No contexto de hoje, em que se comemora a Proclamação da República no Brasil, que tal pensarmos em outra proclamação? Uma proclamação que libertasse todos de forma igualitária, independente de raça, classe social, sexo, religião, etc., etc., que levasse a todos, educação, informação e conhecimento, de tal maneira, que pudessem ascender para um degrau posterior na vida, sendo mais reflexivo, mais crítico, mais ponderado, mais humano, mais consciente dos direitos e deveres de cidadão. Como seria a proclamação da leitura livre?
Primeiro, teríamos que destituir o reforço negativo, de que brasileiro não gosta de ler, a ignorância, o descaso com o livro, a maneira obrigatória de conduzir alguém à leitura. Depois, precisaríamos instaurar o regime "Tudo e todos pela leitura", pondo fim à falta e à limitação da leitura.
Não será difícil, já temos muitos antecedentes, são dezenas de projetos criativos espalhados pelo Brasil em prol da leitura, está faltando apenas uma atitude de unificação (será o terceiro momento) daquilo que já existe, para traçar uma linha mestra, que conduza tudo e todos à leitura livre. Talvez um regime provisório, em que, além de resgatar tudo isso, pudesse estabelecer estratégias, objetivos e metas, e fizesse um acompanhamento inicial.
Depois de sedimentado, partiríamos para o compartilhamento nas escolas, no trabalho, nas comunidades, na sociedade em geral, oferecendo leitura de toda sorte, para que todos pudessem pegar aquela que mais lhe agrada, e continuar sempre lendo, até o projeto se tornar uma febre de leitura, com todos afirmando e confirmando:
__ “A partir de hoje, estou proclamando a minha leitura livre!”
E todos seriam contribuintes, colaboradores e multiplicadores. Novas gestões dariam continuidade a esse grande projeto, de forma livre, democrática e inclusiva, sempre agregando mais e mais, nunca eliminando o que já foi conquistado.
Tudo e todos pela leitura livre!