sexta-feira, 1 de maio de 2015

Sabedoria de Confúcio


"Escolha um trabalho que você ame e não terás que trabalhar um único dia em sua vida."
Confúcio

Neste dia do trabalho, trago a sabedoria de Confúcio para externar o meu pensamento a respeito do trabalho, fazendo a leitura dentro do meu contexto

Trabalhar em meio aos documentos é deparar-se com muitas rotinas empresariais, é entender de assuntos que ainda não se conhece, é decifrar fatos que se sucederam, mesmo sem estar presente, tudo isso para atender as demandas informacionais do usuário.



Trabalhar em meio a um acervo de livros é viajar a toda hora, é ter com autores renomados e conhecer suas ideias, é chegar a conclusão de que pouco se sabe, diante de tanto conhecimento, é proporcionar ao usuário a possibilidade de diminuir essa lacuna.


quinta-feira, 23 de abril de 2015

Tá todo mundo lendo ou incentivando...



São muitos os projetos que incentivam a leitura por esse Brasil afora...
Como abril é o mês de leituras mil, vale a pena conferir!



Abril Livro (Corumbá)

Bibliocaixas (Balneário Camboriú)

Tem Mais Gente Lendo (São Paulo)

Barco Literário (Belém) 

Uso da Tecnologia (Manuas) 

Leitura no Vagão (São Paulo) 

Leitura - A Arte do Saber (Distrito Federal)

Lendo em Família (Vera Cruz)

Mais Leitura (Rio de Janeiro)

Ler Lá em Casa (Santos)

Projetos de Leitura (São Paulo)


Ler é uma Viagem (Salto, Itu e São Paulo)

Entre na Roda (Campo Grande, São Paulo e São Luis)

sábado, 18 de abril de 2015

Dia Nacional do Livro Infantil


Hoje é o Dia Nacional do Livro Infantil, data em homenagem a ele, Monteiro Lobato!


E você, já leu para o seu filho? 

O que você está fazendo para incentivá-lo a ser um bom leitor? 

O processo de aprendizagem perpassa pela leitura e pela escrita. 

Eu ainda guardo os prediletos dos meus, e olha que já faz tempinho... 

Verde Gaio, Pele de Asno e Peter Pan, dentro do contexto, cada um com o seu estilo. 

Recordo-me do primeiro livro que ganhei e li quando criança: Bingo e o caçador, a história de um macaquinho de um zoológico que ia parar na África e zoava com um caçador.


sábado, 11 de abril de 2015

Viagens de Gulliver


As Viagens de Gulliver, de Jonathan Swift, um clássico da literatura inglesa do século XVIII, foi um dos livros que li na juventude e achei fantástico, fabuloso pela existência de lugares e personagens estranhos, explorados e conhecidos a partir do naufrágio que sofre o viajante. 

Tudo é muito fantasioso para Gulliver, ora gigante, na Terra de Liliput, ora pequenino, na Terra Brobdingnag. Encontra habitantes de terras que vivem em guerra por conquistas fúteis, alguns cheios de soberba, outros que valorizam muito o pensamento, mas, nada colocam em prática, outros com atribuições e aparências estranhas, raça que se impõe sobre outra raça e muito mais... 

Enquanto juvenil, a imaginação é centrada na simbologia aparente, na fantasia, mas, com a possibilidade de entendê-lo, mais tarde, a partir de uma nova leitura, pude enxergá-lo como crítica e sátira ao contexto sócio e político da Inglaterra e da Europa em geral, que se estende à sociedade e à própria natureza humana.





Foi esse livro que escolhi como representante da categoria infanto-juvenil nas comemorações de abril.

Vamos viajar com Gulliver? Se você ainda não leu, pode acessá-lo por aqui.





quinta-feira, 2 de abril de 2015

Abril, mês de referência ao livro, à literatura e à leitura

Abril é mês de leituras mil. Três datas importantes marcam o livro, a literatura e a leitura.

Dia Mundial do Livro Infantil, em homenagem ao escritor dinamarquês Hans Christian Andersen, autor de contos mundialmente conhecidos, tais como O Patinho Feio e A Pequena Sereia, O Soldadinho de Chumbo, A Roupa Nova do Rei.

Hans Christian Andersen encantou crianças de todo o mundo com seus contos de fadas, dos quais sempre tirávamos uma lição de vida, um exemplo ou uma metáfora, que mais tarde, na vida adulta, faria todo sentido. Os padrões de comportamento dos personagens trazem sempre confrontos entre os mais favorecidos e menos favorecidos, aplicáveis a muitas circunstâncias e tentam passar a ideia de direitos iguais para todos.




***


Dia Nacional do Livro Infantil, homenagem ao editor e autor brasileiro Monteiro Lobato, pai da literatura infantil no Brasil, cujas obras infantis, dentre elas, O Saci, A Chave do Tamanho, Reinações de Narizinho, Memórias da Emília, encantaram crianças e adultos.
Com Monteiro Lobato, as crianças do Brasil conheceram toda a brasilidade de personagens comuns, gente boa, gente inocente, e toda a magia de personagens fabulosos, que mexeram com a imaginário, por intermédio de um estilo diferenciado de escrita, colocando sempre os dois elementos, lado a lado, o real e fantástico.




***


Dia Mundial do Livro e do Direito do Autor, em alusão ao falecimento dos escritores Miguel de Cervantes e William Shakespeare, criado pela Conferência Geral da UNESCO em 1995, para promover a o prazer da leitura, a publicação de livros e a proteção dos direitos autorais.
Cervantes e Shakespeare presentearam o mundo com suas obras, que se perpetuaram por séculos até os dias de hoje e se tornaram clássicos da literatura mundial, sem perder o valor de impacto que causam ao serem apreciadas. Ao longo do tempo foram sendo representadas nas mais diferentes formas artísticas. O cavaleiro andante e o general do exército e rei da Escócia, são protagonistas marcantes de suas obras, o romance de cavalaria Dom Quixote de la Mancha e a tragédia inglesa Macbeth.




Como posso esquecer das lições dos clássicos que li?


domingo, 29 de março de 2015

Argumentação e redação, somente com leitura




Roteiro de Redação: lendo e arqumentando, dos autores Antonio Carlos Viana (Coord.); Ana Valença; Denise Porto Cardoso e Sônia Maria Machado, é destinada ao segundo grau, sobretudo, para os alunos que vão prestar vestibular, assim consta na apresentação da obra. 

No entanto, como a autora do prefácio, Dra. Vera Teixeira Aguiar, coloca: 

Ensinar a redigir é dar ao cidadão o instrumento-chave para participar da vida social, pois, desde a invenção da escrita, o mundo divide-se em alfabetizados e analfabetos, sendo os últimos sempre alijados das decisões e, consequentemente, do poder. (p. 3)
[...] escrever se aprende por ensaio e erro, não sendo privilégio de poucos, mas direito de todos. (p. 4)

Portanto, considero esse livro de uso geral, democrático, para quem quiser aprender a redigir com maestria, pois, traz toda a experiência desses autores organizada em lições gradativas, que possibilitam ao leitor acompanhá-las passo a passo, para construção do seu texto. 


Mas, para saber redigir, antes de tudo, é necessário saber ler. E ler, para esses autores, é "colocar-se diante do texto, acionando todas as suas capacidades cognitivas e emocionais para interagir com os sentidos ali emergentes." (p. 4)


O Coordenador Viana adverte no início de sua apresentação:
Ler e escrever são atos indissociáveis. Só mesmo quem tem o hábito da leitura é capaz de escrever sem muita dificuldade. A leitura eficiente de livros, revistas e jornais permite-nos refletir sobre as idéias e formular nossa própria opinião. Sem opinião formada é impossível escrever qualquer texto. (p. 5)

Essa reflexão destinada à formulação de opinião de que o autor fala, é a capacidade de saber argumentar, ou seja, expressar um ponto de vista, por intermédio da negociação de argumentos, sejam eles a favor ou contra, a fim de se chegar a uma conclusão, persuadindo, também o leitor. Para tanto, é necessário o domínio da leitura, a exposição e articulação das ideias, respeitando a coesão e a coerência, não dispensando a estrutura de introdução, desenvolvimento e conclusão. 

Não se pode esquecer, para construir um texto, tem que se apropriar de muita leitura e entender o contexto das ideias.

Como ninguém pode dissertar e argumentar sem idéias, é preciso descobrir sentidos, dialogar com os autores, posicionar-se, para, só depois, escrever. (p. 3)

Roteiro de redação: lendo e arqumentando está esgotado no fornecedor, a edição que tive acesso é de 2008, do acervo da Biblioteca da Faculdade CDL.

VIANA, Antonio Carlos Mangueira (coord.); VALENÇA, Ana Maria Macedo; CARDOSO, Denise Porto; MACHADO, Sônia Maria. Roteiro de redação: lendo e argumentando. São Paulo: Scipione, 2008.

domingo, 15 de março de 2015

Consumidor de informação

Neste Dia Mundial do Consumidor vale ressaltar um produto muito importante de consumo: a informação. Nós bibliotecários e demais profissionais que lidam com o tratamento da informação, nos deparamos, rotineiramente, com cidadãos, enquanto consumidores de informação.

Sabemos que a informação no âmbito do direito de informação do consumidor, aquela que já está prevista no Código de Defesa do Consumidor, referente à atividade e relação de consumo, ou a informação prevista na Lei 12.527/2001, que faz parte do art. 5º da Constituiçãosão fundamentais para cumprir e respeitar o viés civil do cidadão. 



Mas, a informação que alimenta a mente, que faz gerar conhecimento, vai além desse aspecto, engloba o cidadão pessoa, pessoa que deseja conhecer mais de tudo que está ao seu redor, para com isso transformar a realidade e viver nelhor.  



Quem não precisa de informação? 

Quem não é consumidor de informação?

Em meio a um turbilhão de informação emanada de diversas mídias e canais, quem mais apropriado para selecioná-la, classificá-la e torná-la acessível ao cidadão?

sábado, 14 de março de 2015

Poesia, sua travessia...


Habito no coração das pessoas, 
sou freguês, tenho freguesia! 
Porque produzo sonhos e ilusões, 
vou por aí fazendo cortesia... 
Sem avisar, afloro naturalmente, 
nasce poesia. 
E muitos vão se valendo de mim, 
leitura, contexto ou fantasia.
Gente que a toda hora, noite e dia
abusa de poesia, 
qualquer um, rico, pobre
ou burguesia.
Insiste, persiste e não desiste, 
pura teimosia! 
Por isso, não padeço de insonia, 
nem de paralisia. 
Parada, sou movimento, sou maresia. 
Respingo em toda parte, 
e ando por aí, fazendo travessia...
Travessia com o gosto de vida e natureza,
tudo em demasia.
Som do mar, toque do céu, gosto do sol, cheiro das cores,
sinestesia!

AnaLu

sexta-feira, 13 de março de 2015

Reconhecimento no Dia do Bibliotecário

Trabalhar em duas empresas para exercer duas faces da mesma profissão é um privilégio, mais ainda quando o trabalho é reconhecido.


 


Foram essas as manifestações da Faculdade CDL e da MRH Gestão de Arquivos e Informações, no Dia do Bibliotecário de 2015.

 

Se por um lado, o trabalho lida com publicações nos mais variados formatos, fazendo a leitura para extrair as palavras-chave, e assim atender com prontidão ao usuário,


por outro, trata com caixas e caixas de documentos de diversas empresas e instituições, observando o contexto de cada uma, para atender à busca do documentos arquivístico e oferecer a informação necessária.


Nas duas empresas, fui um dia para implantar um projeto, daí fui ficando, fui ficando... E permaneço até hoje como colaboradora efetiva, contribuindo no que for necessário da rotina e implantando novos projetos.

quinta-feira, 12 de março de 2015

Dia do Bibliotecário com direito à homenagem



Um grupo seleto de bibliotecários empreendedores do Ceará foi destacado e homenageado pelo Conselho Regional de Biblioteconomia 3ª Região, no evento em comemoração ao Dia do Bibliotecário. São bibliotecários empreendedores, que além de terem contribuído com a divulgação e valorização da profissão, contribuíram de alguma forma com seus trabalhos e esforços, em prol das instituições, das empresas, das pessoas e da sociedade em geral.


E eu tive a honra de ser agraciada com essa homenagem, uma placa concedida pelo CFB e CRB-3, com os seguintes dizeres: 
O Conselho Regional de Biblioteconomia - 3ª Região (CE/PI) presta homenagem à Bibliotecária ANA LUIZA CAVALCANTI FARIAS CHAVES, em reconhecimento aos serviços prestados como Bibliotecária Empreendedora em nossa Região.
Fortaleza, 12 de março de 2015. 



Com certeza temos outros profissionais empreendendo pelo Ceará a fora, fazendo acontecer uma ideia, inovando no ramo da Biblioteconomia. 

Considero que essa homenagem vai além da simbologia em si, pois, desperta olhares, sugere caminhos e incentiva jovens estudantes e profissionais, para a atividade de empreender.  

Tive a satisfação de compartilhar esse momento com bibliotecárias colegas e amigas de profissão (Mônica, Nazinha, Fátima e Neide).



No evento do dia 12 de Março de 2015, em meio a um auditório repleto de estudantes do Curso de Biblioteconomia, ao som maravilhoso da melodia da Camerata da Unifor, com certeza o recado foi dado, mesmo que tenha sido em formato de mensagem subliminar.


Bibliotecário, a ordem é reinventar-se!

Mais um 12 de Março, mais uma oportunidade de reflexão para reinvenção do bibliotecário.

Para esta vez, resolvi buscar palavras prefixadas por multi, porque hoje, bibliotecário tem que usar e abusar desse prefixo.

Multissecular e Multicultural, porque atravessou séculos de tradição e cultura, chegando à atualidade com dinamismo, inovação e tecnologia que os novos tempos requer.

Multidimensional e Multidirecional, porque está presente em várias dimensões: social, educacional, cultural, histórica, política, administrativa, técnica e tecnológica, atuando de forma integrada em muitas direções.

MultifacetadoMultiarticulado, porque se apresenta sob várias facetas, para que estas permitam articulação com tudo e com todos.

Multidisciplinar e Multiplicativo, porque interage com muitas disciplinas, aliás, faz parte da própria natureza da profissão, sabendo dividir conhecimento no presente, para que sejam multiplicados no futuro.

MultilocalMulticanal, porque vai em busca da informação em todo lugar, por intermédio de qualquer canal, visando disponibilizá-la para todos.

Multitarefa e Multifocal, porque não mede esforços para fazer acontecer, exercendo tantas quantas forem as tarefas necessárias, independente do foco a ser atingido.

Enfim, um Multiprofissional, que atua no contexto, conforme a leitura.

E você, também usa e abusa do multi? Não seja o último a fazê-lo!



Parabéns, Bibliotecário!
Feliz Dia do Bibliotecário!

sábado, 7 de março de 2015

Feedback: questão de contexto


Participei de excelente curso ministrado pela Professora Isabela Braga, promovido pela Mrh Gestão de Pessoas sobre feedback, dentro do Programa de Desenvolvimento de Líderes -Curso: Ciclo de Feedback: Firmando resultados e compromissos.


A intenção é aperfeiçoar a técnica de feedback com foco nas performances de resultados, melhorando a forma de se comunicar dos gestores, supervisores e demais profissionais que trabalham com foco em metas. Também de motivar equipes para melhores resultados, por intermédio da emissão de mensagens que corrigem comportamentos e performances tornando-a mais positiva.

Ou seja, feedback é fundamental não só para as relações de trabalho, mas também para relações interpessoais. É uma ferramente funcional relacional para dar retornos.


Aprendemos que a primeira questão que se deve levar em conta é o contexto. Não há como dar e receber feedback sem considerá-lo, fazendo a leitura do contexto. Ponto para Leitura e Contexto!

E que devemos atentar para o seguinte:

  • fazer com que o ciclo tenha eficiência, eficácia e efetividade;
  • atar laços - objetivos;
  • construir pontes; 
  • evitar muros;
  • firmar compromissos - prazos
  • influir - persuadir


Eu gostei, a turma gostou! Mérito para a Professora Isabella Braga que não só domina muito bem o assunto, como sabe transmiti-lo de forma clara e objetiva.


Isabella Braga é especializada em desenvolver líderes e a assessorá-los na gestão de suas equipes bem como no suporte a área de Recursos Humanos na criação e desenvolvimento de ferramentas e programas de gestão de pessoas; Professora pela UFC, com especialização em Marketing, MBA em Gestão de Pessoas pela FGV - Professora em universidades e faculdades locais com os temas ligados a gestão de pessoas e liderança. Especialista em comportamento corporativo com cursos voltados para Gestão da Ética e Diplomacia Empresarial.

quinta-feira, 5 de março de 2015

Na crise, crie!




















Das crises podem nascer oportunidades. Foi assim quando se iniciaram as falácias sobre a privatização do Banco do Estado do Ceará, em meados da década de noventa e surgiu a oportunidade da demissão voluntária, acarretando na despedida do cargo de bibliotecária concursada, e na vontade de mudar e empreender. 

Planejamento, criatividade, agregação de valor, exposição ao risco, análise do mercado, são tantas as premissas dessa atividade! Mas, nada impossível, pelo contrário, os exemplos estão por aí... 

Ser o próprio agente promotor da mudança é fantástico! 

Portanto, em contexto de crise, é só tirar o "s", fazer nova leitura, e seguir em frente, sempre em frente, que atrás vem gente... 

"Muitas coisas não ousamos empreender por parecerem difíceis; entretanto, são difíceis porque não ousamos empreendê-las." (Séneca)

domingo, 1 de março de 2015

Teclas e telas... cadê o "c"?



Teclas eram tocadas, hoje, novo contexto, telas são tocadas. O “c” foi parar no ciberespaço, nas nuvens do céu...

Evolução da tecnologia... As telas sensíveis ao toque dispensam o uso de periféricos e quem já gostava de tocar teclas, hoje, curte o tocar telas. Basta um simples toque com os dedos, para um mundo se abrir aos nossos pés, digo, aos nossos dedos e olhos. 

É viagem certa, sem sair do lugar, sem tirar os pés do chão.




Qualquer informação, a qualquer hora, em qualquer lugar, de qualquer pessoa, está tudo interligado. O mundo está cada vez maior, ou será menor?


O que mais vem por aí?...


terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Biblioteca e livros na Marquês de Sapucaí


Um carro alegórico representando uma biblioteca foi, na minha opinião, o maior destaque deste Carnaval de 2015.





Unidos da Tijuca apresentou o enredo "Um conto marcado no tempo - 'O olhar suíço de Clóvis Bornay'." A Escola de Samba levou para a Sapucaí um enredo sobre a Suíça, uma homenagem a um dos mais importantes foliões do carnaval do Rio de Janeiro, Clóvis Bornay.




Cheia de significados foi a apresentação, em que todo o desenrolar do tema, "Um conto marcado no tempo - 'O olhar suíço de Clóvis Bornay'" se dá a partir do poder do livro e da leitura em transportar Clóvis Bornay criança, para épocas e lugares, conhecendo personagens e coisas incríveis, que fizeram parte tanto do imaginário, como da história real. 

Depois, já como um folião, desfila na Sapucaí sob o fascínio dos contos da Suíça, mas, também encantado com o "lugar de cores e riquezas mil, são os laços Suíça-Tijuca-Brasil."

O tema do enredo foi desenvolvido a partir de contos que descreveram um pouco da história da Suíça, detalhando sua cultura, invenções, tecnologia e seus personagens, conforme o olhar de Clóvis Bornay, filho de um suíço e figura representativa do carnaval carioca, que se destacou nos concursos de fantasias do Theatro Municipal, no Copacabana Palace e no Hotel Glória.

Na exibição da comissão de frente, um personagem representando Clóvis Bornay apareceu à frente de uma biblioteca. Conforme ele recordava a infância, os livros ganhavam vida e viravam personagens. 




O desfile começou mostrando o contexto de várias lendas suíças, que marcaram o imaginário do país desde sua formação. O abre-alas, um dos maiores carros a passar pela Sapucaí, com cerca de 50 metros, representava a leitura das lendas de cavaleiros e dragões. 

"Ainda me lembro, sentado aos pés do meu pai... entre as páginas dos livros, ouvindo suas histórias de uma terra mágica, viajava nos contos encantados que davam vida aos cavaleiros medievais montados em ginetes, cavalgando em direção aos montes gelados e brancos. Dragões alados sobrevoavam castelos e aldeias, o povo aterrorizado, fez um pacto até mesmo com o diabo para construir uma ponte e, assim, seguir seu caminho. Minha imaginação me embalava; eu ali estava, guardado pelas emoções, o tempo não passava. Os ponteiros do relógio bailavam em prosa e verso, eu ali continuava, despertando personagens sem fronteiras nesse universo." [...]  Conheça a sinopse completa

Sem medo



Da janela do meu quarto registrei um pássaro, posando na ponta de uma haste de palmeira e depois, sem medo, desafiou a haste mais alta, indo para o cume daquela palma que ainda não abriu, a céu aberto.

Daí fiz a seguinte leitura desse contexto, estou aqui no presente, mas, o futuro é bem ali, a vida é tão efêmera, e os desafios são tantos (ameaças/oportunidades), que, às vezes, temos que dar uma de pássaro, deixar o medo e as incertezas para trás (pontos fracos), maximizar as nossas qualidades (pontos fortes), voar para um galho mais alto e, quiçá, ficar de olho naquele que ainda está para nascer (oportunidades), sob pena de alguém vir antes e ocupá-lo, sem deixar espaço (ameaças).





sábado, 14 de fevereiro de 2015

Cenário Carnaval

Neste Carnaval nada melhor que trazer à tona livros que retratam esta festa popular. São contextos variados, mas a leitura é carnavalesca.

Um deles começa com o Carnaval...


Dona Flor e seus dois maridos 
Jorge Amado 


Num domingo de Carnaval, Vadinho parou de sambar e caiu duro. Uma vida de boemia chegava ao fim: cachaça, jogatina e noites de esbórnia arruinaram o jovem malandro. Dona Flor acorreu em prantos ao corpo do marido, fantasiado de baiana. Em sete anos de casamento, sofrera com as safadezas de Vadinho, mas o amava.

Viúva, Florípedes Guimarães concentra-se nas aulas de cozinha na escola Sabor e Arte. Um ano depois da morte de Vadinho, porém, o desejo do corpo lhe incendeia o recato da alma.

O farmacêutico Teodoro Madureira surge como pretendente. Do namoro e de um noivado pudico, eles passam ao casamento. Cerimonioso e equilibrado, o segundo marido é o oposto do primeiro. Dr. Teodoro vive para a farmácia e para os ensaios de fagote. Flor é feliz com ele, mas sente um vazio que não sabe definir. 

Certa noite, depois de um ano de casada, dona Flor toma um susto: Vadinho está nu, deitado na cama, rindo e acenando para ela. O fantasma do malandro passa a viver com o casal. 

No melhor estilo de crônica de costumes, Dona Flor e seus dois maridos descreve a vida noturna de Salvador, seus cassinos e cabarés, a culinária baiana, os ritos do candomblé e o convívio entre políticos, doutores, poetas, prostitutas e malandros. 

Uma das mais conhecidas personagens femininas do autor, dona Flor encarna contradições bem brasileiras. Dividida entre o fiel e comedido Teodoro e o extravagante e voluptuoso Vadinho, ela decide viver o melhor de dois mundos. 

A narrativa faz um retrato inventivo e bem-humorado das ambiguidades que marcam o Brasil, país dividido entre o compromisso e o prazer, a alegria e a seriedade, o trabalho e a malandragem. 

Fonte e resenha: Site Jorge Amado


Outro, discorre sobre um certo Baile Verde...


Antes do Baile Verde
Lygia Fagundes Telles


Uma jovem se prepara para ir a um baile carnavalesco onde as fantasias devem ser todas verdes. Enquanto ela se maquia para o baile, colocando lantejoulas no saiote verde que cobre o biquíni, seu pai agoniza no quarto ao lado. Esse ambiente teatral e angustiante do conto 'Antes do baile verde' dá a tônica do livro homônimo. 

'Antes do Baile Verde' (publicado em 1970 e traduzido para o tcheco, o russo e o francês) é um dos livros mais marcantes da carreira de Lygia Fagundes Telles. Os contos, escritos entre 1949 e 1969, deixam claro para o leitor por que a autora é uma das mais representativas e premiadas escritoras brasileiras em atividade. Estão presentes no livro algumas histórias emblemáticas como 'O jardim selvagem' e 'Meia-noite em ponto em Xangai'. 

Narrativas turbulentas, de diálogos cuidadosamente esculpidos e marcadas por finais em aberto, como no conto 'Natal na barca', em que uma mulher atravessa o rio com o filho no colo, sem que o leitor saiba se a criança está mesmo viva. Os finais das histórias de Lygia provocam o imaginário do leitor. Há sempre uma cartada, uma surpresa, um susto.

A autora demonstra uma coragem singular para trabalhar pontos mais delicados da condição humana através de personagens cínicos, amargos e, principalmente, cruéis como no clássico conto 'Apenas um saxofone', onde uma mulher pede ao amante que se mate como prova de amor.

Fonte e resenha: Saraiva


Tem um que ressalta a alienação do povo no período carnavalesco e temas como mestiçagem e racismo, cultura popular e atuação política ... 


O país do Carnaval 
Jorge Amado


Primeiro romance de Jorge Amado, O país do Carnaval faz um retrato crítico e investigativo da imagem festiva e contraditória do Brasil, a partir do olhar do personagem Paulo Rigger, um brasileiro que não se identifica com o país. 

Filho de um rico produtor de cacau, Rigger volta ao Brasil depois de sete anos estudando direito em Paris. Num retorno marcado pela inquietação existencial, ele se une a um grupo de intelectuais de Salvador, com o qual passa a discutir questões sobre amor, política, religião e filosofia. Dúvidas sobre os rumos do país ocupam o grupo.

O protagonista mantém uma relação de estranhamento com o Brasil do Carnaval, acredita que a festa popular mantém o povo alienado. Os exageros e a informalidade brasileira são motivo de espanto, apesar de a proximidade com o povo durante as festas nas ruas fazer com que ele se sinta verdadeiramente brasileiro. Aturdido pelas contradições, Rigger decide voltar para a Europa.

Mestiçagem e racismo, cultura popular e atuação política são alguns dos temas de Jorge Amado que aparecem aqui em estado embrionário. Brutalidade e celebração revelam-se, neste romance de juventude, linhas de força cruciais de uma literatura que se empenhou em caracterizar e decifrar o enigma brasileiro.

Fonte e resenha: Site Jorge Amado


Nesse outro, o autor enfoca o Carnaval do Rio de Janeiro, misturando todas as épocas...


Carnaval no fogo
Rui Castro


Carnaval no fogo não é um livro sobre Carnaval. Sua ação se passa em todas as épocas do ano e em todos os quinhentos anos da agitada história do Rio - da primeira índia tupinambá que namorou um pirata francês aos réveillons de Copacabana. Ruy Castro compõe um vibrante retrato do Rio de hoje, cheio de viagens ao passado, para revelar que, mesmo nos períodos de calmaria, havia sempre uma excitação no ar - um permanente "Carnaval no fogo". 

Quem se lembra que, na Belle Époque carioca, de 1890 a 1914, quando poetas de colarinho duro flertavam com senhoritas de anquinhas na porta da Colombo, eclodiram revoltas que quase destruíram a cidade? E quem diria que as calçadas com desenho de ondas em Copacabana, famosas pela sensualidade, foram batizadas com o sangue dos "18 do Forte" enquanto a poucos metros se construía o Copacabana Palace? E quem acredita que, mais de cem anos antes das garotas de Ipanema, já havia as garotas da rua do Ouvidor - as primeiras brasileiras que saíram à rua e aprenderam tudo com as francesas?

O Rio de Janeiro de Carnaval no fogo é o Rio dos antropófagos que encantaram os intelectuais europeus, dos escravos que se vestiam como os senhores, dos fotógrafos pioneiros que o clicaram como se estivessem num avião - setenta anos antes de o avião existir -, da loura Nair de Teffé e da mulata Chiquinha Gonzaga, que, juntas, abalaram as estruturas. É também o Rio em que os salões se prolongaram nos botequins, em que um cafezinho tomado em pé na avenida Rio Branco podia alterar a cotação mundial do produto e em que o povo, habituado à própria pele, passou a desfilar quase nu pelas praias e até pelos restaurantes. É ainda o Rio das asas-deltas, do Fla-Flu entre os traficantes e a polícia, do bolinho de aipim e do indestrutível bom humor. 

Carnaval no fogo é a história dessa fascinante superação do povo carioca - até hoje.

Fonte e resenha: Companhia das Letras


Há também uma tragédia grega, que vai parar em uma favela carioca...


Orfeu da Conceição
Vinícius de Moraes


Tragédia carioca", Orfeu da Conceição transporta para um cenário tipicamente brasileiro o mito de Orfeu, filho de Apolo, uma das histórias mais emblemáticas da vasta mitologia grega. Imerso em sofrimento depois da morte da amada Eurídice, o músico vê-se incapaz de entoar suas canções, pois os sons melodiosos e tristes de sua lira não o consolam da perda do grande amor. Desesperado, Orfeu decide descer ao Hades (o reino dos mortos) para trazer Eurídice de volta à terra.

Ambientada em uma favela carioca, Orfeu da Conceição estreou no Theatro Municipal do Rio de Janeiro em 1956, com enorme sucesso. Nada mais justo: com músicas de Tom Jobim - a peça inclusive inauguraria a fecunda parceria entre o poeta e o compositor -, cenários de Oscar Niemeyer e figurinos de Lila Bôscoli, o texto é ainda hoje um marco na releitura inteligente dos mitos gregos diante da realidade social, da mistura entre poesia e música popular, entre teatro e canção.

Fonte e resenha: Companhia das Letras


Mais esse, que retrata a transformação da festa ao longo dos anos, em três cidades diferentes...


Inventando carnavais
Felipe Ferreira


Carnaval é festa civilizatória. Seu febril reinado sobre os homens é antigo e vasto. Loucura coletiva e multifacetada, paradoxalmente regrada, a um só tempo brincadeira e coisa séria, incitando a paixão vivê-la e desafiando a razão a entendê-la. 'Inventando Carnavais' nos conduz ao século XX, pelos meandros da conformação da festa em três diferentes cidades. Duas delas européias: a Paris ostentatória e hierarquizada, que baila e brilha com seu carnaval então hegemônico no continente; e a mediterrânea Nice, recém-incorporada à França, que logo define seu belo Carnaval como foco de atração de viajantes. A terceira das Américas: o Rio de Janeiro, capital do Império e, logo em seguida, da nascente República brasileira, com seus carnavais múltiplos e em mútua relação, num jogo tenso de interinfluências entre diferentes camadas e grupos sociais. Cidades em transformação, carnavais em transformação.

Fonte e resenha: Saraiva


E, finalmente, não que não existam mais opções, mas, resolvo encerrar por aqui, um livro de teoria literária, completando, assim, vários estilos literários.


Nelson Rodrigues: o freudismo e o carnaval nos teatros modernos
Victor H. A. Pereira


Nos textos deste livro, o autor procura estar atento às apropriações de referências psicanalíticas por Nelson Rodrigues, que dialogou frequentemente com diferentes discursos sobre a natureza humana e sobre os valores envolvidos na existência. Examina, também, a estilização destas apropriações, bem como o tratamento paródico a que são submetidas, atentando à influência dos procedimentos identificados com uma cultura carnavalesca.

Fonte e resenha: 7 Letras