terça-feira, 20 de julho de 2010

Vendas do livro digital e sucesso do Kindle

A Amazon.com, uma das maiores livrarias dos Estados Unidos, anunciou que nos últimos três meses as vendas de livros para o seu e-reader, o Kindle, superou as vendas de livros de capa dura. No período, disse a Amazon, foram vendidos 143 livros para Kindle para cada 100 livros de capa dura – incluindo livros em papel que não têm edição para Kindle. Leia mais... no site da Veja.

Saiu a notícia na Veja, na Folha de São Paulo, no Estadão e em vários outros canais, além de estar sendo repassada por diversos sites e blogs da rede, inclusive aqui, em leitura e contexto, afinal é uma boa ou não é? Você trocaria a leitura de um livro tradicional por um livro em formato digital digital?

Eu responderia, depende do contexto. Se a ênfase é dada para a tecnologia, para o ar de novidade, de curiosidade, de enfrentar e desvendar o novo, por que não? Ler um livro por intermédio de um equipamento (e-book / e-reader) é o máximo, mas, por outro lado, se a preferência é pelo prazer de tê-lo fisicamente pelo tato, pelo olfato, pela visão, melhor dizendo, pela encadernação, pelo cheiro da impressão e do papel, pelas ilustrações, pelo alto ou baixo relevo... a coisa se comporta de outra maneira.

Não sei se o formato tradicional vai chegar a ser peça de museu no futuro, mas o fato é que já assistimos a esse mesmo filme, com o advento dos microcomputadores -- o discurso da época era que o papel ia acabar e vimos foi a proliferação dele. Com a chegada das fitas em VHS, admitiu-se que o cinema ia acabar... Sei que pode não ser o mesmo caso, mas gosto de pensar assim, o livro como tal conhecemos há décadas, jamais terá o seu fim. Nostalgia? Não, amor de quem trabalha com eles. Resistência à tecnologia? Também não, ela é minha parceira e aliada no dia-a-dia, repito, amor de quem trabalha com eles.

Kindle da Amazon, Nook da Barnes & Noble, Alfa da Positivo, as diversas versões dos e-readers da Sony ou o Skiff da LG, este último já com tela flexível (questão de praticidade ou seria um retorno ao papel?), aqui não importa a marca do equipamento, até porque não sou especialista, mas o suporte da informação, ao invés do papel que recebe diretamente a tinta representando os símbolos e as letras, a tela, agora em cristal líquido, interface necessária para exibição da imagem, gerada e transmitida em formato digital, em bits. É claro que a questão envolve outros processos, tão complexos para os leigos e ao mesmo tempo tão simples para os profissionais hight tech, outra questão de contexto, que não cabe aqui comentar.

De qualquer forma se o kindle está cativando e ampliando a leitura de um país, ele merece o sucesso!


Imagem extraída de http://www.leiabrasil.org.br/blog/wp-content/uploads/2010/03/amazon-kindle-reader-books.jpg

domingo, 18 de julho de 2010

Duas preciosidades

"Se tens um jardim e uma biblioteca, tens tudo." (Marco Túlio Cícero - Arpino-Itália, 106 a.C. –43 a.C. Formia-Itália ).
Duas preciosidades do contexto da época que, na minha opinião, continuam válidas. Ambas são minha paixão!

sábado, 17 de julho de 2010

O que você faria com uma pedra?

A Pedra

"O distraído nela tropeçou...
O bruto a usou como projétil.
O empreendedor, usando-a, construiu.
O camponês, cansado da vida, dela fez assento.
Para meninos, foi brinquedo.
Drummond a poetizou.
Já, Davi, matou Golias,
E Michelangelo extraiu-lhe a mais bela escultura...
Em todos esses casos, a diferença não esteve na pedra, mas no homem!
Não existe pedra no seu caminho que você não possa aproveitá-la para o seu próprio crescimento."

Desconhecido

***
Uma variedade de mensagens criativas e sem autoria circulam na rede, navegando, às vezes, nos deparamos com elas, outras vezes recebemos de alguém. Recebi essa mensagem de um colega de trabalho, aquele que naturalmente e habitualmente é encarregado de desejar uma boa semana à equipe, sempre às segundas-feiras. Percebi que a essência dessa mensagem é uma questão de leitura e contexto e registro o que eu faria fisicamente com uma pedra, expressando a minha contextualidade -- depois de fazer a leitura -- se grande, enfeitaria o meu jardim, se pequena, usaria como peso de papel!

Mas, aquelas pedras da vida, afasto com o pé cada uma para o lado e vou passando, algumas, as pesadas, tenho que erguê-las para livrar o caminho, outras, mais pesadas ainda, peço ajuda para os meus e assim vou em frente, coisas da vida.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

A Biblioteca à noite, mais uma de Manguel!

Estou fascinada com o título e com o pequeno trecho que já li dessa obra de Alberto Manguel. Espero retornar com outra postagem para falar a respeito dos quinze ensaios que o autor apresenta. Ganhei de Érico Veríssimo, estudante de Biblioteconomia da UFC, na conclusão e despedida de seu estágio junto à Biblioteca da Faculdade CDL.

domingo, 4 de julho de 2010

Destruição de livros: destruição da memória, do conhecimento e da cultura.

                                                         

Destruição de livros: desaparecimento, esquecimento, empobrecimento, enfraquecimento, desconhecimento... e muitos outros "mentos" da Humanidade. Estou estarrecida com o acervo de diversas nações destruídas pelo homem. Sabia da existência desses eventos, mas fazendo a leitura de "História universal da destruição dos livros", de Fernando Báez, me dei conta da sua dimensão. Quando se estuda História do Livro e das Bibliotecas nos bancos acadêmicos, o olhar é mais positivo, retratando os primeiros registros, o nascimento, a própria existência, por fim, a proliferação com a imprensa de Gutemberg e tudo que vem depois disso, ainda que se fale da elitização do acesso e das destruições mais famosas, como Alexandria, Pérgamo e as decorrentes da Inquisição. Mas, como o próprio autor coloca na sua introdução, "Há 55 séculos se destroem livros..." e faz uma varredura completa em todo o mundo, China, Roma, Grécia, Bagdá, Inglaterra, México..., trata-se não só de quantidade, mas, sobretudo, de qualidade. Escritos e livros de pensadores e escritores clássicos, além da destruição pela própria condição dos palimpsestos, manuscritos em que o texto original era apagado para receber outro, dado o elevado custo do pergaminho. Como vemos, destruição em função do contexto da época. Mas, fazendo uma leitura mais ampla, também nos deparamos com outras questões de contexto, quando o próprio autor destruia sua obra, considerando-a já superada por outra e, por isso, justificada pela vergonha que passaria junto à sociedade. Mas, na maioria dos casos, a destruição foi ensejada pelo poder, pela violência das guerras, desde o Mundo Antigo, até à atualidade, como o "bibliocausto nazista" e a destruição dos livros no Iraque, quando livros e bibliotecas representavam as idéias e o conhecimento daquela civilização/sociedade. Enfim, o contexto justifica a destruição dos livros? Se justifica, o mundo pagou e continua pagando um preço muito alto por isso. 
                                                    

domingo, 27 de junho de 2010

Acessibilidade em bibliotecas e demais instituições

Recebi essa informação de muita utilidade da Bibliotecária e Conselheira do CFB Sandra Cabral e estou repassando para que atinja o maior número de pessoas. Se olhado pelo contexto da acessibilidade a E3 - Estação Ergonômica Especializada é um equipamento simples e necessário, mas se comparado às estações de trabalho comuns é um equipamento sofisticado. Prefiro o olhar da acessibilidade e aí retomo a palavra de Boaventura de Souza Santos: "Temos o direito a ser iguais quando a diferença nos inferioriza; temos o direito a ser diferentes quando a igualdade nos descaracteriza", que já mencionei na postagem Igual ou diferente?, de 27/05/2010.


Roberto Façanha da ACQUA VERTTI divulga em seu e-mail:

"Tomo a liberdade neste e-mail de apresentar um importante produto para facilitar a acessibilidade em bibliotecas e telecentros. Em primeiro lugar a ESTAÇÃO E3, que foi utilizada pela personagem Luciana na novela VIVER A VIDA. Na novela a estação foi utilizada como plataforma para informática mas sua utilidade vai muito além como em bibliotecas, telecentros, salas de aula e atém como platarforma para linha de produção. O produto, desenvolvido e patenteado por uma empresa paulista, foi criado a pedido da Fundação Embraer e hoje já se viabiliza incluisive para países da Europa. Peço sua gentileza em conhecer os vídeos abaixo e os anexos.
Desde já agradeço sua preciosa atenção e peço seu encaminhamento aos órgãos e departamentos de seu interesse. Os produtos são comercializados com exclusividade pela ACQUA VERTTI LTDA e ambos patenteados. Fico a disposição para maiores informações ou necessidades de compra. Muito grato."

Roberto Façanha
ACQUA VERTTI LTDA
CURITIBA/PR
(41) 9255.6258


Link

Insisto na valorização dos arquivos!

A gestão documental promove a organização na documentação com a garantia de um gerenciamento contínuo desde a gênese do documento até a sua destinação final. Muitas empresas ainda a desconhecem e não a praticam, em função disso, acumulam de forma desorganizada grande massa documental, comprometendo o acesso às informações, assim como o espaço físico da empresa. Espaço este muito caro, pois a documentação dispersa e desorganizada dentro da empresa compromete aquele que poderia ser utilizado para o conforto dos próprios empregados ou mesmo para a instalação de uma nova unidade de negócio.


Esse contexto de desorganização pode acarretar na leitura incorreta ou incompleta de muitos fatos e situações, como por exemplo, a cobrança indevida de multas por parte dos órgãos fiscalizadores oficiais competentes, no não fechamento de um negócio ou na simples falta de subsídios para o desenvolvimento de uma atividade de rotina da empresa, pelo simples fato de não se localizar o documento necessário em tempo hábil, ou melhor, “a informação certa na hora certa”.

Arquivo não dá lucro, mas pode causar prejuízo se não bem gerenciado.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Dama da noite


Ontem à noite a família se reuniu na varanda. Conversamos até por volta de 1:00 hora da manhã. Momento raro, pois os horários de sono e a disposição de se manter acordado divergem um do outro, conforme cada contexto. Caiu uma chuvinha fina e tivemos que recolher às pressas um tapete de sala, que, por esquecimento, ainda secava (molhava) no varal. Bendito tapete que me fez flagrar um espetáculo belíssimo, o desabrochar da Dama da noite (Cestrum nocturnum)!

Duas cestas dessa planta enfeitam a lateral da casa e, mesmo com os respingos de chuva, corri e registrei o momento que compartilho agora. Logo em seguida veio o perfume exótico adocicado, muito agradável. A leitura que faço desse momento é de uma madrugada quente de ternura, apesar do resfriado da chuva.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Bibliotecas e Bibliotecários

Desde 24 de maio, quando da publicação da Lei 12.244/2010, ainda não tinha tido tempo para fazer a leitura dessa nova realidade e refletir a respeito. Só agora estou me dando conta da dimensão, da repercussão e da aplicação dessa lei. Haja ÃO!!!

A lei 12.244/2010 que "dispõe sobre a universalização das bibliotecas nas instituições de ensino no país" deve ser cumprida no prazo máximo de dez anos, ou seja, haverá de ter em cada escola uma Biblioteca e, dentro dessa, será obrigatório um acervo de, no mínimo, um título para cada aluno matriculado. Segundo o Censo Escolar de 2009, das 152.251 escolas de ensino fundamental, 52.355 tem bibliotecas, já no ensino médio, das 25.923 escolas, 18.751 tem biblioteca. Leia mais...



No contexto atual, segundo Luis Norbeto, do Comitê Gestor do Todos pela Educação, o Brasil precisa construir 25 bibliotecas por dia até 2020 para cumprir a lei que determina que toda escola deve ter uma, é só analisar os dados do quadro acima. Leia mais...  

A leitura que se pode fazer disso é de uma longa caminhada para alcançar esse resultado, claro, deve contar com o apoio da sociedade privada, empresários que possam atuar como mantenedores de acervos e bibliotecas.

E o déficit não para por aí, também é do profissional, hoje 1 bibliotecário para cada 10 escolas. A Lei é muito clara quando diz "respeitada a profissão de Bibliotecário, disciplinada pelas Leis nºs. 4.084, de 30 de junho de 1962, e 9.674, de 25 de junho de 1998."

Bibliotecários!  Vamos à luta!  Trabalho não vai faltar!  Habilitem-se!  Preparem-se!

domingo, 20 de junho de 2010

80 anos




Felicidades, parabéns mãezinha!

Não posso deixar de registrar a maravilhosa festa dos 80 anos da D. Concita, minha mãezinha querida, no sábado 19. No contexto, a família em evidência, com a presença de tios, tias, primos e primas, além dos amigos mais chegados, quem de alguma forma conviveu com ela. Tudo impecável, do buffet ao tecladista, sem falar na produção cinematográfica preparada em sua homenegem pelo seu genro (minha cara metade), que fez reviver o passado... pessoas, lugares, momentos, enfim, toda a sua trajetória, trazendo à tona sentimentos profundos,  acompanhados de lácrimas de pura emoção.

E, fazendo a leitura  dos 80 anos de vida, tão bem representados no filme que assistimos, resumo em Tecelagem, poesia de sua autoria.


Tecelagem
Dos segundos
Tecendo minutos.
Tecelagem
Dos minutos
Tecendo horas.
Tecelagem
Das horas
Tecendo dias
Tecelagem
Dos dias
Tecendo o tempo.
Tecelagem do tempo
Tecendo a vida
Tecelagem
Da vida
Tecendo acontecimentos
Tecelagem
Dos acontecimentos
Tecendo
Tristezas e alegrias.
Tecelagem
Das tristezas e alegrias.
Tecendo marcas
Tecelagem
Das marcas
Tecendo,
Marcando
A gente.

Concita 20/03/76

sábado, 12 de junho de 2010

Ainda comemorando os arquivos...






Faça a leitura e veja que em algum contexto desses você já precisou dos arquivos. 

A vida é um grande arquivo!

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Dia Internacional dos Arquivos

O Conselho Internacional de Arquivos (CIA) instituiu o dia 09 de junho como a data  comemorativa ao Dia Internacional dos Arquivos. A data é uma alusão à criação do próprio CIA e objetiva chamar a atenção no mundo da importância dos arquivos para a sociedade e proporcionar condições para que se desenvolvam ações de divulgação e sensibilização da causa dos arquivos. Leia mais ...

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Igual ou diferente?

"Temos o direito a ser iguais quando a diferença nos inferioriza;
temos o direito a ser diferentes quando a igualdade nos descaracteriza."
(Boaventura de Souza Santos)

= ou ≠ ?

Depende do contexto e da leitura do momento.
Esse é o meu blog!

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Completando Jorge Luis Borges






"Organizar bibliotecas é exercer, de modo silencioso, a arte da crítica". (Jorge Luis Borges)

Eu acrescentaria à inteligente frase de Borges, não por estar incompleta, mas para me completar, ... e organizar arquivos é exercer, de modo paulatino, a arte da memória. Como se vive sem crítica e sem memória? Ou, trazendo para o meu tema, sem leitura e sem contexto? 

Daí eu concluo a importância de ambos, a importância do meu trabalho. A opção da Biblioteca de ser constituída pela vontade de alguém e a falta de escolha do Arquivo ao se constituir pelo desenvolvimento de outrem, ou seja, o intencional contra o não intencional, a possibilidade de elementos duplicados na Biblioteca e a característica da unicidade nos documentos de Arquivo, essas são a grande diferença entre ambos, apesar de se assemelharem enquanto instituições sócio-culturais que remontam à Antiguidade.


quarta-feira, 19 de maio de 2010

Lembrança da infância



Coloquei os dois pés na infância, quando recebi da minha mãe no último domingo, a gravura em caneta nanquim desenhada pelo meu saudoso pai e, de imediato, fiz a leitura. Ocorreu-me a lembrança daquele instantâneo, retratado ao modo dele, conforme o contexto da época e ainda  estampado artesanalmente em uma camiseta branca, que usei e abusei por volta dos meus 5 ou 6 anos. Coisa de arquiteto, coisa de artista! A leitura que faço dessa gravura é de uma Ana moleca, a própria gravura revela e, como dizia minha Tia Carmela, também Bibliotecária, cheia de graça, uma criança feliz, que, juntamente com os irmãos, adorava todas aquelas novidades guardadas no escritório, construído especialmente no andar superior, tais como canetas e lápis diferentes, tintas e papéis de todos os tipos, sempre ofertados quando lá subíamos para bisbilhotar o que ele fazia. De quebra, ainda éramos contemplados no andar térreo com uma parede completa do terraço, para desenharmos ao bel-prazer com lápis cera, arrancando das pessoas que a casa visitavam, expressões admiradas com tamanha "irresponsabilidade".  E, voltando ao predicativo moleca, acrescento organizada, pois gostava de jogar paciência e classificava nas gavetas a roupa por categoria, cor e tamanho, já demonstrando a inclinação para a profissão.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Mãe: Ter e Ser



Nesse contexto o Ter vem antes do Ser. Ter é maravilhoso, é fascinante, me orgulho de Ter. Ter mãe é puder contar com sua sabedoria, sua experiência de vida e, sobretudo, com seus conselhos. Melhor ainda é passá-los adiante, aí já estou falando do Ser mãe. 

Quando no tempo Ter mãe coincide com Ser mãe é muito gratificante, basta fazer a leitura desses conselhos e aplicá-los ao novo contexto dos filhos sem perigo de erro pois já foram testados. 

Ter mãe já sendo mãe é fazer a leitura de toda uma trajetória de vida como filha e melhorar no que for possível para os filhos, às vezes errando, mas sempre tentando acertar. 

Graça de Deus é estar bem no meio, de um lado a mãe e de outro os filhos. Fui presenteada, mas também presenteei, durante o dia como mãe e à noite como filha. Foi um feliz Dia das Mães, mas, qual dia não é dia das mães?

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Bibliotecas escolares passarão a ser obrigatórias PLC 324/09

Dentro de no máximo 10 anos, deverá haver uma biblioteca escolar em cada instituição de ensino do país, pública ou privada. A obrigatoriedade está prevista no Projeto de Lei da Câmara (PLC) 324/09, aprovado em 13/04, cujo relator foi o senador Cristovam Buarque (PDT-DF).

A determinação deverá ser cumprida até o ano de 2020. Além disso, no acervo de cada escola deverá haver, pelo menos, um livro para cada aluno matriculado. Apesar de representar um grande avanço para a Educação brasileira, o senador Cristovam Buarque (relator da proposta) afirma que 10 anos é um prazo muito longo, sobretudo quando se trata de um país onde a média de leitura é de menos de 5 livros por ano - contando com o material didático.
Fonte: Agência Senado

Para o sucesso do projeto, é salutar que os bibliotecários sejam totalmente envolvidos nesse contexto, tanto na gestão como na própria educação. Educação também passa pela Biblioteconomia. Bibliotecário é educador. Vamos trabalhar em parceria: professor e bibliotecário - sala de aula e biblioteca - aula expositiva e aula de pesquisa e leitura. Os alunos só têm a ganhar!

Ainda não tive a oportunidade de trabalhar em uma biblioteca escolar para conhecer de perto as dificuldades, as demandas, a dinâmica, no entanto, uma vez na biblioteca universitária, percebo facilmente a carência dos alunos. Como não têm o hábito de frequência, desconhecem a forma de buscar um livro ou mesmo de simular uma pesquisa. Há aqueles que não sabem como se comportar no recinto de leitura. É realmente uma questão de contexto. Como podem ter um comportamento se não tiveram a vivência e os fatores necessários?

É aí que entra o bibliotecário educador para aparar essas arestas e conduzir esse aluno para uma vida de leitura.

Para saber mais sobre bibliotecas públicas municipais consulte o resultado do primeiro censo nacional:

terça-feira, 4 de maio de 2010

Biblioteca e Arquivo Público de Olinda


Uma vez em Recife, dei uma esticada an passan até Olinda para rever suas tradições e fazer pequenas compras, souvenirs. No alto da Sé a velha lembrança de outras visitas e a leitura das fotos já registradas nos álbuns de família. E, descendo as ruas em ladeira da velha Cidade, veio o desejo repentino de registrar duas instituições do meu coração: a Biblioteca e o Arquivo Público. Tá no sangue! Tá no meu contexto!


Vou ali em Recife e já volto

Final de semana diferente, revendo parentes, comemorando aniversário e fazendo pequenas compras. No contexto familiar senti raízes, percebi cumplicidade e, sobretudo, proximidade. Proximidade de quem está longe mas não deixa de estar perto. São os Lucena de Oliveira Cavalcanti. Tios e tias, primos e primas já na segunda geração e quem mais se chegou a eles, todos do bem, uma grande família! Dos nove, quatro já estão na outra dimensão, mas, nem por isso, os esqueci, pelo contrário, estão vivos em meu coração e pensamento.

E toda essa leitura me fez recordar bons momentos da infância, aqueles das entranhas da memória, os quais, com um simples olhar ou sintonia de uma fala, vêm à tona, trazendo-me a satisfação de tê-los vividos no convívio da casa 201.

Olha a Biblioteconomia aí gente!...

O Curso está bombando e se atualizando cada vez mais. São novas frentes que se abrem para o exercício da profissão. O contexto mudou mas o objetivo é o mesmo − disponibilizar a informação com eficiência e eficácia . Estamos na Era da Informação e do Conhecimento. Já pensou na equipe de profissionais que está por traz do Google, todos fazendo a leitura e indexando para você achar o que precisa?

Conheça mais sobre Biblioteconomia assistindo ao programa veiculado no último sábado. E viva a minha profissão!

parte 1

parte 2

parte 3




domingo, 25 de abril de 2010

Dia Mundial do Livro - 23 de abril

A celebração do Dia Mundial do Livro, 23 de abril, foi instituída pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), em 1996. A data é uma homenagem ao escritor espanhol Miguel de Cervantes, autor de Dom Quixote de La Mancha, e ao escritor inglês Willian Shakespeare, criador de várias obras, como Romeu e Julieta. Ambos morreram no dia 23 de abril de 1616. Comemora-se também nesta data o Dia dos Direitos Autorais.

Esse instrumento universal, transmissor de idéias, de cultura e de conhecimentos, que já passou por tantas formas desde os primórdios da Humanidade, conforme o contexto da época, evolui a cada dia. Pedra, tabuletas, madeira, papiro, pergaminho, papel de trapo, papel, foram tantos os suportes da escrita! Hoje temos até o livro eletrônico, o livro em bits e bytes, o e-book e, quem sabe, no futuro o livro holográfico, das ficções científicas, o livro infinito..., qual o mencionado por Jorge Luis Borges, em "O livro de areia".

Quem tem o privilégio de ter acesso a ele que o faça com vontade e competência, seja por intermédio de bibliotecas públicas, escolares ou universitárias, seja por sua própria biblioteca, não perca tempo, há muito o que saber. Quanto mais lemos, mais incorporamos e é sensacional quando fazemos intervenções de uma leitura em outra, quando comparamos autores, quando chegamos ao ponto de discordarmos de autores, é sinal que pensamos e estamos evoluindo, que temos opiniões próprias. 

O fato é que a sociedade não pode passar sem o livro e, apesar de o preço às vezes não está lá muito bom, devemos pensar no esforço intelectual do escritor, nas manobras que o levaram até a sua obra, sem falar no custo editorial. Portanto, se você é privilegiado, faça a sua parte, doe livros, passe livros adiante, incentive à leitura, ensine alguém a ler!


quarta-feira, 21 de abril de 2010

Família


Estar em família, uma benção!

Ampliando e diversificando minha biblioteca


Ainda sobre a IX Bienal Internacional do Livro do Ceará, o momento foi oportuno para comprar alguns livros para toda a família, além do contexto que me influenciou, os preços razoáveis foram convidativos. Fiz a leitura de tudo para melhor decidir, resgatando alguns títulos conforme os perfis e momentos de cada um: Che Guevara: política, para o meu primogênito, que adora cultura, política e história geral;  Ovo: o mito do colesterol, para minha princesa nutricionista; Explorando a mitologia de todo o mundo, para meu caçula curioso, que tudo pergunta e tudo quer saber; Você já pensou em escrever um livro?, para minha cara metade, que atualmente se ocupa com vários escritos e Erros radicais e decisões absurdas, que compartilho com o primeiro. Mas, eis que no dia seguinte, chega pelo Sedex a compra de mais livros. Fui presenteada pelo meu primogênito com: O Livro de areia; História universal da destruição dos livros e Bibliotecas como organizações, Haja leitura! 

Pequenos grandes livros


Paixão é paixão. Não hesitei em adquirir exemplares da marca os menores livros do mundo em exposição na IX Bienal Internacional do Livro do Ceará. Clássicos como O Príncipe, O Seminarista, Dom Quixote, A Arte da Guerra... e mais uma linda miniatura de estante em estilo clássico para guardá-los. Um mimo! Uma graça!

Passagem

O Senhor ressuscitou verdadeiramente. Aleluia!


Todo dia, toda hora é tempo para mudar. 
Páscoa, do hebreu Pessach, passagem, melhora de vida.
Já pensou em ser melhor em todos os sentidos?
Mais fraterno, mais solidário, mais piedoso, mais amigo... mais cristão! Dentro do seu contexto ajudar o próximo.

É só seguir seus passos e fazer a leitura dos seus ensinamentos.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Selo de Responsabilidade Cultural 2009 - Faculdade CDL

Contribuir de alguma forma para a cultura do Estado me faz sentir mais útil, mais responsável, principalmente na minha condição de Bibliotecária. Percebo facilmente que não é difícil, que todos podem, que ninguém é incapaz, por intermédio de suas profissões e instituições dar sua contribuição, por menor que seja no contexto geral se torna grande no contexto específico de quem usufrui e se beneficia diretamente. Ter o reconhecimento do Governo do Estado do Ceará ainda é mais gratificante. Faça você também a sua parte! A Faculdade CDL fez e toda a nossa equipe está de parabéns. Leitura de toda forma presente nos Projetos: Biblioteca Mercado Cultural, Cine Debate, Café Literário e Semana do Tecnólogo.

Da Vinci

"É preciso observar;
É preciso pensar;
É preciso ter idéias.
Engana-se muito
E realiza o nada
Aquele que pensa pouco."



Fazendo a leitura do pensamento de Leonardo da Vinci, apesar de escrito em meados dos séculos XV/XVI, de tão visionário na época se torna atualíssimo nos dias de hoje, em que se deve ter acima de tudo ousadia e criatividade. Daí eu me pergunto: qual pensamento ele escreveria se tivesse que fazê-lo hoje no contexto de competitividade que vivemos?

Leitura: Gosto ou hábito ou gosto e hábito?


Essa é uma discussão antiga. A dualidade reflete as tendências: o prazer e a obrigação.

O hábito pela leitura habita de forma insistente no cotidiano do leitor. É algo tão automático que pode não haver escolhas. É, às vezes, o contexto, a obrigação habitual de ter que ler, de cumprir alguma tarefa que exige a leitura prévia ou simplesmente porque está ali a sua frente e lhe chamou a atenção. Podemos estar falando aqui de um procedimento, de um jornal, pois temos que ficar informados de tudo que se passa ao nosso redor, dos apelos de um outdoor, daquele livro que compramos por impulso, o qual iniciamos a leitura e agora temos que terminar ou ainda daquela lei ou norma que é fundamental para o exercício de uma tarefa.

Bibliotecários e arquivistas sabem muito bem do que estou falando. Não que em outras profissões essa necessidade não exista, mas naquelas funções o ato de ler é fundamental, lê-se tudo que se recebe, é necessário ler para de alguma forma fazer com que essa leitura chegue de forma direta e enxuta ao leitor/pesquisador, não na íntegra, é claro, mas, em formato de palavras-chave, descritores, indexadores, que traduzem essa leitura. Portanto, neste caso, existe o hábito obrigatório, mas, dentre essas leituras, tem aquela que chamou mais atenção, fazendo com que se demorasse mais nela, ultrapassando os limites da leitura técnica e até tomando o tempo que deveria ser dispensado as outras leituras ainda por vir.

Importante essa ressalva para se adentrar no outro aspecto dessa postagem, o gosto pela leitura. Este faz com que o leitor faça escolhas, tenha preferências e só leia de fato o que goste. Ele gosta de ler, mas de forma seletiva e até esporádica. Mas, de tanto ler suas escolhas ele pode passar a ter esse hábito, então aí teremos o gosto e o hábito pela leitura.

E fazendo a leitura de tudo isso, tentando explicar melhor, utilizando a matemática para simplificar o complicado e entender melhor esse contexto, temos: o conjunto de leitores habituais, o conjunto de leitores por satisfação, sendo a interseção de ambos, ou seja, quem simultaneamente tem o hábito de ler e gosta de ler, na minha concepção, o verdadeiro leitor!

domingo, 21 de março de 2010

Comemorando o Dia Mundial da Poesia: Vida

O Passado presente no futuro: vida

O presente
É um presente para se viver intensamente,
Pois, de tão presente, já vira passado,
Mas, para alguns,
Presente é estar presente em futuro visado.
Chegando lá, estando presente,
Será que já é passado?
É assim que pensa muita gente, 
Mas, voltando a falar do futuro,
No futuro só resta presente estar,
É o que todos querem,
É o que todos estão a planejar
E, passado esse presente que ainda vai chegar,
O tal futuro...
Não se sabe o que ainda virá,
Por isso, o melhor é viver o presente,
É presente sempre estar
Em todos os momentos que se sente,
Porque de tanto pensar em futuro,
O tempo passa e tempo é ouro,
Não é duradouro,
Daí pode você não estar presente,
Nem no presente que não dura,
Quanto mais no futuro!
Resumindo e fazendo a leitura,
Tudo passa e passado vira,
Mas, se você chegar lá,
Vai ver que o passado
Está presente no futuro,
O presente lá no meio
E de passado e presente
O futuro está cheio,
Então deixe o futuro pra lá,
Para não encher sua paciência,
Assim ele te deixa
Sair do passado,
Passar bem o presente
E presente estar
No futuro que virá.
Futuramente, nesse contexto,
Quando lá chegar
E olhar pra trás,
Num simples piscar
Vai ver o passado que passou,
O presente um pouco presente,
E o futuro que chegou,
Ou melhor,
Vida que viveu e sonhou.
Portanto,
Comece agora do começo,
Bem presente no presente,
Para ter o passado presente,
Sem ter que esquecer
E uma promessa de futuro
Mais presente,
Cheia de presente,
O presente da vida!

AnaLu

ARQUIVÍSTICA: a serviço do Direito e da História



Verba volant, scripta manent (As palavras voam; os escritos ficam). O provérbio latino ressalta a importância dos registros documentais para a posteridade, fazendo contraponto às palavras que se perdem com o tempo. Com o documento têm-se o autor, a maneira ou o meio de exteriorização e o conteúdo, os quais devem se manter autênticos e íntegros, para que sejam fidedignos e cumpram o seu fim.

Não se pretende aqui tirar o valor da palavra, de importância inconteste, principalmente na época em que a sociedade era baseada na história oral, mas, enfocar a necessidade do documento, presente desde os primórdios, mesmo antes da escrita, quando o homem registrava seu cotidiano nas paredes da caverna, para de alguma forma e por algum motivo não deixar esquecer e passar para os seus descendentes. Ali ele ia registrando a caça, as festas, as guerras, a colheita, o seu patrimônio, conforme fosse acontecendo e evoluindo.

Assim como as pinturas rupestres que resistem até hoje nos sítios arqueológicos espalhados pelo mundo, têm-se conhecimento de tantos outros registros documentais que fizeram parte da história mundial como o Código de Hamurabi, o Livro dos Mortos, os escritos das urbes... Todos servindo para estudo da evolução do comportamento sócio, cultural, político e econômico do homem.

Essa viagem ao tempo é oportuna para se verificar como o homem sentia a necessidade de registrar os fatos, utilizando-se de diversos suportes para o registro dos símbolos, da escrita cuneiforme e depois da escrita com alfabeto, os quais foram evoluindo até os dias de hoje, conforme o contexto da época. Têm-se, então, a pedra, as tabuletas, a madeira, os óstracos, o metal, os papiros, os pergaminhos, os palimpsestos, o papel e hoje, o documento eletrônico.

Mas, voltando ao documento, a intenção na esfera arquivística não é a priori a guarda para a posteridade, mas sim a de registrar os fatos sucedidos num determinado contexto causal espaço temporal. O documento nasce para um determinado fim, registrando um fato, uma ação, uma atividade, uma transação, etc., para que depois se faça a leitura e se obtenha a interpretação, conforme sua espécie. Uma declaração, declara algo, um certificado, certifica alguma coisa, um relatório, relata fatos que se sucederam e assim por diante. Recorre-se então, aos arquivos quando se precisa da prova documental, para uso em juízo ou do registro histórico, para estudo da sociedade e, uma vez consolidada a pesquisa, chegasse à pretensão dessa postagem, de mostrar à Arquivística a serviço do Direito e da História.

A prova documental, é aquela que se fundamenta em um documento, seja ele público ou particular. É um dos cinco meios de se provar algo em juízo, conforme o Código de Processo Civil, seja pelo autor ou pelo réu da ação. A prova documental diz respeito tanto ao Direito, que trata de regular a conduta de nossa sociedade através das leis, como à História, que a explica, através dos fatos corridos. Portanto, ambas contam com a reconstrução do passado, para servir de prova junto aos seus julgamentos e interpretações.

A sociedade brasileira assistirá em breve a um grande julgamento e, com certeza, muitos documentos estarão arrolados ao processo e, posteriormente, as falas de testemunhas  comporão novos documentos, todos advindos do desenrolar das sessões, os quais, com certeza serão arquivados e ficarão também a serviço da História. E a Arquivística estará no meio disso tudo, viabilizando o resgate e o acesso ao documento!

terça-feira, 16 de março de 2010

Gigantes enfileirados




Você conhece essa fachada? É montagem ou é real?
Realíssima, trata-se da Biblioteca Pública de Kansas City, Estados Unidos.

A obra de arte fica no parque de estacionamento da Biblioteca. As lombadas dos livros enfileirados, com aproximadamente 7,5 metros de altura, dão a idéia de uma grande prateleira e embelezam e caracterizam o prédio. Os 22 títulos ali representados foram escolhidos em concurso junto à comunidade, para posterior seleção pela Biblioteca. Dentre eles, visualizamos os clássicos: Romeu e Julieta, Faranheid 451, Cath 22, O Senhor dos Anéis. A Biblioteca apresenta no seu portal o lema "Knowledge for all" e é conhecida como a maior em serviços, oferecendo aulas, visitas agendadas, café, entrega de documentos, aluguel de espaços, andar exclusivo para história local (Missouri Collection), teatro, cinema, biblioteca infantil, dentre outros.

Tive acesso a essa imagem pela primeira vez por intermédio da amiga Bibliotecária Sandra Cabral, ex-presidente do Conselho Regional de Biblioteconomia-CRB 3, atual conselheira do Conselho Federal e, recentemente, em palestra realizada durante o encontro realizado na Unifor,  na passagem do Dia do Bibliotecário, razão pela qual fui incentivada a fazer essa postagem.

Fazendo a leitura dessa ideia extremamente criativa ocorreu-me de compará-la às estátuas enfileiradas da Ilha de Páscoa (Moais), mesmo com todo o mistério que ainda permeia sobre elas, tanto em função de representar o coletivo, a cultura do povo Rapa Nui, como também o individual, a sabedoria existente em cada Moai. Daí vários livros reunidos têm como contexto a Biblioteca, no entanto, cada um em particular é um mundo à parte a ser explorado.

domingo, 14 de março de 2010

12 de março: Dia do Bibliotecário


No último dia 12, comemorou-se em todo o Brasil o Dia do Bibliotecário, data do aniversário de Bastos Tigre, primeiro bibliotecário por concurso no Brasil, que execerceu a profissão por 40 anos.

Interessante foi a homenagem que eu e mais duas colegas de trabalho, ambas bibliotecárias, recebemos na MRH Arquivos, de inciativa da própria equipe que orientamos tecnicamente. Na oportunidade foi feita a leitura de um texto acerca da profissão, disponível na rede, cujo questionamento se dá desde a opção pela profissão até a sua essência, fazendo-me, naquele contexto, transportar à função diária, a qual executo quase automaticamente, sem me dar conta da sua complexidade. Fazer a interface do usuário com o seu desejo, na medida certa, ouvindo e interpretando as suas necessidades, para transcodificar em indexadores e assim efetuar a busca, resgatando em tempo hábil a informação preterida. É a leitura que se faz da demanda do leitor, no contexto que ele mesmo descreve, às vezes de forma não muito óbvia, mas que tem que ser clarificada.
Ao final a "Oração do Bibliotecário", de autoria da Bibliotecária Maria Aparecida Sell, foi lida, esclarecendo, porventura, alguma dúvida ainda presente com relação ao que faz o Bibliotecário e plantando em muitos daqueles iniciantes profissionais a semente que um dia poderá germinar.

Tive ainda a satisfação de ser parabenizada pela Coordenação, por colegas de trabalho e por usuários da Biblioteca da Faculdade CDL.

A atividade não é moderna, remonta à Antiguidade, o nome também não mais traduz toda a sua amplitude e complexidade, pois quebraram-se os muros das bibliotecas, o profissional de hoje atua em novas frentes de trabalho, haja vista o próprio Google, que mantém na retaguarda um batalhão de bibliotecários indexando termos às URL's. O livro não é mais o único suporte da informação, ela agora é volátil, navega, é interativa e por isso necessita de organização e indexação.
Sou bibliotecária com muito orgulho, participei dessa trancisão e estou pronta para ver o que será! Saúdo a toda a classe.

Foto da foto:
Eu dedilhando fichas catalográficas datilografadas na Biblioteca do extinto Banco do Estado do Ceará-BEC, em 1986. A foto foi emoldurada em porta-retrato decorativo, que não hesitei em comprar em função do seu cenário típico de uma biblioteca.

sábado, 6 de março de 2010

Digna homenagem a José Armando Farias


Na quinta-feira, 04 de março, eu e minha família assistimos à cerimônia de posse da nova diretoria do Instituto dos Arquitetos do Brasil-Departamento Ceará, na Câmara de Dirigentes Lojistas de Fortaleza-CDL. Fomos convidados em função da homenagem aos ex-presidentes, dentre eles, ou melhor, o primeiro deles, meu pai, Arquiteto José Armando Farias, quem, juntamente com outros arquitetos pioneiros do Ceará, idealizou e criou o IAB-CE, no ano de 1957, estando à frente por mais uma gestão na década de sessenta.
Autor de diversos projetos, dentre eles o prédio do DAER, na rua Assunção, o Edifício General Tibúrcio, no Centro, a 2ª sede do Clube dos Diários, na Beira-mar, dentre outros.

Vi a foto e o nome de meu pai projetada no telão e ouvi as palavras dos oradores, dando ênfase ao feito histórico de meu pai e eu, fazendo a leitura de tudo isso, saudosamente, me transportei a felizes momentos que passei em sua breve companhia, momentos que jamais sairão da minha memória.

Muito cedo foi ter com o Pai, quem sabe os céus o requisitaram para um projeto de recriação e revitalização de espaço, dentro de uma arquitetura visionária e arrojada... Na certa, pois isso ele fazia com muita propriedade e era incisivo na questão da coerência, da harmonia, da integração do projeto, chegando ao ponto de rejeitar trabalhos em função das discrepâncias conjunturais exigidas às vezes pelos seus proprietários.

A família, os arquitetos e colegas de trabalho, os alunos da UFC e a sociedade como um todo privaram-se da sua companhia e do seu profissionalismo, no entanto, temos a certeza que existiu um motivo de força maior que transcende a nossa compreensão e a nossa existência.

Justa homenagem a quem também contribuiu não só para a implantação e disseminação da profissão no Estado do Ceará, mas também para a instituição do Curso de Arquitetura na Universidade Federal do Ceará-UFC. Parabéns a ele que criou esse contexto e o deixou para as gerações vindouras de arquitetos!

Fico grata ao IAB-CE pela homenagem que dedicou ao meu pai, culminando com a entrega de placa comemorativa, cujo recebimento se fez pela minha sobrinha e afilhada Arquiteta Ana Maria de Almeida Farias, graduada pela Unifor, iniciante na profissão, a quem desejo todo o sucesso.