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terça-feira, 9 de junho de 2015

"O Futuro tem um coração antigo": Dia Internacional dos Arquivos

Neste Dia Internacional dos Arquivos tomo a frase de Carlo Levi para ressaltar a importância dos arquivos, por fazerem parte de nossas vidas.

Em passagem à Oficina Brennand, deparei-me com ela em grande estilo, cravada na arte da cerâmica,  não hesitei em registrar o momento.


Painel cerâmico da Oficina Brennand


O que seria do futuro sem os registros do passado? Nesse ponto os arquivos estão presentes e são incisivos. 

Os registros do passado e do presente influenciam aqueles que ainda virão, tanto na vida em geral, como no contexto da Arquivística. Um lugar, uma cidade, uma pessoa, uma empresa são entidades produtoras de documentos durante o desenvolvimento de suas ações. São passagens de uma vida que vão se agregando de forma cumulativa, sem pretensão, é a natureza dos registros arquivísticos, que, se preservados, podem ser resgatados para contar a história.

Passado presente no futuro, futuro cheio de presente que já virou passado. Futuro que não se constitui do nada, herda passos do passado, se transforma, passa a ser o que vai ser e logo já vira passado. 

Sem os arquivos, tudo se perde, nada se conhece.

Para conhecer mais sobre a obra de Carlo Levi
Para conhecer mais sobre a obra de Francisco Brennand

domingo, 15 de março de 2015

Consumidor de informação

Neste Dia Mundial do Consumidor vale ressaltar um produto muito importante de consumo: a informação. Nós bibliotecários e demais profissionais que lidam com o tratamento da informação, nos deparamos, rotineiramente, com cidadãos, enquanto consumidores de informação.

Sabemos que a informação no âmbito do direito de informação do consumidor, aquela que já está prevista no Código de Defesa do Consumidor, referente à atividade e relação de consumo, ou a informação prevista na Lei 12.527/2001, que faz parte do art. 5º da Constituiçãosão fundamentais para cumprir e respeitar o viés civil do cidadão. 



Mas, a informação que alimenta a mente, que faz gerar conhecimento, vai além desse aspecto, engloba o cidadão pessoa, pessoa que deseja conhecer mais de tudo que está ao seu redor, para com isso transformar a realidade e viver nelhor.  



Quem não precisa de informação? 

Quem não é consumidor de informação?

Em meio a um turbilhão de informação emanada de diversas mídias e canais, quem mais apropriado para selecioná-la, classificá-la e torná-la acessível ao cidadão?

quinta-feira, 12 de março de 2015

Bibliotecário, a ordem é reinventar-se!

Mais um 12 de Março, mais uma oportunidade de reflexão para reinvenção do bibliotecário.

Para esta vez, resolvi buscar palavras prefixadas por multi, porque hoje, bibliotecário tem que usar e abusar desse prefixo.

Multissecular e Multicultural, porque atravessou séculos de tradição e cultura, chegando à atualidade com dinamismo, inovação e tecnologia que os novos tempos requer.

Multidimensional e Multidirecional, porque está presente em várias dimensões: social, educacional, cultural, histórica, política, administrativa, técnica e tecnológica, atuando de forma integrada em muitas direções.

MultifacetadoMultiarticulado, porque se apresenta sob várias facetas, para que estas permitam articulação com tudo e com todos.

Multidisciplinar e Multiplicativo, porque interage com muitas disciplinas, aliás, faz parte da própria natureza da profissão, sabendo dividir conhecimento no presente, para que sejam multiplicados no futuro.

MultilocalMulticanal, porque vai em busca da informação em todo lugar, por intermédio de qualquer canal, visando disponibilizá-la para todos.

Multitarefa e Multifocal, porque não mede esforços para fazer acontecer, exercendo tantas quantas forem as tarefas necessárias, independente do foco a ser atingido.

Enfim, um Multiprofissional, que atua no contexto, conforme a leitura.

E você, também usa e abusa do multi? Não seja o último a fazê-lo!



Parabéns, Bibliotecário!
Feliz Dia do Bibliotecário!

quinta-feira, 5 de março de 2015

Na crise, crie!




















Das crises podem nascer oportunidades. Foi assim quando se iniciaram as falácias sobre a privatização do Banco do Estado do Ceará, em meados da década de noventa e surgiu a oportunidade da demissão voluntária, acarretando na despedida do cargo de bibliotecária concursada, e na vontade de mudar e empreender. 

Planejamento, criatividade, agregação de valor, exposição ao risco, análise do mercado, são tantas as premissas dessa atividade! Mas, nada impossível, pelo contrário, os exemplos estão por aí... 

Ser o próprio agente promotor da mudança é fantástico! 

Portanto, em contexto de crise, é só tirar o "s", fazer nova leitura, e seguir em frente, sempre em frente, que atrás vem gente... 

"Muitas coisas não ousamos empreender por parecerem difíceis; entretanto, são difíceis porque não ousamos empreendê-las." (Séneca)

domingo, 1 de março de 2015

Teclas e telas... cadê o "c"?



Teclas eram tocadas, hoje, novo contexto, telas são tocadas. O “c” foi parar no ciberespaço, nas nuvens do céu...

Evolução da tecnologia... As telas sensíveis ao toque dispensam o uso de periféricos e quem já gostava de tocar teclas, hoje, curte o tocar telas. Basta um simples toque com os dedos, para um mundo se abrir aos nossos pés, digo, aos nossos dedos e olhos. 

É viagem certa, sem sair do lugar, sem tirar os pés do chão.




Qualquer informação, a qualquer hora, em qualquer lugar, de qualquer pessoa, está tudo interligado. O mundo está cada vez maior, ou será menor?


O que mais vem por aí?...


terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Sem medo



Da janela do meu quarto registrei um pássaro, posando na ponta de uma haste de palmeira e depois, sem medo, desafiou a haste mais alta, indo para o cume daquela palma que ainda não abriu, a céu aberto.

Daí fiz a seguinte leitura desse contexto, estou aqui no presente, mas, o futuro é bem ali, a vida é tão efêmera, e os desafios são tantos (ameaças/oportunidades), que, às vezes, temos que dar uma de pássaro, deixar o medo e as incertezas para trás (pontos fracos), maximizar as nossas qualidades (pontos fortes), voar para um galho mais alto e, quiçá, ficar de olho naquele que ainda está para nascer (oportunidades), sob pena de alguém vir antes e ocupá-lo, sem deixar espaço (ameaças).





quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

O bibliotecário e as festas de fim de ano

Fim de Ano,

Época de catalogar e classificar os acontecimentos como ensino e aprendizagem.
Tempo de desbastar o que não é útil, e doar o que está sobrando para quem precisa.
Período para conservar as amizades boas e restaurar as amizades perdidas.
Contexto para ler e interpretar  o livro da vida e indexar cada palavra-chave.
Oportunidade de se conectar com tudo e com todos.
Momento de inventariar o passado para planejar o futuro.
Dia de tombar para sempre os minutos raros e preciosos do ano.
Ocasião para atender ao chamado de fazer o bem.
Hora de descartar as coisas ruins e de multiplicar as coisas boas.
Instante para lembrar e registrar cada exemplar de gratidão.
Ápice de confraternização e amor, para preservar os valores cristãos.

Natal! Noite para referenciar e reverenciar o Pai de tudo.
Ano Novo! Passagem para buscar uma vida melhor.


Neste Natal desejo a todos que resgatem das páginas das histórias dos maiores best sellers mundiais, as passagens mais esfuziantes e cheias de amor, para que as vivenciam intensamente por todo o Ano Novo.



domingo, 9 de novembro de 2014

Há sempre um muro a ser derrubado...

Muro que se vai... Mudança que vem, retrocesso que sai... Melhora que vem. Na geopolítica se fez uma nova leitura e se criou um novo contexto. Abaixo o totalitarismo e viva a democracia! Foi assim com o Muro de Berlim.

A simbologia deste dia faz pensar: há sempre um muro a ser derrubado... Isso representa a história, o próprio caminhar, é a superação, a busca pela melhoria, é a própria vida. Porque todo muro criado pelo homem pode ser transponível, seja ele físico ou idealizado, de alvenaria ou do imaginário, basta juntar forças e querer. Poderá ser assim com qualquer um.

Abaixo todos os muros que impedem a caminhada! 




domingo, 26 de outubro de 2014

A hora da verdade, tardará, mas, chegará!

Usando o jargão dos anos 80, de autoria de Jan Carlzon, digo que chegou "a hora da verdade".  O autor chamou de "a hora da verdade" aquele momento especial, em que o cliente se depara com o pessoal da linha de frente da empresa, é a hora do atendimento, que, sendo de boa qualidade, o faz retornar e procurar novamente os serviços da mesma empresa. 26 de outubro representou a hora da verdade (não para mim). O povo optou em continuar com a mesma situação.

É duro constatar que depois de tantas falácias, a situação não ideal tenha sido vencedora. Mas, penso ser uma questão de tempo, os donos do poder vão ter que se deparar com os fatos reais que virão à tona, porque a realidade verdadeira não perdoa. Daí, é a oportunidade de dar a volta por cima e desfazer o que está consolidado. A verdade é que a verdade dói, por isso, mesmo que venha tardiamente, terá o efeito esperado, talvez até melhor.

De um contexto de ameaça sabemos que pode surgir uma grande oportunidade. Vamos torcer para que os representantes do bem dessa grande empresa Brasil tenham sabedoria para fazer a leitura dessa ameaça e transformá-la em uma excelente oportunidade para um Brasil melhor.

Acredito em um país alegre, colorido de verde, amarelo, azul e branco, e não em um país vermelho de raiva.


Dei o meu recado! 


terça-feira, 26 de agosto de 2014

Livro companheiro

Um livro é companheiro para todas as horas, seja ele de qualquer formato, de qualquer gênero, de qualquer autor, a afirmação é apenas a confirmação da primeira, segunda e terceira leis de Ranganathan.

Livro que traz conhecimento e cultura, provocando aprendizagem para a evolução do saber, fazendo a cidadania acontecer.


Tenho sempre um a mão, porque toda hora é hora de uma boa leitura!

domingo, 1 de junho de 2014

Copa da leitura



Na Copa da Leitura não há eliminatórias, porque há espaço para todos, a ordem é ler poesias, teorias e histórias. 

Na Copa da Leitura não há time melhor que o outro, pois todos seguem o seu próprio ritmo e texto, cada um dentro do seu contexto.

Na Copa da Leitura não há juiz nem bandeirinha, não há bola fora em nenhum momento, toda leitura é fonte de informação e de conhecimento.

Na Copa da Leitura não há grupo A, B ou C, porque a ordem é somente ler.

Na Copa da Leitura não há oitavas nem quartas de finais, porque cooperação e integração são incondicionais.

Na Copa da Leitura não há semi-finais e nem partida final, porque o gosto pela leitura é natural.

Na Copa da Leitura há uma plateia gigante, que torce por todos a todo instante, porque ler é fascinante e gratificante. 

Na Copa da Leitura não há bola fora, porque é gol toda hora: GOOOOLLL!



terça-feira, 6 de maio de 2014

A Vida é uma sentença matemática complexa


Uma das tarefas de mãe é desmistificar as coisas que não chegam fácil à mente dos filhos, ou, pelo menos, orientá-los para esse entendimento, esclarecendo, explicando e buscando argumentos factíveis, possíveis para a compreensão, conforme a idade.  

Gostar de Matemática... Tarefa um tanto difícil para a maioria das crianças. Não foi diferente com o meu caçula, hoje já com 20 anos.

Para tornar a coisa mais lúdica e mostrar a importância dessa ciência fantástica, eu lançava desafios diários para ele, fazendo com que me apresentasse algo que não precisasse ou não tivesse a presença da Matemática. Era uma forma de "forçá-lo" a pensar, pois, entretido com o jogo, ele ia devagarinho percebendo o quanto a matemática é presente na nossa vida.


pps Diramar, setembro 2008.


E, de vez em quando, ele lançava palavras soltas, objetos, lugares e tudo mais que estava ao seu redor ou que lhe vinha em pensamento... 
_ Parede!
_ Estrela!
_ Livro!
_ Comida!
_ Bicicleta!

Mas, sempre eu buscava lá no fundo algum conceito, operação, símbolo, fórmula, dimensão, fosse o que fosse, eu conseguia respondê-lo a favor da velha ciência. Era também um desafio para mim, que, por vezes. tinha que recorrer às pesquisas, diante de tanta astúcia de uma criança.

O fato é que essa criança se convenceu da importância da Matemática, fórmulas, equações e situações problemas foram respeitadas, mas, não cedeu aos seus caprichos, elas lá no canto delas e ele bem distante... Cada um no seu direito! E a opção foi Direito! 

Agora eu me pego com esse contexto para desenvolver esse texto, pra lá de matemático, até porque, quando não consigo explicar ou entender algo pelas vias normais, sempre busco a danada da Matemática e tenho conseguido me sair muito bem. Foi assim estudando Biblioteconomia, Marketing, Didática, etc. Simplesmente espetacular!

Pois bem...

Comemorando este dia de hoje, que faz alusão à Matemática, além da lembrança e experiência pessoal acima, achei oportuno  fazer essa reflexão.

Se transformarmos a vida em uma grande sentença matemática, teríamos todas as operações juntas acrescidas de todos os símbolos possíveis.

Soma, para agregarmos valor, seja no que for.

Subtração, para extrair o mal, quando se instala no coração.

Multiplicação, para perpetuar a Humanidade, uma benção!

Divisão, para compartilhar conhecimento e pão.

Parênteses, para as ações que devem ser tratadas à parte e efetuadas antes das outras, questões de prioridades, de ênfases.

Potenciação, para potencializar o acerto, lhe dando maior dimensão.

Radiciação, para encontrar a raiz do erro e tentar minimizá-lo de prontidão.

Igualdade, quando compreendemos que todo mundo é irmão e, em contrapartida, desigualdade, para as injustiças do dia a dia, crueldade.

Pertence e não pertence, quando o "ter" fala mais alto do que o "ser".

União e interseção, para juntar forças ou realçar o que há de comum, em prol do bem do irmão.

Enfim, infinito, para a vida eterna que se espera no fim. 




sábado, 19 de abril de 2014

A Vida venceu a Morte! Aleluia!



No contexto de morte, uma nova leituraVIDA! Vida sem ruptura, agora, muito mais forteA vida venceu a morte,  Aleluia!!!


sábado, 29 de março de 2014

Teach and learn


Dei de cara com essa imagem e de pronto fiz a leitura.

Minha hipótese:

O ensino reflete no aprendizado e este é a base daquele.
O ensino se espelha no aprendizado e este é resultado daquele.




Fala dos mestres:

"A alegria que se tem em pensar e aprender faz-nos pensar e aprender ainda mais." (Aristóteles)

"Ensinando, aprende-se." (Sêneca)

"É impossível um homem aprender aquilo que ele acha que sabe." (Epicteto)

"Ensinar é aprender em dobro." (Joseph Joubert)

"Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina." (Cora Coralina)

"Quando um ensina, dois aprendem." (Robert Heinlein)


Minha conclusão:

Não há quem saiba tão pouco que não possa ensinar algo, nem quem saiba muito que não possa aprender mais um pouco.

Não há contexto em que não se possa aprender e ensinar algo.

sábado, 22 de fevereiro de 2014

Colhemos o que plantamos




Meu pé de acerola (Malpighia emarginata) já rendeu muitos frutos e continua se perpetuando. A colheita está sendo muito boa, cesto cheio e um estoque congelado no freezer. Acerolas saboreadas ao natural e muitas jarras de suco gelado.

Em postagem anterior anunciei a primeira frutinha que nasceu, já fazem mais de 3 anos... Mas, já tive problemas com ele, parasitas quiseram destruir o meu pé de acerola, qualquer descuido e falta de atenção, quando menos se espera, o que se plantou pode não vingar. 

Além da água, muito adubo e defensivos são as necessidades agrícolas básicas, mas, dedicação e amor são também essenciais, a planta gosta e retribui. E, nesse contexto, o meio ambiente fica perfeito, com equilíbrio e harmonia entre os elementos mineral, vegetal e animal.



Uma muda doada com amor, recebida com amor, plantada e cultivada com amor, só pode resultar em muitos frutos. 

Colhemos o que plantamos! 
Fazendo uma nova leitura, uma metáfora do reino vegetal para a vida humana.

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

"Somos o que fomos"


O título dessa postagem foi extraído do filme Amstad, especificamente do pensamento que compartilham os personagens Cinque, o escravo guerreiro, e John Quincy Adams, ex-presidente dos Estados Unidos, interpretados por Djimon Hounsou e Anthony Hopkins, respectivamente. 

O filme Amstad é baseado em fatos reais, meu gênero predileto, e trata do julgamento de escravos africanos em país estrangeiro, abrangendo política internacional, impasses jurídico, econômico e diplomático, visando os interesses dos países envolvidos e não os interesses do ser humano. Um julgamento que, levado à última instância, culmina com a fundamentação no direito natural e nos princípios consagrados da Declaração da Independência dos Estados Unidos da América, devolvendo ao grupo a liberdade. 

Vale a pena assistir! Confira o trailler!





Sempre que assisto filmes dessa natureza imagino o resgate histórico, os registros arquivísticos necessários para a composição da história, das cenas, dos personagens, das falas e das vestimentas. E, uma vez estando com esse pensamento, tendo a atuar como bibliotecária a catalogar e classificar livros ou, como arquivista, a ler, interpretar e descrever documentos. 

Mas, voltando ao título da postagem, conforme sugere o filme, "somos o que fomos", porque trazemos as raízes e as memórias dos nossos ancestrais, para, em situação de sofrimento, angústia e aflição, invocá-las do tempo e da história, trazendo forças a nosso favor. Também significa que somos hoje o somatório ou a subtração do que fomos ou deixamos de ser no passado.


"O tempo passa e o momento se vai.... Não estamos sozinhos, estamos sempre com nossos ancestrais. Invocar os nossos ancestrais, desde o inicio dos tempos e implorar que venham nos ajudar. Incorporar a força deles e eles virão, porque neste momento, sou a única razão por eles terem existido, afinal, nós somos o que fomos!"



Cinque


Completando Cinque, a nossa leitura de indivíduo pessoa contém os nossos ancestrais, porque não nascemos do nada, há um contexto, algo que já existia antes, que somado a nossa própria história de vida, se multiplica a cada ano e gera a bagagem que carregamos.

Tudo isso, até mesmo o que deixamos de sê-lo ou de fazê-lo, também somos!


Em momento anterior do filme, outra frase também chama a atenção de quem aprecia os registros históricos: "conte a sua história!"

A história de cada um é como se fosse um grande livro que traz um longo prefácio (a presença dos ancestrais), se iniciando literalmente com o nosso nascimento e sendo concluso com a nossa despedida. No futuro essa mesma história fará parte da vida de outras pessoas, é o nosso posfácio, que resulta no prefácio dos nossos descendentes, ou seja, os ancestrais dos que vierem depois.

Se olharmos considerando a vida como um grande arquivo, temos o arquivo permanente já existente antes de nascermos, que pertence aos nossos ancestrais, de onde herdamos os genes biológico, social, cultural, intelectual e emocional, a idade corrente, representando a nossa plena atividade, a nossa vida em si, a idade intermediária, quando descansamos dessa vida e a nossa idade permanente, quando deixamos o legado para os nossos descendentes.

Se atentarmos para tudo isso, até mesmo o que deixamos de sê-lo ou de fazê-lo, também somos!

Concluo que somos e seremos eternos bibliotecários e arquivistas das nossas próprias histórias!

domingo, 5 de janeiro de 2014

Tornar-se oceano: renascimento

Nesse início de ano, é comum fazermos reflexões acerca do que ele nos reserva. Na verdade são as nossas escolhas e decisões, no exercício do livre arbítrio, que comporão esse destino, que, às vezes, pensamos já estar traçado e pronto. 

O fato é que só temos que ir sempre em frente, enfrentando cada obstáculo e desafio, qual um rio que corre para o mar. 

Nesse sentido, trago o texto que recebi por e-mail de meu irmão Fábio na passagem do ano.


Diz-se que, mesmo antes de um rio cair no oceano ele treme de medo. Olha para trás, para toda a jornada,os cumes, as montanhas, o longo caminho sinuoso através das florestas, através dos povoados, e vê à sua frente um oceano tão vasto que entrar nele nada mais é do que desaparecer para sempre. Mas não há outra maneira. O rio não pode voltar. 

Ninguém pode voltar. Voltar é impossível na existência. Você pode apenas ir em frente.
O rio precisa se arriscar e entrar no oceano. E somente quando ele entra no oceano é que o medo desaparece. Porque apenas então o rio saberá que não se trata de desaparecer no oceano, mas tornar-se oceano. Por um lado é desaparecimento e por outro lado é renascimento. 
Assim somos nós. Só podemos ir em frente e arriscar.
Coragem !! Avance firme e torne-se Oceano!!! 
Autoria atribuída na internet a Osho.



olhares.uol.com.br - Encontro do Rio com o Mar. Autor(a) Luanna Oliveira.


g1.globo.com - Globo Mar mostra encontro do Rio São Francisco com Oceano Atlântico



Página de Glauco Umbelino - Encontro do rio com o mar na Costa do Sauípe-BA


terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Noite de Natal!


















Bastou um Dia e um Homem para começar uma nova era.
Era uma noite comum, que passou a ser uma noite especial.
Especial é ter como presente de Natal,
Natal presente em todos os dias da vida.

Leitura de muita paz e amor.
Amor entre todos os homens.
Homens que se espelham no contexto de Jesus...
Jesus, alegria dos homens!

Feliz Natal!

AnaLu

domingo, 24 de novembro de 2013

"Todo ponto de vista é a vista de um ponto"


Depois de muitos anos, a oportunidade de ler A Águia e a galinha, de Leonardo Boff, exemplar da minha estante ainda na sua 16ª edição (hoje já na 51ª),  além de toda a filosofia da condição humana que envolve a obra, destaco sua importância para ilustrar esse espaço de leitura e contexto, a partir do recorte do trecho introdutório, em que o autor exalta a questão da leitura, conforme o contexto.






"Ler significa reler e compreender, interpretar. Cada um lê com os olhos que tem. E interpreta a partir de onde os pés pisam. 
Todo ponto de vista é a vista de um ponto. Para entender como alguém lê, é necessário saber como são seus olhos e qual é sua visão de mundo.Isso faz da leitura sempre uma releitura. 
A cabeça pensa a partir de onde os pés pisam. Para compreender, é essencial conhecer o lugar social de quem olha. Vale dizer: como alguém vive, com quem convive, que experiências tem, em que trabalha, que desejos alimenta, como assume os dramas da vida e da morte e que esperanças o animam. Isso faz da compreensão sempre uma interpretação. 
Sendo assim, fica evidente que cada leitor é co-autor. Porque cada um lê e relê com os olhos que tem. Porque compreende e interpreta a partir do mundo em que habita." (p. 9)


Importante também é ressaltar o enfoque positivo que ele dá à dualidade (não dualismo), como fator essencial para a compreensão da complexidade do universo. Nessa realidade as partes se articulam e se inter-relacionam, "dando origem a um sistema dinâmico sempre aberto a novas sínteses." (p. 75) 

No livro essas partes são representadas pela águia e pela galinha. Precisamos crescer humanamente, trabalhando as nossas dimensões de águia e galinha. O importante é o equilíbrio entre elas, é saber usá-las, pois ambas são importantes  por um lado, a abertura para a vida, os sonhos a serem realizados como projeto de vida, por outro, as limitações do mundo concreto, o ser histórico, enraizado no cotidiano.

Em Leonardo Boff encontrei mais um reforço para este espaço, englobando as dimensões da leitura e do contexto.

Essa leitura foi despertada pela postagem Leitura: fonte do conhecimento, na Blogteca da Faculdade CDL.
BOFF, Leonardo. A Águia e a galinha: uma metáfora da condição humana. 16 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 1998.

sábado, 20 de julho de 2013

O Leitor em sua gênese e proficiência


Não basta só ensinar a ler e escrever, devemos, sobretudo, formar leitores em potencial. Dar continuidade, elasticidade e circularidade ao processo, pois a questão não é linear, como ocorre em um processo de produção industrial. As palavras, o texto, o contexto se inter-relacionam com tudo que está ao redor e é necessário ir sempre mais além, para sair do status de gênese e caminhar em direção à proficiência.

Uma leitura pode levar a vários caminhos, inclusive paradoxais - uma conclusão, mesmo que temporária ou mudança de ponto de vista; uma pequena dúvida que deve ser esclarecida ou uma grande pesquisa que deve ser realizada; uma confirmação ou uma nova visão de mundo, leituras leves de entretenimento ou leituras capciosas de muita reflexão. Com certeza, todos eles ampliam o conhecimento. 

Mas, retomando a questão da proficiência, quando coloquei acima, em direção à proficiência, expresso a minha concordância com a autora Marta Morais da Costa, em uma das suas crônicas do "Mapa do Mundo: crônicas sobre leitura", em que faz algumas afirmações e indagações objetivas e responde de forma subjetiva, pois as questões têm esse caráter:

"Os números responsáveis pela formação do leitor são uma incógnita, ou flutuam de leitor para leitor. [...] Quantos livros são necessários para formar um leitor proficiente? 
Em que momento um leitor se torna independente e crítico?
[...]

A formação do leitor passa pela qualidade do texto lido. A quantidade é decorrência. [...] O mérito não reside na velocidade com que fazemos, mas na eficiência, prazer e competência com que o fazemos".

Leitura, questão de atitude, questão infinita, questão de contexto!

Feliz por ler "Mapa do Mundo: crônicas sobre leitura", recomendo a leitura.