Os Magos do Oriente eram três.
Ser o quarto rei
É estar sempre presente,
Como um presente para o Rei dos reis.
Ouro, insenso e mirra,
Presentes representativos, cheios de simbologia.
Faça a sua leitura, conforme o seu contexto.
Espaço para registrar ações, fatos, escolhas e decisões do cotidiano, que, para serem compreendidas, dependem da leitura que se faz e do contexto em que se vive, na Biblioteconomia, na Arquivologia, na natureza, na família e no dia a dia.
Diz-se que, mesmo antes de um rio cair no oceano ele treme de medo. Olha para trás, para toda a jornada,os cumes, as montanhas, o longo caminho sinuoso através das florestas, através dos povoados, e vê à sua frente um oceano tão vasto que entrar nele nada mais é do que desaparecer para sempre. Mas não há outra maneira. O rio não pode voltar.
Ninguém pode voltar. Voltar é impossível na existência. Você pode apenas ir em frente.O rio precisa se arriscar e entrar no oceano. E somente quando ele entra no oceano é que o medo desaparece. Porque apenas então o rio saberá que não se trata de desaparecer no oceano, mas tornar-se oceano. Por um lado é desaparecimento e por outro lado é renascimento.Assim somos nós. Só podemos ir em frente e arriscar.Coragem !! Avance firme e torne-se Oceano!!!
Capítulo IV, p. 62
18 - À confusão a aparente corresponde ordem exata, à covardia aparente, coragem, e à fraqueza aparente, vigor.
19 - A ordem e a desordem dependem de organização; a coragem e a covardia, das circunstâncias; a força e a fraqueza, das disposições.
Capítulo VI, p. 72
27 - Pode comparar-se um exército com a água, pois, assim como a água corrente evita as alturas e procura os pontos baixos, um exército evita a força e ataca os pontos fracos.
28 - Tal como a água molda seu curso de acordo com o solo, também um exército consegue a vitória conforme a situação do inimigo.
Capítulo XII, p. 116
17 - Não ajas a não ser no interesse do Estado. Se não podes vencer, não empregues tropas. Se não estiveres em perigo, não combatas.
18 - Um soberano não pode armar um exército somente porque se sente enraivecido e um general não pode lutar apenas por se sentir ressentido, porque um homem enraivecido pode tornar a ser feliz e um homem ressentido tornar a se satisfazer, enquanto um Estado que pereceu não retoma e os mortos não voltam para junto dos vivos.
"As crianças não liam os livros. Eu me lembro de um Atlas. As crianças olhavam as figuras, os mapas aleatoriamente. Mas eram usados de forma lúdica, até mesmo para jogos de palavras. Jogo do ABC."
"Chamávamos de livros andantes."
"Eram as melhores histórias, porque se misturavam com a imaginação das crianças que estavam ali."
"Eu ficava sentada com alguns livros ao meu lado. Os adultos vinham, olhavam os livros e os retiravam. Eu tinha de lembrar para quem o livro tinha sido entregue, já que não podia anotar. Era proibido escrever."
"Ler significa reler e compreender, interpretar. Cada um lê com os olhos que tem. E interpreta a partir de onde os pés pisam.Todo ponto de vista é a vista de um ponto. Para entender como alguém lê, é necessário saber como são seus olhos e qual é sua visão de mundo.Isso faz da leitura sempre uma releitura.A cabeça pensa a partir de onde os pés pisam. Para compreender, é essencial conhecer o lugar social de quem olha. Vale dizer: como alguém vive, com quem convive, que experiências tem, em que trabalha, que desejos alimenta, como assume os dramas da vida e da morte e que esperanças o animam. Isso faz da compreensão sempre uma interpretação.Sendo assim, fica evidente que cada leitor é co-autor. Porque cada um lê e relê com os olhos que tem. Porque compreende e interpreta a partir do mundo em que habita." (p. 9)
O arquivo supõe o arquivista: uma mão que coleciona e classifica (2009, p. 11)
O arquivo age como um desnudamento; encolhidos em algumas linhas, aparecem não apenas o inacessível como também o vivo. Fragmentos de verdade até então retidos saltam à vista: ofuscantes de nitidez e de credibilidade. Sem dúvida, a descoberta do arquivo é um maná que se oferece, justificando plenamente seu nome: fonte. (2009, p. 15)
Quando o arquivo, ao contrário, parece dar acesso facilmente ao que se supõe nele, o trabalho é ainda mais exigente. É preciso se livrar pacientemente da 'simpatia' natural que se sente por ele, e considerá-lo como um adversário a ser combatido, um pedaço de saber que não se anexa, mas que perturba. Não é simples abri mão da facilidade excessiva de encontrar um sentido para ele; para poder conhecê-lo, é preciso desprendê-lo, e não imaginar conhecê-lo logo na primeira leitura. (2009, p. 73)