sábado, 14 de julho de 2012

Evolução dos arquivos: questão de contexto




Segundo Bautier, citado por Cruz Mundet (1994), a história da evolução dos arquivos é dividida em quatro períodos: a época dos arquivos de palácio, que corresponde em termos gerais à Antigüidade; a época dos cartórios, abarcando os séculos XII a XVI; a época dos arquivos como arsenal de autoridade, que se estende por todo o Antigo Regime, desde o século XVI ao século XIX; e a época dos arquivos como laboratório da história, desde o início do século XIX até meados do século XX. 

Fazendo diversas leituras e desenvolvendo cada período, conforme o contexto,  têm-se os trechos abaixo.
Na Antiguidade (Suméria, Grécia e Roma), os arquivos tinham a função de representar a gestão do poder e eram tidos como lugar de conservação de documentos autênticos. A necessidade de guardar os registros referentes a cobrança de impostos, empréstimos e inventários, ordens administrativas, tratados comerciais e políticos, decretos, plebiscitos, atas, contas públicas, leis, documentos judiciais e testamentos, era puramente prática e administrativa, fazendo com que existissem grandes depósitos, ora os próprios templos, ora construções denominadas especificamente como archeion, na Grécia e Tabularium, em Roma.



Tabularium de Roma


A razão da grande dimensão dessas construções, além do próprio caráter imponente e monumental que se revestia a arquitetura da época, dava-se pelo suporte do documento, tabuletas de argila ou papiro embutido em grandes frascos cerâmicos e cestos, para conservação do documento. Essas construções garantiam a segurança do documento ali depositado, para servir de testemunho, outra função dos arquivos da época, caracterizados como públicos: do governo e para o governo.

Há uma mudança na conotação dos arquivos públicos, após o período clássico, quando passam a servir para responder aos direitos e obrigações dos cidadãos comuns, garantindo os direitos patrimoniais privados, por intermédio do Direito Romano, que institui o documento de arquivo com o valor de fé pública, assegurando-lhe a autenticidade por meio de empregados especiais.

A queda do Império Romano provoca a decadência da cultura e, conseqüentemente, do documento escrito e os arquivos públicos deixam de existir, passando o controle da documentação para a monarquia, nobreza e Igreja, são os arquivos monásticos, senhoriais e eclesiásticos, que fixam a sede dos governos. Os documentos, tratados isoladamente, são verdadeiros tesouros, que garantem o titulo de propriedades durante a Idade Média.

Somente após a retomada do Direito Romano, o documento volta a ter o valor jurídico e o sentido de conjunto (orgânico e indivisível) e junto aos documentos públicos se constituem os documentos privados, que adquirem valor legal, quando validados por um tabelião.

Do século XVI ao século XIX, na Europa, os arquivos eram considerados um conjunto de armas políticas e jurídicas, um arsenal de autoridade, a serviço dos monarcas. Foi a época da constituição dos arquivos centrais de estado, considerados secretos e misteriosos para o povo. 

Com o Renascimento, o aumento do comércio, a difusão das línguas vernáculas e o uso do papel, surgem os intelectuais e a administração central cria a rede de arquivos, surgindo a necessidade de “informar-se”. Com esse crescimento também surgem a necessidade da descrição documental, para possibilitar a intermediação entre o arquivo e o usuário em nível acadêmico, nascem, então, os primeiros expedientes numerados e um quadro de classificação rudimentar.

Mas, os arquivos do início da Idade Moderna serviam exclusivamente para guardar os documentos, como instrumentos da administração, os quais eram utilizados somente para interesse do governo (arquivos reais). Os arquivos, portanto, são nacionais e públicos, com historiadores e construtores da identidade do Estado-nação. Essa ideia de arquivo prevaleceu até o final do século XVIII.  

Ao final vem a preocupação de se estudar os princípios teóricos fundamentais nas escolas especializadas de formação, pois devido à centralização, foram necessários ajustes metodológicos, culminando no estudo e definição da rotina arquivística. 

Na Idade Contemporânea, com a ampliação do domínio dos arquivos, já se evidenciam duas funções distintas: a gestão de documentos administrativos e a administração de documentos históricos permanentes, que, mais tarde culminaria no conceito de arquivística integrada .

Hoje os arquivos têm o objetivo de tratar os documentos desde a sua gênese, acompanhando todo o seu desenvolvimento na organização, para cumprir a função de produzir a informação, totalmente direcionada aos usuários e servindo à sociedade.

A Arquivística como ciência remonta do século XIX, como ciência auxiliar da história, paralela ao desenvolvimento das ciências históricas e com a criação das primeiras escolas de arquivistas, utilizando ciência e técnica para se desenvolver, apoiando-se em suportes científicos e de outras ciências, para construção paulatina de uma ciência própria.

A partir do século XX, há uma abertura em relação à atuação dos arquivos, que servem tanto à administração, como aos cidadãos e pesquisadores, consolidando o conceito de arquivística integrada.




Foto de Filipe Araújo/AE
Prédio é revestido para proteger material dos raios solares e do calor


Conforme o contexto em que eram inseridos, os arquivos foram evoluindo e se transformando, sempre contribuido para o entendimento da história e da sociedade.

CRUZ MUNDET, José Ramón. Manual de archivística. 3. ed. Madrid : Fundación Germán Sánches Ruipérez, 1994.

domingo, 8 de julho de 2012

Voltar a ler: uma matéria e tanto sobre leitura

Nikelen Witter, historiadora, professora e escritora, discorre sobre o livro de Mempo Giardinelli com muita propriedade, aprofunda-se no assunto "leitura", comparttilhando as principais questões necessárias de reflexão e tomada de decisão.

Para conhecer o pensamento de Gardinelli, que "aposta na leitura como a base de uma educação erigida como razão e fundamento do estado democrático", vale a pena ler previamente o texto de Nikelen Witter e depois o livro.

O Direito Constitucional de Ler

Por Nikelen Witter *
Especial para o Sul21


O escritor argentino Mempo Giardinelli é um utopista. Nenhuma crítica minha no uso deste termo. Vivemos um tempo de superação das utopias que aspiravam à perfeição e que, por conta disso, poderiam levar à frustração e ao autoritarismo. Prefiro pensar nas utopias como propôs Ernst Bloch, como um princípio de esperança. Sendo assim, gosto imensamente de utopistas. Imagino-os como cartógrafos de territórios ainda não mapeados ou conquistados. Os utopistas nos dão um norte, uma busca, traçam os planos de nossa próxima aventura. Como o Quixote, amado por Mempo, os utopistas olham os moinhos de vento e os enfrentam, junto com o temor próprio de assaltar algo muito maior que si mesmo. Os utopistas são ainda mais importantes num mundo mergulhado nas imagens distópicas como o que vivemos. Não nos faltam anunciadores do apocalipse. Faltam-nos, porém, os que olham o futuro com um realismo otimista, não por acreditarem que as coisas simplesmente se resolverão, mas por ousarem imaginar, agir e criar metas.

Voltar a Ler: Propostas para ser uma nação de leitores é uma obra que encarna os sonhos de Mempo Giardinelli, levando-nos a sonhar junto. Mais que isso, há nela um condão desestabilizador. Daquele tipo que nos faz levantar da cadeira com a vontade louca de fazer alguma coisa, qualquer coisa. É fácil a bandeira de Mempo tornar-se a nossa, suas palavras são convincentes, falam à alma, falam a estrutura básica, especialmente, daqueles que já são leitores. No caminho traçado por suas palavras, o escritor não se abstém de incomodar governos, pais, professores, chamar culpas, sejam próprias sejam impingidas pelo mundo em que mergulhamos nesta virada de século.

[...]
 
 
O primeiro ponto a ser encarado pelos poderes públicos – na visão do autor – é que um tipo de ação é construir a importância da leitura na sociedade. Isso, diz Mempo, a Argentina já domina (o Brasil também, em parte). No entanto, é preciso ultrapassar a construção da importância da leitura para construir a leitura propriamente dita. Para isso, sugere, a leitura deve ser desvinculada do dever, dos números, das progressões. A leitura deve tornar-se prazer, desejo, momento. É coletiva quando partilhada e ouvida. É pessoal e intransferível quando silenciosa e eletiva. Mais que tudo, a leitura deve ser sinônimo de liberdade e não de imposição. A leitura se faz para o sujeito e não para o mercado. Aliás, este é o grande erro da educação que se tem proposto aos nossos filhos e alunos. 

[...] 

O livro foi escrito com o objetivo de propor, de forma prática, dentro e fora das instituições, a retomada do caminho da Argentina como sociedade leitora. As propostas descritas, além de implementadas pela ONG criada por Mempo Giardinelli, foram acolhidas pelo estado argentino, passando a compor tanto a Lei Nacional de Educação, quanto o Plano Nacional de Leitura (PNL) daquele país. Sua publicação no Brasil, em 2010, pretendeu, da mesma forma, socializar a experiência dos hermanos e demonstrar o uso destas ideias também para o Brasil.


Marketing interno nas unidades de informação




O crescimento vertiginoso do segmento de serviços em face da complexidade dos produtos, do desenvolvimento da tecnologia, da educação continuada, da competitividade e do próprio sistema de vida das pessoas faz com que seja apontado como a primeira economia da atualidade. Para tudo há serviço, para tudo há um especialista e isso alimenta o sistema econômico, gerando demandas, oportunidades e recursos, fazendo com que o marketing de serviços esteja cada vez mais presente.

Essa realidade pode ser muito bem percebida nos serviços das Unidades de Informação, que hoje contam com as redes de comutação, transferência de arquivos, pesquisas na internet, atendimento remoto, catálogos, livros e artigos eletrônicos, discussões em tempo real, etc., para atender a uma clientela cada vez mais exigente e específica nos seus interesses.

O Marketing de serviço das Unidades de Informação é denominado por Amaral (2007, p. 21) como Marketing da Informação e é assim definido por ela:


[...] o processo gerencial de toda variedade de informação (tecnológica, científica, comunitária, utilitária, arquivística, organizacional ou para negócios) utilizado em todo tipo de organização, sistema, produto ou serviço sob a ótica de marketing, para alcançar a satisfação de diversos públicos [...].


No Marketing de Serviços da Informação atuam as unidades que coletam, selecionam, tratam, organizam, disseminam e usam a informação, dentre elas, os arquivos, as bibliotecas, os centros de informação e documentação, as videotecas e quaisquer outras que tenham esse processo no seu escopo. Referidas unidades devem ser vistas como um negócio e o usuário como cliente consumidor, para tanto, é imprescindível a adequação de seus produtos e serviços às necessidades desses usuários (AMARAL, 2007).

domingo, 24 de junho de 2012

Kotler direto do portal HSM


Onde estão os esforços de inovação?

Para que uma ideia se transforme em inovação, ela deve fluir pelo processo correto, do qual participam as pessoas certas

“Como as ideias inovadoras fluem em sua empresa?”, indagou Philip Kotler na manhã do segundo dia do Special Management Program da HSM, quando estimulou os participantes a refletirem sobre o processo de inovação.

Na visão do palestrante, os gestores têm de se perguntar onde estão concentrados os esforços de inovação, se dentro ou fora da empresa, e se a cultura instalada permite que as ideias fluam de baixo para cima. “A melhor maneira de inovar é com todos tendo novas ideias, e não esperando pelos diretores”, afirmou.

[...] 

Os papéis na inovação

Segundo Kotler, quando tentamos inovar, estamos sujeitos a dois tipos de erro: matar um projeto bom ou ir adiante com um projeto ruim. A fim de reduzir esse risco, convém equacionar as competências de cada pessoa na inovação, cujos papéis devem ser assim considerados:
 
  • Ativadores: têm ideias e iniciam o processo de inovação, mas não o levam adiante. 
  • Buscadores:  buscam informações e as levam para o grupo segundo sua especialidade.
  • Criadores: geram conceitos e soluções para os demais envolvidos na inovação.
  • Desenvolvedores: transformam ideias em produtos, serviços ou fábricas.
  • Executores: realizam o que for necessário para implementar ou lançar o que foi desenvolvido.
  • Facilitadores: aprovam as novas despesas e o investimento.

[...]


Cada papel acima é fundamental para se levar adiante um projeto de inovação, como o próprio autor coloca, requer que sejam cumpridas as seguintes fases, conforme ilustração abaixo.


Processo de inovação
 Fonte: Construção AnaLu, fundamentada em Kotler.


Os 6 papéis da inovação estão muito bem explicados, assim como todo o processo de inovação no livro  A Bíblia da inovação, de Philip Kotler e Fernando Trias de Bes.

Considero fundamental a leitura e a compreensão dos papéis, para que cada um atue conforme a exigência do contexto.



sábado, 23 de junho de 2012

Obras raras

Sabemos que alguns critérios são considerados para se avaliar uma obra como rara. Aqui neste espaço de leitura e contexto, ambos, a leitura e o contexto, contribuem muito para essa classificação. 

A Biblioteca Nacional define esses critérios no documento CRITÉRIOS DE RARIDADE EMPREGADOSPARA A QUALIFICAÇÃO DE OBRAS RARAS. 

A produção artesanal, bem como os primeiros anos da imprensa de Gutemberg, as poucas edições, as edições censuradas, as ilustrações, a riqueza da encadernação, inclusive com o uso de materiais especiais e até pedras preciosas e as inscrições à mão, tais como dedicatórias e/ou autógrafos, são elementos sine qua non para essa condição. Esses elementos, que podem ser referentes à forma ou ao conteúdo, atribuem à obra caráter de raridade, de preciosidade.

Fica difícil estimar o valor monetário dessas obras, geralmente, elas são únicas ou com pouquíssimos exemplares disponíveis e, por essa razão, são objeto de roubo nas bibliotecas e centros de documentação.

Abaixo, reuno e transcrevo alguns sites que ressaltam essas obras, disponibilizando o catálogo e até os próprios documentos digitalizados, assim como o Manual para entrada de dados bibliográficos em formato MARC 21: ênfase em obras raras e especiais, de autoria de Maria Angélica Ferraz Messina-Ramos, com a colaboração de Marlene de Fátima Vieira e Maria Helena Santos, ambas bibliotecárias da UFMG.

 


http://www.bn.br/site/pages/catalogos/obrasraras/obrasraras.htm
O acervo da Divisão de Obras Raras - criada em 24 de janeiro de 1946, com a denominação de Seção de Livros Raros - é constituído de material bibliográfico diversificado, com aproximadamente 42.000 títulos em 50.000 volumes. Seu acervo destina-se a um público extremamente especializado e foi selecionado segundo parâmetros que o consideram raro ou precioso. Isto significa que não basta ser uma obra antiga: é preciso obedecer a outros critérios de raridade, tais como ser um exemplar único, inédito, fazer parte de alguma edição especial ou, até mesmo, apresentar uma encadernação de luxo ou autógrafos de personalidades históricas, políticas ou literárias.

O acervo de obras raras é constituído de material bibliográfico diversificado - livros, folhetos, folhas volantes, periódicos - e selecionado segundo parâmetros que o consideram raro ou precioso. Segundo esses parâmetros, não basta ser antigo, é preciso ser único, inédito, fazer parte de alguma edição especial, apresentar uma encadernação de luxo ou, até mesmo, ter o autógrafo de personalidades célebres como D. Pedro II, Coelho Neto, Carlos Drummond de Andrade, Jorge Amado.

Você ficará encantado com este precioso acervo, que abrange obras do século XV - incunábulos - ao século XX - edições especiais.

A coleção foi iniciada com o acervo da Real Biblioteca, de D. João VI, trazida para Brasil em 1808. Posteriormente, o conjunto foi enriquecido por aquisições e/ou por doações de importantes e históricas coleções.

O acervo de Obras Raras guarda grandes tesouros culturais como a edição especial do poema A Visita, autografada por Carlos Drummond de Andrade. A obra é ilustrada com fotografias de Maureen Bisiiliat e faz parte de uma homenagem paulista ao grande poeta. Igualmente preciosa é a primeira edição da Arte da gramática da língua portuguesa mais usada na costa do Brasil, escrita pelo Padre Anchieta.

Encontram-se também neste acervo a famosa Bíblia de Mogúncia impressa em 1642; a primeira edição de Os Lusíadas(1572); o Rerum per octennium...Brasília, de Baerle (1647), com 55 pranchas a cores desenhadas por Frans Post; e o menor livro do mundo que, com apenas um centímetro de comprimento, ensina o "Pai Nosso" em sete línguas. 

http://www2.senado.gov.br/bdsf/item/id/82005A
BDSF armazena, preserva, divulga e dá acesso, em formato digital, a mais de 222 mil documentos* de interesse do Poder Legislativo, propiciando segurança e preservação da informação, maior visibilidade na Internet, maior rastreabilidade em mecanismos de busca e rápida disseminação do conhecimento. O acervo digital é variado, dividindo-se entre livros, obras raras, artigos de revista, notícias de jornal, produção intelectual de senadores e servidores do Senado Federal, legislação em texto e áudio, entre outros documentos. As obras publicadas na BDSF são de domínio público ou possuem direitos autorais cedidos pelos proprietários, possibilitando acesso e download gratuitos das obras. 

http://www.labdigital.icict.fiocruz.br/
Vivemos hoje uma época de mudanças e avanços tecnológicos que nos permitem a migração do livro impresso para mídias digitais, possibilitando ao mesmo tempo sua preservação e a facilidade de acesso às informações. Com este pensamento o Laboratório de Digitalização de Obras Raras surge para implementar este conceito de preservação e acesso ao valioso acervo de publicações existentes na Seção de Obras Raras da Biblioteca de Ciências Biomédicas da Fundação Oswaldo Cruz. Com a disponibilização online possibilitamos ao usuário, facilidade de consulta em diversos dispositivos móveis, flexibilidade de horários, acesso mais interativo através de recursos de navegação se compararmos ao acesso tradicional à Biblioteca.

http://www.realgabinete.com.br/portalweb/Biblioteca/ObrasRaras/tabid/74/language/pt-PT/Default.aspx 
Entre as obras mais raras da biblioteca podemos citar a edição "prínceps" de " Os Lusíadas", de 1572, que pertenceu à "Companhia de Jesus"; as "Ordenações de Dom Manuel" por Jacob Cromberger, editadas em 1521; os "Capitolos de Cortes e Leys que sobre alguns delles fizeram", editados em 1539; "A verdadeira informaçam das terras do Preste Joam, segundo vio e escreveo ho padre Francisco Alvarez", de 1540.
Possui ainda manuscritos autógrafos do "Amor de Perdição", de Camilo Castelo Branco e o "Dicionário da Língua Tupy, de Gonçalves Dias, além de centenas de cartas de escritores.


http://www.obrasraras.usp.br/
A Biblioteca Digital de Obras Raras e Especiais da USP torna disponível para pesquisadores e público em geral o conteúdo integral de títulos existentes nas diversas Bibliotecas da Universidade. Inicialmente, foram selecionados 38 livros em várias áreas do conhecimento, obedecendo aos critérios de antiguidade, valor histórico e inexistência de novas impressões ou edições do título. Este núcleo foi digitalizado integralmente e está disponível para consulta ou impressão para uso não comercial. Os demais volumes, num total de 1224 títulos (1983 exemplares), 236 tiveram apenas as capas digitalizadas. Em 2004, 4 novos livros digitalizados foram adicionados ao acervo inicial. 

http://www.ct.ufrj.br/bor/A
Biblioteca de Obras Raras do Centro de Tecnologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro disponibiliza a seus usuários um valioso acervo, no qual é composto por livros, periódicos, folhetos, manuscritos, infólios, entre outros. Os acervos abrangem obras dos séculos XVII ao XX, nacionais e internacionais, com predominância da língua francesa. O acesso aos catálogos é feito através da Base Minerva que integra as coleções de todas as bibliotecas da UFRJ.

http://obrascatolicas.com/
A criação do site Obras Raras do Catolicismo surgiu com uma iniciativa da Campanha de Digitalização de obras raras do Catolicismo iniciada em agosto de 2009 e concluída no mês de maio de 2011, tendo por objetivos imediatos a preservação e a divulgação de livros importantes que, por razões diversas, deixaram, desde há alguns anos, de ser editados no Brasil e mesmo no exterior. O acervo a ser digitalizado é, em grande medida, composto por manuais para consultas, enciclopédias, entre outros, que versam sobre os mais diversos temas relacionados à Filosofia, Teologia, Apologética e Catequese Católicas, além da História da Igreja (as obras estão, em sua maioria, escritas nos idiomas português, francês e espanhol). Como se verá, optamos por manter o foco neste gênero de obras não incluindo, portanto, clássicos de outros gêneros da literatura católica. 

http://www.bookprep.com/
A empresa Hewlett-Packard mais conhecida como HP acaba de lançar um projeto muito interessante. Em fase beta a BookPrep é um biblioteca online para busca de livros raros. No site você pode Pesquisar, visualizar, comprar novas cópias raras difíceis de encontrar sobre todos os temas imagináveis. Além disso, você pode receber seu exemplar em casa. Faça seu pedido e receba uma cópia impressa e encadernada, entregue diretamente na sua porta. Há também milhares de livros disponíveis para leitura on-line gratuitamente.

sábado, 9 de junho de 2012

Dia Internacional dos Arquivos


Comemora-se hoje, 09 de junho, o Dia Internacional dos Arquivos (International Archives Day), em homenagem a fundação do Conselho Internacional de Arquivos, pela UNESCO, em 1948. A data foi instituída em Novembro de 2007, por ocasião da Assembleia Geral do CIA, em Quèbec, com o objetivo de chamar a atenção para o desenvolvimento de ações de promoção e divulgação da causa dos arquivos, inclusive da profissão.



É um dia para ensejar a reflexão pelas autoridades, quanto às ações necessárias para modernização, para soluções de preservação e de transcodificação, para análise da forma de acesso e da preservação e assinatura digital... são tantas as questões, que carecem ainda de muito debate e consenso.

Fazemos arquivo todo dia, tanto as pessoas naturais como as jurídicas emanam documentos, o crescimento é gradual, é cumulativo, não intencional, é próprio da atividade de quem os criou.

A massa documental é fundamental para servir à administração, às necessidades de informação e pesquisa do cidadão, de prova em juízo e, a longo prazo, para contar a história. Portanto, tanto como caráter informativo, probatório ou histórico, percebemos a necessidade de manter o que é necessário para atender a essas finalidades e, de descartar, de forma consciente e apropriada, o que é passível de eliminação, sem prejuízo às demandas já mencionadas, pois, do contrário, a massa de documentos assume condição não controlável, confundindo e colocando em risco os interesses.

A análise do que deve ser preservado e daquilo que pode ser eliminado é efetuada mediante a leitura e interpretação do documento junto ao contexto de sua criação. Entra em cena a Tabela de Temporalidade Documental (TTD) que, segundo o Dicionário de Terminologia Arquivística, é o "Instrumento de destinação, aprovado por autoridade competente, que determina prazos e condições de guarda tendo em vista a transferência, recolhimento, descarte ou eliminação de documentos".

Mas, voltando à comemoração, destaco abaixo duas instituições arquivísticas públicas.

O Arquivo Nacional, criado em 1838, que centraliza o Sistema de Gestão de Documentos de Arquivos-SIGA, da administração pública federal e é parte integrante da estrutura do Ministério da Justiça, que:

"Tem por finalidade implementar e acompanhar a política nacional de arquivos, definida pelo Conselho Nacional de Arquivos - Conarq, por meio da gestão, do recolhimento, do tratamento técnico, da preservação e da divulgação do patrimônio documental do País, garantindo pleno acesso à informação, visando apoiar as decisões governamentais de caráter político-administrativo, o cidadão na defesa de seus direitos e de incentivar a produção de conhecimento científico e cultural."

Foto 1 - Arquivo Nacional (RJ)
 
 Fonte: Divulgação/Arquivo Nacional


Destaco, em nível Estadual, o Arquivo Público do Estado do Ceará, já cadastrado junto ao CONARQ como BR CEAPEC (Cadastro Nacional de Entidades Custodiadoras de Acervos Arquivísticos), que tem como missão "Recolher e conservar todos os documentos manuscritos e papéis concernentes à administração pública estadual, com o objetivo de garantir o acesso ao público".

O Arquivo mantém acervo composto basicamente por documentos textuais e cartográficos, a partir do século XVI aos dias atuais do setor público e privado.


Foto 2 - Arquivo Público do Estado do Ceará


Na esfera privada, ressalto o trabalho da empresa MRH Gestão de Arquivos e Informações, da qual faço parte como bibliotecária analista de projetos de arquivo, que desenvolve projetos de gestão documental junto às empresas públicas e privadas, oferecendo toda a infraestrutura adequada, para a guarda terceirizada dos seus arquivos.


 Foto 3 - MRH Gestão de Arquivos e Informações
 
Fonte: Manual da Qualidade MRH Gestão de Arquivos e Informações


Vivam os arquivos!
Parabéns a todos os profissionais que atuam na área! 

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Bibliotecas são instituições dentro de instituições

Adquiri o livro Bibliotecas como organizações, de Alba Costa Maciel e Marília Alvarenga Rocha Mendonça, da Editora Interciência, porque seu título me chamou a atenção. A ideia sempre me acompanhou pelas bibliotecas por onde passei e nos círculos profissionais biblioteconômicos, quando eu sempre comentava a respeito. 

Na verdade, o que eu afirmava era: as bibliotecas são instituições dentro de instituições, título que estou dando a este post

Bibliotecas com  missão, visão, valores, planejamento estratégico e até orçamentos próprios, mas, é óbvio, que tudo deve estar alinhado e de conformidade com a instituição mantenedora.

Quando atuamos em bibliotecas ou até mesmo quando só as frequentamos, já podemos perceber esse corpo constituído e que consegue se manter como instituição, seja ela de um banco, de uma escola, de uma universidade, de uma empresa, é a biblioteca enquanto instituição, dentro da instituição que lhe mantém. Ela tem espaço peculiar, diferenciado, horário de funcionamento e até regulamento próprio. Diferente de outros segmentos que são parte do todo e que atuam exclusivamente sob a égide da instituição, a biblioteca pode interagir com seus usuários e suprir suas demandas,  ousando, criando e desenvolvendo projetos específicos, bastando para tanto, seguir  os mesmos objetivos da organização.

Mas, voltando ao livro, de leitura fácil e didática, as autoras tratam sistematicamente o assunto, cobrindo o contexto de uma Biblioteca, todas as suas facetas técnicas e operacionais  mostrando o aspecto administrativo e de gestão do profissional bibliotecário que conduz uma biblioteca. É a teoria da administração aplicada às bibliotecas, missão, visão, planejamento, funções, fluxogramas, etc. 

Quer entender, planejar ou gerir uma biblioteca? Faça a leitura de Bibliotecas como organizações, mais uma obra indispensável na minha biblioteca pessoal.






sábado, 26 de maio de 2012

Inovação: mitos e ritos


Em 2009, conclui pesquisa com o título "Liderança: percorrendo a trajetória para a inovação em uma unidade de documentação e informação”. Naquele contexto, a pesquisa enfocava a liderança, cujo objeto finalístico era a inovação, que por sua vez levava à competitividade, transformando o processo linear em circular:


Liderança que leva à motivação
Motivação que leva à criatividade
Criatividade que leva à inovação



Verdadeiros líderes motivam naturalmente sua equipe.
Equipe motivada tem a criatividade aguçada.
Criatividade leva à inovação.
Inovação mantém a empresa competitiva.
A Empresa é competitiva porque tem líderes verdadeiros.


Em pesquisa recente, "Criatividade é mais importante do que pesquisa científica para a inovação, dizem brasileiros", cujos dados fazem parte dos resultados do Barômetro Global da Inovação 2012, divulgado em 23/05/2012, pela GE, a minha pesquisa foi novamente confirmada.
"Mais do que um pesado investimento em pesquisa científica de alto nível, é a criatividade das pessoas que impulsiona as práticas de inovação nas empresas." 
"Para 95% dos entrevistados brasileiros, a inovação é fundamental para estimular a competitividade. Ela também é apontada como a melhor maneira de criar empregos, de acordo com 90% das respostas."
"Para 92% dos entrevistados, a inovação é a principal alavanca para criar uma economia mais competitiva no Brasil. A inovação também é a principal alavanca para criar uma economia mais verde no país, segundo 85% dos executivos locais."
No entanto, há quem seja resistente ao termo Inovação, pela falácia desde as décadas de 80 e 90, e que desenvolva posicionamento próprio a respeito. Em matéria do WSJ Americas (Wall Street Journal), de Leslie Kwoh, intitulada Será que as empresas são tão inovadoras quanto dizem?, publicado ontem (25/05/2012), vários nomes do mundo empresarial internacional deixam suas mensagens, as quais transcrevo os trechos mais incisivos:
"'A maioria das empresas diz que é inovadora na esperança de levar o investidor a crer que há crescimento onde não há', diz Clayton Christensen, professor da Faculdade de Administração Harvard e autor de 'O Dilema da Inovação', de 1997." 

"Para Bill Hickey, diretor-presidente da Sealed Air Corp., significa inventar algo que não existia antes, como o plástico-bolha da empresa." 

"Para o presidente da Ocean Spray Cranberries Inc., Randy Papadellis, significa transformar um artigo como a casca de uma fruta — no caso, cranberry, ou mirtilo —, que antes ia para o lixo, numa guloseima, como os doces Craisins." 

"Para o diretor de pesquisa e desenvolvimento da Pfizer Inc., Mikael Dolsten, é pegar um produto que já existe e aplicá-lo a outro público, como uma vacina para bebês que também se prova eficaz em idosos." 

"A palavra inovação de nova não tem nada. O primeiro registro do termo, que vem do latim 'innovatus' (renovação, mudança), em um documento impresso data do século 15, diz Robert Leonard, presidente do programa de linguística de Universidade Hofstra, nos EUA.
Com a aceleração do ciclo de produtos em empresas, a palavra passou a significar não só fazer algo novo, mas fazê-lo com mais rapidez, diz ele." 

"Para Christensen, há três tipos de inovação: a inovação na eficiência, pela qual o mesmo produto é feito a um custo menor, como a automatização da consulta ao cadastro de crédito de alguém; a inovação sustentadora, que converte um produto já bom em algo ainda melhor, como o carro híbrido; e a inovação de ruptura, que transforma coisas caras e complexas em algo simples e mais acessível, como a migração do mainframe para o microcomputador." 

"Scott Berkun, autor de 'Mitos da Inovação' — um livro de 2007 que alerta para a diluição do termo —, diz que o que a maioria das pessoas chama de inovação não passa, na verdade, de um 'produto muito bom'. Berkun prefere reservar a palavra a inventos capazes de transformar uma civilização —como a eletricidade, a imprensa, o telefone e, mais recentemente, talvez o iPhone."
Envolvida atualmente em programa de inovação na empresa em que trabalho, mantenho meu posicionamento de 2008, a leitura que faço é a mesma, acreditando que precisamos de líderes para iniciar esse processo e que a prática da inovação deve ser algo cultural na empresa e não pontual e estanque.

sábado, 19 de maio de 2012

“Lei de Acesso à Informação”: Brasil transparente





A Lei 12.527, de 18 de novembro de 2011, entrou em vigor em 15/05/2012, que dispõe sobre os procedimentos a serem observados pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, com o fim de garantir o acesso a informações previsto no inciso XXXIII do art. 5o, no inciso II do § 3º do art. 37 e no § 2º do art. 216 da Constituição Federal.

A “Lei de Acesso à Informação” como está sendo denominada, permite literalmente ao cidadão o acesso à informação junto aos três poderes públicos, enquadrando-se também, as entidades privadas sem fins lucrativos que recebem recursos públicos.

O advento dessa Lei traz à tona questões pertinentes à esfera arquivística, tanto pela revogação de alguns dispositivos da Lei de Arquivo (Lei 8.159/1991), no tocante ao acesso e ao sigilo dos documentos públicos, como pelas definições que constam no art. 4º, necessária à compreensão dos termos técnicos da área:

Art. 4o Para os efeitos desta Lei, considera-se:
I - informação: dados, processados ou não, que podem ser utilizados para produção e transmissão de conhecimento, contidos em qualquer meio, suporte ou formato;
II - documento: unidade de registro de informações, qualquer que seja o suporte ou formato;
III - informação sigilosa: aquela submetida temporariamente à restrição de acesso público em razão de sua imprescindibilidade para a segurança da sociedade e do Estado;
IV - informação pessoal: aquela relacionada à pessoa natural identificada ou identificável;
V - tratamento da informação: conjunto de ações referentes à produção, recepção, classificação, utilização, acesso, reprodução, transporte, transmissão, distribuição, arquivamento, armazenamento, eliminação, avaliação, destinação ou controle da informação;
VI - disponibilidade: qualidade da informação que pode ser conhecida e utilizada por indivíduos, equipamentos ou sistemas autorizados;
VII - autenticidade: qualidade da informação que tenha sido produzida, expedida, recebida ou modificada por determinado indivíduo, equipamento ou sistema;
VIII - integridade: qualidade da informação não modificada, inclusive quanto à origem, trânsito e destino;
IX - primariedade: qualidade da informação coletada na fonte, com o máximo de detalhamento possível, sem modificações.

Além da Arquivística, a Tecnologia da Informação também é convocada à participação, quando no art. 8º, § 2º, torna "obrigatória a divulgação em sítios oficiais da rede mundial de computadores (internet)."

Muito trabalho há pela frente, na própria esfera administrativa dos órgãos, como também nessas áreas citadas, a demanda aumentará e os servidores e profissionais envolvidos terão que estar prontos para o atendimento ao cidadão, que agora, mais do que nunca, se reveste de direitos para obter a informação desejada. O art. 9º define:

Art. 9º O acesso a informações públicas será assegurado mediante:
I - criação de serviço de informações ao cidadão, nos órgãos e entidades do poder público, em local com condições apropriadas para:
a) atender e orientar o público quanto ao acesso a informações;
b) informar sobre a tramitação de documentos nas suas respectivas unidades;
c) protocolizar documentos e requerimentos de acesso a informações; e
II - realização de audiências ou consultas públicas, incentivo à participação popular ou a outras formas de divulgação.

 
Além do acesso à informação, a Lei enfoca a questão da cultura e prática da transparência, muitos órgãos já atuam nessa linha, mas há aqueles que terão que se ajustar, senão serão  enquadrados no sentido literal da palavra.

domingo, 13 de maio de 2012

Mãe: Ter e Ser II


Ter Mãe é conforto e alegria.
Ser Mãe é dedicação e sabedoria.
Presenteei e sou presenteada.
Amei e sou amada.

Ver o filho nascer,
Ver o filho crescer,
Ver o filho ser,
Ver o filho vencer!

Leitura de muita candura.
Contexto sem pretexto.







Fazemos pesquisa todo dia

Quem já não se deparou com a tarefa de elaborar o projeto de pesquisa acadêmica e depois desenvolver a monografia, como requisito para obtenção de título?
Com certeza todos que estão na vida acadêmica, e sempre é um caminho longo a se percorrer, às vezes, por demais exaustivo. Para desmitificar a pesquisa, para mostrar que todos nós somos capazes, pois enfrentamos em nosso contexto situação similar, trago aqui para discussão, o fato de que fazemos pesquisa todos os dias. É óbvio que não se trata da tal pesquisa acadêmica, no entanto, o percurso pelo qual passamos diariamente, se assemelha ao processo que desenvolvemos naquela pesquisa.

Fazendo a leitura de cada contexto, enumeramos abaixo.

No nosso dia a dia
  1. Surge uma demanda qualquer na nossa vida, que precisa ser atendida, resolvida.
  2. Quando muito complicada, dividimos em partes.
  3. Interpretamos a demanda e definimos o que deve ser cumprido.
  4. Temos uma ideia pré-concebida do que virá pela frente.
  5. Agregamos e relacionamos à demanda a nossa experiência de vida e os exemplos de outrem.
  6. Analisamos a melhor forma de atender à demanda.
  7. Criamos as condições adequadas.
  8. Executamos o que pretendemos.
  9. Depois de executado, analisamos e verificamos o que conseguimos. 
  10. Tiramos conclusões a respeito. Foi bom? Deu certo? Era isso mesmo? Essas conclusões servirão para aplicarmos em outra ocasião da vida.


Na pesquisa acadêmica
  1. Como pesquisador, temos uma inquietação acerca de certo tema.
  2. O tema é muito amplo, resolvemos delimitá-lo e afunilá-lo.
  3. Criamos os objetivos da pesquisa.
  4. Apresentamos os nossos pressupostos.
  5. Buscamos a fundamentação teórica para servir de base à investigação e à análise dos dados.
  6. Optamos pelo melhor método, de acordo com a natureza e tipo da pesquisa.
  7. Preparamos os instrumentos para coleta de dados.
  8. Fazemos a pesquisa propriamente dita.
  9. Analisamos e discutimos os dados colhidos.
  10. Tecemos as nossas considerações finais, confrontando com os objetivos da pesquisa. E a nossa pesquisa poderá ser utilizada por outro pesquisador

Propositadamente enumerei cada etapa da primeira correspondendo a uma da segunda, para facilitar a leitura, o acompanhamento e a compreensão.

Ficou mais fácil?

terça-feira, 1 de maio de 2012

Nos jardins da minha tia


Em breve passagem por Recife, já citada em post anterior, como de costume, curti a carinhosa hospedagem na casa da família. Além de ser projeto do meu saudoso pai, de ser o lar da minha querida tia Nanita, é objeto de longas e prazerosas reuniões familiares, em que, no mesmo contexto, cada vez, redescobrimos as lembranças do passado, da infância...


A leitura que faço é de uma casa cada vez mais viva e com certeza os jardins têm parcela de responsabilidade. No caminho da entrada sentimos a fragância do jasmim e admiramos a beleza das plantas ornamentais. Todo o jardim e arredores da casa são muito bem plantados e cuidados.







Nos jardins da frente, o colorido das flores e folhagens.







E, por volta da casa, a flor Panamá vermelha.








Do portão da garagem, têm-se a visão de parte do todo e a fachada ao alto.






E à noite, eu observando tudo da janela...