sábado, 14 de fevereiro de 2015

Cenário Carnaval

Neste Carnaval nada melhor que trazer à tona livros que retratam esta festa popular. São contextos variados, mas a leitura é carnavalesca.

Um deles começa com o Carnaval...


Dona Flor e seus dois maridos 
Jorge Amado 


Num domingo de Carnaval, Vadinho parou de sambar e caiu duro. Uma vida de boemia chegava ao fim: cachaça, jogatina e noites de esbórnia arruinaram o jovem malandro. Dona Flor acorreu em prantos ao corpo do marido, fantasiado de baiana. Em sete anos de casamento, sofrera com as safadezas de Vadinho, mas o amava.

Viúva, Florípedes Guimarães concentra-se nas aulas de cozinha na escola Sabor e Arte. Um ano depois da morte de Vadinho, porém, o desejo do corpo lhe incendeia o recato da alma.

O farmacêutico Teodoro Madureira surge como pretendente. Do namoro e de um noivado pudico, eles passam ao casamento. Cerimonioso e equilibrado, o segundo marido é o oposto do primeiro. Dr. Teodoro vive para a farmácia e para os ensaios de fagote. Flor é feliz com ele, mas sente um vazio que não sabe definir. 

Certa noite, depois de um ano de casada, dona Flor toma um susto: Vadinho está nu, deitado na cama, rindo e acenando para ela. O fantasma do malandro passa a viver com o casal. 

No melhor estilo de crônica de costumes, Dona Flor e seus dois maridos descreve a vida noturna de Salvador, seus cassinos e cabarés, a culinária baiana, os ritos do candomblé e o convívio entre políticos, doutores, poetas, prostitutas e malandros. 

Uma das mais conhecidas personagens femininas do autor, dona Flor encarna contradições bem brasileiras. Dividida entre o fiel e comedido Teodoro e o extravagante e voluptuoso Vadinho, ela decide viver o melhor de dois mundos. 

A narrativa faz um retrato inventivo e bem-humorado das ambiguidades que marcam o Brasil, país dividido entre o compromisso e o prazer, a alegria e a seriedade, o trabalho e a malandragem. 

Fonte e resenha: Site Jorge Amado


Outro, discorre sobre um certo Baile Verde...


Antes do Baile Verde
Lygia Fagundes Telles


Uma jovem se prepara para ir a um baile carnavalesco onde as fantasias devem ser todas verdes. Enquanto ela se maquia para o baile, colocando lantejoulas no saiote verde que cobre o biquíni, seu pai agoniza no quarto ao lado. Esse ambiente teatral e angustiante do conto 'Antes do baile verde' dá a tônica do livro homônimo. 

'Antes do Baile Verde' (publicado em 1970 e traduzido para o tcheco, o russo e o francês) é um dos livros mais marcantes da carreira de Lygia Fagundes Telles. Os contos, escritos entre 1949 e 1969, deixam claro para o leitor por que a autora é uma das mais representativas e premiadas escritoras brasileiras em atividade. Estão presentes no livro algumas histórias emblemáticas como 'O jardim selvagem' e 'Meia-noite em ponto em Xangai'. 

Narrativas turbulentas, de diálogos cuidadosamente esculpidos e marcadas por finais em aberto, como no conto 'Natal na barca', em que uma mulher atravessa o rio com o filho no colo, sem que o leitor saiba se a criança está mesmo viva. Os finais das histórias de Lygia provocam o imaginário do leitor. Há sempre uma cartada, uma surpresa, um susto.

A autora demonstra uma coragem singular para trabalhar pontos mais delicados da condição humana através de personagens cínicos, amargos e, principalmente, cruéis como no clássico conto 'Apenas um saxofone', onde uma mulher pede ao amante que se mate como prova de amor.

Fonte e resenha: Saraiva


Tem um que ressalta a alienação do povo no período carnavalesco e temas como mestiçagem e racismo, cultura popular e atuação política ... 


O país do Carnaval 
Jorge Amado


Primeiro romance de Jorge Amado, O país do Carnaval faz um retrato crítico e investigativo da imagem festiva e contraditória do Brasil, a partir do olhar do personagem Paulo Rigger, um brasileiro que não se identifica com o país. 

Filho de um rico produtor de cacau, Rigger volta ao Brasil depois de sete anos estudando direito em Paris. Num retorno marcado pela inquietação existencial, ele se une a um grupo de intelectuais de Salvador, com o qual passa a discutir questões sobre amor, política, religião e filosofia. Dúvidas sobre os rumos do país ocupam o grupo.

O protagonista mantém uma relação de estranhamento com o Brasil do Carnaval, acredita que a festa popular mantém o povo alienado. Os exageros e a informalidade brasileira são motivo de espanto, apesar de a proximidade com o povo durante as festas nas ruas fazer com que ele se sinta verdadeiramente brasileiro. Aturdido pelas contradições, Rigger decide voltar para a Europa.

Mestiçagem e racismo, cultura popular e atuação política são alguns dos temas de Jorge Amado que aparecem aqui em estado embrionário. Brutalidade e celebração revelam-se, neste romance de juventude, linhas de força cruciais de uma literatura que se empenhou em caracterizar e decifrar o enigma brasileiro.

Fonte e resenha: Site Jorge Amado


Nesse outro, o autor enfoca o Carnaval do Rio de Janeiro, misturando todas as épocas...


Carnaval no fogo
Rui Castro


Carnaval no fogo não é um livro sobre Carnaval. Sua ação se passa em todas as épocas do ano e em todos os quinhentos anos da agitada história do Rio - da primeira índia tupinambá que namorou um pirata francês aos réveillons de Copacabana. Ruy Castro compõe um vibrante retrato do Rio de hoje, cheio de viagens ao passado, para revelar que, mesmo nos períodos de calmaria, havia sempre uma excitação no ar - um permanente "Carnaval no fogo". 

Quem se lembra que, na Belle Époque carioca, de 1890 a 1914, quando poetas de colarinho duro flertavam com senhoritas de anquinhas na porta da Colombo, eclodiram revoltas que quase destruíram a cidade? E quem diria que as calçadas com desenho de ondas em Copacabana, famosas pela sensualidade, foram batizadas com o sangue dos "18 do Forte" enquanto a poucos metros se construía o Copacabana Palace? E quem acredita que, mais de cem anos antes das garotas de Ipanema, já havia as garotas da rua do Ouvidor - as primeiras brasileiras que saíram à rua e aprenderam tudo com as francesas?

O Rio de Janeiro de Carnaval no fogo é o Rio dos antropófagos que encantaram os intelectuais europeus, dos escravos que se vestiam como os senhores, dos fotógrafos pioneiros que o clicaram como se estivessem num avião - setenta anos antes de o avião existir -, da loura Nair de Teffé e da mulata Chiquinha Gonzaga, que, juntas, abalaram as estruturas. É também o Rio em que os salões se prolongaram nos botequins, em que um cafezinho tomado em pé na avenida Rio Branco podia alterar a cotação mundial do produto e em que o povo, habituado à própria pele, passou a desfilar quase nu pelas praias e até pelos restaurantes. É ainda o Rio das asas-deltas, do Fla-Flu entre os traficantes e a polícia, do bolinho de aipim e do indestrutível bom humor. 

Carnaval no fogo é a história dessa fascinante superação do povo carioca - até hoje.

Fonte e resenha: Companhia das Letras


Há também uma tragédia grega, que vai parar em uma favela carioca...


Orfeu da Conceição
Vinícius de Moraes


Tragédia carioca", Orfeu da Conceição transporta para um cenário tipicamente brasileiro o mito de Orfeu, filho de Apolo, uma das histórias mais emblemáticas da vasta mitologia grega. Imerso em sofrimento depois da morte da amada Eurídice, o músico vê-se incapaz de entoar suas canções, pois os sons melodiosos e tristes de sua lira não o consolam da perda do grande amor. Desesperado, Orfeu decide descer ao Hades (o reino dos mortos) para trazer Eurídice de volta à terra.

Ambientada em uma favela carioca, Orfeu da Conceição estreou no Theatro Municipal do Rio de Janeiro em 1956, com enorme sucesso. Nada mais justo: com músicas de Tom Jobim - a peça inclusive inauguraria a fecunda parceria entre o poeta e o compositor -, cenários de Oscar Niemeyer e figurinos de Lila Bôscoli, o texto é ainda hoje um marco na releitura inteligente dos mitos gregos diante da realidade social, da mistura entre poesia e música popular, entre teatro e canção.

Fonte e resenha: Companhia das Letras


Mais esse, que retrata a transformação da festa ao longo dos anos, em três cidades diferentes...


Inventando carnavais
Felipe Ferreira


Carnaval é festa civilizatória. Seu febril reinado sobre os homens é antigo e vasto. Loucura coletiva e multifacetada, paradoxalmente regrada, a um só tempo brincadeira e coisa séria, incitando a paixão vivê-la e desafiando a razão a entendê-la. 'Inventando Carnavais' nos conduz ao século XX, pelos meandros da conformação da festa em três diferentes cidades. Duas delas européias: a Paris ostentatória e hierarquizada, que baila e brilha com seu carnaval então hegemônico no continente; e a mediterrânea Nice, recém-incorporada à França, que logo define seu belo Carnaval como foco de atração de viajantes. A terceira das Américas: o Rio de Janeiro, capital do Império e, logo em seguida, da nascente República brasileira, com seus carnavais múltiplos e em mútua relação, num jogo tenso de interinfluências entre diferentes camadas e grupos sociais. Cidades em transformação, carnavais em transformação.

Fonte e resenha: Saraiva


E, finalmente, não que não existam mais opções, mas, resolvo encerrar por aqui, um livro de teoria literária, completando, assim, vários estilos literários.


Nelson Rodrigues: o freudismo e o carnaval nos teatros modernos
Victor H. A. Pereira


Nos textos deste livro, o autor procura estar atento às apropriações de referências psicanalíticas por Nelson Rodrigues, que dialogou frequentemente com diferentes discursos sobre a natureza humana e sobre os valores envolvidos na existência. Examina, também, a estilização destas apropriações, bem como o tratamento paródico a que são submetidas, atentando à influência dos procedimentos identificados com uma cultura carnavalesca.

Fonte e resenha: 7 Letras

Hipóteses: sempre temos uma em mente


Na vida nos deparamos com muitas hipóteses, tanto aquelas já formadas por outras pessoas, como aquelas que nós mesmos elaboramos, com a nossa experiência e vivência. 




Ao longo do tempo elas vão se confirmando ou sendo refutadas e, a partir desse ponto, novas hipóteses vão sendo construídas, é a evolução do conhecimento, é o amadurecimento, curso natural da capacidade do homem de pensar, refletir, discutir, experimentar, discordar, reconstruir, etc.

Mas, falando nessas hipóteses, podemos classificá-las como nula, alternativa unidirecional e alternativa bidirecional, são os tipos estudados nas ciências. De forma bem simplificada, temos:
  • Nula: expressa uma igualdade (=);
  • Alternativa, que pode ser unidirecional e bidirecional, ocorre em função de uma desigualdade (≠).
Pois bem, vamos exemplificá-las tomando uma mesma linha de raciocínio, que envolve o contexto atual do Carnaval:
  • Nula: O comportamento das pessoas é o mesmo independente de ser Carnaval ou não.
  • Alternativa unidirecional: No carnaval, o comportamento das pessoas é mais extrovertido do que em outra festa comemorativa.
  • Alternativa bidirecional: O comportamento das pessoas é mais ou menos extrovertido, conforme a festa comemorativa que participam.
Esse é um exercício muito eficaz para nos posicionarmos diante as situações do dia a dia, ou para quem vai construir uma hipótese e seguir em frente na pesquisa, seja qual for o contexto, social, político, econômico, etc

Praticando (fazendo a leitura), podemos encontrar o nosso posicionamento diante de uma inquietação: nulo, unidirecional ou bidirecional?

sábado, 7 de fevereiro de 2015

Diferença? Questão de contexto!


Trago essas ilustrações para realçar a versatilidade do livro, a condição de se adaptar ao contexto de cada época e o poder de resistência ao longo da história da Humanidade.

Ao conceberam esse equipamento, não estariam eles (os antigos) a idealizarem uma espécie de e-book? É óbvio que respeitadas as devidas proporções.

A caixa livro do século 17 não seria um precursor audacioso do e-book?


Caixa livro do século 17, transportava miniaturas

E-book, possibilidade de transportar muitos livros reunidos em mídia eletrônica

domingo, 25 de janeiro de 2015

Indicadores: como trabalhar sem eles?


O dia a dia das bibliotecas e dos centros de informação e documentação é muito dinâmico, rico em atividades e eventos, que podem (devem) ser mensurados, para que sejam monitorados, com vistas à melhoria contínua.  



O que pode ser medido? Praticamente tudo, desde a simples frequência de usuário que entra e sai, até uma atividade diferenciada, que tem o acompanhamento integral do bibliotecário, mas, é necessário fazer uma seleção, conforme a importância do fato, para a tomada de decisão.

Mas, afinal, o que eles indicam?

Como o próprio nome já diz, indicadores indicam, são representações que podem ser quantificadas em relação aos produtos e serviços ofertados.



É necessário fazer antes o estudo de o que se pretende medir, conforme os objetivos traçados para a unidade, a fim de que essas representações cumpram de fato o seu papel.



Por exemplo, se é uma biblioteca universitária, de que adiantará medir a frequência dos estudantes de ensino médio, que, eventualmente, visitam a biblioteca? Mas, por outro lado, se houver incubado um projeto que tenha a intenção de oferecer esse serviço para atrair possíveis leitores no futuro (novo objetivo traçado), essa mensuração passa a ser cabível e justificável.

Um indicador deve ser simples, de fácil rastreabilidade e acessibilidade, ou seja, não adianta complicar, dessa forma ao invés de poupar trabalho e gerar informação para a tomada de decisão, dará trabalho e será perda de tempo. 

Segundo a ISO 8402:1994, “rastreabilidade é a capacidade de traçar o histórico, a aplicação ou a localização de um item através de informações previamente registradas”.


Portanto, a rastreabilidade está ligada diretamente à possibilidade de se obter o histórico das informações que se deseja, para que seja feita a investigação a respeito.  É importante ter um instrumento padrão para fazer os registros e a medição assim possibilitar a rastreabilidade, seja manual ou eletrônico.

Podemos medir:

  • Empréstimo por mês/ano;
  • Pesquisa por assunto;
  • Pesquisa por tipo de usuário;
  • Usuários por atividade;
  • Reservas por publicação;
  • Frequência por tipo de usuário;
  • Frequência por turno;
  • Acesso a repositórios;
  • Acesso a e-books;
  • Acesso a mídias sociais...

Os resultados da mensuração sugerem quais caminhos tomar, pois embasam e justificam a tomada de decisão: comprar mais exemplares de certa publicação; ampliar os pontos de acesso; moderar investimentos em certa área, porque outra está com maior demanda... E assim por diante.

Definidos os indicadores-chaves, criam-se os índices e atribuí-se uma meta a ser atingida para cada um, que deverá ter tudo a ver com os objetivos e estratégias da instituição.


“Se você não pode medir, você não pode gerenciar” (Peter Drucker)

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Mãos à obra! Falta ainda muito...

“Qualquer que seja o custo das nossas bibliotecas, o preço é barato comparado ao da nação ignorante”.


"Quase 130 mil bibliotecas devem ser construídas até 2020 para o cumprimento da Lei 12.244".

domingo, 11 de janeiro de 2015

Eles estão sempre por perto


Vez por outra aparece um, grande ou pequeno, todo verde ou malhado, chamo-o de Ig. 

Umas vezes, inocente e camuflado, outras, imponente e exibido. 

Questão de contexto!

Leitura de natureza presente no meu lar doce lar.











quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Leitores por pintores


Dia do Leitor em Leitura e Contexto está sendo ressaltado por intermédio das obras de diversos pintores, que tiveram como motivos o leitor e a leitura.



Leitor retratado pelo pintor é personagem redentor!
Leitura representada na pintura é momento que perdura!

Qualquer que seja o contexto ilustrativo, o importante é o cenário convidativo!
Qualquer que seja a escola do pintor, o traçado é motivador! 

Para adulto, jovem ou criança, leitura é lazer, saber e esperança!


AnaLu




The Young Readers (óleo sobre tela,1893), por Carlton Alfred Smith (Pintor inglês, 1853 - 1946)



Ned Anshutz lendo (óleo sobre tela, 1900), por Thomas Pollock Anshutz (Pintor americano, 1851-1912)



Storytime (óleo sobre tela, 1893), por Charles Haigh Wood (Pintor britânico, 1856-1927) 



O leitor (óleo sobre tela,1861), por Edouard Manet (Pintor francês,1832-1883)



A Leitura da Mulher (óleo sobre tela), por Claude Monet (Pintor francês,1840-1926)



A Leitura (óleo sobre tela, 1870), por Henri Fantin-Latour (Pintor francês,1836-1904)



Homem lendo jornal (óleo sobre tela), por Cayetano de Arquer Buigas (Pintor Espanhol,1932-2012)



Leitura (óleo sobre tela, 1892), por Almeida Júnior (Pintor brasileiro, 1869-1899) 



Homem lendo (Técnica mista: aquarela e carvão, 1881, por Vincent van Gogh (Pintor holandês, 1853-1890)



Moça com Livro (óleo sobre tela, s/d), por Almeida Júnior (Pintor brasileiro, 850-1899)



Mother Reading with Two Girls, por Lee Lufkin Kaula (Pintor Americano,1865-1957)



In lettura sul mare (óleo sobre tela,1910), por Vittorio Matteo Corcos (Pintor italiano, 1859-1933)



Filha do artista (óleo sobre tela, s/d), por Wincenty Wodzinowski (Pintor polonês, 1866-1940)


domingo, 4 de janeiro de 2015

"Ideias em retalhos: sem rodeios nem atalhos"



O caso é que o acaso nos aproximou, foi durante o ocaso de 2014. Trocamos algumas mensagens online e, mesmo de longe, passei a conhecê-la mais de perto, tanto pelas palavras carinhosas, como a partir de pequenos trechos da sua obra Ideias em retalhos: sem rodeios nem atalhos.

E agora, na aurora de 2015, Leitura e Contexto traz, além da capa, passagens do preâmbulo e da resenha dessa obra, em que, Maria das Graças Targino, sem maior pretensão, apenas se mostra sem medo, revelando sinceridade e emoção de viver, por intermédio de uma variedade de temas do seu cotidiano, que pode ser meu ou de qualquer um. 

Portanto, para conhecer e se encantar de pronto com Ideias em retalhos: sem rodeios nem atalhos:



São temas que podem interessar a um e outro, porque tratam, literalmente, de ideias em retalhos: sem rodeios nem atalhos. Não há uma sequência rígida. Não há imposições. Os textos nem seguem rótulos nem tampouco fórmulas, o que permite sua leitura a torto e a direito, sem sequência rígida e distante de qualquer engessamento.
[...] 
Nada disso, de fato, me importa, uma vez que escrevo para viver. Eis minha forma de sobreviver à hipocrisia que permeia grande parte das relações humanas. Eis minha resposta às traições que atingem a qualquer um em diferentes circunstâncias de vida. Eis minha forma de dizer em alto brado que prossigo viva e vívida.

Maria das Graças Targino 
Autora
Agosto 2014


***

[...] 
A presente reunião de textos revela as mais recentes manifestações literárias que tecem uma amostra significativa de suas inquietações, pontos de vista e reflexões (pessoais e sociais), num caleidoscópio expressivo, fluido e inteligente. Ler sua obra é descobrir sua humanidade comprometida e solidária.

Antonio Miranda
Poeta e Professor Emérito da Universidade de Brasília



Para quem desejar adquirir o livro da minha amiga Marias das Graças Targino, é só observar a mensagem e as orientações abaixo e enviar e-mail para: gracatargino@hotmail.com

Eu já solicitei o meu exemplar e aguardo ansiosa sua chegada, quero devorá-lo por inteiro. 

E para sentir o livro, é só fazer a leitura, conforme o contexto.



IDEIAS EM RETALHOS:
sem rodeios nem atalhos


MARIA DAS GRAÇAS TARGINO



Prezados Companheiros,


Depois de exatos seis anos, estamos de volta, com novo livro de crônicas, distantes do tecnicismo e próximos de nosso dia a dia. São reflexões acerca de temas que perfazem a vida das pessoas “comuns”, como eu e você. São 90 textos, alguns dos quais controversos ou instigadores à meditação, à imaginação e / ou ao sonho. São temas que interessam a um e a outro, porque tratam, literalmente, de ideias em retalhos: sem rodeios nem atalhos. Não há sequência rígida. Não há imposições. Os textos nem seguem rótulos nem tampouco fórmulas, o que permite sua leitura a torto e a direito.

A aquisição se dá de forma simples: por e-mail, remeta o endereço para envio e deposite o valor de R$ 40,00 (quarenta reais) com frete incluído em qualquer dessas contas:

Caixa Econômica Federal                                                     
Agência: 0855                                                                          
Operação: 001                                                                        
Conta Corrente: 000027-0

Banco do Brasil
Agência: 4708-2
Conta: 31.714-4



Muito grata e um abraço, Maria das Graças Targino

quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

Viva 2015!

Fim de ano velho...

Passando por uma das ruas de Fortaleza, no dia 31, deparei-me com um muro poeticamente decorado. Foi, então, que resolvi iniciar as postagens de 2015 com uma epígrafe da gigante Rachel de Queiroz.


Início de Ano Novo!

A sábia e realista Rachel de Queiroz imortalizou a dura frase, que por trás revela, nada mais, nada menos, do que os percalços pelos quais passamos na vida, sem eles, não seria vida. 

Essa é a leitura que faço da realidade de Rachel:

Ninguém vive por você, poderá fazê-lo com você. É responsabilidade de cada um vivê-la intensamente. É evidente que as pessoas que passam por nós fazem parte do contexto, mas a leitura é de cada um, não pode ser dividida. 

Ler e interpretar a vida, para viver a partir desse resultado, é tarefa de cada um, daí podemos dividir com quem merecer.

Viva 2015!




Vida?
 "A vida eu acho que ensina surrando". "A vida é uma tarefa que não pode ser dividida com ninguém".
Rachel de Queiroz 

Leitura e contexto entra no seu sexto ano



Manter-se fiel ao tema do blog é um compromisso que venho tentando cumprir desde a primeira postagem em 27/12/2009. 

Dentro da subjetividade, do aspecto genérico, existe a objetividade de cada postagem, enfatizando, em várias situações, a leitura que se faz, de acordo com o contexto em que se vive.






Vamos para mais um ano...
Leitura e contexto Ano VI!

quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Escrever 2015



Atenção escritores da vida!

O livro de 2015 está todo em branco para ser escrito. Que seja repleto de muitas histórias alegres e de sucesso para todos!

A receita é viver o contexto de acordo com a leitura de cada um.



Feliz 2015!!!


segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Felicitura e Leituricidade



Da mesma forma que Borges criou o misterioso Livro de Areia, em que:


O número de páginas deste livro é exatamente infinito. Nenhuma é a primeira; nenhuma, a última.” (BORGES, 1999; p. 102), 

sem ordem, sem sequência, possibilitando inúmeras perspectivas de leitura, atrevi-me a criar duas palavras, as quais penso representarem essa mesma dimensão inexplicável, mas que entendemos como algo pleno, bom de se viver.

Felicitura e Leituricidade acabam de ser criadas, a partir da máxima do autor "Creio que uma forma de felicidade é a leitura", portanto, ao lermos, estamos em estado de felicitura e leituricidade.

Desejo a todos um ano de muita felicitura e leituricidade!


BORGES, Jorge Luis. O livro de areia. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.