer um paralelo com os arquivos. É uma forma lúdica de considerá-los, envolvendo a teoria arquivística.


Tomando, portanto, cada um deles, vamos tecer alguns comentários a respeito, de acordo com a ordem da ilustração acima:
  • exclamaçãoporque os sentimentos de surpresa, admiração, ordem, espanto, susto do dia a dia, dependem do contexto, tal como ocorre com os documentos de arquivos. Organicidade: "Relação natural entre documentos de um arquivo em decorrência das atividades da entidade produtora" (AN, 2005, p. 127);
  • interrogação, porque sempre estamos pesquisando, buscando algo, perguntando, tirando dúvidas em relação à informação arquivística desejada. Indexação: "Processo pelo qual documentos ou informações são representados por termos, palavras- chave ou descritores, propiciando a recuperação da informação" (AN, 2005, p. 107);
  • ponto final: porque da mesma forma que se encerra uma frase em um texto, se encerra um fundo arquivístico. Fundo fechado: "Fundo que não recebe acréscimos de documentos em função de a entidade produtora não se encontrar mais em atividade" (AN, 2005, p. 98);
  • reticências, porque os arquivos se perpetuam junto às gerações vindouras. Arquivo permanente: "Conjunto de documentos preservados em caráter definitivo em função de seu valor" (AN, p. 34);
  • dois pontos, porque temos sempre algo a especificar em um fundo arquivístico. Descrição: "Conjunto de procedimentos que leva em conta os elementos formais e de conteúdo dos documentos para elaboração de instrumentos de pesquisa" (AN, 2005, p. 67);
  • ponto e vírgula e vírgula, porque sempre tem algum documento de arquivo que pode complementar o outro. Apenso: "Documento ou processo juntado a processo sem, contudo, passar a integrá-lo" (AN, 2005, p. 24);
  • aspas e travessão, porque é dos arquivos que afloram os recortes, os fatos, as falas, que precisam de aspas para garantir a autoria e travessão para "ouví-las", garantindo, assim, a procedência da fonte. Proveniência"Termo que serve para indicar a entidade coletiva, pessoa ou família produtora de arquivo" (AN, 2005, p. 140);
  • parênteses, porque sempre precisamos explicar algo de forma mais detalhada, tal como ocorre nos arquivos, que contribuem fazendo aditamento a um documento para esclarecimentos. Aditamento: "Informação acrescentada a um documento para alterá-lo, explicando ou corrigindo seu conteúdo" (AN, 2005, p. 21).

ARQUIVO NACIONAL (Brasil). Dicionário brasileiro de terminologia arquivística. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2005. Publicações Técnicas, 51. Disponível em: http://www.arquivonacional.gov.br/images/pdf/Dicion_Term_Arquiv.pdf. Acesso em: 26 set. 2021.

quarta-feira, 22 de setembro de 2021

Simples, mas significativas

Com o niver de 2021, entrei na versão 6.2, uma nova caminhada, regada a lembranças carinhosas da data, simples, mas significativas.



sábado, 18 de setembro de 2021

Um bom livro

Completando...

E aflora em momentos oportunos, se perpetuando nas nossas ações.

sábado, 11 de setembro de 2021

Escolhendo leitura

Na minha pequena estante, já se vão mais de 200 livros, e na hora da escolha, aquela indecisão, este ou aquele?

É que compramos livros e muitas vezes eles não são lidos de pronto. Enfeitam e recheiam as prateleiras, permanecendo à disposição para leitura. Muitos deles passam mais tempo do que deviam, mas sempre chega a hora certa de serem lidos, é que há toda uma preparação e contextualização para se iniciar uma leitura, mesmo que seja por impulso. 

Ocorre também de alguns depois de lidos serem destinados a uma biblioteca ou a algum projeto de livro livre como doação.

O importante é ter sempre algo para ler seja presente na estante física, seja um e-book ou algo na rede.

quinta-feira, 9 de setembro de 2021

Minhas aquisições da Editora Karuá

Em tarde de visita à Editora Karuá das amigas Rejane e Isabelle, para acertar detalhes da publicação de minha mãe, aproveitei para adquirir três excelentes publicações da casa, todas já com destino certo, serão presenteadas.




Na conversa pude ver o projeto do livro de minha mãe, Poesia do meu jeito, tomando forma, se concretizando.  Foram anos para chegar até aqui, reunindo, selecionando, organizando tudo a partir de rascunhos, pedacinhos de papel, anotações, avulsas, enfim, alfarrábios poéticos de toda sorte,  que ganham forma para serem registrados para sempre, com a qualidade da Editora Karuá. 


domingo, 5 de setembro de 2021

Nova jornada de educação continuada

É sempre bom voltarmos aos bancos acadêmicos, educação continuada é fator indispensável para se manter no mercado, principalmente nesse cenário de novo normal. 

Agora, a quarta especialização, MBA em Gestão da informação, do conhecimento e novas tecnologias, é a bola da vez. Inicio junto à Faculdade Novoeste, um desafio, tanto pela temática, como pelo formato online, mas a motivação pelo que é novo e diferente é fator para ir em frente, sem medo de ser feliz.



Irmãos são arquivos permanentes

O conceito de arquivo permanente segundo o Dicionário de terminologia arquivística do Arquivo Nacional é:

Conjunto de documentos preservados em caráter definitivo em função de seu valor. Também chamado arquivo histórico.

O que são os irmãos, então, diante desse conceito? Podemos chamá-los de arquivos permanentes?

Fazendo uma analogia desse conceito com os irmãos, ao considerar todo o contexto histórico de vivências em comum, tudo registrado em pensamentos, fotos, gravações, filmes e demais possibilidades de memórias em diferentes suportes, penso que de uma forma simbólica podemos considerá-los arquivos permanentes.

Irmãos são amigos fraternos que não escolhemos, simplesmente são entregues decorrentes da união dos nossos pais. Amigos podemos escolher, são passageiros, podem até durar muito, mas não são eternos, já os irmãos não, são eternos, por isso arquivos permanentes.

E aqui deixo para a eternidade o registro  dessa amizade permanente que temos uns com os outros, eu e meus irmãos.


domingo, 29 de agosto de 2021

Documento eletrônico e documento digital, afinal, qual é a diferença?

Documento eletrônico e documento digital, já fez confusão com esses dois conceitos? É normal, por vezes passam despercebidos e achamos se tratarem da mesma coisa. Consultando o Dicionário brasileiro de terminologia arquivística, podemos esclarecer a respeito.

Documento digital: Documento codificado em dígitos binários, acessível por meio de sistema computacional. 
Documento eletrônico: Gênero documental integrado por documentos em meio eletrônico ou somente acessíveis por equipamentos eletrônicos, como cartões perfurados, disquetes e documentos digitais.
Portanto, podemos concluir que todo documento digital é eletrônico, mas nem todo documento eletrônico é digital.

 

BRASIL. ARQUIVO NACIONAL. Dicionário brasileiro de terminologia arquivística. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2005. Disponível em: <http://www.arquivonacional.gov.br/images/pdf/Dicion_Term_Arquiv.pdf>. Acesso em: 29 ago. 2021.

sábado, 28 de agosto de 2021

14a. Turma capacitada

É isso! Chegamos neste ano à décima quarta turma do Curso de Noções de Arquivo da Mrh, cumprindo a matriz de competências do sistema da qualidade.

Desta vez, além dos recém admitidos, incluímos colaboradores veteranos, que optaram em reciclar conhecimentos.

Muitas dúvidas e curiosidades foram esclarecidas, e isso é muito bom, denota motivação, envolvimento e engajmento, fatores essenciais para obtermos uma equipe eficiente.

Fico satisfeita em poder contribuir, sabendo que novos talentos surgirão e os já existentes se aperfeicoarão.

Foto de Ana Luiza, autorizada pelos participantes.

sexta-feira, 20 de agosto de 2021

Retorno presencial, já era tempo

Demorou, mas o dia está chegando. Na segunda-feira, 23/08, voltando a atender na Biblioteca da Faculdade CDL. Que seja um retorno abençoado!






sábado, 7 de agosto de 2021

Uma casa bem arquitetada

Uma casa, nossa casa. Eis o croqui original, ainda em papel manteiga, pintado a aquarela, representando a nossa futura casa, que logo em seguida foi projetada e construída pelo nosso pai, Arquiteto José Armando Farias. Um documento permanente, tendo em vista o seu valor histórico e sentimental, que, apesar dos tons envelhecidos devido aos mais de cinquenta anos passados, está sendo preservado pelo meu irmão do meio, engenheiro, que divulgo agora, em função do Dia dos Pais.


Mas, voltando a falar da casa, nela, vivemos muitas alegrias. Passamos a ocupá-la em julho de 1968, ainda em construção, eu, mais 4 irmãos, nosso pai e nossa mãe. O mais novo nascera em abril do mesmo ano, ainda na casa alugada, e o mais velho há pouco havia completado 13 anos.

Uma casa diferente, cheia de novidades para a época, a começar pelas colunas, que passavam a ideia de grandes blocos de concreto e na verdade eram armários internos embutidos, que causavam admiração a todos que visitavam e tinham a ideia de uma fortaleza. 

Acima do terraço, sustentada por esses blocos, uma laje aparente permitia a subida pela janela do quarto dos meninos. O mais velho, já rapazinho, explorava ao máximo esse recurso e até subia no telhado para admirar as alturas, coisa de piloto, que virou comandante de voos internacionais.

Dessa laje escoavam as águas das chuvas que enchiam a bica exagerada situada na frente da casa, que se tornava comunitária pela ausência de muro na frente. Em dias de chuvas tomávamos banho de bica, mas antes de enfrentar a água fria da chuva, um leve gole de licor de menta, liberado pelo nosso pai. Juntava-se a nós nesse brincadeira interminável toda a criançada da rua e às vezes, alguém que por ali passava, tudo na Santa Paz.

A frente da casa era toda em piso artesanal feito a mão com a colher de pedreiro pelo Sr. Edilson, mestre de obra e verdadeiro artesão da construção, que também sentou de forma primorosa e perfeita os cobogós que separavam o terraço. A ideia, é claro que foi do pai arquiteto.




A área externa lateral toda ladeada de vigas, pronta para receber um segundo andar, era o grande playground, com mosaico recortado criando canteiros irregulares, cobertos de jibóia, cheio de flores e pés de romãs, tudo muito cuidado pela nossa mãe, jardineira de jardim, de filhos que floresceram para o bem, e de poesias germinadas e regadas até hoje.


Era na área coberta desse espaço, no terraço, abaixo da laje já falada, que minha irmã, bailarina na época, lia e relia clássicos da literatura, assim como romances água com açúcar, podendo o mundo se acabar que nada a fazia despregar o olho da leitura. Mais tarde, quem foi lidar mais de perto com leitura, bibliotecas, escrita e tudo mais que advém dos livros foi essa bibliotecária que faz este registro agora.

E também era nessa área coberta e descoberta, que o novinho, eu e meu "irmão gêmeo" (só na vontade), brincávamos de velocípede e bicicleta. 




Mais adiante, no terraço coberto, uma mesa oficial de ping pong fora presente de Natal, se instalando para promover campeonatos com os amigos da vizinhança.

Saindo desse espaço, eis que surge o quintal, guardado pelo cão Duque, que toda noite ganhava um refresco de água gelada com açúcar do nosso pai. O quintal era cheio de fruteiras - graviola, siriguela, cajarana, goiaba, banana curuda, que atraiam muitas espécies de aves, pardais aos montes, bem-te-vis alegres, beija-fores faceiros, sanhaços verdes e azuis e até um paturi, que chegou do nada e desapareceu entre a floresta de bananeiras. Ainda no quintal, um local escondido para guardar os utensílios de jardim, tão discreto que era chamado de "esconderijo" e um pouco mais abaixo, em um declive acentuado, uma pequena nascente de água, em que se via pequenas espécies do tipo cara e pitu.



Todo esse espaço, mais adiante, se tornara a Escolinha O Cogumelo, comandada pela nossa mãe, que tanto contribuiu com a educação de crianças de 2 a 5 anos. Hoje, em um dos espaços, onde já fora a garagem e a escolinha, encontra-se instalado o Memorial Arquiteto José Armando Farias, sob a responsabilidade do nosso irmão caçula, aquele que era novinho quando nos mudamos, historiador e contador de histórias de família.

Dentro de casa, ligando os dois andares, do corredor superior à área de serviço, um cano PVC embutido na parede, servia de comunicação entre a minha mãe e a encarregada dos serviços domésticos, mas na verdade também servia de muita brincadeira, dávamos susto nos amigos que visitavam a casa. 

A escada que leva ao segundo andar, mais parece uma escada medieval, de uma torre de contos de fadas ou de um farol encantado, com direito a correntes e fresta para entrar os raios do sol poente. É claro que os espaços formados pelos recortes da escada eram sugestivamente aproveitados.

Nos quartos de dormir, as camas com base em concreto e uma laje em balanço acentuado, era o charme para receber os colchões de espuma.

Os corredores do andar superior e do térreo, ligavam a frente da casa aos fundos, tinham o piso em taco devidamente encerado com cera e enceradeira. No janelão do corredor de cima, certa vez, entrou um pássaro noturno, que ficou batendo asas até achar a saída e ser libertado. Já no andar de baixo, corria-se, patinava-se e andava-se de bicicleta, mas não depois de encerado.

A grande sala de visitas, mais adiante, depois da ida aos céus do nosso pai, tornou-se local de barras, espelhos, radiolas e caixas de sons, onde a minha irmã bailarina, que se tornara uma educadora psicopedagoga, ensinava os primeiros passos da dança, impregnando todo o ambiente com a boa música clássica e trazendo valores para completar a renda da família.

Tudo isso e muito mais faz parte de um passado maravilhoso, vivido nessa casa bem arquitetada, concebida para nos fazer felizes, que resiste até os dias de hoje, tendo já recebido os netos e agora mais recente, os bisnetos de nossa mãe. Ela, que aos 91 anos, carrega um arsenal de memórias e feitos, tanto na nossa educação como na sua história de vida pessoal e profissional, e nosso irmão caçula, o historiador, quem admiro e acompanho, são  os guardiões dessa casa bem arquitetada. 

Uma casa, uma história, muitas vidas e lembranças boas.

As fotos foram reproduzidas pelo primogênito, a partir de slides originais feitos pelo nosso pai.

quarta-feira, 4 de agosto de 2021

Um arquivo para chamar de seu

Um arquivo para chamar de meu é essa belezura que encontrei na Tok&Stok, não hesitei e comprei!

Não querendo ser saudosista, mas já sendo, é nele que vou arquivar minhas memórias: fotos, cartões, mensagens, bilhetes, pequenos objetos, souvenirs de viagens e tantas outras recordações e lembranças no formato físico e tridimensional. Cada item instituído de valor histórico e sentimental, um verdadeiro arquivo permanente, que passo a guardar agora com mais organização e carinho.

Gaveta de arquivo em miniatura

Texto publicado originalmente no Linkedin.

quarta-feira, 21 de julho de 2021

Livrarias, bibliotecas e sebos: lugares de livros

Livrarias, bibliotecas e sebos são lugares onde reinam os livros impressos, em idas e vindas eles possibilitam quilômetros de leitura. 

Primeiramente, vou falar daqueles novinhos em folha, que estão nas prateleiras das livrarias, organizados por editora. Aqueles que têm 0 km de leitura, a não ser pelo teste drive que cada candidato a ser seu leitor faz. Pois bem, folheá-los nos dá um prazer especial, cheirinho de novo, de papel impresso com tinta, misturado com a fragrância do ambiente refrigerado e aromatizado, característicos desses locais. Comprá-los por indicação de um amigo, pela crítica, pelo título, pelo autor ou ainda somente pelo impulso provocado pela capa, não importa, o que vale é o que vem depois disso tudo, a leitura. Essa leitura às vezes ocorre de pronto, num piscar de olhos, outras vezes somente depois de rechear e enfeitar por muito tempo uma prateleira caseira.

Agora vou falar daqueles livros que têm destino certo, ou seja, fazer parte do acervo de uma biblioteca. Geralmente são adquiridos conforme os objetivos da biblioteca ou da instituição a que pertencem. Podem ser para atender a disciplinas ou pesquisas específicas, demandas de usuários do dia a dia ou para ampliação do acervo. Chegam novinhos, mas com o tempo já denotam a idade ou o tanto de quilômetros rodados, e é assim que deve ser, quanto mais leituras, mais objetivos alcançados. Outros já chegam de segunda mão por doação, mas também são bem-vindos, pois ampliam e diversificam o acervo. Nas bibliotecas são tombados, catalogados e classificados, estão organizados por um sistema de classificação universal, que permite serem localizados facilmente para serem lidos.

Agora resta falar dos sebos, não que são menos importantes, pelo contrário, eles são todas as possibilidades de leituras juntas, até então não possíveis. É no sebo que, mesmo sem uma organização de praxe, encontramos aquela obra que já não mais existe para comprar, é lá que fazemos descobertas raras, é lá que surfamos nos grifos, comentários e autógrafos alheios, fazendo descobertas incríveis, por intermédio da leitura e do contexto. O que leva alguém a iniciar um negócio dessa envergadura com milhares de livros? Quantas pessoas manusearam esses livros? Por que vieram parar no sebo?

Mesmo sendo três ambientes tão diferentes, ora comercial, ora acadêmico, ora organizados e sistematizados, ora não, são lugares de livros, e neles há algo que os une além do livro em si, a conspiração para a leitura, as possibilidades de leitura, os interesses comuns e a vontade de ler.

Independentemente do que existe na internet, dos acessos que podemos fazer virtualmente, nada se compara a permanência física nesses ambientes carregados de conhecimento, de vida, de movimento, de vivências e experiências.

Esta postagem foi inspirada no texto de Alexandre Pitanga, no LinkedIn.