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sábado, 28 de setembro de 2024

Abordagens multi, pluri, inter e transdisciplinar na Biblioteconomia

Analisando as abordagens multi, pluri, inter e transdisciplinar, verifiquei que para a Biblioteconomia evoluir, visando uma performance melhor em termos de visibilidade, alcance e de ponte junto a outras ciências e disciplinas, há de atuar nessas quatro dimensões de forma coletiva e colaborativa. Imagino cada profissional fazendo a sua parte e ajudando a outra: universidade, bibliotecários da academia, professores, pesquisadores, teóricos da área, estudantes e bibliotecários atuantes no mercado, todos devem participar. Atualizar currículo, ocupar espaços que são nossos pela própria natureza da coisa e desbravar novos horizontes, é a ordem do dia.

As dimensões multi, pluri, inter e transdisciplinar estão relacionadas à forma como diferentes áreas do conhecimento e disciplinas se articulam para a compreensão e resolução de problemas. Em cada uma dessas dimensões há graus de integração distintos entre as disciplinas e possui características específicas.
      
A Biblioteconomia pode se articular muito bem com outras ciências e disciplinas nessas quatro dimensões. Nesse sentido, precisamos tirar o máximo dessa possibilidade, que amplia os horizontes profissionais. Vejamos cada uma delas apresentando o modelo ilustrativo de Erich Jantsch, de 1980, e fazendo a leitura da atuação bibliotecária nesses contextos, sabendo-se que ocorrem conforme integram conhecimentos de diferentes disciplinas. 
  • Dimensão multidisciplinar (único nível, objetivos múltiplos, sem relação, sem cooperação, cada um no seu quadrado): quando profissionais de áreas diferentes trabalham de forma paralela e separada, sem interação real, cada um contribuindo com sua própria expertise abordagem e métodos, mantendo-se dentro dos seus próprios limites, sem influenciar o outro. Nesse contexto, as disciplinas são justapostas, cada um faz a sua parte sem interferir na outra, não são alteradas ou enriquecidas com isso. 
    • Exemplo na Biblioteconomia: Uma pesquisa sobre hábito de leitura, em que o bibliotecário aplica na roda de leitura, o professor em sala de aula e um pesquisador na comunidade, chegando a conclusões independentes.
  • Dimensão pluridisciplinar (único nível, objetivos múltiplos, alguma cooperação, sem coordenação, estudo de um por vários simultaneamente): é um tanto similar à multidisciplinar, envolvendo mais áreas, no entanto ainda sem integração profunda entre elas. Os saberes se complementam, mas continuam isolados em seus limites. Sugere uma relação mais dinâmica entre disciplinas, onde se busca uma visão mais ampla, embora as disciplinas ainda permaneçam distintas.
    • Exemplo na Biblioteconomia: Desenvolvimento de um sistema de gerenciamento de processos empresariais, com a participação de um bibliotecário para definir a taxonomia dos termos, um gerente para explicar a estrutura organizacional de empresa, um analista de sistemas para entender os fluxos, rotinas e funções e um programador para desenvolver a solução.
  • Dimensão interdisciplinar (dois níveis sob uma coordenação, cooperação, objetivos múltiplos, mesmo propósito):  Com a interdisciplinaridade, há um intercâmbio entre os conteúdos de duas ou mais disciplinas, permitindo que os participantes construam algo mais amplo em relação a essas temáticas, seguindo uma metodologia comum. Caracteriza-se pela integração e colaboração efetiva de conhecimentos e métodos de diferentes disciplinas para abordar um problema comum, sob uma coordenação. As fronteiras entre as disciplinas se tornam mais fluidas por conta dos pontos em comum, pois se relacionam para a ampla compreensão de um tema estudado, mantendo suas particularidades e interesses próprios.
    • Exemplo na Biblioteconomia: Elaboração de um projeto de biblioterapia para idosos, contando com a participação e coordenação do bibliotecário e com recursos e conhecimentos dos profissionais de terapia ocupacional, psicologia, e assistência social, para ter uma melhor forma de concebê-lo e aplicá-lo, tendo cada área o seu objetivo nos resultados, mas único propósito.
  • Dimensão transdisciplinar (níveis e objetivos múltiplos, colaboração e coordenação com propósito comum, ultrapassa as próprias disciplinas envolvidas): a transdisciplinaridade integra diferentes áreas do conhecimento, promovendo superação entre as fronteiras disciplinares com uma visão holística e integrada para solução de problemas complexos, nenhuma tendo domínio sobre a outra, mas sim abertura para maior abrangência. Há tanta cooperação entre elas, que não dá mais para separá-las, descaracterizando-as, tornando uma relação complexa dos diversos saberes.
    • Exemplo na Biblioteconomia: Um projeto para elaboração de uma cartilha de sustentabilidade, com a participação dos conhecimentos de Biblioteconomia para a seleção de conteúdos confiáveis e tratamento das normas bibliográficas, dialogando com o editor para ver a questão da publicação; com a engenharia ambiental, para tratar dos aspectos ambientais, a sociologia, para ver os impactos sociais e com a economia para tratar dos aspectos econômicos. Todos juntos e misturados em torno de um propósito comum, cada um contribuindo com a sua parte, mas fazendo interações constantes e significativas, entregando um resultado que representa esse novo produto, que já não é nenhuma das disciplinas que se reuniu inicialmente no projeto.
Outros exemplos podemos relacionar na dinâmica das quatro dimensões, tais como atuação em ciência de dados, em UX, em inteligência artificial, em contação de histórias, há um mercado potencial, o segredo é acompanhar as demandas da sociedade e o contexto dos acontecimentos. Creio que alguma coisa já foi conquistada, mas podemos acelerar esse processo com uma atuação mais incisiva.

domingo, 28 de abril de 2024

As bibliotecas e a educação

Hoje, Dia Mundial da Educação, trago o papel das bibliotecas para o construto de uma educação rica em oportunidades de aprendizagem.

Um espaço democrático onde as coisas acontecem para qualquer um, melhorarando conhecimento, visão de mundo, senso crítico, ampliando oportunidades. Tudo isso juntado às atividades da educação formal, contribui efetivamente para uma educação holística formando cidadãos completos.

Com o advento da Lei 12.244/2010 e toda uma discussão para se chegar a sua atualização e melhorar a sua aplicação a partir da Lei 14.847/2024, as beneses da atuação das bibliotecas podem começar a chegar junto aos mais carentes de educação.

Aos educadores de forma geral, chamo a atenção para que explorem cada vez mais os recursos socioeducativos que as bibliotecas podem oferecer aos alunos e todos os cidadãos. Somente com uma visão ampla e de parceria entre professores e bibliotecários a situação educacional pode melhorar.


sábado, 6 de janeiro de 2024

20a. Gestão do CRB-3 Fortaleza/Piauí

Foi eleita e empossada a Diretoria da 20a. Gestão do CRB-3 Fortaleza/Piauí:

  • Presidente- Regina Holanda;
  • Vice Presidente- Camila Rabelo;
  • Diretora Financeira- Sandra Cabral;
  • Diretora Técnica- Deusimar Frutuoso;
  • Diretora Administrativa- Linéia Diógenes.
A convite da colega e amiga Sandra Cabral, com o aval da colega e amiga Regina Holanda, que encabeçada a chapa, aceitei compor a gestão para o triênio 2024-2026 como suplente.

A Sessão Solene de Posse dos Conselheiro(a)s aconteceu no dia 05/01/2024, na Sede do CRB-3, Av. Santos Dumont, 1687, sala 208, Aldeota, Fortaleza-Ceará.

Na oportunidade, aceitei o novo convite para compor as Comissões de Ética e de Fiscalização.

Feliz por participar e poder contribuir com o exercício da profissão na sua plenitude.


sábado, 30 de setembro de 2023

A tecnologia e a Geração X

Estou convencida de que a minha geração, eu e meus colegas bibliotecários contemporâneos, realmente vivemos e estamos ainda vivenciado toda evolução em relação ao registro, a busca, a recuperação e a disseminação da informação. 

Do catálogo de fichas, passando pelos sistemas em MS DOS, pelos catálogos automatizados de softwares específicos, pelo Google, pela Internet 2.0, 3.0 e 4.0 e até chegando agora às respostas do ChatGPT.

Assistimos à coisa acontecer, fomos participantes e operantes dessas mudanças tecnológicas.

Não troco toda essa experiência vivida pela geração X, pelas vivências das gerações Y, Z e Alfa, porque, em relação à tecnologia, conhecemos como era antes, como se fazia acontecer e acompanhamos toda a evolução e transformação. Tudo isso é muito valioso.

Bibliotecários foram agentes de mudanças em todo esse processo.

sábado, 17 de junho de 2023

Nem só de bibliotecas vivem os bibliotecários

Biblioteca é a essência do nascedouro da Biblioteconomia, mas nem só de bibliotecas vivem os bibliotecários. É que a atividade tangencia e faz conexões de muitas formas com outras, promovendo multi, pluri, inter e transdisciplinaridade. 

Talvez precisaríamos de outro espectro para representar o universo de atividades que o bibliotecário pode executar.


Eu mesma, além de atuar em bibliotecas de IES, já trabalhei/trabalho com controle de patrimônio, normatização, normalização, MKT, gestão da qualidade, modelagem/desenho de processos, layoutização, gestão documental e arquivo.

Na versão 64 que vem por aí ainda pretendo desbravar algumas frentes.

domingo, 5 de março de 2023

Conservador, moderado ou liberal? Qual seu estilo, bibliotecário?

Meu segundo texto postado na Coluna Inside Higher Education, da Pearson tratar dos estilos de atendimento do bibliotecário e a influência que exercem junto à autonomia do usuário leitor de biblioteca, seja ela física ou virtual.

Conservador, moderado ou liberal, qual seu estilo? Convido todos a fazerem a leitura clicando no link abaixo.

A autonomia do usuário leitor no espaço biblioteca e os estilos de atendimento do bibliotecário.

Convido também a acessarem a coluna para apreciar os demais textos, todos primorosos.

sexta-feira, 30 de dezembro de 2022

Desregulamentação de profissão não é solução

Meu total repúdio a essa iniciativa sem cabimento, sem propósito e sem coerência. Resposta e apoio que postei hoje no meu LinkedIn.


sábado, 18 de junho de 2022

Leitores que vêm, vão e voltam

Quem trabalha em biblioteca se depara com esse fato: leitores vêm, vão e voltam. Que bom! Além dos leitores assíduos, aqueles de carteirinha, que praticamente amanhecem na biblioteca, há aqueles mais sazonais, eles se chegam, usufruem por demanda e partem, mas um dia voltam, tal qual o filho pródigo, se é que podemos chamar assim. E o reencontro da biblioteca com ele é magnífico -- um misto de lembranças e saudosismo com novidades e contentamento.

Mas, o que faz alguém retornar à biblioteca? A resposta seria bem óbvia se não estivéssemos em tempos de internet, smartphones, lives, instagrans e tudo que é virtual, digital e online. É que a ambiência da biblioteca fala mais alto. Convivência com os pares, contato físico com as pessoas e com os livros, troca de leituras, ideias e experiências e o próprio diálogo com o profissional da área, que media, esclarece e conduz. Tudo isso é ímpar e singular, traz calor e amistosidade para a relação leitor-biblioteca-bibliotecário.

Eu mesma já vivi várias dessas experiências, recebendo muitos deles que retornaram à casa, ora revendo antigos objetos de desejo, aqueles livros que foram lidos há tempos, ora buscando novidades, o que vale é esse retorno. No meu papel profissional, tenho mais é que fazer desse ato um recomeço, uma reconquista, a captura de uma ovelha desgarrada.


domingo, 7 de novembro de 2021

Biblioteconomia e bibliotecário é isso e muito mais

Encontrei esse folder do CFB - Conselho Federal de Biblioteconomia nas minhas gavetas e achei por bem compartilhar nesse espaço de leitura e contexto. 

Chamo a atenção para a frase central: "O bibliotecário lida com qualquer tipo de informação em todas as áreas do mercado." Portanto, há espaço para todos, a profissão é promissora, é só sair do quadrado e ir à luta. 

UX, Data Science, BI e tantas outras frentes de trabalho que se abrem na atualidade são campos férteis para atuação do bibliotecário.

 




quinta-feira, 10 de junho de 2021

Entrevistada pelos alunos de Biblioteconomia da UFC

Fui convidada pelos alunos do sétimo semestre do Curso de Biblioteconomia da UFC, da disciplina da Professora Maria Giovanna Guedes Farias, Gestão de Recursos Humanos em Unidades de Informação, para uma entrevista sobre essa temática.

Hecķécia, Halan, Álvaro e Ana Vitória foram muito gentis e conduziram muito bem a entrevista. Falamos por duas horas e não sentimos o tempo passar. Afora a simpatia de todos, transmitir experiências vividas para alunos que estarão iniciando na profissão é muito compensador, momento de relembrar o que deu certo, o que não deu, as lutas, as oportunidades e as conquistas. 

Creio que extrapolamos o roteiro, mas tudo em nome da Biblioteconomia. Modelo de gestão, hierarquia, liderança, motivação, feedback, engajamento, treinamento e desenvolvimento, distribuição e rodízio de tarefas, dentre outros temas, foram explorados, discutidos, e contextualizados com situações reais. Estarei sempre à disposição da UFC para novos encontros.


sábado, 20 de fevereiro de 2021

#BoraBibliotecar

#BoraBibliotecar é a campanha planejada pelo Mural Interativo do Bibliotecário para o Dia do Bibliotecário de 2021. Muito mais que uma campanha é uma ação, um movimento, uma transformação.

Apesar de a campanha ser para 2021, a proposta é que se permaneça por anos à frente, uma forma de impregnar o sentimento de pertencimento da profissão nos bibliotecários, e de propagar sua importância junto à sociedade, por intermédio de maior divulgação, dando-lhe mais visibilidade.

A ação se torna muito oportuna, principalmente agora, quando a informação precisa ser mediada e estar acessível para que os negócios fluam e não parem, fazendo girar novas oportunidades.


#BoraBibliotecar é:

Acreditar!
Amar!
Compartilhar!
Conviver!
Decidir!
Democratizar!
Descobrir!
Disseminar!
Emponderar-se
Empreender!
Ensinar!
Estudar!
Humanizar-se!
Informar!
Inovar!
Integrar!
Interagir!
Motivar!
Multiplicar!
Orgulhar-se!
Ousar!
Participar!
Pertencer!
Protagonizar!
Realizar!
Reinventar-se!
Renovar!
Respeitar!
Ser mostrado!
Transformar!


Gosto do "Protagonizar", afinal sempre busco fazer a diferença, desempenhando um papel de importância nos projetos, nas ações, e nas soluções que apresento e estou à frente.

quinta-feira, 29 de outubro de 2020

Dia Nacional do Livro

Hoje, Dia Nacional do Livro, trago essas imagens de adesivos, que captei no site Elo7, todas em alusão ao livro e à leitura. As silhuetas monocromáticas são doces, sugestivas e inspiradoras. Essas características são o meu desejo neste dia em relação às leituras que virão pela frente. Que sejam doces, sugestivas e inspiradoras!

O dia 29 encerra a Semana Nacional do Livro e da Biblioteca e com ele ressalto o esforço de muitos bibliotecários em mediar a leitura, em oferecer livros, em acompanhar os estudantes, sobretudo as crianças, fazendo algo diferente para incentivar e formar cada vez mais leitores para a vida. Esse esforço não se encerra, sabemos que é perene, que está na veia do bibliotecário.







As imagens são adesivos da LD Creativity Store, disponíveis no site da Elo7


quinta-feira, 12 de março de 2020

Bibliotecário, qual é a sua onda?

Nós, bibliotecários, atuamos em diversas áreas, exercendo diversas funções, desde a mais tradicional à mais inovadora, todas importantes e necessárias em cada contexto. O mercado vai se abrindo, se modificando e os bibliotecários vão encarando as novas frentes de trabalho. 

As oportunidades vão surgindo e na medida que isso acontece, vamos agarrando-as, como se estivéssemos surfando em uma onda. Tomando esse raciocínio, vamos dizer que nós, bibliotecários, "surfamos nas ondas": a onda das bibliotecas escolares, das bibliotecas universitárias, dos centros de documentação e informação, das editoras, das novas tecnologias, dos bancos de dados, das mídias sociais, e por aí vai... 

Onda no sentido de atuação, de identificação, de relacionamento, de pertencimento, de relação com a mesma atividade, para trocar experiências, ideias e se desenvolver individualmente, usando o coletivo. 

Então, nesse Dia do Bibliotecário, que tal surfar muito, aproximando-se de pessoas da mesma onda, para compartilhar ideias? Atuando em grupos podemos servir mais ao nosso público específico.

Texto com final modificado, a partir do original publicado no Mural Interativo do Bibliotecário, em 09/03/2020, por Ana Luiza Chaves.

domingo, 14 de julho de 2019

Bibliotecários, a solução!

Está perdido em informações?
Tem informação demais e não sabe como organizar tudo?
Precisa de informação para tomada de decisão e não sabe por onde começar?
Não consegue localizar aquele trecho que já viu?
Precisa trabalhar com informações confiáveis e não sabe onde encontrá-las?
Não consegue achar algo que você deseja conhecer mais?
Está em busca da fundamentação teórica ideal e não consegue localizá-la?
Não sabe nem qual informação quer?

Para resolver esses impasses, usando o bordão do Caceta e Planeta, "seus problemas acabaram", só que de forma real, positiva e séria, contratem um bibliotecário!





O profissional é articulado, multidisciplinar, sabe trabalhar com ferramentas tecnológicas, é conhecedor de formas para buscar a informação, trabalha com estratégias booleanas, conhece de tudo um pouco e, quando não, sabe como chegar à informação.





Se não sabia disso, fique sabendo. A profissão completou 57 anos no último dia 30/06 (Lei 4.084/1962), e é só crescimento... 

Estamos de férias, mas continuamos ligados!

terça-feira, 2 de julho de 2019

Saiu na mídia! Profissão em alta!

Quem não viu pode ainda ver a matéria que foi ao ar na semana passada, que traz o bibliotecário com uma das profissões promissoras, que está em alta.

O foco da matéria é o futuro do trabalho, a necessidade de aprender mais e mais para se dar bem e enfrentar o mundo de hoje cheio de transformações.

A reportagem traz a adaptação de profissionais à novas situações que tiveram de enfrentar, dentre elas, uma bibliotecária.

A profissão está em alta, mas não da forma como era no passado, deve se adaptar à nova realidade da atualidade, carregada de tecnologias e de novas tendências.


Imagem disponível em Penseavanti

O advento febril da Internet, as mídias em diferentes plataformas, os usuários com novas demandas, os novos problemas de informação a serem solucionados, tudo isso são transformações eminentes, e com elas surgem as novas oportunidades. 

Mas é necessário ter visão para enxergar, atitude para encarar e abraçar, vontade para aprender e sobretudo, resiliência para saber conduzir e se manter.

São novos tempos para uma velha profissão, que vai se adequando conforme as exigências do mercado e da sociedade e se renovando a cada dia. Já vimos que não vai deixar de existir, mas que são necessárias adaptações, parcerias, conhecimento e interdisciplinaridade para o "fazer bibliotecário". 

E você, já parou para pensar como anda o seu "fazer bibliotecário"?

Publicado originalmente em otextoénosso do Mural Interativo do Bibliotecário.

sábado, 18 de maio de 2019

Biblioteca é muito mais do que pensamos ser

Um espaço sem paredes, que vai além do que é em si. Desde sempre a biblioteca já é essa grandiosidade, porque cada frequentador leva consigo um pouco do que ela lhe ofereceu, disseminando com outros a partir de suas interações e convívios. 

Atualmente, com a amplidão das dimensões globais e com as imensas possibilidades que as comunicações oferecem nos mais diferentes canais, a atuação da biblioteca é exponencial. 


Pessoas têm informação a qualquer tempo em qualquer lugar, basta se conectar no seu dispositivo móvel. Outro ponto a se considerar, que contribui por demais com esse status quo, é o envolvimento das pessoas comuns junto às comunidades. Cada vez mais se vê ações que contemplam mais e mais pessoas.
Essa dedicação e desprendimento em disponibilizar o livro e outras formas de acesso à informação junto à comunidade, melhora a vida das pessoas, entregando-lhes conhecimento, lazer e o prazer da leitura.

Da mesma forma, a biblioteca ainda é necessária para manter registros históricos, obras raras, acervos do país, estados, municípios e instituições representativas.

Da mais tradicional à mais artesanal; da mais abastarda de recursos à mais improvisada e desprovida, o fato é que elas resistem ao tempo, adaptando-se às necessidades de seus usuários e, junto delas, a pessoa do bibliotecário, que faz tudo acontecer, tendo, muitas vezes, colaboradores de outras áreas, que lhe auxiliam no dia a dia.

segunda-feira, 2 de julho de 2018

Se caiu, levante!

Derrota, queda, fracasso, não é fácil lidar com tudo isso, mas também não é impossível. O mundo inteiro assistiu à eliminação da Seleção Brasileira na Copa do Mundo.

Em tempo globalizado, sem fronteiras, com todos plugados full time e o mundo a um clique, as equipes estão mais competitivas, fortes e imprevisíveis (mercado); querem evidenciar o nome do país, ganhar as partidas, e pretendem ser campeãs (missão, objetivo e visão). Para tanto, trabalham suas deficiências e exploram suas potencialidades (pontos fracos e fortes); estão de olho em cada sistema tático do jogo que aconteceu, para conhecer melhor os times e conseguir melhores resultados (oportunidades e ameaças).

... Esse é o traçado para o caminho do planejamento estratégico, necessário e imprescindível na atualidade. Quem não fez o dever de casa, caiu!

Tristeza, desilusão, decepção, mas, nem tudo está perdido, valeu o ocorrido, para tê-lo como aprendizado para a próxima empreitada. A frase tem um fundo um tanto clichê, mas é a verdade usada nos treinamentos motivacionais, bem como a única saída, depois da queda. 

São ciclos que acontecem na vida profissional cheios de altos e baixos. Saber perder e tirar lição e proveito disso é inteligente e oportuno.

Na jornada dos bibliotecários também acontecem essas interferências externas. Quantas vezes tivemos que levantar depois de uma queda? Um projeto que falhou, uma demissão inesperada, alguém que chegou e tomou seu lugar, uma missão que teve de ser abortada... 

Se temos maturidade e controle para rever as questões internas, cuidando de cada uma delas, e capacidade para enxergar e interpretar os fatores externos, a coisa se torna menos difícil. Temos que buscar a causa raiz (os 5 por quês), para reavaliar, agir e melhorar (PDCA).

Vimos que teorias da Administração são colocadas à prova diariamente, elas funcionam, mas temos que saber respeitá-las e aplicás-la corretamente.

Se caiu, levante, e da próxima vez administre melhor cada jogo da vida.


Publicado originalmente em: Mural Interativo do Bibliotecário

domingo, 24 de junho de 2018

Bibliotecando por aí...


Andanças, mudanças e esperanças.
Paradas, estadas e empreitadas.
Idas, visitas e revisitas.
Retornos, contornos e adornos.
Voltas, viravoltas e reviravoltas.
Amizade, simplicidade e cumplicidade.
Vontade, utilidade e proximidade.







São essas rimas que constituem o quadro da rotina profissional do bibliotecário português, Nuno Marçal, que, como ele chama "andanças da bibliomóvel por estradas, terras e gentes de Proença-a-Nova". Tive o prazer de conhecê-lo pessoalmente, juntamente com um grupo seleto de profissionais, na palestra do último dia 22, "Bibliomóvel de Proença-a-Nova: Uma Biblioteca Útil, Próxima e Afectiva!", na UFC, que o Mural Interativo do Bibliotecário proporcionou.






Na oportunidade conhecemos tudo que sai daquele bibliomóvel encantado, conduzido por aquele bibliotecário-ambulante, incumbido e comprometido com o social, material e imaterial: carinho, soluções, livros, revistas e emoções.

Coisas que encantam os olhos e entram na alma. 

quinta-feira, 1 de março de 2018

Bibliotecário: "Ser ou não ser, eis a questão"

Entramos em março, aproxima-se o Dia do Bibliotecário, 12/03, nada mais providencial para refletirmos sobre o nosso posicionamento profissional.

Bibliotecário:

"Ser ou não ser, eis a questão".


Isso porque temos vários posicionamentos provisórios ou em transição. Partindo do tipo positivamente mais extremo em relação à profissão em si, até ao mais negativo, podemos elencar:
  1. Aqueles que abraçaram a profissão e se identificaram com ela e, sendo assim, atuam efetivamente de forma satisfatória e compensatória;
  2. Aqueles que abraçaram a profissão e se identificaram com ela, mas, ao longo da trajetória não conseguiram retorno satisfatório e, mesmo assim, continuam na profissão, esperando um dia melhorar;
  3. Aqueles que abraçaram a profissão e se identificaram com ela, mas, ao longo da trajetória não conseguiram retorno satisfatório e, por isso, enveredaram para outra profissão, mas com algum vínculo com a Biblioteconomia;
  4. Aqueles que abraçaram a profissão e se identificaram com ela, mas, ao longo da trajetória não conseguiram retorno satisfatório e, por isso, enveredaram para outra profissão, sem ter a ver com a Biblioteconomia;
  5. Aqueles que abraçaram a profissão, mas, de pronto, não se identificaram com a Biblioteconomia, abandonando-a em detrimento a outra;
  6. Aqueles que de imediato não gostaram da profissão, partindo logo para um novo caminho. 
Na famosa frase do monólogo de Hamlet, de William Shakespeare, o personagem enfrenta a situação dualística de decidir se será melhor aceitar a existência com a dor que reina (viver) ou se será melhor acabar com a vida (morrer). Ele tem na vida a certeza de ter que sofrer, mas na morte a incerteza, porque tem medo daquilo que possa existir além da morte, podendo passar por mais sofrimentos e punições em função da ação suicida. 



Tomando a frase para fazer uma analogia, aplicando-a ao nosso contexto, viver seria continuar na profissão com todos os seus percalços e condições, sem interferir, e morrer seria desistir da profissão, carregando o fardo de ter se formado em Biblioteconomia e de não tomá-la para exerce-la. Mas, diferente de Hamlet, enquanto profissionais do século XXI, da era tecnológica, da era globalizada, da era da interdisciplinaridade, da era da mediação da informação e da gestão do conhecimento, temos uma terceira opção, muito mais inteligente, a de pensar além, a de intervir na situação, a de se posicionar e a de agir de forma empreendedora. 

Bibliotecário, à exceção do tipo 1, qualquer que seja a sua situação enumerada acima, é hora de refletir, agir e se posicionar! 

Se não está bom, é hora de mudar!

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Nota: "Ser ou não ser, eis a questão", na língua inglesa: "To be or not to be, that is the question". Famosa e mundialmente conhecida frase, dita por Hamlet, durante o monólogo da primeira cena do terceiro ato na peça de mesmo nome, de William Shakespeare (escrita entre 1599 e 1601).