terça-feira, 8 de março de 2011

"Carnavais, malandros e heróis" no Carnaval 2011

Assistindo a pequenos trechos televisivos, abertos e fechados, do Carnaval 2011, ocorreu-me de lembrar do livro "Carnavais, Malandros e Heróis", de Roberto DaMatta, ao identificar muitos dos elementos que ele retrata na sua obra, denunciantes da complexidade da cultura brasileira. E mais... muita dessa cultura está representada pelo próprio evento, quando as escolas de samba buscam a riqueza da história (e até da fantasia), para retratá-la em passos e notas de samba.

No contexto das imagens e sons desses dias de folia, reconheci a corrida dos repórteres em buscar os "famosos" para entrevistas, em mostrar o homem comum desfilando em seu dia de glória ou aproveitando para "ralar" e ganhar alguns trocados a mais, em evidenciar as autoridades no exercício do poder e os eventuais marginais, que se aproveitam das falhas dessas instituições e, até de ressaltar as alternativas de fuga de outros, na busca de algo não profano, aproximando-se mais do Divino. Ou seja, cada um faz a sua leitura, conforme o seu contexto, ou cada um cria seu contexto, conforme a leitura que faz da vida.

Não estariam trazendo à tona os personagens (o malandro, o herói, o caxias, o renunciador), as estruturas, os aspectos e os espaços do livro de Da Matta?
A dicotomia entre o indivíduo e a pessoa, entre o mundo da casa e o mundo da rua, entre a autoridade/hierarquia e o "tudo pode", o "jeitinho brasileiro", entre o "Você sabe com quem está falando" e o Who do you think you are?” , dentre outras, revelam os dilemas do cotiano brasileiro.

Escrito há mais de 30 anos, apesar do contexto da ditadura militar, a leitura é tão atual, quanto referência para compreendermos um pouco do que é o Brasil, do que é seu povo, de como é seu caráter e sua cultura.

Longe de mim resenhá-lo nesse post, foi apenas um insite que me ocorreu neste feriadão, até porque tenho falado desse livro com meu irmão historiador, Armando Farias, apreciador das clássicas e boas leituras.


segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Cartas para a posteridade: Américo Vespúcio

Lendo Novo Mundo: as cartas que batizaram a América, de Américo Vespúcio, depareime-me com o seguinte trecho:

"E, como me enfada prosseguir descrevendo tudo, [...]".

O referido trecho se sucede ao relato do primeiro caso de antropofagia ocorrido no Novo Mundo e às sucessivas escalas e voltas do navegador em contatos com muitos nativos, segundo notas de Eduardo Bueno. Fazendo a leitura dessa passagem, considerando aquele contexto de "navegar é preciso", quem não se enfadaria de ter a obrigação de registrar detalhes, explicações e até ilustrar o que era novo aos seus olhos ao meio de tantas adversidades? Ora, meu caro Vespúcio, não fossem suas cartas (mesmo com erros, exageros e imprecisões), como conheceríamos as descobertas, aventuras, venturas e desventuras de suas três viagens?


Disso tudo vimos a importância dos documentos de arquivo para a História da Humanidade e da Biblioteca para a sociedade, pois a leitura chegou as minhas mãos pelo Projeto Trocando livros e ideias, que promovemos pela Biblioteca da Faculdade CDL.


quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Leitura das árvores


No contexto de adversidades,

Nas situações de risco eminente,

Deixo a Luz Divina entrar,

Faço ponte com quem amo, 




Me agarro com quem amo,


Me espalho por inteira,
E recebo toda a cobertura!
AnaLu

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

No limite dos dois extremos: "arquivar no lixo" ou "guardar para sempre".

Deparamo-nos ainda com essa realidade nas empresas, se de um lado há os extremistas com ojeriza a documentos, que tendem a eliminar tudo, indiscriminadamente, temos do lado oposto os que são por demais precavidos e receosos, que tudo guardam, gerando uma massa documental infindável. 

Para aqueles o fim do ano é justificativa suficiente para eliminar o arquivo do ano que passou e iniciar o ano com os armários vazios, prontos para acolher a nova documentação orgânica a ser gerada/recebida. Não se atentam que a documentação de dezembro do ano que findou ainda não fez um mês.

Para os exagerados por segurança, conclui-se que o são para provar o que fizeram na administração, mesmo que o fato já seja desprovido de valor fiscal/legal. Nada como a aplicação do bom senso, a leitura correta dos documentos para concepção de uma boa tabela de temporalidade para conduzir a destinação desses documentos, a maioria deles não legisláveis, ou seja, não possuem legislação específica nem correlata para indicar objetivamente o tempo de guarda.

Nem "arquivar no lixo" nem "guardar para sempre", obrigatoriamente. Há um meio termo, há o equilíbrio, há a construção da Tabela de Temporalidade, que se bem elaborada, validada, aplicada e sempre revisada, respeitando o contexto orgânico, resulta no controle da massa documental, com o descarte consciente e formal e com a guarda do que tem que ser preservado pelo tempo necessário.

Na sua empresa já foi elaborada a Tabela de Temporalidade? Contrate o profissional da área que ele tem competência para fazê-lo e a empresa só tem a ganhar.


domingo, 13 de fevereiro de 2011

Muita água: do caos ao final feliz

Na quinta-feira última, 10/02, compromisso pela manhã, mais um workshop junto a um novo cliente. Tudo certo, confirmado o evento, material pronto para apresentar, caneta laser, táxi chamado a tempo. Percurso lento em função da chuva e do engarrafamento. Foram dez minutos de atraso. Eis que fico na porta da empresa, sem puder descer do táxi, a água banhava a calçada por volta de um palmo. Não se sabia o que era rua, bueiro, meiofio ou calçada. Fiz a leitura do próprio caos. Vi tudo ir por água abaixo, mas...

Bendito taxista! Teve a ideia de entrar em um estacionamento vizinho de piso mais alto, pude saltar e ainda ficar protegida sob um teto.

Bendito vendedor ambulante! Viu o meu sufoco e logo veio me oferecer uma sombrinha, havia delas de todas as cores e modelos. Comprei no ato.

Bendito celular! Liguei para a gestora e avisei do ocorrido e ela prontamente mandou um carro da empresa me pegar. Fizemos uma volta no quarteirão e entramos, adivinhem onde? 

Bendita garagem no subsolo! Cheguei para ministrar a palestra sã e salva, melhor, limpa e seca. Melhor ainda, todos gostaram.

Agora faço uma nova leitura, da conspiração para o bem, para o final feliz.
Eita dia chuvoso de contexto gostoso!

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Casamento da TI com a CI


Acessei o Blog da Profª. Renate Landshoff e li seu artigo acerca de TI e CI (Onde há tecnologia deve haver informação!). 

Fui aluna em 2008 da Renate, pela FESPSP, no Curso de pós-graduação de Marketing Estratégico em Unidades de Informação e reconheço o seu conhecimento e expertise na área. 

Fiz a leitura do artigo, um breviário muito bem constituído do assunto, comentei dentro do contexto sugerido pelo título e achei por bem aqui compartilhar esse comentário.


Tentar Ignorar a TI é o mesmo que Trabalhar Ilhado, Travado e Isento de qualquer avanço, é Teclar e não Interpretar.

Conhecer Incontinenti a CI é não perder tempo, é Conseguir Informar, é Caprichar na Indexação dos metadados, gerando Conhecimento Incalculável.


(AnaLu)




domingo, 30 de janeiro de 2011

De volta ao trabalho!

Depois de férias merecidas e bem curtidas, é sempre bom o retorno ao trabalho, principalmente quando se faz o que gosta. Pois é... Estou agora novamente no contexto de arquivo e de biblioteca. Motivos não faltam para retornar com expectativa. Para ele, novos clientes, novos fundos arquivísticos, novos projetos e soluções, para ela, novos alunos, novos cursos, novos livros e leituras.

O Senhor Arquivo proporciona-me o desafio do "antes", o crescimento com o "durante" e a maravilha do "depois". É deparar-me com a desorganização, com a falta de gestão e tornar a massa documental acessível e controlável.

Já a Senhora Biblioteca, que além de me nutrir diariamente com informação e conhecimento, proporciona-me a convivência paradoxal entre o sossego dos autores presentes na sua ausência e a dinâmica organizada do entra e sai dos usuários, tendo que compreender aqueles para atender estes.




O novo às vezes assusta, mas, aprender com ele, faz dele um velho amigo, portanto, estou a postos, para entender e fazer a leitura do novo, que venham os desafios!


domingo, 23 de janeiro de 2011

Parque das Aves

No Parque das Aves, também em Foz do Iguaçu,  você fica bem pertinho, invadindo o contexto delas, mas, sem interferir, apenas convivendo, apreciando e fazendo a leitura mais linda do lugar: pura natureza, muita beleza!
Visitei e amei.





sábado, 22 de janeiro de 2011

A voz da Foz

Quanta beleza!
No contexto exuberante,
Maravilha da natureza!
Leitura de simplicidade.
Cataratas da Foz do Iguaçu,
Abençoada cidade!
Água dobrando, água respingando,
Água espumando, água falando.
É a voz da Foz.
Foz do Iguaçu,
Rio lá do sul,
Lugar sem igual,
Rio majestoso,
Som maravilhoso,
É a voz da Foz,
Pura beleza,
Presença de Deus,
Pura natureza.
Paisagem de cartão postal,
Imagem sem igual.
É a vez da Foz.
Visitei e amei.

AnaLu

 
















por Mario Chaves

domingo, 9 de janeiro de 2011

1 ano de leitura e contexto

Passou e nem me dei conta! Em 27.12.2010, Leitura e contexto completou 1 ano de postagem, inaugurando o espaço com a postagem Calímaco de Cirene: http://leituraecontexto.blogspot.com/2009/12/calimaco-de-cirene.html. Penso que consegui me manter fiel ao tema proposto e, para não perder o costume, digo que cada postagem foi concebida de acordo com o meu contexto vivenciado e espero que cada leitor tenha feito a leitura a seu modo, conforme o seu contexto.

Infância e brincadeiras do fundo do baú


_ Ana Luiza!...
_ Estou ocupada fazendo comidinha para a Keka, ainda tenho de levá-la para passear de carrinho e só depois é que posso me sentar na entradinha e posar para a foto.

Brincadeira de criança nos idos dos anos 60 era comum no jardim, cuidado pela minha mãe, da Casa da Gentilândia, construída pelo meu pai, onde eu e meus irmãos passávamos ricos momentos da infância, ainda hoje na memória, na saudade, lá no fundo do baú. O bom de tudo isso é o contexto do registro fotográfico, que, milagrosamente, traz de volta as lembranças, com direito a clima, cheiro, cenários, sons e até sentimentos, leitura completa da infância.

Infância feliz, infância completa, infância cheia de graça, graças a Deus e a meus pais.

sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Balanço de Bibliotecária e Arquivista

Nesse ano fiz vários registros,
Uns manuscritos, outros impressos,
Alguns em mídias especiais -- eletrônicos e até digitais.
Cataloguei e descrevi pessoas, lugares e eventos,
Respeitando sempre o princípio da proveniência.
Para pessoas e lugares,
Dei entrada pelo nome,
Apesar de desrespeitar algumas normas de autoria coletiva,
Para os  momentos, os quais se constituem dos dois,
Entrei pelo título.
Classifiquei-os como bons, ruins e mais ou menos,
Alguns até tombei, de tão importantes,
Com direito a depósito legal,
Outros, tive que desbastar,
Ora remanejando, ora descartando.
Tive ainda o cuidado de indexá-los,
Afinal, como recuperá-los?
Depois arquivei-os na memória,
Uns em prateleiras bem acessíveis,
Outros bem guardados, lá no alto,
Exceto os correntes,
Que de tão efêmeros, não deu tempo para fazê-lo.
E os periódicos, que vão e voltam?
Esses tive que revivê-los.
Aqueles, os mais importantes,
Ficarão em arquivo permanente,
Assumindo valor sentimental.
E, como a memória tem memória,
De vez em quando, recorrerei ao fichário,
Para buscá-los e relembrá-los.
Estou agora a fazer o inventário
Do meu fundo arquivístico
E percebi que o acervo cresceu,
As aquisições foram maiores que as perdas,
Que bom!
Das pessoas, tive que criar a subclasse de amigos,
Dos lugares, muitos ainda a visitar...
Dos momentos...
Há! Esses tenho que descrevê-los em seis níveis,
Tal como manda a norma,
Afinal a vida é feita de muitos deles:
Uma grande biblioteca dos que quero colecionar,
Um grande arquivo dos que se acumulam incondicionalmente.
Enfim...
Todo ano é assim, sai um e entra outro,
Mas, essa é a especial leitura,
Que faço do meu  rico contexto,
Com toda a graça e lisura
De ser Bibliotecária de formação
E Arquivista de coração!

AnaLu

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Olha 2011 aí gente!

Prosperidade? Repartir com bondade!
Conquistas? Que venham às vistas!
Sucesso? Não em excesso!
Saúde? Em toda sua plenitude!
Paz? Sempre contumaz!
Dinheiro? Para o ano inteiro!
Realizações? Com boas intenções!
Tranquilidade? Em qualquer idade!

Que essa leitura de 2011 invada seu contexto, Feliz 2011!!! 

***

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Contagem regressiva para as...



Mais um ano de trabalho intensivo. Finalmente o período tão esperado -- férias! Estou contando os dias para esse início, principalmente pela conciliação, quase total, dos dois trabalhos e pelo contexto das festas de fim de ano. Maravilha é fazer a leitura dessa palavra!
Não que desgoste do trabalho, pelo contrário, sou partidária de Cortela, mas é que uma vez por ano, o corpo e a mente precisam.


A ideia de trabalho como castigo precisa ser substituída pelo conceito de realizar uma obra (CORTELA, 2010).

***

domingo, 12 de dezembro de 2010

Prediletos da infância

Hoje mexendo na estante deparei-me com três títulos fabulosos. Cássicos da literatura infantil, que tive a iniciativa de comprá-los e apresentá-los aos meus três filhos, cada um na sua época, no seu contexto. O Verde Gaio, Pele de Asno e o famoso Peter Pan. Maravilhas de leituras! Tesouros que guardamos cheios de boas lembranças, lembranças da infância, dos momentos de descobertas de cada um deles e da caminhada como leitores.


quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Educação pela sensibilização

Depois de insistentes pichações, sempre a cada nova pintura, o Pichador resolveu dar trégua. Pudera! Foi educado pela sensibilização. Os proprietários resolveram mudar de estratégia, pintaram mais uma vez e fizeram algo mais - afixaram uma placa, mandando o recado:

"ATENÇÃO
SR. PICHADOR
A cada mês que esse muro permanecer limpo, a MRV e a Magis doarão uma cesta básica para uma creche ou instituição de caridade da sua cidade."


Dentro desse contexto, passei a verificar e torcer diariamente pela manutenção do muro pintado, que fica na minha rua. O fato é que, pelas minhas contas, o muro sem pichação já está fazendo aniversário e com isso todos serão beneficiados: os proprietários, o patrimônio, a Instituição que receberá a doação, a sociedade e, sobretudo, o Pichador, que, educado pela sensibilização, aprendeu a lição. 

Fazendo a leitura do ocorrido, entendemos que, diante desse contexto de mudança de foco, ou seja, o centro das atenções não é mais a pichação e sim a doação, o Pichador perdeu o seu objetivo principal, mudou de decisão, para não ser responsável pela não entrega da cesta básica.

São ações criativas e inteligentes como essa que levam a coisa adiante, nada de violência. Parabéns às duas empresas, MRV Engenharia e Magis Incorporações pela iniciativa, pelo diálogo silencioso com o entorno. A vizinhança agradece.

O empreendimento faz parte do Programa Minha Casa Minha Vida – PMCMV  que é um programa do Governo Federal em parceria com os estados e municípios, gerido pelo Ministério das Cidades e operacionalizado pela CAIXA. O objetivo do Programa é a produção de unidades habitacionais, que depois de concluídas são vendidas sem arrendamento prévio, às famílias que possuem renda familiar mensal até R$ 1.395,00.

domingo, 5 de dezembro de 2010

No meu jardim IV

Hoje fui dar uma voltinha no meu jardim e tive uma ótima surpresa - o pé de acerola (Malpighia emarginata) está com a primeira acerola. Bendita ela que foi tão esperada! Ganhei a muda em dezembro de 2008, quando executava, na sede do BNB, no Passaré, o trabalho de revisão no plano de arquivo daquele Banco. O presente foi da funcionária Glória, também amante das plantas, há poucos dias daquele Natal. Que venham muitos frutos!



Também dei uma apreciada em outras plantas do meu jardim. A dracena de vênus ou coqueiro de vênus (Dracena fragrans) está bem cheia de folhagem depois da última poda.


Outra folhagem que se desenvolveu bastante depois que saiu de um pequeno vaso foi a espadinha de São Jorge (Sansevieria trifasciata), agora no canteiro da entrada está em maior quantidade e com maior porte.


E com relação à floração, o jasmim manga vermelho (Plumeria rubra) floresceu pela primeira vez.


Já o hibisco amarelo e vermelho (hibiscus rosa-sinensis) e o buganvile rosado (Bougainvillea glabra) estão sempre florindo.




Nesse contexto de plantas, flores e jardim, lembro de alguns autores e faço a leitura, incluindo também a minha mãe, amante das plantas, de quem herdei essa maravilha.



Todo jardim começa com uma história de amor. Antes que qualquer árvore seja plantada ou um lago construído é preciso que eles tenham nascido dentro da alma. Quem não planta jardim por dentro, não planta jardins por fora e nem passeia por eles (Rubem Alves).

O segredo é não correr atrás das borboletas... É cuidar do jardim para que elas venham até você (Mário Quintana).

Se não houver frutos, valeu a beleza das flores; se não houver flores, valeu a sombra das folhas; se não houver folhas, valeu a intenção da semente (Henfil).


Uma flor é sempre uma flor, quer nascida em rico jardim, quer nascida no lago, na campina. Todas, primeiro botão, depois desabrocham para a vida (Maria da Conceição Farias, Concita).
***

sábado, 4 de dezembro de 2010

A força dos estagiários


Quem já não foi estagiário um dia? Recordo-me dos meus dias como tal na Biblioteca do SESC da Praça São Sebastião, em Fortaleza, sob a tutela das Bibliotecárias Zildene e Francisca e na companhia das colegas Denise, Mônica, Cefisa e Concita. Seleção criteriosa, afinal, a bolsa era excelente, sem falar na oportunidade de estagiar na conceituada instituição. Tempo bom! Aprendemos muito. Foi lá que organizei o primeiro catálogo, ainda em fichas datilografadas,  fiz minha primeira apresentação junto ao público usuário, dei minhas primeiras opiniões como aspirante à bibliotecária e que pude ler O Manto Sagrado, com mais de 800 páginas...

Hoje me vejo cercado deles, tendo a oportunidade de orientá-los na futura atividade profissional e também de aprender com eles, fazendo a leitura do modus operandi de cada um, conforme o contexto, podendo extrair o que há de novo e o que está efervescente.

Enfoco nessa postagem a atuação das atuais estagiárias do Curso de Biblioteconomia da UFC Dadylla e Lianna, ambas da Biblioteca da Faculdade CDL, onde atuamos. Na foto o encerramento "do Projeto Trocando Livros e Ideias", de autoria da Dadylla, que comemorou a Semana Nacional do Livro e da Biblioteca de 2010. Na logo do projeto, a presença incógnita e simbólica da estagiária Manuela, que em breve passagem deu sua contribuição e hoje está em vias de colar grau. 

 


E não podia deixar de citar os outros que já passaram pela Biblioteca, em ordem: Fátima, Neto, Edson, Érico, Marcella, Renan e Vanessa, além da galerinha do Projeto Primeiro Passo, estudantes do Ensino Médio, Jamilly, Jéssica, Thiago e Felipe.

"Acender o fósforo repetidas vezes"



Vou utilizar aqui um recurso de referenciação bibliográfica da ABNT para citar Érico Veríssimo. É o "apud", ou "citado por", pois não tive acesso direto a sua obra, mas, Ignácio de Loyola Brandão, em matéria de O Estado de S. Paulo, veiculada em 19 de novembro de 2010, o faz com muita propriedade, integrando-o de forma harmoniosa ao seu texto.



Desde que, adulto, comecei a escrever romances, tem-me animado até hoje a ideia de que o menos que o escritor pode fazer, numa época de atrocidades e injustiças como a nossa, é acender a sua lâmpada, fazer luz sobre a realidade de seu mundo, evitando que sobre ele caia a escuridão, propícia aos ladrões, aos assassinos e aos tiranos. Sim, segurar a lâmpada, a despeito da náusea e do horror. Se não tivermos uma lâmpada elétrica, acendamos o nosso toco de vela ou, em último caso, risquemos fósforos repetidamente, como um sinal de que não desertamos nosso posto (VERÍSSIMO, apud BRANDÃO, 2010).
 

Na matéria, o escritor fala do seu testemunho em algumas cidades do Brasil, junto aos trabalhos insistentes, incansáveis e inovadores de alguns profissionais, que, mesmo em condições adversas, em contexto não favorável, conseguem envolver alunos com a escrita e a leitura. Extraio parte do texto em que, desabafando, o escritor homenageia Professores e Bibliotecários, agentes incansáveis dessa tarefa tão difícil em nosso país, a de fazer leitores e sujeitos críticos.



Há por essa imensidão do Brasil, sim, há, centenas de professores e bibliotecários idealistas lutando para realizar alguma coisa contra currículos esquisitos, diretores obsoletos, normas mal formuladas, entraves burocráticos, kafkianos, incompreensões. Porém, eles vão em frente (BRANDÃO, 2010). 


À amiga Sandra Cabral, Bibliotecária, que me enviou a matéria e que está sempre alerta em "acender o fósforo repetidas vezes", junto a comunidade de bibliotecários. Leia a matéria completa.

E você, já teve que acender fósforos repetidas vezes? Se não, ainda é tempo, faça a sua parte!



BRANDÃO, Ignácio de Loyola. Acender o fósforo repetidas vezes. Estadão.com.br/cultura, São Paulo, 2010. Disponível em: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20101119/not_imp642080,0.php. Acesso em 04 dez 2010.

De volta à rede!


Retorno à rede, depois de um tempão afastada. Não que deixasse de acessá-la, afinal, impossível trabalhar hoje sem ela, mas é que sem o amigo note fica mais difícil de fazer o que se tem vontade, tipo... acessar redes sociais, pesquisar qualquer coisa sem compromisso, estudar, ver as postagens dos amigos de rede, fazer a leitura do contexto atual e tudo mais. Agora sim, me sinto novamente completa.
E viva a rede!!!