domingo, 21 de julho de 2019

Livros: a escolha certa

Estendendo o passeio já comentado no post anterior, ainda no Museu Felícia Leirner, na Livraria Jaguaribe, localizada no salão de convivência, em meio a tantos títulos, escolhi os que me saltaram aos olhos, tudo a ver com leitura, escrita, livros e leitores:
  • "O Mundo da escrita", de Martin Puchner; 
  • "O Leitor como metáfora", de Alberto Manguel.






Em outro tour, na saída do Café do Palácio Boa Vista, para completar o trio, comprei "Técnica do livro segundo São Jerônimo", de Dom Paulo Evaristo Arns.

 


sábado, 20 de julho de 2019

Esculturas a céu aberto

Em viagem de férias a Campos do Jordão, fazendo um roteiro turístico carregado de emoções, não deixei de visitar o Museu Felícia Leirner, com esculturas a céu aberto.





Para completar o passeio, uma subida até o mirante, para contemplar o por do sol e, de quebra, ver ao fundo a Pedra do Baú.




Na mesma oportunidade, conheci o Auditório Claudio Santoro, que é palco do tradicional festival internacional de inverno de música erudita da Cidade, já na sua 50a. edição.




domingo, 14 de julho de 2019

Bibliotecários, a solução!

Está perdido em informações?
Tem informação demais e não sabe como organizar tudo?
Precisa de informação para tomada de decisão e não sabe por onde começar?
Não consegue localizar aquele trecho que já viu?
Precisa trabalhar com informações confiáveis e não sabe onde encontrá-las?
Não consegue achar algo que você deseja conhecer mais?
Está em busca da fundamentação teórica ideal e não consegue localizá-la?
Não sabe nem qual informação quer?

Para resolver esses impasses, usando o bordão do Caceta e Planeta, "seus problemas acabaram", só que de forma real, positiva e séria, contratem um bibliotecário!





O profissional é articulado, multidisciplinar, sabe trabalhar com ferramentas tecnológicas, é conhecedor de formas para buscar a informação, trabalha com estratégias booleanas, conhece de tudo um pouco e, quando não, sabe como chegar à informação.





Se não sabia disso, fique sabendo. A profissão completou 57 anos no último dia 30/06 (Lei 4.084/1962), e é só crescimento... 

Estamos de férias, mas continuamos ligados!

sábado, 6 de julho de 2019

As 5 Leis de Ranganathan x DSI

Revendo as teorias biblioteconômicas ensinadas nos bancos acadêmicos, deparei-me com dois assuntos extremamente explorados durante o curso, os quais são passíveis de verificação e checagem na prática bibliotecária, são eles: “As 5 Leis de Ranganathan” e a “Disseminação Seletiva da informação (DSI)”. 

Uma vez fazendo a releitura desses dois conteúdos, coloquei um para dialogar com o outro, e cheguei à seguinte conclusão: o DSI transcorre obedecendo as 5 Leis de Ranganathan, que o norteia, para que cumpra a sua função, possibilitando, dentro da subjetividade de cada usuário, atuar com objetividade, senão vejamos. 

Antes de iniciar, conceituei o DCI, a partir do meu contexto: Serviço de divulgação informacional, mantido periodicamente por uma instituição, que atende a uma clientela previamente cadastrada e perfilada em um sistema específico, de acordo com seus interesses de pesquisa e de educação continuada. 

No primeiro momento, quando os conteúdos da DSI são divulgados, constatamos o exercício da primeira lei: 1. OS LIVROS SÃO PARA SEREM USADOS (Divulgação)

Em seguida, como já se conhece bem o leitor, a segunda lei entra em ação: 2. TODO LEITOR TEM SEU LIVRO (perfil)

Depois, quando essa divulgação tem direção certa para alguém, as duas leis seguintes ficam em evidência: 3. PARA CADA LEITOR SEU LIVRO (Acesso) e 4. POUPE O TEMPO DO LEITOR (Atendimento)

E, por fim, na continuidade do serviço, rompendo espaço, paredes e tempo, vimos ser colocada em prática a última lei 5. A BIBLIOTECA É UM ORGANISMO EM EVOLUÇÃO (Novidades), porque a cada dia ela se renova e tem mais a oferecer. 

Não sei se alguém já refletiu dessa forma antes, mas penso que daria uma boa temática para pesquisa, não daria mesmo?



Obs,: Entenda livro como as mais diferentes formas de conteúdos informacionais.

terça-feira, 2 de julho de 2019

Saiu na mídia! Profissão em alta!

Quem não viu pode ainda ver a matéria que foi ao ar na semana passada, que traz o bibliotecário com uma das profissões promissoras, que está em alta.

O foco da matéria é o futuro do trabalho, a necessidade de aprender mais e mais para se dar bem e enfrentar o mundo de hoje cheio de transformações.

A reportagem traz a adaptação de profissionais à novas situações que tiveram de enfrentar, dentre elas, uma bibliotecária.

A profissão está em alta, mas não da forma como era no passado, deve se adaptar à nova realidade da atualidade, carregada de tecnologias e de novas tendências.


Imagem disponível em Penseavanti

O advento febril da Internet, as mídias em diferentes plataformas, os usuários com novas demandas, os novos problemas de informação a serem solucionados, tudo isso são transformações eminentes, e com elas surgem as novas oportunidades. 

Mas é necessário ter visão para enxergar, atitude para encarar e abraçar, vontade para aprender e sobretudo, resiliência para saber conduzir e se manter.

São novos tempos para uma velha profissão, que vai se adequando conforme as exigências do mercado e da sociedade e se renovando a cada dia. Já vimos que não vai deixar de existir, mas que são necessárias adaptações, parcerias, conhecimento e interdisciplinaridade para o "fazer bibliotecário". 

E você, já parou para pensar como anda o seu "fazer bibliotecário"?

Publicado originalmente em otextoénosso do Mural Interativo do Bibliotecário.

sábado, 22 de junho de 2019

Quando me perco em livros, acabo me achando...

Livros de toda sorte a R$ 10,00, montanhas deles, é só escolher. 


E dando sopa, logo ali em cima, agarrei um Stephen Covey, aquele do Trim Tab, que falei no post anterior, que ressalta a necessidade de pequenas mudanças, para grandes resultados.


E as chamadas para a leitura são muitas, característica da Book Lovers, que também privilegiou os livros infantis, eles também tomaram conta do pedaço.





domingo, 16 de junho de 2019

Mentoria, foi chegando e ficando...

Mentoria, foi chegando e ficando... Na verdade já existe há séculos, apenas está em evidência em função do contexto da atualidade, pela sua força, dinamicidade e foco.

E a Mrh não podia deixar de chegar junto com mais essa para seu corpo funcional de gestores.

Dois dias intensos, puxados, mas recheados de conhecimento para toda a vida.


Forças complementares de gestão e suas diferenças; a definição do framework de mentoria; o nosso background; os estilos de aprendizagem; fatos, "verdades" e valores; dentre outras temáticas, brindados com o Trim Tab de Coveynos fizeram entender muito sobre mentoria, para aplicarmos nos nossos contextos: pequenas mudanças, para grandes resultados. 

Grata pelo aprendizado à Amad Bucar, Valor Empresarial.

quinta-feira, 13 de junho de 2019

Ambiente junino

São João passou por aqui. Biblioteca decorada com fogueira de leitura de livros, bandeirinhas e balões coloridos de autores, histórias e estudos.




segunda-feira, 10 de junho de 2019

Pictogramas, ícones e emojis

No início, grunidos e gestos, depois, a fala, mais adiante, pictogramas para representá-la e, finalmente, um sistema de escrita, para facilitar a comunicação.



 

 

Composto por letras, símbolos, caracteres, o sistema de escrita possibilita a formação de palavras, frases, pensamentos, tratados, reflexões, sentimentos, etc. 

Com ele, o mundo passou a ser, além de oral e visual, também textual, utilizando a língua, o alfabeto e a escrita. Milhares de documentos foram gerados, usados, pesquisados, partilhados e guardados para a posteridade, registros de toda sorte. 

Cada país com a sua língua, nós aqui, com a herança portuguesa. Viva a nossa língua!




Com a chegada das tecnologias, recheadas de ícones, de imagens e interatividade, a compreensão das coisas passou a ser mais objetiva com infográficos, emojis e animações.

Tudo agora é mais simples, mais rápido, mais direto. O mundo está mais dinâmico, não temos tempo a perder, agora, uma frase é resumida a uma pequena imagem. 

Atualmente, quando a língua é usada nas comunicações mais informais e breves, é reduzida à abreviações, que só estando no contexto para conseguir traduzi-la.

Retorno às origens? Ou questão de contexto?

segunda-feira, 3 de junho de 2019

Administrador de pessoal, um bem para as empresas

Em abril postamos o texto "Empresas são pessoas que se organizam". Hoje, Dia Mundial do Administrador de Pessoal, retomamos o que escrevemos para ressaltar a figura desse importante gestor, responsável não apenas pela contratação das pessoas certas para as funções certas, mas, pelo desenvolvimento desses talentos, em busca de resultados positivos para a empresa, afinal, empresas são pessoas que se organizam.

Esse profissional pode fazer a diferença em uma empresa ao atuar de forma interdisciplinar, pois, além de ter que lidar diariamente com personalidades diferentes, mantendo um bom relacionamento, há também que orientar sua equipe, para que as tarefas administrativas da área possam dar apoio ao funcionamento dos demais departamentos.

Portando, nas bibliotecas, nos centros de informação e documentação, nas empresas em geral, uma vez no cerne da organização, esse profissional interage sistematicamente com as demais áreas, sendo peça fundamental no planejamento estratégico, na redução de custos, na condução do clima organizacional, na retenção de talentos, na redução do turnover, na definição de cargos e salários, dentre outras atividades.

Ressaltamos e parabenizamos essa pessoa que cuida das pessoas, que, por sua vez constituem a organização. A administração de pessoal é a atividade meio que mais viabiliza o negócio da empresa.

sábado, 18 de maio de 2019

Biblioteca é muito mais do que pensamos ser

Um espaço sem paredes, que vai além do que é em si. Desde sempre a biblioteca já é essa grandiosidade, porque cada frequentador leva consigo um pouco do que ela lhe ofereceu, disseminando com outros a partir de suas interações e convívios. 

Atualmente, com a amplidão das dimensões globais e com as imensas possibilidades que as comunicações oferecem nos mais diferentes canais, a atuação da biblioteca é exponencial. 


Pessoas têm informação a qualquer tempo em qualquer lugar, basta se conectar no seu dispositivo móvel. Outro ponto a se considerar, que contribui por demais com esse status quo, é o envolvimento das pessoas comuns junto às comunidades. Cada vez mais se vê ações que contemplam mais e mais pessoas.
Essa dedicação e desprendimento em disponibilizar o livro e outras formas de acesso à informação junto à comunidade, melhora a vida das pessoas, entregando-lhes conhecimento, lazer e o prazer da leitura.

Da mesma forma, a biblioteca ainda é necessária para manter registros históricos, obras raras, acervos do país, estados, municípios e instituições representativas.

Da mais tradicional à mais artesanal; da mais abastarda de recursos à mais improvisada e desprovida, o fato é que elas resistem ao tempo, adaptando-se às necessidades de seus usuários e, junto delas, a pessoa do bibliotecário, que faz tudo acontecer, tendo, muitas vezes, colaboradores de outras áreas, que lhe auxiliam no dia a dia.

sábado, 11 de maio de 2019

Sra. "Dona Norma", presente na pesquisa

Mais uma vez em sala de aula, levando aos alunos a normalização, para trabalhos acadêmicos da Faculdade CDL.

A ABNT - Documentação e Informação, com toda a sua aplicabilidade nessa área, é utilizada para que a produção acadêmica tenha o rigor científico, além do conhecimento e do método, formando, assim, a tríade da pesquisa, condição sine qua non para que tudo possa ser divulgado no meio acadêmico e científico.

 

Norma é o documento estabelecido por consenso e aprovado por um organismo reconhecido, que fornece regras, diretrizes ou características mínimas para atividades ou para seus resultados, visando à obtenção de um grau ótimo de ordenação em um dado contexto (ABNT)

Para os que não conhecem, a ABNT é um foro nacional de normalização, reconhecido pela sociedade brasileira desde a sua fundação, em 1940, e confirmado pelo Governo Federal por meio de instrumentos legais. É uma entidade privada, sem fins lucrativos, membro fundador da Organização Internacional de Normalização - ISO, da Comissão Pan-Americana de Normas Técnicas - Copant e da Associação Mercosul de Normalização - AMN. 

Para aqueles pesquisadores que dela necessitam, é a tal da "Dona Norma", para alguns, uma chateação, para outros, um mal necessário, para mim, um primor, algo útil, imprescindível e requintado. Viva a "Dona Norma!"



Muita leitura para construir o raciocínio, muito contexto para discussão dos resultados, apresentados como manda a "Dona Norma".

Severino (2003, p. 130) é taxativo quando afirma: “esses trabalhos didáticos não podem ser deixados à pura espontaneidade criativa do aluno [...] é através desse tipo de trabalho que o estudante, além de ampliar seus conhecimentos, se iniciará no método da pesquisa e da reflexão”.

ABNT. Normalização. Definição. Disponível em: http://www.abnt.org.br/normalizacao/o-que-e/o-que-e. Acesso em: 11 maio 2019.
SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. São Paulo: Cortez, 2002.

segunda-feira, 6 de maio de 2019

Matemática: olha ela aí!

Simetria, geometria, maestria da natureza. Quem poderia imaginar que a partir de um corte latitudinal, encontraríamos na parte interna de um mamão, simetria e geometria. 

Um belíssimo pentágono. Uma maestria da natureza, que só ratifica a ideia que a matemática está presente em tudo.


quarta-feira, 1 de maio de 2019

Trabalho para todos

Que o trabalho é necessário, engradece e dá dignidade ao homem, todos nós sabemos, mas, com a crise de hoje, quando se tem 13 milhões de desempregados, está difícil de se cumprir o óbvio, o trabalho está cada vez mais escasso.

Dia do trabalho, para quem tem trabalho,  é dia de comemoração, dia de relaxar, para quem já teve e está  à procura de um novo, pode ser dia de reflexão, dia de superação e, para aqueles que ainda vão se iniciar nessa jornada, dia de desafio, de prospecção.

O fato é que torcemos por dias melhores, que o país volte a crescer economicamente, que as oportunidades surjam, as pessoas possam abraçá-las e iniciar uma nova vida.



E depois dessa conquista, chegar à situação de trabalhar com o que gosta, é atingir o ápice da vida de trabalhador.


terça-feira, 23 de abril de 2019

Cada livro é um contexto, é uma inovação

A comemoração de hoje é mundial. Qual instrumento criado pela Humanidade é mais comum às civilizações para a obtenção do conhecimento? 

A data é o Dia Mundial do Livro e dos Direitos do Autor, estabelecido pela Unesco, fazendo alusão aos grandes escritores Cervantes e Shakespeare. Uma dupla data, uma em sintonia com a outra, uma que dá suporte a outra, afinal, o que seria do livro e do autor sem os seus direitos respeitados?

São horas a fio de dedicação para nascer uma obra, são direitos intelectuais que permeiam a criação de um livro, os quais devem ser respeitados, tais como os de qualquer outro produto que é inventado e concebido. 

Essas horas materializadas na escrita resultam nesse fantástico e milenar instrumento do saber, o livro. Cada livro é um contexto, é uma inovação.


sábado, 20 de abril de 2019

Quem não tem um "judas" para queimar?

Na tradição, hoje é dia de queimar o Judas. Da história bíblica, aquele que vendeu Cristo por 30 moedas, para a tradição popular, da tradição para a brincadeira, da brincadeira para a realidade da vida. 

Os artesãos produzem muitos bonecos judas nessa época do ano, para serem vendidos e queimados. Geralmente, os caracterizam como os personagens públicos que estão em evidência no país. Originalmente, era uma forma de ir à forra, de fazê-lo sucumbir do cenário, por ter traído Jesus. Atualmente, é a maneira de expressar a raiva, a decepção, o descontentamento com tais pessoas representadas em bonecos judas, fazendo justiça com as próprias mãos de forma teatral.

Aproveitando esse contexto, simbolicamente, quem já não teve ou tem um judas para queimar? Queimar no sentido de tirar do caminho aquilo que atrapalha, que perturba, que atrai coisas ruins, que nos fazem mal. 

Sábado é de Aleluia, portanto, vamos pensar em coisas boas. Vamos queimar todos os judas que não nos fazem bem!





domingo, 14 de abril de 2019

Empresas são pessoas que se organizam

Tomando um conceito bem claro, óbvio e genérico de Falconi (2004, p. 21), temos que "uma empresa é uma organização de seres humanos que trabalham para facilitar a luta pela sobrevivência de outros seres humanos", ressaltando que "esta é, em última instância, a missão de todas as empresas" (grifo do autor). 


Sendo assim, podemos concluir facilmente que as empresas se diferenciam uma das outras por conta das pessoas que as constituem, e da missão e valores específicos de cada uma delas.

E a leitura que fazemos é que a mistura de tudo isso resulta nos elementos cultura, comportamento e clima organizacionais, que são termômetros indicadores do contexto da organização e, por consequência, das pessoas ou vice-versa.





Para atuarmos efetivamente em uma organização, é necessário sentir-se parte integrante dela, compactuar com seus valores, para que seja possível contribuir na consecução da sua missão e visão. 

Dessa forma, lucram ambas as partes, a empresa se fortalece, oportunizando que as pessoas cresçam e se desenvolvam, sempre motivadas para continuar contribuindo, criando um verdadeiro círculo virtuoso. 

FALCONI, Vicente. Gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia. Nova Lima: INDG, 2004.

segunda-feira, 25 de março de 2019

25 de Março, liberdade!


25 de Março, aqui no Ceará é dia de festa, comemoramos a "Data Magna do Ceará". Fomos a primeira província brasileira a libertar os escravos, em 1984.

Posto um texto belíssimo do meu irmão historiador Armando Farias em referência a esse feito.



Na perversa historiografia brasileira, apenas os feitos das Regiões Sul e Sudeste são galardoadas, deixando aos leigos a impressão que o Nordeste é desfavorecido de glórias. Justamente ocorre o contrário. Aqui está o nascedouro da Pátria Brasil, e consequentemente grandes acontecimentos históricos e feitos heróis. 

Nosso querido Ceará dá sua grande contribuição a formação cívica da nossa sociedade brasileira ao promover uma engajada campanha contra a escravidão ainda na década de 1870. 

Em Fortaleza aparece a Perseverança e Porvir em 1879, agremiação que tinha por objetivo libertar legalmente os escravos através de cartas de alforria. Porém o espírito de igualdade e liberdade do povo Cearense logo percebe que os métodos teriam que ser mais agressivos para alcançar objetivos mais expressivos, então em 1880 surge a Sociedade Cearense Libertadora, que formada por Comerciantes e Jornalistas entre outros passa a adotar meios que fugiam a legalidade. Seu lema “ Libertar escravos por todos os meios ao seu alcance”.

De pronto os “Libertadores” recebem o apoio e engajamento de toda a sociedade cearense. Um jovem guarda-livros, Pedro Artur de Vasconcelos tem a ideia de procurar os jangadeiros para propor a ideia de interromper o embarque de escravos no porto com destino a outras províncias. Recebe o apoio incondicional do Grande Libertador José do Amaral. A ideia é posta em prática com a ajuda de José Napoleão, chefe de capatazia do porto, e logo toma vulto através da adesão de outros jangadeiros, agora liderados por Chico da Matilde que era prático da barra, apelido de Francisco José do Nascimento, mais tarde nosso Dragão do Mar. 

A Luz libertadora dissemina-se por toda a então Província do Ceará. Fortaleza liberta todos os seus cativos em 24 de maio de 1883. Ao final deste ano, 21 dos 58 municípios estavam livres da escravidão. No início de 1884, Sobral até então contando com o maior número de cativos adere a Causa Libertadora, libertando todos os seus escravos. 

Todo o Ceará apresenta-se livre da escravidão no dia 25 de março de 1884, oficializando-se este termo em ato público realizado na Praça Castro Carreira em Fortaleza, com a presença do então Presidente Sátiro Dias e demais autoridades. 

Assim o Ceará é aclamado por José do Patrocínio de "Terra da Luz".

Texto de Armando Farias, em 25/03/2014, publicado originalmente em Blogteca Faculdade CDL 

quinta-feira, 21 de março de 2019

A Coerência do paradoxo

Na Linguística, Antítese e Paradoxo são figuras de linguagem que se caracterizam pela oposição, mas, se entramos mais nos detalhes, podemos ver, claramente, que há uma diferença entre elas. 

A antítese é mais óbvia, mais natural, pois opõe palavras, termos, expressões, ou orações, que, por natureza, já são opostas, cada elemento se refere a um contexto, corresponde à aproximação de idéias diferentes em uma mesma sentença, mas cada palavra volta seu sentido para um referente. 

Já o paradoxo, mais complexo, mexe com as ideias, é mais reflexivo, usa intencionalmente, um contrassenso, para tanto, aproxima palavras opostas, mutuamente excludentes, causando uma incoerência, sempre em relação a um mesmo referencial, causando uma contradição. 

O paradoxo é tão complexo que, além da Linguística, pode ser aplicado na filosofia, física matemática e até na mecânica quântica. E como a vida é cheia de paradoxos, aí vai uma reflexão coerente, mas pra lá de confusa! Paradoxo!




É certo, que no nosso caminho incerto,
Às vezes, por vezes ou alguma vez,
Para avançar, tem que recuar,
Para permanecer, tem que desaparecer,
Para conservar, tem que apagar,
Para deter, tem que desprender,
Para lembrar, tem que esquecer,
Para ter, tem que ser,
Para estar presente, tem que faltar,
Para ganhar, tem que perder,
Para encher, tem que esvaziar,
Para morrer, tem que viver!

Paradoxal?
Não, real!
Questão de contexto.

AnaLu

sexta-feira, 15 de março de 2019

Professoras precursoras

Sou do tempo que professora era chamada de professora, tia, só se fosse da família. 

Minha primeira professora, D. Fransquinha, como esquecê-la? Impossível! No Jardim de Infância do Colégio Christus, no ano de 1964, além de ensinar o que estava no currículo, ensinava a ter cuidado com as tarefas, para preservá-las para o futuro. Não é que deu certo? Até hoje tenho meu caderno de atividades do Jardim I.

Alguns métodos menos pedagógicos, mas comuns para a época, eram utilizados, com vistas a por ordem na classe. Recordo-me de menino, que sempre fazia peraltices, correndo o risco de ter o calção da farda trocado por uma fralda. Uma ameaça nunca cumprida, na verdade, era só uma forma de mantê-lo sob controle, diante de toda a turma. Se fosse hoje, seria politicamente incorreto, agressão, denúncia, na certa.

São detalhes que não fogem à memória, mas que nada influenciaram negativamente na minha formação, pelo contrário, entendi a necessidade da disciplina.

Depois, fui cursar a alfabetização, sob os protestos de algumas crianças, que afirmavam veemente, eu estar na sala errada e me boicotavam, afinal, para eles, eu deveria cursar o Jardim II, ainda era muito pequena. Isso era o normal, o óbvio, mas não para meus pais, que tinham a certeza do meu êxito naquela classe mais adiantada. Se fosse hoje, seria classificado como bullying.

A D. Celeste não cansava de registrar "Ótimo", com estrelinha piscando no meu boletim escolar da alfabetização, e requisitar a minha leitura em voz alta na sala de aula, como forma de dar exemplo aos demais. Se fosse hoje, seria considerada exploração, marcação, politicamente incorreto, também.

No primeiro e segundo anos do Ensino Primário, com a D. Conceição e a D. Ione, aprendi o sentido da organização, daí, a prática era pedir meu caderno para servir de estudo para aqueles que faltavam às aulas ou não acompanhavam bem as matérias passadas em sala de aula. Se fosse hoje, seria tomada como apropriação indébita, mesmo que temporária.

E a Irmã Iolanda? Fantástica! Ensinava Português, com ela aprendi interpretação de texto, análise gramatical e sintática. Muito exigente e muito crítica junto àqueles que não queriam aprender. Se fosse hoje, com certeza, muitos pais fariam reclamação quanto a sua postura  rígida de ensinar.

Enfim, professoras precursoras, que contribuíram para a minha formação e marcaram minha primeira infância no Colégio Christus, as quais têm a minha admiração até hoje. 

Muito do que aprendi nesse período serviu de base para outros aprendizados, que transformados e ampliados, constituíram o meu conhecimento de hoje. 

Bons tempos aqueles...

quinta-feira, 14 de março de 2019

Vendedor de livros: um incentivador da leitura

Mesmo sendo às vezes indesejado, tido como inoportuno, o vendedor de livros sempre foi um incentivador da leitura. Enfrentando uma batida de porta na cara, uma desculpa mal dada, ou simplesmente um NÃO com letras maiúsculas e em voz alta, esse profissional conseguiu e consegue ainda bons feitos, afinal vende sonhos e conhecimento.


Com prazos elastecidos e descontos da hora, eles fazem de tudo para vender seus livros e assim tirar o seu ganha pão. Eu mesma quando criança já fui consumidora dessas obras, bem como cliente e compradora de coleções de fábulas e histórias infantis, para proporcionar aos meus filhos o prazer da leitura.

Nesse dia de hoje a lembrança e a homenagem é para essa figura simpática do vendedor de livros.