sábado, 25 de agosto de 2012

A presença dos presentes


Aves que vêm e vão!
Alimentam-se, mas, deixam contribuição.
Embelezam jardins, polarizam flores,
Dispersam sementes e trazem amores.

Presentes que vêm e vão!
De lá para cá, passam de mão em mão!
Lápis e papéis, presentes de Cândida para Concita,
Pinturas e quadros, de Concita para Ana, Gorette e Vita.




Os qadros são obras de Concita Farias, em maio/2012.

sábado, 18 de agosto de 2012

... e todos falaram a mesma língua!


Leitura de dedicação, preocupação, apreensão,
Ordem de avante: Vamos embora, chegou a hora!
Prática de liderança, confiança, perseverança,
Momento de investigação, indagação, constatação,
Contexto da trajetória: Glória, vitória!

Agradeço à equipe,
Unidos pela Qualidade!




quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Novamente Gabriel Perissé em Leitura e contexto

Trago na íntegra o artigo de Gabriel Perissé publicado na edição de junho de 2012, da revista Profissão Mestre. Fiz a leitura e não hesitei em postar aqui, neste espaço de leitura e contexto, tem tudo a ver.

O artigo é muito oportuno, pois chama a atenção para atitudes e posturas negativas em relação à prática da leitura, que ocorrem no cenário didático pedagógico brasileiro e mostra que é possível reverter a situação, sugerindo no final livros adequados conforme o contexto: "[...] temos de sugerir livros e textos relacionados ao que está acontecendo ao nosso redor.."

Em postagem anterior, fiz pequeno comentário acerca de outro livro de Perissé, Ler, pensar e escrever, o qual não é citado no rodapé desse artigo, mas que vale a pena ser lido para completar o tema.

Também em postagem anterior, trouxe o livro História universal da destruição dos livros, de Fernando Báez, que trata da destruição física do livro, o "livrocídio direto", de que fala Perissé.

Direto ou indireto, leituras se completam e geram conhecimento.












  



Vamos ao artigo de Perissé!  











10/08/2012 15/08/2012
Livrocídio
Gabriel Perissé


O livrocídio direto consiste em queimar bibliotecas, fechar editoras e censurar escritores. É assim que se destrói um país, um povo, uma cultura. Muitos livros foram eliminados antes e depois de guerras, genocídios e perseguições políticas e religiosas.
No entanto, há formas menos evidentes de livrocídio. Tornar a leitura insuportável é também assassinar o livro, a longo prazo. Sufocando a leitura pouco a pouco, mata-se o livro... silenciosamente.
Podemos, numa sala de aula, matar a vontade de ler de nossos alunos? Podemos. Não é necessário, para isso, rasgar as páginas de um livro ou falar mal do autor! Basta fazer da leitura uma obrigação desagradável, improdutiva e estressante.
Nossas intenções são sempre as melhores. Ansiamos que nossos alunos sejam leitores plenos. Os métodos é que estão equivocados.
Um desses equívocos é nos preocuparmos mais com as provas e testes sobre a leitura e menos com o desenvolvimento dos próprios leitores. Se avisamos que a leitura obrigatória será objeto de perguntas (capciosas, difíceis) na primeira aula da próxima segunda-feira, que bela e entusiasmada leitura nosso aluno fará no final de semana!
As provas e testes produzem leitores padronizados. A leitura deixa de ser exercício intelectual, viagem imaginativa, ocasião de descobertas e autodescobertas, para se tornar manual de instruções. O leitor deverá dar a resposta certa. Ou será punido!
A principal consequência desse equívoco didático é aniquilar o interesse pela leitura, substituído agora pela necessidade de conseguir uma boa nota. Essa história já é tão conhecida... E o final jamais é feliz.
Outro equívoco: insistir na leitura de textos e obras que não dialogam com o universo dos alunos. É claro que José de Alencar, Machado de Assis, Clarice Lispector, José Lins do Rego, Manuel Bandeira, Cecília Meireles e Guimarães Rosa devem ser lidos. Na hora certa! E esta hora não é necessariamente a do ensino médio.
Outro equívoco que promove o livrocídio: fazer a desleitura dos livros. A desleitura solicita resumos (que se copiam de vários sites da web), prende-se em demasia à biografia do autor e ao contexto histórico, repete as interpretações já consagradas, transforma o livro em meio e não numa finalidade (prazerosa) em si. Tal desleitura afasta os leitores dos livros. E estes, abandonados, cometem livrocídio coletivo!
Existe algo mais desanimador para uma criança ou adolescente do que as eternas fichas de leitura, que querem fixar a leitura? Que ideia fixa é esta? Queremos fixar ou libertar? Parodiando Adélia Prado: “eu leio um livro para ver se me livro!”
Os livros podem ser uma bela paisagem para o aluno contemplar, visitar, explorar e recriar. Mas se apresentarmos essa paisagem por uma janela estreita, a visão se limita, a visita se impossibilita, não haverá exploração ou recriação alguma. Apresentar a literatura e outros textos pela janela deprimente de uma prisão faz da leitura tarefa sufocante. Os nossos alunos veem a leitura nascer quadrada. E sonham fugir para mundos melhores.
Para que serve a leitura, afinal? Como trazer os livros para a vida das crianças e dos jovens? Como tornar a escola um lugar onde os livros vivam e deem intensidade às nossas vidas?
A leitura nos ajuda a sermos intérpretes originais do nosso cotidiano, e deve se tornar tema de animadas discussões em sala de aula. Para isso, temos de sugerir livros e textos relacionados ao que está acontecendo ao nosso redor.
Obras e autores clássicos não estão excluídos. Contanto que saibamos atualizá-los, vinculando-os aos problemas que preocupam a todos, aqui e agora.

Texto publicado na edição de junho de 2012 da revista Profissão Mestre. Deixe seu comentário na seção Voz do Leitor.

 



Ele está de volta! II




Ele ainda não tinha dado o ar da graça em 2012, mas, eis que o lagarto iguana verde aparece no último domingo, 12/08, tomando sol em um tronco de xaxim, que hospeda uma espécie de cipó imbé (Philodendron imbe Schott). No meio das palmeiras, chefrela gigante, dracena e flor Panamá, exibe seu jovem couro, ainda gozando do tom forte de verde, que favorece muito a camuflagem junto aos vegetais. 

Passou horas na mesma posição, se deixando fotografar.




Chegou a sombra...






Mais adiante, correu pela grama do jardim, ficou ao pé do muro, junto aos mini lacres.




Depois fez parada na folhagem do ibisco, aliás, é o alimento de sua predileção, adora a flor. 

No contexto todo verde, vale o disfarce. Onde está o Iguana? Faça a leitura e ache se puder!





No meu jardim tem dessas coisas!


domingo, 12 de agosto de 2012

Pais da Biblioteconomia

Elejo os Pais da Biblioteconomia, segundo a leitura e o contexto, e teço algumas considerações, a partir das informações disponíveis na grande rede. 

Inicio com Calímaco de Sirene (310 a.C.-240 a.C), na Antiguidade, professor, gramático, poeta, mitógrafo grego, bibliotecário e diretor da Biblioteca de Alexandria, com o feito de organizar o primeiro catálogo sistematizado, organizando 490.000 rolos de papiros, para elaboração de um catálogo por assunto, onde constariam por essa ordem, os nomes dos autores alfabeticamente organizados. Considerando o contexto da época, Calímaco iniciou, assim, a ordem do caos. Antes dele, somente por sorte alguém seria capaz de encontrar um texto específico. 
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Passo agora para São Jerônimo (348-420), nos fins da Antiguidade, o Santo Doutor da Igreja Católica, que traduziu a Bíblia do grego antigo e do hebraico para o latim. Essa edição foi denominada Vulgata, que é o texto oficial da Igreja Católica, originando-se dela outras traduções em línguas românicas. Há fontes que o considera o santo padroeiro dos Bibliotecários, pelo grande leitor que foi, pela excelente memória que tinha, por ter a maior biblioteca pessoal da Roma Antiga e pela ajuda em estabelecer a biblioteca papal em Roma, no século IV.
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No meio da Idade Moderna surge um novo pai, Gabriel Naudé (1600-1653), agora mais preocupado com a profissão e com o profissional decorrente dela, libertando os livros da prisão, abrindo a biblioteca para o público, tornando-a mais dinâmica, sobretudo com a atuação do bibliotecário, que passou a se voltar para a orientação da leitura. 
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Retomo a paternidade com Melvil Dewey (1851-1931), bibliotecário norte-americano, responsável pela Classificação Decimal Dewey-CDD, que tanto estudamos nos bancos acadêmicos, para aplicar na prática bibliotecária de classificar livros e alocá-los por assuntos nas estantes. O sistema é decimal, contendo 10 classes principais, 100 divisões e 1000 seções, obedecendo a uma hierarquia, foi tão difundido quanto modificado e expandido, existindo hoje mais de 20 edições. As bibliotecas da atualidade ainda utilizam a CDD. 
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Paul Otlet (1868-1944), foi um pai visionário! Autor, empresário, advogado e ativista da paz belgo, criou a Classificação Decimal Universal-CDU, instrumento que foi baseado na CDD, acrescentado de sinais para auxiliar nas facetas, necessárias para especificar as particularidades do documento. O autor teve a visão de uma grande rede de documentos para possibilitar as pesquisas de várias partes do mundo, com equipe especializada para o atendimento. 
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Passando pelo Brasil, encontro um pai brasileiro. Bastos Tigre (1882-1957), o primeiro bibliotecário por concurso no Brasil, exercendo a função por 40 anos e é por isso que a data de seu nascimento, 12 de março, é considerada o Dia do Bibliotecário, instituído pelo Decreto nº 84.631, de 12 de abril de 1980. Bastos Tigre também foi engenheiro, jornalista, poeta, compositor e humorista. 
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Finalizo com o pai mais novo: Ramamrita Ranganathan (1892-1972), bibliotecário da Índia, que estabeleceu as cinco leis da Biblioteconomia há mais de 40 anos e continuam válidas e aplicáveis na atualidade: 

1. Os livros são para usar; 
2. A cada leitor seu livro; 
3. A cada livro seu leitor; 
4. Poupe o tempo do leitor; 
5. A biblioteca é um organismo em crescimento. 


Pai atemporal



Pai ontem, hoje e sempre, pai é pai, pai atemporal. Mesmo ausente fisicamente, está presente na nossa mente. Pai que vem e vai, independente do contexto, pai maioral, elo da corrente, pai universal. 

Pai natural ou pai do coração, pai que gerou, pai que criou, neste dia de comemoração, parabéns a todos os pais: os incipientes, os em expansão e os experientes, qualquer que seja a leitura, afinal, pai é pai.

Saudação ao pai que é filho, ao filho que é pai, ao pai do pai, ao Meu Pai, ao Pai dos Meus Filhos, com a glória do Pai Celestial!