sexta-feira, 30 de maio de 2025

Ganhos da gestão documental



A gestão documental traz diversos ganhos para as empresas, dentre eles podemos citar: aumento da eficiência operacional, redução de custos, melhor segurança, maior conformidade, acesso remoto com possibilidade de colaboração e ainda pode promover a inovação. Com certeza, nos dias atuais, não dá para dispensar tudo isso.



quarta-feira, 28 de maio de 2025

A preservação da memória

A XV Bienal Internacional do Livro do Ceará, que aconteceu de 04 a 13 de abril de 2025, trouxe a temática “Das fogueiras ao fogo das palavras: mulheres, resistência e literatura”, dando enfoque à resistência das mulheres junto às atrocidades praticadas nos séculos passados, tais como aquelas que as levaram à fogueira, para serem queimadas vivas. Mas, paradoxalmente, ressalta a superação em vários segmentos da sociedade, ressaltando o protagonismo feminino na criação e difusão da literatura.

A fogueira como elemento benéfico

Tirando, agora, a fogueira desse contexto maléfico e trazendo-a para a socialização que acontecia ao seu redor nos tempos remotos, em que só havia o recurso da oralidade para transmitir as ideias, o conhecimento e a sabedoria de um povo, a percebemos como um elemento benéfico, de ligação e união da comunidade. 

A oralidade

A oralidade foi a primeira forma de transmissão do conhecimento. Antes do surgimento da escrita, a oralidade era o principal meio de comunicação nas sociedades, onde havia a tradição dos contadores de histórias, que falavam sobre seus ancestrais, lendas, conhecimentos das divindades, costumes e tradições, permitindo a preservação da cultura, deixando um rico legado de saberes para as gerações futuras.

A escrita 

Mas, o homem do passado inventou a escrita. A história da escrita foi marcada por diversas transformações ao longo do tempo. Primeiro, os símbolos utilizados na escrita cuneiforme, criada pelos sumérios na Mesopotâmia por volta de 3500 a.C. Trezentos anos mais adiante, são elaborados os hieróglifos no Egito e depois, tantas outras formas que mudaram radicalmente o curso da história humana. Com a escrita estabelecida, o homem passou a fazer registros documentais que chegaram até os nossos dias.

Os governos e as urbes

Na Antigüidade havia a preocupação dos governos e autoridades em conservar certos documentos que registravam censos, registros de conquistas de terras, propriedades e patrimônios, textos literários, administrativos e jurídicos. Havia os arquivos das urbes, que eram compostos pelos escritos dos sacerdotes, nos quais “a história da cidade dizia ao cidadão tudo aquilo em que devia acreditar, e tudo quanto lhe era próprio adorar. [...] A urbe era o lugar de reunião, o domicílio e, sobretudo, o santuário da cidade antiga”. (COULANGES, 2000, p. 145).


As invenções 

Depois da invenção da escrita, veio a invenção da imprensa com Gutenberg, que permitiu a produção em massa de livros, ampliando, exponencialmente, seu uso e aplicação, espalhando-se rapidamente por toda a Europa e mais tarde pelo mundo. 

Nos tempos atuais, com a internet, os escritos e informações foram universalizados e disponibilizados a um simples clique, podemos ficar a par de tudo que acontece a qualquer hora de qualquer lugar. 

Agora, mais recentemente, a inteligência artificial, chegou para revolucionar o conhecimento e o aprendizado, temos uma aliada poderosíssima, que responde e interage sobre qualquer assunto, dentro ainda da sua limitação e da necessidade de acurácia.

A oralidade presente ainda hoje

Apesar de todo esse avanço, hoje, ainda há quem pratique a oralidade na sua concepção mais antiga, passando histórias e lendas de geração em geração, principalmente nas comunidades originárias e nas famílias com as pessoas mais velhas.

Saindo da oralidade dos tempos remotos temos também preservados nos museus, arquivos e bibliotecas os registros documentais do passado registrados em pedras, papiros, pergaminhos e papéis de trapo.

Todos esses registros, quando preservados, servem para entendermos como era a sociedade no passado e garantem que as gerações vindouras possam entender como se deu a evolução do pensamento humano.

Outros usos da oralidade

Além dessa comunicação e interação social, fundamentais para o convívio, utilizamos a oralidade em apresentações, debates, entrevistas e ainda de forma mais aplicada com fins específicos, tais como: storytelling, biblioterapia e contação de histórias.

A chama do conhecimento

O importante é manter viva a memória e a chama do conhecimento, seja pela oralidade, pelos documentos ou pelos livros.

domingo, 18 de maio de 2025

Onde o tempo fez moradia: celebração ao Dia Internacional dos Museus

Mais do que prédios cheios de relíquias e antiguidades, eles são os guardiões de memórias, espaços vivos que preservam as múltiplas vozes da humanidade. É onde o tempo fez moradia.


Como bibliotecária, que também lida com a preservação da informação e da memória, reconheço nos museus nossos aliados na tarefa de manter viva a história, não como algo do passado, mas como uma referência contínua para o presente e o futuro.

Os museus nos convidam a refletir, a sentir e a compreender o que há em cada peça. Carregadas de fragmentos de vidas, de culturas, de lutas e conquistas, essas peças merecem ser preservadas e compartilhadas, para que sirvam de pontes entre gerações, lembrando-nos de onde viemos. Dessa forma, podemos entender melhor o mundo.

Assim como as bibliotecas e os arquivos, os museus são territórios de resistência contra o esquecimento. Eles nos ajudam a compreender a diversidade humana, a valorizar o patrimônio cultural e a estimular a educação, a pesquisa e a cidadania.

Atualmente, os museus têm se reinventado com o uso da tecnologia para oferecer experiências imersivas, interativas e tridimensionais. Com a adoção de recursos como realidade virtual (VR), realidade aumentada (AR) e projeções em 3D, os visitantes podem explorar exposições de forma muito mais envolvente do que no modelo tradicional. 


Por exemplo, é possível "entrar" em ambientes históricos recriados digitalmente, observar objetos em 360 graus e até manipulá-los virtualmente por meio de telas sensíveis ao toque ou aplicativos. Algumas instituições também permitem que o visitante use óculos de realidade aumentada para ver camadas ocultas de pinturas, reconstruções de artefatos quebrados ou simulações de como era a vida em outras épocas. 

Além disso, essas experiências interativas despertam o interesse de públicos variados, especialmente os mais jovens, tornando o aprendizado mais dinâmico e acessível. Isso transforma o museu em um espaço não apenas de contemplação, mas de vivência e participação ativa na construção do conhecimento.

Por toda essa tradição aliada à dinamicidade da atualidade, deixo meu reconhecimento e admiração a todos os profissionais da museologia que, com dedicação e sensibilidade, mantêm acesas as luzes da memória, fortalecendo a cultura e o conhecimento.

Eu, que já visitei vários deles, inclusive desde criança, sob o incentivo de meu pai, admiro cada vez mais essa instituição e seus profissionais.

quarta-feira, 14 de maio de 2025

"O seguro morreu de velho"

O dito popular, “O seguro morreu de velho” significa que pessoas precavidas morrem de velhice e não de acidentes ou de outras causas que antecipem sua morte. Ou ainda, quando uma pessoa está segura sobre uma situação e fica despreocupada, correndo o risco de ser enganada, de errar, de esquecer ou perder algo. Esses podem ser os principais argumentos de venda dos corretores de seguros.

Hoje (14/05) é o Dia Continental do Seguro. A data é comemorada nos continentes americanos e na Espanha, para ressaltar a importância econômica e social deste serviço, conscientizando a população sobre o benefício do seguro, fundamental para garantir a proteção das pessoas, das famílias e dos bens patrimoniais.

E você, já proferiu esse ditado em alguma ocasião em seu trabalho, se referindo às atividades que devem ser executadas, para melhor fluir e garantir a eficácia?

E na biblioteca, seria cabível termos alguma preocupação nesse sentido? Podemos listar algumas situações, que acreditamos serem comuns no dia a dia do bibliotecário:
  • verificar a consistência e firmeza das estantes;
  • verificar a validade dos extintores de incêndio;
  • não deixar que entrem no recinto portanto alimento;
  • não esquecer equipamentos ligados ao final do expediente;
  • ter cuidado para não manusear copo com água junto aos equipamentos e livros;
  • fazer backup dos arquivos;
  • registrar de imediato os livros novos, recém-chegados da livraria;
  • estar em dia com assinaturas de periódicos, de e-books e de bases de dados;
  • certificar-se, antecipadamente, sobre o acervo nas visitas do MEC;
  • ter a certeza que as palavras-chaves te darão o retorno necessário;
  • emprestar livros somente mediante assinatura.
Vamos ficar de olho! “O seguro morreu de velho”!




segunda-feira, 12 de maio de 2025

Profissão que educa

 

A mãe de Leão XIV, Mildred Agnes Martinez, tinha a educação como um pilar fundamental. Ela se formou em Biblioteconomia aos 34 anos, na Universidade DePaul (1947) e seguiu os estudos dois anos depois com um mestrado focado na área educacional, um caminho acadêmico incomum para mulheres naquela época

Ela atuou em bibliotecas escolares importantes da cidade, como Von Steuben e Mendel Catholic High School.

Mas, o legado que encanta foi seu trabalho junto à Biblioteca da Sta. Mary, que fundou juntamente com seu marido em um porão de um antigo prédio escolar, utilizando estantes improvisadas e livros doados.

Uma bibliotecária de fé preocupada com a educação, sua iniciativa promoveu a leitura e o conhecimento junto à comunidade onde atuava.

Seu filho Prevost, hoje Papa Leão XIV, seguiu os passos da mãe e também se dedicou aos livros. Ainda nos Estados Unidos, o religioso se formou em Matemática na Universidade Villanova, na Pensilvânia, e estudou Filosofia.

Foi bom conhecer a história de uma família tão sublime. É a conformação de que a biblioteca e o bibliotecário além de serem socialmente responsáveis, interagem profundamente com a educação das pessoas.

domingo, 11 de maio de 2025

sábado, 10 de maio de 2025

Mais uma capacitação

Atenta, a equipe Mrh Arquivos participou no dia 07/05/2025 de mais um treinamento sobre tipos de documentos, que ministrei. Desta vez, conheceram um pouco mais sobre o conjunto documental "Processo licitatório", muito presente nos arquivos das empresas, tanto da esfera pública, que são responsáveis pela organização e publicação do certame, como da esfera privada, que se submetem ao edital para oferecer seus serviços ou produtos.

quarta-feira, 7 de maio de 2025

Dia do silêncio: PSIU!

Silêncio: ausência total ou relativa de sons audíveis. Para quem teve a graça de nascer com o sentido da audição, será possível ter o silêncio total? Impossível, sempre haverá um ruído, um chiado, um rangido, qualquer que seja o som, sons externos de toda sorte, sons internos, aqueles da nossa respiração ou das batidas do nosso coração.

Hoje é o Dia Mundial do Silêncio. A data foi criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para conscientizar as pessoas sobre os danos causados pela poluição sonora.

Existe até normativo (NBR 10.151/2000 da ABNT) que regulamenta a perturbação do sossego, incluindo a poluição sonora, com limites de decibéis diferentes, variando conforme horário, tipo de área (residenciais, comerciais, industriais) e fonte do ruído.

Ele que já foi tão exigido nas bibliotecas, chegando a ser o elemento principal do estereótipo bibliotecário, com ilustrações tão características, que marcaram por décadas e décadas a nossa figura, foi se perdendo pelos anos. Talvez pela evolução e dinâmica da biblioteca, pela explosão de informações, pela nova forma de comunicação entre as pessoas, pelo novo fazer bibliotecário.

Se por um lado precisamos ouvir mais, para compreender e atender melhor, por outro lado, o usuário precisa falar mais, para manifestar suas ideias, para apurar o senso crítico, para ser melhor compreendido.

E para onde foi o silêncio, o psiu?


Hoje, nas bibliotecas, já se convive com a sua ausência, é óbvio que dentro dos limites permissíveis e de acordo com os ambientes x atividades, considerando-se o bom senso estabelecido. Uma discussão entre grupos de estudo é mais do que sadia, um comentário entre uma leitura e outra, uma indagação para solucionar uma dúvida, uma troca de ideias. Tudo é permissível.

Mas ele ainda é elemento necessário para a concentração, para o estudo, para a leitura. Há aqueles que só conseguem executar essas atividades no silêncio. E há também momentos em que precisamos estar com o nosso silêncio, para ouvirmos os nossos pensamentos, para sentir a vida, para compreender situações e, quem sabe, ter novas ideias.

A nossa proposta de hoje é a seguinte: fazer barulho por um instante de silêncio, reivindique esse momento, um momento só seu, de paz interior, em homenagem ao Dia do Silêncio.