quinta-feira, 21 de março de 2019

A Coerência do paradoxo

Na Linguística, Antítese e Paradoxo são figuras de linguagem que se caracterizam pela oposição, mas, se entramos mais nos detalhes, podemos ver, claramente, que há uma diferença entre elas. 

A antítese é mais óbvia, mais natural, pois opõe palavras, termos, expressões, ou orações, que, por natureza, já são opostas, cada elemento se refere a um contexto, corresponde à aproximação de idéias diferentes em uma mesma sentença, mas cada palavra volta seu sentido para um referente. 

Já o paradoxo, mais complexo, mexe com as ideias, é mais reflexivo, usa intencionalmente, um contrassenso, para tanto, aproxima palavras opostas, mutuamente excludentes, causando uma incoerência, sempre em relação a um mesmo referencial, causando uma contradição. 

O paradoxo é tão complexo que, além da Linguística, pode ser aplicado na filosofia, física matemática e até na mecânica quântica. E como a vida é cheia de paradoxos, aí vai uma reflexão coerente, mas pra lá de confusa! Paradoxo!




É certo, que no nosso caminho incerto,
Às vezes, por vezes ou alguma vez,
Para avançar, tem que recuar,
Para permanecer, tem que desaparecer,
Para conservar, tem que apagar,
Para deter, tem que desprender,
Para lembrar, tem que esquecer,
Para ter, tem que ser,
Para estar presente, tem que faltar,
Para ganhar, tem que perder,
Para encher, tem que esvaziar,
Para morrer, tem que viver!

Paradoxal?
Não, real!
Questão de contexto.

AnaLu

sexta-feira, 15 de março de 2019

Professoras precursoras

Sou do tempo que professora era chamada de professora, tia, só se fosse da família. 

Minha primeira professora, D. Fransquinha, como esquecê-la? Impossível! No Jardim de Infância do Colégio Christus, no ano de 1964, além de ensinar o que estava no currículo, ensinava a ter cuidado com as tarefas, para preservá-las para o futuro. Não é que deu certo? Até hoje tenho meu caderno de atividades do Jardim I.

Alguns métodos menos pedagógicos, mas comuns para a época, eram utilizados, com vistas a por ordem na classe. Recordo-me de menino, que sempre fazia peraltices, correndo o risco de ter o calção da farda trocado por uma fralda. Uma ameaça nunca cumprida, na verdade, era só uma forma de mantê-lo sob controle, diante de toda a turma. Se fosse hoje, seria politicamente incorreto, agressão, denúncia, na certa.

São detalhes que não fogem à memória, mas que nada influenciaram negativamente na minha formação, pelo contrário, entendi a necessidade da disciplina.

Depois, fui cursar a alfabetização, sob os protestos de algumas crianças, que afirmavam veemente, eu estar na sala errada e me boicotavam, afinal, para eles, eu deveria cursar o Jardim II, ainda era muito pequena. Isso era o normal, o óbvio, mas não para meus pais, que tinham a certeza do meu êxito naquela classe mais adiantada. Se fosse hoje, seria classificado como bullying.

A D. Celeste não cansava de registrar "Ótimo", com estrelinha piscando no meu boletim escolar da alfabetização, e requisitar a minha leitura em voz alta na sala de aula, como forma de dar exemplo aos demais. Se fosse hoje, seria considerada exploração, marcação, politicamente incorreto, também.

No primeiro e segundo anos do Ensino Primário, com a D. Conceição e a D. Ione, aprendi o sentido da organização, daí, a prática era pedir meu caderno para servir de estudo para aqueles que faltavam às aulas ou não acompanhavam bem as matérias passadas em sala de aula. Se fosse hoje, seria tomada como apropriação indébita, mesmo que temporária.

E a Irmã Iolanda? Fantástica! Ensinava Português, com ela aprendi interpretação de texto, análise gramatical e sintática. Muito exigente e muito crítica junto àqueles que não queriam aprender. Se fosse hoje, com certeza, muitos pais fariam reclamação quanto a sua postura  rígida de ensinar.

Enfim, professoras precursoras, que contribuíram para a minha formação e marcaram minha primeira infância no Colégio Christus, as quais têm a minha admiração até hoje. 

Muito do que aprendi nesse período serviu de base para outros aprendizados, que transformados e ampliados, constituíram o meu conhecimento de hoje. 

Bons tempos aqueles...

quinta-feira, 14 de março de 2019

Vendedor de livros: um incentivador da leitura

Mesmo sendo às vezes indesejado, tido como inoportuno, o vendedor de livros sempre foi um incentivador da leitura. Enfrentando uma batida de porta na cara, uma desculpa mal dada, ou simplesmente um NÃO com letras maiúsculas e em voz alta, esse profissional conseguiu e consegue ainda bons feitos, afinal vende sonhos e conhecimento.


Com prazos elastecidos e descontos da hora, eles fazem de tudo para vender seus livros e assim tirar o seu ganha pão. Eu mesma quando criança já fui consumidora dessas obras, bem como cliente e compradora de coleções de fábulas e histórias infantis, para proporcionar aos meus filhos o prazer da leitura.

Nesse dia de hoje a lembrança e a homenagem é para essa figura simpática do vendedor de livros.

terça-feira, 12 de março de 2019

Dia do Bibliotecário na Faculdade CDL

No Dia do Bibliotecário, mensagem carinhosa da Faculdade CDL, direto do Facebook.


Todos os dias, dezenas de pessoas passam pela nossa #Biblioteca. Alunos, professores, colaboradores... Eles sempre buscam alguma nova forma de adquirir conhecimento. E graças à nossa Bibliotecária, Ana Luiza Chaves, que coordena muito bem esse ambiente e todas as ferramentas e pessoas que o compõem. Nosso desejo para este dia é que seu trabalho continue trazendo novas ideias para todos e que a Biblioteca cresça ainda mais com ela! 😍📚🔎

E olhem que feedbacks!



Agradeço a todos.

Dia do Bibliotecário na Mrh

Leitura carinhosa de um cordel pelos colegas, e um banner comemorativo circulando nas mídias da empresa, para homenagear os bibliotecários da Mrh.

Amei!





Bibliotecária com muito orgulho, com muito amor

Mais um ano para comemorar de profissão. São muitos os trabalhos, de diferentes vertentes e formas, que a Biblioteconomia me proporciona. Um universo que abracei e me apropriei. 

Ações técnicas, que terminam enveredando para o social; ideias empreendedoras, visando o crescimento do negócio; pareceres técnicos, para tomada de decisão; pesquisa especializada, para fundamentar escritos; mapeamento de processos, para melhorar o desempenho; recebimento de comissões, para avaliação de instituição; cursos ministrados, para capacitar equipes, e tantos e tantos outros, que fazem parte do meu dia a dia bibliotecário, que me enriquecem  como profissional e me creditam mais conhecimento.

Contando com a vantagem de atuar em biblioteca e arquivo, essas experiências se ampliam, se multiplicam, exigindo-me, cada vez mais, uma melhor performance de atuação.

É o bastante para comemorar, mas, sobretudo para também ficar atenta, para tudo que é novo, que pode agregar valor, que pode melhorar o crescimento pessoal e profissional, visando o bem da sociedade.

E tomando a máxima do Mural interativo do Bibliotecário, do qual também faço parte, só tenho a ratificar: "Foca na profissão e cresce!"


sábado, 9 de março de 2019

Lembranças do Dia 08 de Março

No trabalho, as mulheres são lembradas com um mimo especial na Mrh e na Faculdade CDL. Quem tem dois é assim, ganha dois.

 

sexta-feira, 8 de março de 2019

Mulheres lindas

Maria, Mãe de Jesus, alegria! Haja luz!
Minha mãe, Maria da Conceição, sempre no coração!
Mariana, minha filha, amor infinito da minha vida!
Jovita, minha mana Sinhá, doçura de maná!


AnaLu

domingo, 3 de março de 2019

O mito da referência: Enciclopédia Barsa

Espanto e curiosidade foi o que demonstrou aquele estudante de TI, nativo digital, integrante da Geração Z, ou seja, que não viveu no mundo sem internet, ao olhar para a prateleira do alto da estante e perguntar: 

__ O que é aquilo?

De pronto respondi:
__ É a Enciclopédia Barsa. Melhor instrumento para pesquisa, tudo que tínhamos antes do advento da internet. 

Daí fui promovendo uma conversa sobre como era o contexto de pesquisa estudantil das gerações anteriores, e ele, admirado com tal realidade, pediu para ver a coleção e manuseá-la. Interessante foi a satisfação desse aluno nesse momento, admirando cada volume, qual se faz diante de algo novo, surpreendente, que nunca se viu.

Pois é, estamos falando do mito da referência bibliográfica. A coleção, hoje editada pelo Grupo Barsa Planeta, era uma espécie de versão brasileira e mais jovem da obra Enciclopédia Britânnica, quando foi lançada em 1964. Até aquele ano, só havia enciclopédias em inglês, francês e espanhol no mercado. Passando, a partir daí, ser item indispensável em qualquer biblioteca, pública ou privada, pois era fonte de referência segurança e confiável.
O que era para ser apenas uma versão traduzida se transformou em uma genuína enciclopédia brasileira, graças ao trabalho de Dorita Barret, filha de um dos donos da Britannica e que veio morar no Brasil na década de 50 com o marido, o diplomata brasileiro Alfredo de Almeida Sá. O nome Barsa é a união de BAR (de Barret) e SA (de Sá). (R7, 2018)



segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

No contexto do carnaval

A biblioteca é um celeiro de oportunidades para aproveitar o contexto e promover atividades cheias de frenesi.

Entramos no clima do carnaval. Leitura também é diversão, alegria e distração. 

Fica o convite para todos entrarem na folia da leitura.





domingo, 17 de fevereiro de 2019

Despontando como leitor

Um flagrante pra lá de interessante, emocionante e cativante!

Uma criança se maravilhando com as opções literárias para a sua idade. Os pais estavam logo ali, proporcionando o momento, por sua vez, proporcionado pela Book Lovers Kids.

Uma perfeita harmonia entre pais e livreiro, que só favorece o leitor mirim.

Parabéns a esses pais, que, como sugere a chamada da Book Lovers Kids, está fazendo com que seu pequeno viaje para onde quiser.



sábado, 9 de fevereiro de 2019

Vale ainda vale?

Drummond já poetizou e profetizou o doce amargo de forma crítica há tempos, mas parece que nada mudou de lá para cá. Pessoas morrem, pessoas choram, animais agonizam, natureza reclama.

Aqui, não interessa a posição da vírgula, se exclamação ou interrogação, nem tão pouco a análise gramatical, se verbo ou substantivo, o que interessa mesmo é a atitude a ser tomada e a posição de agora em diante. 

Vamos ver se a Vale ainda vale alguma coisa, ou se será apenas um vale, $abe-se lá de quanto...

 
 
 

Desse jeito não, Vale!
Desse jeito não vale!
Vale, NÃO!
Vale vale?
Vale não vale, não!

AnaLu

domingo, 3 de fevereiro de 2019

Biblioteca nasce de uma árvore que já morreu

Onde já não tem vida nasce uma nova vida, vida que se perpetuará em conhecimento. 

Biblioteca é isso e muito mais... 

A atitude é da bibliotecária Sharalee Armitage Howard, que também é artista e ex-encadernadora, e transformou uma árvore sem vida, na "Little Free Library". A árvore foi esculpida, coberta, iluminada e equipada, ficou um encanto!




quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

Registros documentais da década de 70

Recebi da minha mãe registros documentais da década de 70, especificamente referente ao então INPS - Instituto Nacional de Previdência Social, hoje INSS, e ao IPASE - Instituto de Previdência e Assistência dos Servidores do Estado. São os respectivos cartões que davam direito ao atendimento por essas instituições de previdência e assistência social naquela época.

Hoje, esses cartões fazem parte do meu arquivo histórico, preservadas a sua integridade e autenticidade, e foram responsáveis por essa busca de informações a respeito dessas instituições.



O antigo INPS, surgiu em 1966, a partir do IAPM, IAPC, IAPB, IAPI, IAPETEL e IAPTEC. E foi a partir da Lei 6.439/1977, que o INPS passou a integrar o INAMPS - Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social, que incorporou o IPASE, sendo este extinto.


Esse histórico é uma verdadeira sopa de letrinhas, que foi sendo simplificada ao longo dos anos até chegar no nosso INSS de hoje. Não que ele seja simples, pelo contrário, haja complexidade, principalmente agora com premente necessidade de reforma da previdência, para garantir os benefícios do futuro.

Como hoje é comemorado o Dia da Previdência Social, fiz esse resgate histórico, provocado pelo recebimento dos cartões. A data é alusão à Lei Eloy Chaves, criada em 24 de janeiro de 1923, considerada a primeira lei destinada à previdência social no Brasil. Com essa lei, a princípio, surgiu a Caixa de Aposentadoria e Pensões, que servia para beneficiar os empregados (e seus familiares) das empresas de estradas de ferro do país.

Nesta data também é celebrado o Dia Nacional dos Aposentados, que foi instituído oficialmente pelo Decreto-lei nº 6.926/1981.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

11 anos não são 11 dias

Surpreendida com mais um ato de "Valorizando nossa gente", do grupo Mrh.


São 11 anos de dedicação como parte integrante da Mrh Arquivos. Antes disso, quase 6 anos de consultoria e prestação de serviços, e lá se vão mais de 16 anos de convivência com essa equipe.

Enquanto puder e me quiserem, estaremos juntas.

Novas ideias, novos projetos, novos negócios.


domingo, 6 de janeiro de 2019

Escalada para o sucesso

O ano está começando, que tal subir essa escada, cumprindo literalmente cada degrau? É uma boa receita para o sucesso.

A imagem foi feita na empresa Meireles & Freitas Cobrança Digital (com permissão do seu gerente), em visita realizada em 2018 e, como estamos iniciando o ano, achei por bem postar aqui, até mesmo porque a empresa é um dos GPTW (Great Place to Work).

Quem sabe inspira muita gente para essa conquista! Feliz escalada!

 


terça-feira, 1 de janeiro de 2019

Ano X de Leitura e contexto

Leitura e contexto entra no seu décimo ano. São 650 postagens até hoje e virão mais e mais.

A logo já foi atualizada e agora é só acompanhar as novas postagens ao longo de 2019.

Que reine a paz em 2019!

Esperança de muita paz em 2019. 
É o que dizem os rumores dos bastidores. 
Vivam os amores e as flores!

 
   
 

 

segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

2019 vem aí!


Se planejou, execute!
Se sonhou, realize!
E se nada pensou, ainda dá tempo, corra atrás do inusitado, ouse mais, quem sabe faz!
Em 2019, inove!

Desejo a todos Feliz Ano Novo!
Saúde e Paz!


Colhendo o que plantei e semeando para 2019

O Ano de 2018 foi bom. Contextonde muita superação e muitos resultados positivos, no trabalho, na família e na sociedade. Colhi muitos frutos. Dou graças ao Senhor por tudo.




2018 vai se despedindo com gostinho de quero mais, mas agora é hora do novo, que está está quase nascendo e pedindo permissão para entrar em cena e mostrar a que veio.

Vamos aplaudir 2018, que se vá pela porta da frente, e dar as boas-vindas a 2019, afinal, agora é a sua vez. 

Ano Novo vem aí, muitos projetos, muitas responsabilidades e muita esperança verde e amarela. Essa é a leitura.

Que venha, que faça luz, que irradie alegria e nos dê oportunidade de sermos operadores de um futuro melhor! 

É hora de semear.