quinta-feira, 23 de abril de 2020

Livro: nunca foi tão requisitado e revisitado

Este Dia Mundial do Livro é  diferente. Nunca o livro foi tão requisitado e revisitado. Em tempos de Coronavírus, ele é a solução para diversão, instrução, meditação, orientação, distração, contação e tantas outras "ação", todas benéficas e oportunas.

Nesse contexto, estamos vendo muitos profissionais, pessoas públicas e até anônimas se apresentarem para leitura coletiva, lives sobre livros, contação de histórias, por outro lado, editoras disponibilizando gratuitamente livros digitais, bibliotecas que entregam livros a domicílio e tantas outras maravilhas.

Que o livro continue com essa valorização para sempre, que esse processo não sofra solução de continuidade quando acabar a pandemia. Não esperemos uma próxima pandemia para tê-lo assim tão em alta, tão em voga.

E o que seria do livro se não fosse o seu autor? Este dia também é Dia Mundial do Direito do Autor. Valorizemos e respeitemos esses direitos.



domingo, 19 de abril de 2020

Tapeçaria, pontos de alegria

Fui aluna do Colégio Estadual Jenny Gomes, quando entrei em 1972 na sétima série, logo depois da reforma da educação, que juntou o curso primário ao ginasial, intitulando como  Ensino Fundamental. Cursei também a oitava série no ano seguinte. O Colégio era referência de ensino no Estado e nesse período foi credenciado pelo Conselho de Educação Estadual, pois antes disso, era uma instituição ligada diretamente aos militares da Base Aérea de Fortaleza, criada para atender exclusivamente aos filhos dessa categoria. Depois do credenciamento, a instituição militar continuou parceira em projetos de benfeitorias.

No currículo tínhamos uma aula semanal denominada GOT, não sabia o significado da sigla, mas, tinha noção, fazia a leitura que era algo ligado a trabalhos manuais, tanto para os meninos como para as meninas, claro que respeitadas todas as exigências de gênero da época. Naquele contexto havia tarefas específicas para meninos e, separadamente, outras específicas para meninas.  

Pesquisando na internet encontrei a denominação Ginásios Orientados para o Trabalho, creio que seja isso mesmo, pois o direcionamento da aula era com esse intuito. Nessas aulas, as meninas aprendiam diversas atividades, tais como costurar, pintar, modelar, tricotar, fazer croché, etc. Destaco a tapeçaria que aprendemos com direito a conhecer diversos pontos: ponto de cruz; ponto gobelim reto, inclinado e desencontrado; ponto kilim; ponto de arroz; ponto mosaicos, dentre outros, ao ponto de criarmos um álbum, que valia pontos para o bimestre.

Hoje, apresento aqui essa raridade, guardada por minha mãe durante todos esses anos, que já são quase 50, fruto do meu esforço e dedicação à atividade, em plena adolescência nos anos 70.




quinta-feira, 9 de abril de 2020

Hora de colocar a leitura em dia!



Hora de colocar a leitura em dia! Não há dia, nem contexto, nem momento mais oportuno do que hoje, Dia da Biblioteca combinado à quarentena Coronavírus. Se não há tarefas a serem executadas home office, se cumpre isolamento social, em confinamento, com mais permanência em casa, sem passeios, sem festa, entre quatro paredes, resta voltar-se para si, para reflexão, para afazeres domésticos e, por que não, para a leitura?



Quando há menos obrigação, com certeza, há mais leitura. Aquela leitura leve, descompromissada, ler o que quer, na hora e do jeito que quiser, do meio para o fim, do fim para o começo, não importa, qualquer que seja a forma e o conteúdo, vale muito a pena.

Para ler, basta querer, os espaços, os momentos e os equipamentos estão recheados de bibliotecas, além daquela tradicional, que, por sinal, em tempos de Coronavírus não está aberta, temos as mais variadas formas, que se apresentam na atualidade. A um simples clique ou toque, um mundo se abre e se transforma em bibliotecas, daí é só navegar e se deixar levar pela onda da leitura.

Mas, quando tudo isso passar, vale a pena visitar essa majestosa instituição na sua concepção original, dotada de ambiência característica, desde o imagético das capas dos livros, passando pelo cheiro de suas folhas, até o barulho do silêncio. Nós, bibliotecários, estaremos a postos para recebê-los com o carinho de sempre.

quinta-feira, 2 de abril de 2020

Fábula e vida

Quantos Soldadinhos de Chumbo, Patinhos Feios e Pequenas Sereias se encarnam na vida real, fazendo com que os conheçamos no dia a dia, com seus feitos, suas aflições e emoções? Quantos reis vaidosos com suas roupas novas desfilam, soberbamente, entre nós? Hans Christian Andersen que nos responda.

E quantas Brancas de Neve, Rapunzéis, Joãos e Marias fictícios passam na realidade as mesmas situações daqueles personagens reais vividos nas fábulas? Os Irmãos Grimm que nos respondam.

Alguém que tem limitação, mas se adapta e consegue viver com a ajuda do outro, alguém que se sente rejeitado, mas de alguma forma supera a situação, mulheres perseguidas, em situação de cativeiro, que lutam pelo amor, crianças maltratadas e por aí vai... Se pensarmos nos cenários e contextos dessas narrativas, vemos que é possível identificá-los no nosso cotidiano e que sempre há um desfecho com uma lição de vida.

Não esquecendo de La Fontaine e Esopo, as fábulas e os contos transmitidos de geração em geração, há séculos, deixam vivas a tradição e a literatura, que tanto contribuem para a formação de crianças, jovens e adultos. Muitas vezes uma fábula real nos leva a uma realidade fabulosa.

Neste Dia Internacional do Livro Infantil, comemorado na data do nascimento de Hans Christian Andersen, me fez pensar o quanto a fábula está na vida, assim como a vida está na fábula.