terça-feira, 30 de agosto de 2011

Os 4P's da nossa vida

Em marketing quando falamos dos 4 P’s estamos nos referindo ao composto de marketing, ou seja, os elementos que juntos compõem as atividades de marketing, originalmente do inglês: Product; Price; Promotion; Place.

Ocorreu na década de 40, quando o Professor Neil Borden, de Harvard, sugeriu a expressão "mix de marketing" querendo se referir às atividades dos profissionais de marketing. Mais tarde, tentando simplificar, Jerome McCarthy criou uma forma prática para facilitar a compreensão das atividades do Marketing e resumiu nas quatro palavras que começavam com a letra P.

O composto de Marketing ficou imortalizado mundialmente como “Os 4 P’s do Marketing”. Para manter o indicativo na sua forma original, os países procuraram fazer a tradução para sua língua mãe, conservando a letra “P” inicial, buscando palavras equivalentes ao sentido da língua inglesa.

No Brasil as atividades que definem o Marketing foram denominadas como: Produto, Preço, Promoção e Praça, que têm os seguintes significados:

a) Produto
Bens, Serviços e Idéias, com suas características, marca, design, embalagem, etc.), que significa satisfazer às necessidades dos consumidores com qualidade;

b) Preço
Valor pago pela melhor relação custo x benefício (incluindo descontos, prazos de pagamento, etc.);

c) Promoção
Propaganda do produto, venda pessoal, promoção de vendas e a divulgação;

d) Praça
Distribuição física, transporte, armazenagem, etc.), refere-se aos canais de distribuição para tornar o produto acessível ao mercado.


Diversos outros autores já tentaram agregar mais P’s aos 4 P’s, mas, Philip Kotler, uma das maiores autoridades em marketing da atualidade, ratifica os quatro elementos e a teoria continua mais viva do nunca. Quem estuda Marketing há de se deparar com os 4 P’s e, tudo mais adiante, fatalmente, girará em torno deles.

Os 4P’s representam uma teoria sedimentada de tal forma que já existem analogias em outras áreas:
• Os 4 P’s da educação dos filhos (Proteção; Punição; Permissão; Potência);
• Os 4 P’s da internet social (Pessoal; Profissional; Privado; Público);
• Os 4 P’s da Administração (Pessoas; Processos; Produtos; Parceiros).

Mas, voltando aos 4 P’s do Marketing, Philip Kotler, define o composto de Marketing como:
[...] “o conjunto de ferramentas que a empresa usa para atingir seus objetivos de marketing no mercado alvo”.

É por intermédio dos 4 P’s que as empresas constroem suas estratégias de marketing para conquistar e se manter no mercado.

E, para a estratégia, temos uma máxima do general, estrategista e filósofo chinês, Sun Tzu (544 a.C), autor do livro A Arte da guerra, muito estudado e aplicado na atualidade, na área de Administração:

“Estratégia é a arte ou ciência de saber identificar e empregar meios disponíveis para atingir determinados fins, apesar de a eles se oporem obstáculos e/ou antagonismos conhecidos."

A definições dos autores aqui colocadas são propositais, contextuais, para verificarmos que podem ser aplicadas às vidas das pessoas. Estamos sempre nos organizando e nos preparando para viver a vida, sempre temos metas a cumprir por intermédio de objetivos estabelecidos e é comum nos depararmos com obstáculos, os quais buscamos vencer a nossa maneira, construindo estratégias específicas para cada um deles.

Trazendo esses quatro elementos para a nossa vida, para o nosso contexto, podemos fazer a seguinte leitura:

Produto: eu, o que sou, como sou, o que sei fazer, o que tenho, minha performance, minhas características, meus diferenciais diante dos outros.


Preço: minha conduta, minha ética, minha moral, minhas condições de aceitar/recusar algo, de fazer ou não fazer algo, tudo que é diretamente proporcional ao produto.


Promoção: minha abertura para as coisas que me cercam, minhas relações interpessoais, minhas ações, meu comportamento, a maneira como me exponho na sociedade, minha interação com o meio, meu marketing pessoal.


Praça: o meio onde me situo para me expor e mostrar o que sou, o que tenho e o que sei fazer para atender às necessidades desse meio (dos outros, na família, empresa onde trabalho, grupo social que frequento, religião que professo).




Depois dessa exposição é bom verificarmos como andam os nossos P’s, se precisam ser equilibrados, afinal, sempre estamos buscando melhorar e nada adianta ter um bom preço se não há promoção, ter uma excelente praça, mas o produto não é confiável, portanto, vamos à luta, mexer no mix de marketing e, se preciso for, correr atrás do prejuízo.

sábado, 20 de agosto de 2011

O ato de escrever

"Escrever é fácil. Você começa com uma letra maiúscula e termina com um ponto final. No meio você coloca ideias." (Pablo Neruda)

O que realmente o poeta chileno, Pablo Neruda, quis dizer com essa frase?

Há quem pense que basta iniciar para que as ideias fluam e depois é só uma questão de encerrar.

Outros já são partidários de que se trata de uma ironia, ou seja, escrever é difícil, pois no meio é que se encontra a dificuldade, qualquer um pode iniciar e terminar um texto, no entanto, ele só será digno de uma boa crítica se o meio, o miolo, o desenrolar da história, do pensamento estiver realmente benfeito.

Fazendo a leitura, sou partidária do segundo contexto, e vou por aí me atrevendo a escrever.


Outras frases sobre o ato de escrever:

"Ou escreves algo que valha a pena ler, ou fazes algo acerca do qual valha a pena escrever." (Benjamin Franklin)

"Somos todos escritores. Só que uns escrevem, outros não." (José Saramago)

"Escrever é deixar uma marca. É impor ao papel em branco um sinal permanente, é capturar um instante em forma de palavra." (Margaret Atwood)


"O gosto pela escrita cresce à medida que se escreve." (Erasmo de Rotterdam)


"Escrever é ter coisas para dizer." (Darcy Ribeiro)

"Escrever é um ato de liberdade." (Martin Amis)



"Eu escrevo como se fosse salvar a vida de alguém." Provavelmente a minha própria vida. (Clarice Lispector)


"Procura o que escrever, não como escrever." (Sêneca)



 

Retorno e respeito às origens


Muito salutar o vídeo intitulado "Book", disponível no Youtube. Podemos verificar nos comentários que se seguem logo abaixo, a dualidade da questão: dos que são a favor do retorno e respeito às origens e da geração tecnologia, que vê o formato decorrente da imprensa de Gutemberg, como algo ultrapassado, que já deu o que tinha que dar.

O vídeo faz menção às potencialidades do livro como um instrumento extraordinário e revolucionário. É como se estivéssemos sendo apresentados a uma nova maravilha tecnológica e, a linguagem para tanto, ressalta os requisitos técnicos e operacionais inerentes ao produto Book. E olha que são tantos!...

Realmente, ao analisarmos cada ponto ressaltado, vimos que as ideias posteriores lhes são decorrentes, além de ter a vantagem de ser autofuncional.

Para a geração que nasceu high tech, convivendo com todas as ferramentas informacionais tecnológicas de hoje, assistindo e acompanhando a rápida evolução desses instrumentos, já se habituou com o contexto das diversas formas de linguagens e leituras e suas respectivas plataformas e, mesmo tendo que ainda conviver com a forma tradicional, aquelas lhes são preferentes.

Mas, se você gostou da ideia de voltar à origens, de valorizar o livro e condecer-lhe o papel de verdadeiro instrumento para leitura, entretenimento e aprendizado, de facílimo acesso, mãos à obra! As editoras continuam a publicar, as livrarias continuam a vender e a bibliotecas continuam a emprestar.

Podemos conviver com os dois lados da questão, o tradicional e o tecnológico e adotar um conforme o contexto, o que vale na verdade são as informações que conseguimos assimilar por intermédio da leitura e transformá-las em conhecimento, agregando as nossas experiências de vida.

Vamos assistir Book! É espetacular!

Faça a sua leitura!