domingo, 15 de novembro de 2015

Proclamação da leitura livre

No contexto de hoje, em que se comemora a Proclamação da República no Brasil, que tal pensarmos em outra proclamação? Uma proclamação que libertasse todos de forma igualitária, independente de raça, classe social, sexo, religião, etc., etc., que levasse a todos, educação, informação e conhecimento, de tal maneira, que pudessem ascender para um degrau posterior na vida, sendo mais reflexivo, mais crítico, mais ponderado, mais humano, mais consciente dos direitos e deveres de cidadão. Como seria a proclamação da leitura livre?

Primeiro, teríamos que destituir o reforço negativo, de que brasileiro não gosta de ler, a ignorância, o descaso com o livro, a maneira obrigatória de conduzir alguém à leitura. Depois, precisaríamos instaurar o regime "Tudo e todos pela leitura", pondo fim à falta e à limitação da leitura. 

Não será difícil, já temos muitos antecedentes, são dezenas de projetos criativos espalhados pelo Brasil em prol da leitura, está faltando apenas uma atitude de unificação (será o terceiro momento) daquilo que já existe, para traçar uma linha mestra, que conduza tudo e todos à leitura livre. Talvez um regime provisório, em que, além de resgatar tudo isso, pudesse estabelecer estratégias, objetivos e metas, e fizesse um acompanhamento inicial.

Depois de sedimentado, partiríamos para o compartilhamento nas escolas, no trabalho, nas comunidades, na sociedade em geral, oferecendo leitura de toda sorte, para que todos pudessem pegar aquela que mais lhe agrada, e continuar sempre lendo, até o projeto se tornar uma febre de leitura, com todos afirmando e confirmando:

__ “A partir de hoje, estou proclamando a minha leitura livre!”



E todos seriam contribuintes, colaboradores e multiplicadores. Novas gestões dariam continuidade a esse grande projeto, de forma livre, democrática e inclusiva, sempre agregando mais e mais, nunca eliminando o que já foi conquistado.

Tudo e todos pela leitura livre!

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Semana Nacional do Livro e da Biblioteca 2015 na Faculdade CDL



A cada novo ano pensamos em uma maneira diferente e atraente de comemorarmos a Semana Nacional do Livro e da Biblioteca na Faculdade CDL, instituição da qual também faço parte. 


Neste ano idealizamos o "Varal Literário: estenda a sua leitura", cuja temática engloba os dois sentidos que a palavra representa: ampliar a leitura e expor essa leitura no varal, para ser compartilhada com toda a comunidade acadêmica.




Além desse objetivo macro, tivemos também a intenção de incentivar a pesquisa, leitura e escrita; de integrar alunos, professores, cursos e sedes e de divulgar/valorizar a Biblioteca.


Os alunos passaram a Semana enviando seus textos nos formatos de cordel, crônica, epígrafe, ensaio, notícia, poesia e/ou resenha, para a Biblioteca, que os preparou para exposição no Varal Literário.




E durante toda a Semana a ordem foi leitura: leu, gostou levou!

O resultado foi muito positivo, e com ele, contexto de alegria...



Conheça as postagens sobre o Varal Literário, da semana Nacional do livro e da Biblioteca 2015, acessando a Blogteca, o Blog da Biblioteca da Faculdade CDL.


quinta-feira, 29 de outubro de 2015

"Fazer com que o livro seja uma folha que voa [...]"


Mais um projeto que valoriza o livro e a leitura, espalhado pelo Brasil, é o "Projeto Cultura no Ônibus", desta vez, em Brasília, DF. 


Os ônibus da Viação Piracicabana Distrito Federal são dotados de minibibliotecas, para que os passageiros possam usufruir da leitura.




Depois de receber o livro "Capitães da Areia", das mãos de uma passageira de ônibus, um novo contexto de vida se abriu para Antonio. O amor pelos livros e a vontade de estudar, fez com que compartilhasse suas descobertas com os ´passageiros da companhia de ônibus em que trabalha há 13 anos. Essa relação com os livros, com a literatura e a leitura foi um divisor de águas na vida dele
"... Porque antes, eu posso dizer que eu tinha uma viseira assim, sabe, eu não interpretava nada, [...] É o livro é o livro!"
(Antonio Ferreira) 

Portanto, neste Dia Nacional do Livro, seguindo o pensamento do criador do projeto, leitor voraz, amante da literatura, estudante de Letras e cobrador de ônibus, Antonio Ferreira, vamos 
"Fazer com que o livro seja uma folha que voa, e as pessoas ficam olhando assim, e querendo pegar a melhor."
(Antonio Ferreira) 

Conheça a reportagem da TV Brasil sobre o Projeto Cultura no Ônibus

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Uma semana inteira para ele e para ela

Graças ao Decreto 84.631/1980 temos o direito, o privilégio, a honra e o dever de comemorar durante uma semana inteira, a Semana Nacional do Livro e da Biblioteca.

Para nós bibliotecários, é uma semana agitada, cheia de atrativos e incentivos, tudo em prol do livro, da biblioteca, da leitura e da informação.

"Art. 2º - Os festejos e comemorações, de caráter cultural e popular, deverão ser levados a efeito em todo o território nacional."

E vamos comemorar! Neste ano, de 26 a 30 de outubro. Vamos despertar na sociedade o valor de tudo isso, a riqueza dessa entidade que atravessou eras, séculos e séculos, passando por uma evolução sem igual, mantendo-se viva e dinâmica mais do que nunca nos dias de hoje.

Os serviços de outrora continuam existindo e a eles outros foram agregados, nova leitura, são mais possibilidades, com mais conexão, interatividade e operabilidade.




Quem estiver à frente de uma, cumpra o que foi decretado!

Dentro do meu contexto, estou fazendo a minha parte à frente do "Varal Literário: estenda a sua leitura".


terça-feira, 20 de outubro de 2015

O Arquivista e a atuação estratégica


Hoje, mais do que nunca, quando se fala em arquivo, não há como deixar de lado o perfil, a postura e as competências, que o arquivista deve ter, em função do cenário informacional em expansão e das constantes mudanças. As atenções voltam-se para ele, que trabalha com documentos tanto no formato tradicional, como no formato eletrônico, em arquivos pessoais ou institucionais, não importa, o desafio é o mesmo, disponibilizar a informação certa, na hora certa, para quem dela necessita.

Sua função já é bem conhecida na organização, mas, na atualidade, há de se acrescentar aquela que vai além do sistema arquivístico em si, a função de, estrategicamente, fazer a gestão de toda a informação que circula, se infiltrando e se articulando com todas as instâncias e áreas. Afinal, a atividade do arquivista é multi, inter e transdisciplinar.

A ordem é dar acesso à informação e não há como fazê-lo sem a gestão estratégica. Apesar dos desafios, abrem-se inúmeras janelas de oportunidades profissionais.




domingo, 18 de outubro de 2015

Pare! Olhe-escute!

As ordens da placa são a condição sine qua non para se executar um serviço de referência com excelência e qualidade. Apesar de imperativas, são amigas, e só tendem a fazer o bem.

PARE!
Desligue-se daquilo que estava fazendo antes, o momento agora é desse usuário que lhe procura.

OLHE!
Momento de equilíbrio, de sintonia com o outro, olhe para dentro desse usuário e faça a sua leitura.

ESCUTE!
Seja todo ouvidos! Escute o que ele tem a dizer com paciência, suas demandas, suas dúvidas, suas aspirações à informação, sobretudo, entenda o contexto.

Agora sim! Hora de executar! Mas, se for preciso, comece tudo de novo...

PARE! OLHE-ESCUTE! Essencial para a prática biblioteconômica.

Peça do Museu do Trem, na Estação Central Capiba, no Bairro de São José, Centro de Recife - PE

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

A sabedoria do professor


"O professor é aquele que encarna, ele é possuído, ele fala e você fica paralisado..." (Rubem Alves)

Trago o Encontro com Rubem Alves, realizado pelo Espaço de Leitura, em que destaco alguns trechos, para refletirmos acerca desse profissional vital, o professor, que hoje está sendo homenageado pelo seu dia.

A importância do primeiro contato com os livros; a descoberta da literatura, a poesia; o prazer da leitura, mesmo sabendo que as histórias são de mentirinha; as ferramentas necessárias da educação, que nos dão competências, e o brinquedo que nos dá prazer; o desafio do educador em gostar das crianças e em saber ouvi-las; a sabedoria para não castigar pelo erro, porque ele pode ser o caminho para a solução e, por fim, a busca que não deve cessar, para que tenhamos sempre algo vivo dentro de nós.

Só assistindo, para contemplar a maravilha desse educador.




segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Encontro de datas: uma mistura que dá certo!

O calendário brasileiro passou a contar com a comemoração do Dia Nacional da Leitura e da Semana Nacional da Leitura, no dia 12 de outubro, de acordo com a Lei 11.899/09. O autor do projeto que deu origem à lei, senador Cristovam Buarque (PDT-DF), afirmou que a iniciativa estimulará a convivência da sociedade com a produção literária do país.

Além de marcar a festividade já consagrada do Dia da Criança, esse dia abrigará, também, o Dia Nacional da Leitura e a Semana da Leitura, com a intenção de enfatizar junto à sociedade brasileira a importância do cultivo do amor aos livros desde a infância – defendeu o senador.

Fonte: ABDL



Já escrevi antes aqui, neste espaço de leitura e contexto, que Dia da Criança é dia de se receber livro de presente, que livro também é brinquedo, que livro infantil é o começo de uma caminhada, portanto, ofereça livro a sua criança!  Porque Dia da Criança é também Dia da Leitura!

Daí encontrei esse reforço no post de Luiz Carlos Amorim, quando diz que:

"devemos fazê-las conviver com livros desde quando ainda são muito pequenos, desde muito cedo, desde muito antes de aprenderem a ler".

Encontro de datas, encontro de motivos, motivo criança, motivo leitura, que resultam em criança leitora. E aí, complemento com a fala do escritor:


"Tudo a ver com o que gostaríamos de sugerir, que é reunir criança e livro. Tudo a ver com dar livro de presente para crianças, desde a sua mais tenra idade."

Ainda por cima de tudo, o Dia é abençoado por Nossa Senhora Aparecida

Que apareçam muitas leituras para nossas crianças abençoadas!

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Quem disse que o céu é azul?



Não fossem os postes e fios que o homem inventou para iluminar, bastariam esses focos de iluminação rosa dourados, que invadem o céu, tornando-o uma obra de arte divina. Pinceladas de energia do sol no pano de fundo azul celestial, uma mistura perfeita!

Nesta tarde maravilhosa em que me dirijo ao trabalho, estou ainda mais agradecida por tudo

sábado, 3 de outubro de 2015

Cidade de livros


Quando a biblioteca adentra na sociedade, com suas ações sociais e educativas, não existem mais paredes, o contexto é de uma cidade de livros, livros de toda sorte, de todos os formatos. Todos estão ocupados, porque todos estão fazendo a leitura, absorvendo informação, gerando e compartilhando conhecimento. E ninguém fica de fora, porque a ordem é ler. Utopia? Um dia a gente chega lá...

domingo, 27 de setembro de 2015

Leitura a bordo: BIBLIOTÁXI

Mais um projeto de incentivo à leitura: o BIBLIOTÁXI. A Band News noticiou e eu registrei diretamente da TV.

Em Porto Alegre, a iniciativa privada está preocupada em oferecer leitura à população. 

Com esse valor agregado, a corrida tem mais qualidade e é um diferencial na hora da escolha.







quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Toque especial

Um toque especial no dia do aniversário. 



Para contexto de comemoração, leitura de alegria e atenção,


acompanhada de doçura e personalização na mesa de trabalho, 



com a vista diária da janela toda enfeitada. 

terça-feira, 22 de setembro de 2015

Mais um 22 de setembro...


Personalização e atenção ao cliente Google.
Como usuário, só tenho a agradecer toda a plataforma e benefícios que ele oferece.
E ainda mais esse Google Doodles... Muito bacana a homenagem! 




segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Dia da Árvore: além de tudo, livros e leitura!


Árvore! 

Em particular, minha relação com ela é muito especial. 

Aos 6 anos, meu cartaz sobre o Dia da Árvore, na época, quase do meu tamanho, foi escolhido por unanimidade em sala de aula, para ser apresentado aos colegas do colégio, em homenagem a esse dia.

Seu dia está coladinho no meu.

Convivi na infância e na juventude com muitas delas, e ao longo da vida, já plantei muitas...




Além de tudo isso e de todas as utilidades e benefícios que ela nos dá, já tão conhecidos desde a nossa mais tenra infância, acrescento a relação direta que ela tem com os livros, tanto porque fornece a matéria prima para sua composição, como pelos momentos que nos proporcionam, quando, em seu aconchego, nos deleitamos com uma preciosa leitura à sombra de suas frondosas copas, quiçá, até ao som de uma orquestra de pássaros nativos.


domingo, 20 de setembro de 2015

Transformação: questão de contexto!

Neste Dia da Árvore, nada como contemplar o poder de transformação da natureza, de acordo com o contexto, fazer a leitura e refletir a respeito e, quem sabe, tirar algumas lições de vida valiosas...



Há 3 dias a leitura era de galhos secos e amarronzados, com pequenos indícios do que seria o espetáculo da natureza. Mesmo nessa condição, há uma beleza peculiar. Firme e forte a árvore resiste e continua sua jornada e seu desígnio.



E, de repente, nesse curto período, na mesma árvore, haja floração! O amarelo das flores invade o cenário, muito brilho, muita riqueza, muita beleza! Natureza!

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Recursos de incentivo à leitura


Ocorreu na última semana a Festa Literária 7 de Setembro - FLI7, promovida pela Educadora 7 de Setembro, em comemoração ao seu mês de aniversário.

Com programação cultural e literária bem extensa e diversificada, contemplando palestras, debates, painéis, oficinas, apresentações artísticas e exposições, além dos recentes lançamentos do mercado livreiro pelas editoras, o evento encantou os participantes.

Destaque para o caminhão estacionado à frente do evento e para a riqueza dos palestrantes.




Sem falar na simpatia do "Ninho de livros", instalado na entrada da Faculdade 7 de Setembro - FA7, onde ocorreu o evento, tudo em prol do incentivo à leitura!



segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Independência e liberdade, que sejam pela leitura!


Nesta data da história do Brasil, em que se iniciou o processo de independência e liberdade, considerando a situação social, política e econômica entre Brasil e Portugal, achei por bem comentar acerca de outra independência e liberdade, aquela que se pode conquistar dentro do contexto socioeducativo. 

É impossível afirmar, que alguém que não sabe ler e escrever, goza de independência e liberdade. Certamente, essa pessoa é limitada em sua comunicação, tem a liberdade tolhida, não tem autonomia em todos os seus atos e, de alguma forma, depende e/ou é dominado por outrem. 

Tenho a satisfação de contar que consegui proporcionar essa independência e liberdade a alguém, como protagonista ativa de processo de alfabetização. Na ocasião, lancei mão dos argumentos da linha educacional de Paulo Freire, que utiliza a prática dialética em relação ao contexto

A ficção das telenovelas representava o contexto e o pano de fundo da protagonista passiva, os atores e seus amores foram os argumentos utilizados no processo de ensino e aprendizagem, para dotá-la dos saberes da leitura e da escrita. 

As revistas sobre telenovelas e sobre atores foram seus primeiros instrumentos de pesquisa e leitura, que depois abriram as portas para todo e qualquer tipo de publicação. 

Não foi difícil, foi pulsante e gratificante. O fato é que consegui alfabetizar no período de 30 dias, exatamente no período de minhas férias trabalhistas, a pessoa que prestava serviços como doméstica em minha residência, proporcionando-lhe a oportunidade de se comunicar com sua terra natal, de sentir novamente suas raízes e de se aproximar dos laços familiares, tudo isso por intermédio da magia da leitura e escrita de cartas. 

A leitura que faço é que, de protagonista passiva, ela passou a ser ativa, porque conseguiu aprender e levar seu aprendizado para mais longe... 

E você, já libertou alguém? Que tal deixar o Brasil mais independente, mais consciente, mais inteligente, por intermédio da leitura?


Independência e liberdade, que sejam pela leitura!


sábado, 22 de agosto de 2015

Bibliotecário: 50 anos de Regulamentação



A Biblioteconomia está em festa! Afinal comemoramos o Jubileu de Ouro da regulamentação profissional, dos quais já participei 33 anos, efetivamente. Orgulho de ser Bibliotecária!

As comemorações pelos 50 anos foram muitas por todo o território nacional, com ênfase para a sessão solene no Plenário da Câmara dos Deputados, requerida pelo deputado Espiridião Amin (PP/SC), enfocando a Lei 4.084, de 30.06.1962 e o Decreto 56.725, de 16.08.1965, que criou e regulamentou a profissão, e as conquistas da categoria, ao longo dos 50 anos.

Dessas conquistas, fazemos a leitura de alegria, evolução, mudanças e de adaptações para o contexto atual.



Mitos e ritos, lendas e parlendas



Nesse Dia Nacional do Folclore, vamos ressaltar e fazer a leitura de alguns entes e elementos do nosso folclore, que fazem referência ao nosso contexto atual, quem sabe, eles trazem alguma mensagem, mesmo que subliminar, para que possamos pensar a respeito... 

A começar pela Mula-sem-cabeça, mas, como? Se não há cabeça, a não ser labaredas do mais profundo vermelho, como vai conseguir pensar?

Talvez, tirando-lhe uma gota de sangue, quem sabe ela pára seu galope desenfreado e as coisas voltam à normalidade.

Se não funcionar, podemos recorrer ao Saci Pererê... Não sei não! Ele que fica solto por aí fazendo presepadas, roubando e escondendo tudo de todos, afinal, falta-lhe uma extremidade, será essa a razão? De qualquer forma, como a Mula-sem-cabeça, ele também gosta de exibir o vermelho no seu gorro e na sua sunga.

Portanto, já está comprovado que de nada adianta o vermelho da Mula-sem-cabeça e do Saci Pererê, porque estamos vendo a vaca ir para o brejo. Na verdade, precisamos de um Boitatá para proteger o verde-amarelo das matas e florestas da nossa casa.



É trabalhoso, mas, nesses casos folclóricos, o recurso da adivinhação funciona muito bem, mesmo que trave a língua: O que é o que é...? 

Gato escondido com rabo de fora está mais escondido que rabo escondido com gato de fora.

Caso não funcione, lançaremos mão de Três, três, passarás, se não o diante, há de ser o de detrás, pois, há quem mereça chicote queimado, nesse caso, a solução é correr atrás e pegar antes que seja tarde demais.

Será que fazendo uni duni te, salame minguê, um sorvete colorê, o escolhido foi você, chega alguém de repente e resolve tudo! Porque está cada vez mais difícil...

Um, dois, feijão com arroz;
Três, quatro, feijão no prato;
Cinco, seis, falar inglês;
Sete, oito, comer biscoito;
Nove, dez, comer pastéis
.


Receio que seja necessário entoar a súplica do Ritual Yanomami, para o céu não desabar sobre a face da nossa terra.

A eles, os personagens e elementos verdadeiros dentro do contexto folclórico, que emprestaram suas vidas, ações e falas, a minha admiração e o meu perdão por usá-los assim, de forma tão pejorativa. Aos outros, aqueles personagens e elementos falsos, dentro do contexto verdadeiro, o meu repúdio e a minha indignação, na esperança de que um dia todos serão afastados de cena e banidos para sempre do dia a dia.

Mitos e ritos, lendas e parlendas, são fantasias, invenções, crenças, culturas, tradições, costumes, superstições, "tudo junto e misturado", até porque somos miscigenação pura de elementos indígenas, portugueses e africanos.

E agora vou encerrando...

Entrou por uma porta,
Saiu pela outra.
Quem quiser
Que conte outra.


Qualquer semelhança não é mera coincidência.

domingo, 9 de agosto de 2015

Livro: solucionando problemas

Na sala de espera de um consultório de dentista, deparei-me com a Revista da Cultura, edição 93, de abril/2015, em que traz uma reflexão no editorial, de Pedro Herz cuja mensagem tem tudo a ver com leitura e contexto, tanto por fomentar a leitura e cultura incondicionalmente, como pelo contexto atual do Brasil, crítico por demais e, sobretudo, pela importância que o autor dá ao livro, enfatizando-o como instrumento de mudança e progresso.

Depois de ler a revista, por sinal, de elevadíssimo padrão editorial em todos os sentidos, fiz o registro da página do editorial, para não perder a oportunidade de incluí-la aqui, nesse espaço de leitura e contexto.
“Como se fossemos cegos e não prevíssemos absolutamente nada, o Brasil acordou dia 1º de janeiro passado dentro de uma crise instalada pelo governo que assumia o país, mudando tudo da água para o vinho. Essa crise assola áreas políticas e financeiras, além da credibilidade em instituições de toda natureza, afetando empresas públicas e privadas, pessoas empregadas ou não. E nesse momento em que essa instabilidade se prolonga, mais do que nunca é hora de refletir , aprender e novamente voltar a falar sobre a importância do livro. Ele é, certamente, um dos caminhos concretos para solucionar muitos problemas: o de achar uma profissão nova, de inventar ou de descobrir outras maneiras de ganhar dinheiro, sempre inovando, acima de tudo. É hora de procurar soluções dentro de si, usar a criatividade e o saber, além de não assumir dívidas. [...]”
Pedro Herz



Projeto Livraria Amiga, no Shopping Via Sul

Agrego à postagem que fiz em 24 de agosto de 2014: Leitura: projetos Mil!, o Projeto Livraria Amiga, instalado e em pleno funcionamento desde novembro de 2014, no Shopping Via Sul.

Tive a oportunidade de visitar o referido Shopping ontem, e deparei-me com essa maravilha. Livros de toda sorte dispostos aleatoriamente em mesas e cavaletes, de forma bem livre, para quem quiser, também de forma bem livre, chegar e pegar um para ler. 

Um recinto pequeno, mais cheio de cuidados e atenção. No momento, havia 5 pessoas se exercendo o ato da leitura, conformavelmente sentadas.

Realmente é uma ação de amigo para amigo.









sexta-feira, 31 de julho de 2015

Aula inaugural "Especialização em Administração Estratégica de Arquivos"

Excelentes abordagens apresentadas pelo Prof. Dr. Daniel Flores, da UFSM, na aula inaugural do curso de "Especialização em Administração Estratégica de Arquivos", na Fatene, em parceria com a Acesso Assessoria Documental.



Ressalto aqui, alguns pontos relevantes da aula, os quais fizeram parte das minhas anotações:
  • O advento do 6º marco dos arquivos com a produção do documento eletrônico, requer aparato rigoroso para mantê-lo autêntico, em função da sua complexidade e especificidade;
  • Arquivística pós-custodial que tem a informação como objeto; 
  • A necessidade premente do plano de classificação de documento para atender ao cidadão, em função da Lei de Acesso à Informação (LAI);
  • Na LAI o acesso é regra; o sigilo é exceção;
  • A LAI criou mecanismos para transformar a transparência ativa em passiva, objetivando o atendimento a cidadão, mas é preciso a sociedade cumprir seu papel, cobrando dos governos;
  • Já existem sistemas de informações criados que podem ser utilizados, não precisa reinventar a roda;
  • É preciso atentar para a preservação digital;
  • No novo contexto, os arquivistas saem do nível técnico operacional de depósito, para o nível de profissionais de gestão;
  • A academia não está acompanhando a pesquisa;
  • Há muito mercado na área para ser explorado!





Fotos de Fernando Braga

domingo, 26 de julho de 2015

Dia dos Avós com Olavo Bilac

Neste Dia dos Avós, fazemos a leitura do "ser avô/avó" com o poema de Olavo Bilac, evidenciando o contexto carinhoso e peculiar de contar histórias aos netinhos, que passa de geração em geração, esperando, um dia, ter o prazer de fazê-lo.


A avó

A avó, que tem oitenta anos,
Está tão fraca e velhinha! . . .
Teve tantos desenganos!
Ficou branquinha, branquinha,
Com os desgostos humanos.

Hoje, na sua cadeira,
Repousa, pálida e fria,
Depois de tanta canseira:
E cochila todo o dia,
E cochila a noite inteira.

Às vezes, porém, o bando
Dos netos invade a sala . . .
Entram rindo e papagueando:
Este briga, aquele fala,
Aquele dança, pulando . . .

A velha acorda sorrindo,
E a alegria a transfigura;
Seu rosto fica mais lindo,
Vendo tanta travessura,
E tanto barulho ouvindo.

Chama os netos adorados,
Beija-os, e, tremulamente,
Passa os dedos engelhados,
Lentamente, lentamente,
Por seus cabelos, doirados.

Fica mais moça, e palpita,
E recupera a memória,
Quando um dos netinhos grita:
"Ó vovó! conte uma história!
Conte uma história bonita!"

Então, com frases pausadas,
Conta historias de quimeras,
Em que há palácios de fadas, 
E feiticeiras, e feras,
E princesas encantadas . . .

E os netinhos estremecem,
Os contos acompanhando,
E as travessuras esquecem,
— Até que, a fronte inclinando
Sobre o seu colo, adormecem . . .



Imagem extraída de hellokids.com

sábado, 25 de julho de 2015

Escritor de outrora, de ontem, de hoje ou de agora



Escritor de outrora, de ontem, de hoje ou de agora, se não fosse tu para registrar a ilusão da realidade, a razão da cumplicidade, o todo da parte, a arte do aparte, a paixão em drama, o auge da fama, o fato que acontece, a ficção que apetece, jamais teríamos acesso a essas maravilhas, que nos fazem viajar para os mais longínquos mundos, que nos conduzem ao fragmento do pensamento, que nos encantam e os males espantam.

25 de julho, Dia do Escritor, data instituída em 1960, após a realização do I Festival do Escritor Brasileiro, pela União Brasileira de Escritores.