sábado, 29 de março de 2014

Teach and learn


Dei de cara com essa imagem e de pronto fiz a leitura.

Minha hipótese:

O ensino reflete no aprendizado e este é a base daquele.
O ensino se espelha no aprendizado e este é resultado daquele.




Fala dos mestres:

"A alegria que se tem em pensar e aprender faz-nos pensar e aprender ainda mais." (Aristóteles)

"Ensinando, aprende-se." (Sêneca)

"É impossível um homem aprender aquilo que ele acha que sabe." (Epicteto)

"Ensinar é aprender em dobro." (Joseph Joubert)

"Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina." (Cora Coralina)

"Quando um ensina, dois aprendem." (Robert Heinlein)


Minha conclusão:

Não há quem saiba tão pouco que não possa ensinar algo, nem quem saiba muito que não possa aprender mais um pouco.

Não há contexto em que não se possa aprender e ensinar algo.

quarta-feira, 19 de março de 2014

Visite uma biblioteca e converse com um bibliotecário





A ilustração fundamenta-se na segunda e terceira Leis de Ranganathan:

  • 2ª Todo leitor tem seu livro;
  • 3ª Todo livro tem seu leitor.


É uma questão de contexto, de oportunidade, uma vez surgindo, não tem como se "livrar" do livro, da leitura.

sexta-feira, 14 de março de 2014

Dia Nacional da Poesia em "Poesia do meu jeito"


Dizia que fazia,
Mas, não entendia como poesia,
Era um sentimento que sentia,
Um lampejo de alegria,
Uma gota de melancolia,
Um momento de euforia,
Mas, nada de poesia,
Apenas o que escrevia.

Era um dilema,
Precisava usar bem o fonema,
Fazer a rima, ouvir o som, montar o esquema,
Tudo para compor o poema.
Precisava também de tema,
Alguma coisa suprema,
Sem qualquer estratagema,
Que fosse direto ao problema.

Mesmo com tudo isso evidente,
Consciente, ficou indiferente,
Continuou a escrever, compulsivamente,
Pensando no que sentia, profundamente,
Toda hora, diariamente,
Escreveu muito, repetidamente,
Leu e releu, naturalmente,
E assim... De repente, nasceu aquele ente.

A poesia é do seu jeito,
Algo que vem de dentro do peito,
Que não tem regra nem preceito,
Mas tem conteúdo profundo e de respeito,
E assim... Foi se compondo aquele feito,
De poesia em poesia, um caderno perfeito,
Depois, postada uma a uma, com efeito,
No seu Blog Poesia do meu jeito

AnaLu



Parabéns, mamãe! Pelo seu vigor aos 83 anos, pela sua interatividade com a internet, pela sua coleção de poesias, pela sua obra, pela sua leitura e contexto, pelo seu Blog Poesia do meu jeito, que, em fevereiro de 2014, já completou 4 anos.

Mimo no Dia do Bibliotecário


Um mimo que recebi da MRH Gestão de Arquivos, em alusão ao Dia do Bibliotecário, regado à simbologia de Giuseppe Arcimboldo e à delícia de Ferrero Rocher

Leitura de agradecimento, contexto de conhecimento, arte e sabor. 

Adorei!





quarta-feira, 12 de março de 2014

Dia do Bibliotecário em Fortaleza



Muito organizado e significativo o Evento de hoje preparado pelo Conselho Regional de Biblioteconomia 3ª Região (CE/PI) em comemoração ao Dia do Bibliotecário, que ocorreu no Auditório Valnir Chagas, da Faculdade de Educação da UFC.


A apresentação da Camerata da Unifor, as palestras dos convidados Valmir Lima e do Prof. Fernando Modesto (USP), a entrega da Medalha Maria da Conceição Souza à Bibliotecária Sandra Maria Dantas Cabral e a posse da Diretoria da Associação de Bibliotecários do Ceará, fizeram parte da programação do Encontro de hoje.

Em especial, ressalto a homenagem merecida à amiga Bibliotecária Sandra Maria Dantas Cabral, que muito fez e ainda continua fazendo pela Biblioteconomia, tanto na esfera estadual como federal. 

Bibliotecária Maria Herbênia Gurgel Costa

Entrega da Medalha Maria da Conceição Souza


Fala da homenageada 
Bibliotecária Sandra Maria Dantas Cabral


  
Medalha Maria da Conceição Souza



Bibliotecária Regina Céli de Sousa


Leitura de comemoração em contexto de união!

Bibliotecários: "ao infinito... e além!"

Neste Dia do Bibliotecário, tomo emprestado o jargão do personagem Buzz Lightyear, do filme Toy Story, da Pixar Animation Studios, para representar a capacidade e atuação do bibliotecário na atualidade. 

A proposta é, além de considerarmos a leitura literal da frase, "ao infinito... e além!", que por si só já diz tudo, levarmos também em conta o contexto do filme, em que o personagem enfrenta dificuldades e consegue superá-las, fazendo-se sentir importante, conseguindo o algo mais, surpreendendo a si mesmo e a todos.

Criação, inovação, transformação, revitalização, motivação, informação e tudo que for ação, deve fazer parte do cotidiano do bibliotecário. Não dá para ficar parado.

Bibliotecários: "ao infinito... e além!"

O mercado é nosso!


Parabéns!























sábado, 8 de março de 2014

Vermelha, branca, rosa: Mulher!


Vermelha, porque tem o sangue da vida!


Branca, em razão da paz envolvida.


E rosa, porque é puro amor, ninguém duvida...

Leitura do Dia Internacional da Mulherconforme o contexto do meu jardim, em homenagem a duas mulheres: minha Mãe Concita e minha Filha Mariana.


sábado, 1 de março de 2014

Estímulo à leitura na presença do melhor amigo


A matéria Tartu Library Offers Novel Help to Children Dogged by Shyness, da Estônia, traz o projeto de Ewa Rootz, inspirado em ideia da Finlândia, em que as crianças frequentam a Biblioteca Municipal de Tartu, e fazem leitura para os cães, uma espécie de terapia, para melhorar a proficiência da leitura.

Os cães são fornecidos por uma associação estoniana e a biblioteca tem uma sala de contos de fadas, para que o maior número de crianças possa aprimorar suas habilidades de leitura.


Como os cães são próximos das crianças e ouvintes passivos, não críticos, elas vão adquirindo confiança, ao tempo em que podem melhorar a impostação da voz, a expressão corporal, a interação com o meio, interpretação e a própria compreensão do texto. É um contexto favorável para o exercício da leitura.

Vemos o quão importante é a prática da leitura, principalmente em voz alta.

Um projeto simples e magnífico, que, mesmo sem o mundo encantador de uma biblioteca, pode ser executado em casa, bastando que se crie o mesmo contexto, em meio às almofadas e tapetes, com oferta de muitos livros e, claro, junto ao melhor amigo do homem, digo, da criança.



Kevin, de 5 anos, lê para um cão em uma biblioteca da Estônia (Foto: Raigo Pajula/ AFP)



Ingrid, de 6 anos, lê para o cachorro da raça Golden (Foto: Raigo Pajula/ AFP)



Projeto reúne crianças e cachorros em biblioteca na Estônia. Animais ajudam no desenvolvimento da confiança e sociabilidade, segundo organizadores (AFP PHOTO / Raigo Pajula)


Ler para cães inspira confiança nas crianças


Parabéns à  Ewa Roots, responsável pelo projeto educacional da Tartu Library e à Estonian Association of Dog-Owners, pela brilhante parceria!


terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Leitura a cada ponto, caminho para se criar uma reta: a livrovia

O Projeto O Ponto do Livro, criado em Belo Horizonte desde janeiro de 2014, conforme matéria abaixo, tem tudo para se transformar em a reta do livro, indicando que não só naquele ponto, mas, por toda uma reta há livros que podem ser tomados por empréstimos para leitura e devolvidos em seguida ou, ainda, doados para empréstimo, agregando mais itens ao acervo. 

Se uma reta é formada for milhares de pontos e se nesses pontos há livros, vejo que isso pode ser uma livrovia.

Fica a sugestão.








23/2/2014 às 01h30


Projeto cria "bibliotecas" em ponto de ônibus de BH e divulga hábito da leitura

Intervenção ocorre na Praça da Liberdade, região centro-sul da capital mineira

Um projeto criado pela união de vários coletivos de Belo Horizonte vem chamando a atenção dos moradores da cidade. O Ponto do Livro tem como objetivo divulgar o hábito da leitura e ainda promover a gentileza entre a população, ao mesmo tempo em que cria bibliotecas ao ar livre em pontos de ônibus da cidade.
Desde o mês de janeiro, a Praça da Liberdade vem sendo palco da intervenção urbana, que conta com o apoio dos grupos Coletivo WeLove, Coletivo Desestressa BH e Coletivo Feira Grátis da Gratidão. A ideia central da ação é promover o empréstimo gratuito e doação espontânea de livros.
Desta forma, enquanto os moradores aguardam a condução para ir para casa, é possível pegar uma obra, levar para casa, ler e trazer de volta para o ponto em que pegou. Para o lançamento, foram arrecadados mais de 2.000 livros. A intenção é descentralizar o projeto da praça e levar para outras regiões.
O Ponto do Livro foi criado em São Paulo, projetado e desenvolvido pelas designers Helena Aranha e Helena Nabuco.

sábado, 22 de fevereiro de 2014

Colhemos o que plantamos




Meu pé de acerola (Malpighia emarginata) já rendeu muitos frutos e continua se perpetuando. A colheita está sendo muito boa, cesto cheio e um estoque congelado no freezer. Acerolas saboreadas ao natural e muitas jarras de suco gelado.

Em postagem anterior anunciei a primeira frutinha que nasceu, já fazem mais de 3 anos... Mas, já tive problemas com ele, parasitas quiseram destruir o meu pé de acerola, qualquer descuido e falta de atenção, quando menos se espera, o que se plantou pode não vingar. 

Além da água, muito adubo e defensivos são as necessidades agrícolas básicas, mas, dedicação e amor são também essenciais, a planta gosta e retribui. E, nesse contexto, o meio ambiente fica perfeito, com equilíbrio e harmonia entre os elementos mineral, vegetal e animal.



Uma muda doada com amor, recebida com amor, plantada e cultivada com amor, só pode resultar em muitos frutos. 

Colhemos o que plantamos! 
Fazendo uma nova leitura, uma metáfora do reino vegetal para a vida humana.

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Arquivo pessoal: revelações de toda sorte


Os arquivos pessoais pressupõem os registros, os testemunhos e as lembranças da vida íntima, familiar, profissional e em sociedade, tendo como centro a pessoa produtora do arquivo e como limites a atitude de quem os selecionou. Portanto, não é tudo que se viveu, mas, o que foi selecionado para a memória dentro de um critério contextual ou ainda o que resistiu ao tempo, mesmo sem a intenção de acumulação.

Afora os documentos comuns, eu diria, os que se referem às atividades meio, ou seja, aqueles que todos nós acumulamos e/ou temos que preservá-los enquanto cidadãos e pessoas físicas, tais como obrigações legais, financeiras, profissionais, fiscais e sociais, há aqueles que identificam e caracterizam a pessoa que os acumulou. São documentos que expressam a subjetividade da pessoa, que, embora enquanto viva, só interessem a ela mesma, podem, no futuro, vir a ser fonte de recordação para a família ou úteis para a sociedade como valiosa fonte de pesquisa, pois revelam hábitos, costumes, momentos e cenários, que se revestem de memória e história.

Sendo assim, eles podem ser classificados por intermédio de dispositivo legal como sendo de interesse público e social, ainda mais quando se trata de figura de repercussão nacional e mundial.


Na matéria "Tudo o que sempre quisemos saber sobre Hemingway e nunca tivemos coragem de perguntar", de Inês Nadais, publicada em 16/02/2014, verifica-se a riqueza de detalhes, de particularidades que um arquivo pessoal pode conter, são revelações de toda sorte sobre o escritor.

A autora da matéria usa a expressão certeira "espreitar pelo buraco da fechadura", referindo-se às informações e revelações contidas nos 2.500 documentos que estavam armazenados durante décadas na casa onde Hemingway viveu de 1939 a 1960, na Finca Vigía, nos arredores de Havana, hoje Museu Ernest Hemingway.

Conhecer o seu arquivo pessoal é conhecer mais sobre Hemingway, é fazer a leitura do que há de comum ou de diferente na pessoa do escritor, é entender o contexto que o autor, sem intenção, explica para o mundo, depois de sua partida.




A receita do seu hambúrguer, a fatura da compra de um Buick Super Station Wagon, a licença de porte de arma emitida pelo Governo cubano, bilhetes de touradas a que assistiu na Espanha, telegramas importantes, correspondência pessoal, diários, manuscritos originais, postais de Natal, passaportes, contas da mercearia, da oficina, da livraria e do bar, notas de encomenda, extratos bancários e mais de nove mil livros anotados à mão, tudo agora faz parte do acervo da Biblioteca e Museu Presidencial John F. Kennedy e está digitalizado e acessível para pesquisa.



"Factura do Buick que o escritor comprou em Key West, na Florida, em 1959 
ERNEST HEMINGWAY PAPERS COLLECTION/MUSEUM ERNEST HEMINGWAY FINCA VIGÍA" 

Em comunicado à imprensa, o diretor da biblioteca, Tom Putman, registrou:


'Congratulamo-nos por disponibilizar aos investigadores cópias destes materiais que permitem um vislumbre único do quotidiano de Hemingway. Tratando-se, como se trata, de uma figura literária frequentemente retratada como maior do que a vida, este acervo serve para humanizar o homem e para compreender o escritor'.

Obras de Ernest Hemingway
Leia a matéria completa
Veja outra matéria a respeito


terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

"Somos o que fomos"


O título dessa postagem foi extraído do filme Amstad, especificamente do pensamento que compartilham os personagens Cinque, o escravo guerreiro, e John Quincy Adams, ex-presidente dos Estados Unidos, interpretados por Djimon Hounsou e Anthony Hopkins, respectivamente. 

O filme Amstad é baseado em fatos reais, meu gênero predileto, e trata do julgamento de escravos africanos em país estrangeiro, abrangendo política internacional, impasses jurídico, econômico e diplomático, visando os interesses dos países envolvidos e não os interesses do ser humano. Um julgamento que, levado à última instância, culmina com a fundamentação no direito natural e nos princípios consagrados da Declaração da Independência dos Estados Unidos da América, devolvendo ao grupo a liberdade. 

Vale a pena assistir! Confira o trailler!





Sempre que assisto filmes dessa natureza imagino o resgate histórico, os registros arquivísticos necessários para a composição da história, das cenas, dos personagens, das falas e das vestimentas. E, uma vez estando com esse pensamento, tendo a atuar como bibliotecária a catalogar e classificar livros ou, como arquivista, a ler, interpretar e descrever documentos. 

Mas, voltando ao título da postagem, conforme sugere o filme, "somos o que fomos", porque trazemos as raízes e as memórias dos nossos ancestrais, para, em situação de sofrimento, angústia e aflição, invocá-las do tempo e da história, trazendo forças a nosso favor. Também significa que somos hoje o somatório ou a subtração do que fomos ou deixamos de ser no passado.


"O tempo passa e o momento se vai.... Não estamos sozinhos, estamos sempre com nossos ancestrais. Invocar os nossos ancestrais, desde o inicio dos tempos e implorar que venham nos ajudar. Incorporar a força deles e eles virão, porque neste momento, sou a única razão por eles terem existido, afinal, nós somos o que fomos!"



Cinque


Completando Cinque, a nossa leitura de indivíduo pessoa contém os nossos ancestrais, porque não nascemos do nada, há um contexto, algo que já existia antes, que somado a nossa própria história de vida, se multiplica a cada ano e gera a bagagem que carregamos.

Tudo isso, até mesmo o que deixamos de sê-lo ou de fazê-lo, também somos!


Em momento anterior do filme, outra frase também chama a atenção de quem aprecia os registros históricos: "conte a sua história!"

A história de cada um é como se fosse um grande livro que traz um longo prefácio (a presença dos ancestrais), se iniciando literalmente com o nosso nascimento e sendo concluso com a nossa despedida. No futuro essa mesma história fará parte da vida de outras pessoas, é o nosso posfácio, que resulta no prefácio dos nossos descendentes, ou seja, os ancestrais dos que vierem depois.

Se olharmos considerando a vida como um grande arquivo, temos o arquivo permanente já existente antes de nascermos, que pertence aos nossos ancestrais, de onde herdamos os genes biológico, social, cultural, intelectual e emocional, a idade corrente, representando a nossa plena atividade, a nossa vida em si, a idade intermediária, quando descansamos dessa vida e a nossa idade permanente, quando deixamos o legado para os nossos descendentes.

Se atentarmos para tudo isso, até mesmo o que deixamos de sê-lo ou de fazê-lo, também somos!

Concluo que somos e seremos eternos bibliotecários e arquivistas das nossas próprias histórias!

sábado, 1 de fevereiro de 2014

Além de todas as emoções, mais essa...

A matéria de Saulo Pereira Guimarães, da Exame, que posto na íntegra abaixo, mostra uma parelha tecnológica, livro e colete, que precisa do motor humano para funcionar. 


Oscilações de sentimentos, de percepções, de temperatura e de pressão arterial, são emanadas da máquina humana e captadas pelos equipamentos, permitindo a exteriorização por meio de luzes e sons.

As emoções já ocorrem, independente de qualquer coisa, o que a sensação tecnológica traz de novo é a oportunidade de externá-las de forma sofisticada e iluminada.

O leitor sente as emoções e agora pode passar para os outros esse sentimento sem falar, comunicando-se apenas por luzes e sons, uma espécie de código morse futurista iluminado. 

O que ainda falta?... 

Os personagens saírem andando em coreografia holográfica, interagindo com o leitor? 

O autor estar conectado em tempo real com todos os leitores que estão lendo a sua obra, captando as sensações da leitura? 

O narrador perceber que não está sendo entendido e interferir com um comando de voz? 

O leitor dar outro final para a história e essa nova versão ser salva na nuvem como uma recriação de autoria dupla e disponibilizada para download? 

São realidades perfeitamente factíveis de um futuro próximo, em contexto onde as dualidades real e virtual, não ficção e ficção se misturam e se complementam. É uma nova leitura da própria leitura. 

Vamos à leitura da matéria! 

Ficção sensorial | 30/01/2014 10:57 


Com traje capaz de transmitir diversas impressões em diferentes partes do corpo, novidade traz 150 lâmpadas de LED 

Por Saulo Pereira Guimarães
access_time30 jan 2014, 09h57



Reprodução/Felix//Vimeo
The girl who was plugged in, livro de ficção sensorial: novidade não tem previsão para chegar às lojas 

São Paulo - O MIT (Massachusetts Institute of Technology) está desenvolvendo um projeto que vai permitir que leitores experimentem as sensações de personagens de livros por meio da tecnologia

A sensory fiction (algo como ficção sensorial) é uma linha de pesquisa do MIT Media Lab. Para transmitir emoções, o laboratório criou um traje eletrônico capaz de reproduzir sensações em quem lê. Porém, a novidade ainda não tem prazo para chegar às livrarias. 

Traje 

A espécie de colete vazado tem, na parte da frente, duas placas pouco acima do peito. Elas são responsáveis por transmitir impressões de temperatura. 

Outras quatro placas em volta da cintura ficam responsáveis pelas sensações de compressão. Elas influenciam na pressão arterial, possibilitando a sensação de batimentos acelerados - por exemplo. 

Nos ombros, alças ficam responsáveis por medir a temperatura do corpo e uma unidade de controle central, na parte das costas (logo abaixo do pescoço), comanda o espetáculo sensorial. 

Além disso, o livro propriamente dito vem com 150 lâmpadas de LED capazes de reproduzir a iluminação de ambientes e estados de espírito dos personagens - trazendo também um suporte de som. 

Outros exemplos 

Até o momento, a literatura de ficção sensorial conta apenas com um livro: "The girl who was plugged in" (A menina que estava plugada, em tradução livre). Entretanto, esse não é o primeiro projeto no sentido de uma literatura mais interativa. 

Outro exemplo de viés parecido é o livro 'The Search for WondLa" (À procura de WondLa), de Tony DiTelizzi. Publicado nos EUA em 2010, ele permite o acesso a mapas 3D com auxílio de um computador. 

A Disney também desenvolve projetos na área de realidade aumentada, que podem permitir em breve que imagens projetadas por smartphones se movimentem pelas páginas de seus livros. 

Agora, assista ao vídeo sobre ficção sensorial produzido pelo MIT (em inglês):


domingo, 19 de janeiro de 2014

Retorno e respeito às origens II



Que venham as novas tecnologias, com suas plataformas espetaculares...
Que venham os novos formatos, cada vez mais específicos e particulares...
Livros, instrumentos multidisciplinares!
Mesmo que venham novos ares...
Nada substituirá essas maravilhas seculares.

AnaLu



"Isso se chama livro. É como as pessoas instalam novos softwares em seus cérebros."


sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Jasmim


Um jasmim
Bonito assim,
Enfeita jardim,
Ai de mim!


Fico assim...
Sorriso sem fim,
É muito festim,
Bom pra mim!


Rosa cetim,
Branco marfim,
É arlequim
No lindo jardim!


Jasmim,
Vem pra mim!



AnaLu


Jasmim da Índia: leitura de beleza e contexto de alegria nos jardins da minha mãe.

"Um bibliotecário para chamar de seu": digna homenagem



Carmela Lucena Cavalcanti, minha Tia, minha inspiração, minha referência para a profissão, é a resposta à chamada do Mural Interativo do Bibliotecário, motivo dessa postagem.


Arquivo pessoal - Nos jardins da casa da minha mãe, em Fortaleza, 2010.

Ainda criança, por volta dos 11 ou 12 anos visitei a Biblioteca em que ela trabalhava na UFPE. A imensidão do campus, o grande salão com corredores e mais corredores de estantes lotadas de livros organizados e enfileirados, os consulentes em atendimento, um birô de trabalho cheio de utensílios e miudezas nas gavetas e muitas histórias... Foi a leitura mais precisa que já fiz, encontrei o concreto da profissão, o suficiente para me encantar.

É claro que o concreto consolidou o contexto de uma série de devaneios do imaginário e de especulações a respeito, pois, a convivência durante as férias na Cidade do Recife era cheia de novidades, de práticas intelectuais advindas dessa pessoa impar, minha Tia Carmela. 

Além da profissão, temos em comum outro ponto, somos uma madrinha da outra de casamento. Eu, com dez anos, conduzi o seu par de alianças ao altar, passados dez anos, eu casava e ela era minha madrinha.

Um dia, me perguntou se eu gostava de fazer palavras cruzadas e, a partir da minha resposta positiva, me presenteou com um maço delas amarradas com um barbante, eram tantas, que mal pude carregá-las, todas de difícil solução, Desafio, Nível Difícil, Inteligente... É que um dia ela desafiou a si própria, queria acertar uma por completo e daí comprou dezenas para desmitificar essa tarefa, mas, com a dedicação, logo atingiu o seu objetivo e, os exemplares restantes, já não tinham mais sentido.

As visitas, ainda na Cidade do Recife, me permitiam apreciar o universo de livros que lotavam um dos cômodos do seu AP e ouvir suas conversas construtivas, repletas de informações, com riqueza de conhecimentos. Não só o primeiro, mas o segundo, terceiro e tantos outros salários eram destinados exclusivamente à compra de livros e eu também fui beneficiada com essa prática, recebendo alguns de presente.

Depois, mudou-se para o Rio de Janeiro e foi trabalhar na Biblioteca Nacional. Mais distante, sem o convívio periódico, passamos a nos corresponder por cartas e telefonemas. Eu já bibliotecária, trocávamos figurinhas da profissão e ela me contava um pouco daquela instituição ícone nacional, em que passou por vários setores, classificação, catalogação, livros doentes, etc., trabalhando por muitos anos.

Chegamos a participar juntas de um congresso de Biblioteconomia em Recife, oportunidade em que conheci parte dos seus contatos de profissão e sua interação com o meio.

Fã de "O Pequeno príncipe", tive o prazer de presenteá-la com uma miniatura da obra, quando esteve em breve passagem por Fortaleza, em 2010.

Livros? Já leu centenas deles... De tudo entende um pouco, discute qualquer assunto, uma pessoa reflexiva e crítica, pé no chão, uma bibliotecária de fato e de direito, a quem eu elegi no quadro "Escolha um bibliotecário para chamar de seu", do Mural Interativo do Bibliotecário.

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Dia do leitor


Leitor principiante, que fica radiante mediante cada palavra, frase e história, retendo tudo na memória.
Leitor sonhador, que dorme nas páginas do livro e sonha com a realidade livre.
Leitor exigente, que escolhe leitura difícil e inteligente.
Leitor divulgador, que leva as páginas do livro para o amigo mais próximo, partilhando o que entendeu e o que não entendeu, apenas leu.
Leitor de gibi, que adora a Mônica, o Cebolinha e a Magali.
Leitor faminto, que devora as páginas do livro, como quem devora um prato de comida, que depois de extinto, repousa de satisfação, alimentado e encharcado de informação. 
Leitor escritor, que experimentou do livro que criou, se convenceu, não importa, apenas escreveu.
Leitor como eu, como você, como nossos pais, que nutrem o pensamento e viajam no tempo em busca de mais e mais...
Leitor é leitor, independente da leitura e do contexto!

AnaLu



E digo que somos feitos de papel, porque somos feitos das leituras que fizemos.

José Saramago (Azinhaga - Portugal, n. 1922)



Seleção de pinturas de Heloísa Guimarães, do pps Os Livros.


E foram muitas as postagens em homenagem ao leitor...

Dia do Leitor
Estudo mostra que a leitura é capaz de modificar o cérebro
Leitura tem a capacidade de modificar o cérebro
Hoje é o Dia do Leitor; conheça pessoas que 'devoram' as páginas
Desligue a TV e vá ler um livro
Dia do leitor
No Dia do Leitor, veja dica de 'Guia de Leitura
Dia do Leitor: uma data para tirar de letra
Agência de Notícias saúda internautas no Dia do Leitor