Você que é bibliotecária, já deve ter ouvido a afirmação "é mania de bibliotecária". Eu sempre escuto ela dita pelos meus familiares e amigos. Mas, afinal, que mania é essa?
Quem convive com uma bibliotecária ou quem é uma sabe que a mania de organização ultrapassa as estantes da biblioteca ou de qualquer outro centro de informação, invadindo a vida pessoal. Isso não é apenas um hábito, é quase um instinto adquirido durante a formação profissional. Afinal, não é por acaso que os cursos de Biblioteconomia dedicam disciplinas inteiras à classificação, catalogação, ordenamento, conservação e gestão da informação. E, uma vez absorvidos, esses conceitos, eles não ficam restritos às tarefas profissionais, eles se incorporam e seguem a bibliotecária até nas atividades de casa.
Além das prateleiras de livros da casa, é comum ver outras prateleiras organizadas como as de potes de temperos, mantimentos ou remédios, sejam por categoria, por modelos, cores ou tipos. O mesmo cuidado também é dedicado às roupas nas gavetas do guarda-roupas e, sobretudo, às pastas de contas domésticas, que são milimetricamente organizadas. Em relação aos sapatos e aos utensílios de cozinha e alimentos, a organização segue por tipo e frequência de uso. Já os arquivos de computador são nomeados com rigor, digno de banco de dados, cada um na pasta temática/cronológica, hierarquicamente ligados por uma taxonomia.
Mas não se trata de obsessão, é um modo de pensar. Para a bibliotecária, cada coisa em seu lugar facilita o dia a dia, poupa tempo e dá sentido ao espaço. Organizar não é apenas arrumar, é permitir o acesso rápido e lógico, garantir a preservação do que importa e tornar a informação utilizável e acessível, seja ela qual for e em tempo hábil.
Como organizar faz parte da gestão do dia a dia, há bibliotecárias que ampliam a atuação desbravando novos horizontes e trabalham como personal organizer, a exemplo de Linéia Diógenes, com a Mila Personal Organizer. Linéia ajuda pessoas a organizar espaços, rotinas e vidas de forma mais funcional e eficiente, analisando e identificando as necessidades do cliente, para criar soluções personalizadas.
Essa mania, que muitos veem com estranheza, é, na verdade, uma forma sutil de cuidado com o mundo. Uma bibliotecária sabe que ordem não é rigidez, mas funcionalidade. E que a vida, tal como uma boa biblioteca, precisa ser acessível, compreensível e, acima de tudo, bem cuidada.
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