terça-feira, 30 de agosto de 2011

Os 4P's da nossa vida

Em marketing quando falamos dos 4 P’s estamos nos referindo ao composto de marketing, ou seja, os elementos que juntos compõem as atividades de marketing, originalmente do inglês: Product; Price; Promotion; Place.

Ocorreu na década de 40, quando o Professor Neil Borden, de Harvard, sugeriu a expressão "mix de marketing" querendo se referir às atividades dos profissionais de marketing. Mais tarde, tentando simplificar, Jerome McCarthy criou uma forma prática para facilitar a compreensão das atividades do Marketing e resumiu nas quatro palavras que começavam com a letra P.

O composto de Marketing ficou imortalizado mundialmente como “Os 4 P’s do Marketing”. Para manter o indicativo na sua forma original, os países procuraram fazer a tradução para sua língua mãe, conservando a letra “P” inicial, buscando palavras equivalentes ao sentido da língua inglesa.

No Brasil as atividades que definem o Marketing foram denominadas como: Produto, Preço, Promoção e Praça, que têm os seguintes significados:

a) Produto
Bens, Serviços e Idéias, com suas características, marca, design, embalagem, etc.), que significa satisfazer às necessidades dos consumidores com qualidade;

b) Preço
Valor pago pela melhor relação custo x benefício (incluindo descontos, prazos de pagamento, etc.);

c) Promoção
Propaganda do produto, venda pessoal, promoção de vendas e a divulgação;

d) Praça
Distribuição física, transporte, armazenagem, etc.), refere-se aos canais de distribuição para tornar o produto acessível ao mercado.


Diversos outros autores já tentaram agregar mais P’s aos 4 P’s, mas, Philip Kotler, uma das maiores autoridades em marketing da atualidade, ratifica os quatro elementos e a teoria continua mais viva do nunca. Quem estuda Marketing há de se deparar com os 4 P’s e, tudo mais adiante, fatalmente, girará em torno deles.

Os 4P’s representam uma teoria sedimentada de tal forma que já existem analogias em outras áreas:
• Os 4 P’s da educação dos filhos (Proteção; Punição; Permissão; Potência);
• Os 4 P’s da internet social (Pessoal; Profissional; Privado; Público);
• Os 4 P’s da Administração (Pessoas; Processos; Produtos; Parceiros).

Mas, voltando aos 4 P’s do Marketing, Philip Kotler, define o composto de Marketing como:
[...] “o conjunto de ferramentas que a empresa usa para atingir seus objetivos de marketing no mercado alvo”.

É por intermédio dos 4 P’s que as empresas constroem suas estratégias de marketing para conquistar e se manter no mercado.

E, para a estratégia, temos uma máxima do general, estrategista e filósofo chinês, Sun Tzu (544 a.C), autor do livro A Arte da guerra, muito estudado e aplicado na atualidade, na área de Administração:

“Estratégia é a arte ou ciência de saber identificar e empregar meios disponíveis para atingir determinados fins, apesar de a eles se oporem obstáculos e/ou antagonismos conhecidos."

A definições dos autores aqui colocadas são propositais, contextuais, para verificarmos que podem ser aplicadas às vidas das pessoas. Estamos sempre nos organizando e nos preparando para viver a vida, sempre temos metas a cumprir por intermédio de objetivos estabelecidos e é comum nos depararmos com obstáculos, os quais buscamos vencer a nossa maneira, construindo estratégias específicas para cada um deles.

Trazendo esses quatro elementos para a nossa vida, para o nosso contexto, podemos fazer a seguinte leitura:

Produto: eu, o que sou, como sou, o que sei fazer, o que tenho, minha performance, minhas características, meus diferenciais diante dos outros.


Preço: minha conduta, minha ética, minha moral, minhas condições de aceitar/recusar algo, de fazer ou não fazer algo, tudo que é diretamente proporcional ao produto.


Promoção: minha abertura para as coisas que me cercam, minhas relações interpessoais, minhas ações, meu comportamento, a maneira como me exponho na sociedade, minha interação com o meio, meu marketing pessoal.


Praça: o meio onde me situo para me expor e mostrar o que sou, o que tenho e o que sei fazer para atender às necessidades desse meio (dos outros, na família, empresa onde trabalho, grupo social que frequento, religião que professo).




Depois dessa exposição é bom verificarmos como andam os nossos P’s, se precisam ser equilibrados, afinal, sempre estamos buscando melhorar e nada adianta ter um bom preço se não há promoção, ter uma excelente praça, mas o produto não é confiável, portanto, vamos à luta, mexer no mix de marketing e, se preciso for, correr atrás do prejuízo.

sábado, 20 de agosto de 2011

O ato de escrever

"Escrever é fácil. Você começa com uma letra maiúscula e termina com um ponto final. No meio você coloca ideias." (Pablo Neruda)

O que realmente o poeta chileno, Pablo Neruda, quis dizer com essa frase?

Há quem pense que basta iniciar para que as ideias fluam e depois é só uma questão de encerrar.

Outros já são partidários de que se trata de uma ironia, ou seja, escrever é difícil, pois no meio é que se encontra a dificuldade, qualquer um pode iniciar e terminar um texto, no entanto, ele só será digno de uma boa crítica se o meio, o miolo, o desenrolar da história, do pensamento estiver realmente benfeito.

Fazendo a leitura, sou partidária do segundo contexto, e vou por aí me atrevendo a escrever.


Outras frases sobre o ato de escrever:

"Ou escreves algo que valha a pena ler, ou fazes algo acerca do qual valha a pena escrever." (Benjamin Franklin)

"Somos todos escritores. Só que uns escrevem, outros não." (José Saramago)

"Escrever é deixar uma marca. É impor ao papel em branco um sinal permanente, é capturar um instante em forma de palavra." (Margaret Atwood)


"O gosto pela escrita cresce à medida que se escreve." (Erasmo de Rotterdam)


"Escrever é ter coisas para dizer." (Darcy Ribeiro)

"Escrever é um ato de liberdade." (Martin Amis)



"Eu escrevo como se fosse salvar a vida de alguém." Provavelmente a minha própria vida. (Clarice Lispector)


"Procura o que escrever, não como escrever." (Sêneca)



 

Retorno e respeito às origens


Muito salutar o vídeo intitulado "Book", disponível no Youtube. Podemos verificar nos comentários que se seguem logo abaixo, a dualidade da questão: dos que são a favor do retorno e respeito às origens e da geração tecnologia, que vê o formato decorrente da imprensa de Gutemberg, como algo ultrapassado, que já deu o que tinha que dar.

O vídeo faz menção às potencialidades do livro como um instrumento extraordinário e revolucionário. É como se estivéssemos sendo apresentados a uma nova maravilha tecnológica e, a linguagem para tanto, ressalta os requisitos técnicos e operacionais inerentes ao produto Book. E olha que são tantos!...

Realmente, ao analisarmos cada ponto ressaltado, vimos que as ideias posteriores lhes são decorrentes, além de ter a vantagem de ser autofuncional.

Para a geração que nasceu high tech, convivendo com todas as ferramentas informacionais tecnológicas de hoje, assistindo e acompanhando a rápida evolução desses instrumentos, já se habituou com o contexto das diversas formas de linguagens e leituras e suas respectivas plataformas e, mesmo tendo que ainda conviver com a forma tradicional, aquelas lhes são preferentes.

Mas, se você gostou da ideia de voltar à origens, de valorizar o livro e condecer-lhe o papel de verdadeiro instrumento para leitura, entretenimento e aprendizado, de facílimo acesso, mãos à obra! As editoras continuam a publicar, as livrarias continuam a vender e a bibliotecas continuam a emprestar.

Podemos conviver com os dois lados da questão, o tradicional e o tecnológico e adotar um conforme o contexto, o que vale na verdade são as informações que conseguimos assimilar por intermédio da leitura e transformá-las em conhecimento, agregando as nossas experiências de vida.

Vamos assistir Book! É espetacular!

Faça a sua leitura!


quarta-feira, 20 de julho de 2011

Cresce mente!

"A mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original." (Albert Einstein)


Quando estamos abertos a receber coisas novas, captamos com mais facilidade os dados, conseguimos gerar informação e transformamos isso em conhecimento. A mente de outrora, jamais será a mesma, porque evoluiu, cresceu, se expandiu... Impossível voltar ao status quo inicial. Sempre estamos evoluindo, a vida é um constante aprendizado que pode ser mais ou menos produtivo, dependendo dessa abertura, dessa aceitação.

Estar aberto ao novo é romper com velhos paradigmas, é transformar algo que vem sendo pensado ou feito há tempos, do mesmo jeito, sabe-se lá porque, em algo melhor, mais grandioso, mais abrangente.

A nossa mente é um grande arquivo, há lugares esquecidos, empoeirados, em que guardamos exemplares únicos, preciosos, estáticos, permanentes, mas que podem ser resgatados a qualquer tempo, a partir de um simples toque, indício ou vestígio. Em outros compartimentos mais transitórios, reservamos para conteúdos de repouso temporário, que, dependendo da seletividade, podem ir em seu devido tempo para a ala dos permanentes, ou,  fazendo oposição a estes, serem descartados, esquecidos, por já não serem mais necessários, talvez pela obsolescência. Em um plano mais efervescente nos deparamos com um "entra e saí" de novidades, itens bem efêmeros, consumíveis, que duram o tempo mínimo necessário para que sejam transformados em algo mais duradouro ou descartado para sempre.

Não sei o que me deu, mas fui falar de mente e terminei em arquivo. Acho que levei muito em consideração a epígrafe, daí minha mente resgatou algo muito presente em meu contexto e imediatamente o transformou em algo novo, peguei teoria pura, fiz a leitura e associei à prática. Valeu Einstein!


sábado, 16 de julho de 2011

Lugar de Kennedy é com Kennedy!

Circulou na quinta-feira última, 14 de julho, em diversos endereços na rede, a notícia "Família Kennedy avalia lugar de Robert na biblioteca presidencial".

O teor principal da matéria no Ultimosegundo.ig, que se repete na íntegra em vários sites, é:

"Parentes não sabem onde colocar 63 caixas de arquivos de Robert Kennedy, que foi senador e procurador geral dos EUA.
Conforme os arquivistas da Biblioteca Presidencial John F. Kennedy, em Boston, se preparam para tornar públicas 63 caixas de documentos e trabalhos de Robert F. Kennedy, os integrantes da sua família estão pensando sobre onde eles devem ser colocados e considerando mudá-los de local por acreditarem que a biblioteca presidencial não fez o suficiente para honrar o legado do irmão mais novo".

Faltou acrescentar à matéria algo que pudesse promover uma discussão de conteúdo em relação à temática científica que envolve a questão, se tivesse ocorrido, talvez o rumo das decisões fosse outro.. Temática? Mas, qual temática?

Por trás das questões familiar, social e política, há a questão científica. Em se tratando de arquivo, sabemos que devemos seguir os princípios da Ciência Arquivística (proveniência, organicidade, indivisibilidade, cumulatividade), pois, do contrário, o arquivo é descaracterizado, quebrando as interrelações entre os documentos, comprometendo a compreensão dos fatos. Os documentos de arquivo trazem a informação registrada, que foi produzida ou recebida por pessoas ou organizações, no decurso de suas atividades, sejam públicas ou privadas. Essas informações se acumulam em uma ordem natural e, somente dessa forma, mantendo a sua originalidade, é possível fazer a leitura, compreendê-las e estudá-las, com vistas à elucidação dos fatos.

Mesmo sem ter acesso a esses documentos, podemos concluir que registram detalhes da passagem pública do Senador na vida social e política dos Estados Unidos. Talvez, mesmo se pessoais, também façam parte de um contexto maior e, por isso, não podem ser isolados e encaminhados para custódia em outra instituição. Além do que, levando-se em conta a Família Kennedy, que em si já era um clã político, a atuação de Bob Kennedy no cenário estadudinense foi diretamente ligada a do seu irmão JFK. Bob era conselheiro do presidente daquele país, John F. Kennedy.


Essas 63 caixas não podem somente por elas mesmas contar uma história com sentido completo e, por outro lado, devem estar fazendo falta às demais já sob custódia da Biblioteca Presidencial, portanto, reunidas, irão compor um todo mais compreensível que, com certeza, contribuirá muito mais para a pesquisa e história do país. 

Vamos torcer para a reunião desse acervo, os pesquisadores e a Arquivística agradecem.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Acidental, importante ou essencial? Questão de tempo!

O Professor Marins Filho, Antropólogo, Palestrante, Comentarista Empresarial e de Negócios, em vídeo intitulado Motivando para Vencer I, discorre acerca do que diferencia o homem dos outros animais, apontando para a inteligência e a vontade. O autor diz que a inteligência é o farol que ilumina o caminho, mas o que faz caminhar é a vontade. O homem é livre pela vontade. Como não temos domínio sobre o passado nem sobre o futuro, o único tempo que nos pertence é o tempo presente. Viver é concentrar a inteligência e vontade no momento presente - aqui e agora. Por esta razão precisamos definir o que é essencial, importante e acidental em tudo que fazemos e é a inteligência que coloca a ordem.

Assisti a este vídeo no início dos anos 90, ainda em VHS, é claro, fazia parte do acervo da Biblioteca do então Banco do Estado do Ceará, o nosso antigo BEC. Uma delícia de palestra, cerca de uma hora, que prende sua atenção do início ao fim, faz você refletir e tirar algumas conclusões e muitos proveitos. O quanto gostei, foi o tanto que divulguei. Naquela oportunidade, promovia sessões na sala interna da Biblioteca, compartilhando com os colegas. Divulguei na família, com os amigos e ainda o faço até hoje.

Mas, voltando ao conteúdo do vídeo, dentre as várias questões colocadas, destaco a hierarquização que ele propõe para o uso do tempo durante a nossa vida, categorizando em três níveis as nossas tarefas, compromissos e atividades em geral:

• Para o que é essencial - "devo fazer imediatamente";
• Para o que é importante - "devo fazer depois que concluir o que é essencial";
• Para o que é acidental - "devo fazer depois que concluir o que é essencial e o que é importante".

Fazendo a leitura dessa classificação, percebemos que ela se aplica tanto no contexto do trabalho, como em qualquer atividade da nossa vida pessoal, pois sempre há, na nossa lista de afazeres, as prioridades. No entanto, às vezes, alteramos essa ordem e damos preferência à execução do que é acidental, talvez por ser mais cômodo ou atrativo, daí alteramos o curso normal e as coisas começam a não dar certo. Como usamos nosso tempo e nossa atenção com o que é acidental, deixamos de fazer o que era essencial e isso pode acarretar em algum problema.

O acidental, de fato, é o vilão da história, também nos ocupa quando ocorre um imprevisto, se muito sério, pode passar a ser importante ou até essencial e ter que ser executado de imediato.

Administrar o tempo não é tarefa fácil. Tempo é um recurso escasso, Peter Drucker é taxativo: "Tempo é o recurso mais escasso e, a não ser que ele seja gerenciado, nada mais pode ser gerenciado." Portanto, vamos nos programar para o dia que vai se iniciar estabelecendo uma ordem e definindo prazos de cada atividade seja essencial, importante ou acidental, seja no trabalho, no lazer, seja na família. Lembrando que, se o importante não for feito no seu devido tempo, ele pode passar a ser essencial e aí tem que ser feito mesmo, ainda com o agravante e a possibilidade de estar tomando o tempo do que, por sua vez, já era essencial e já estava na lista de prioridades.

Pensar em tempo é estressante? Eu diria que mais estressante é perder tempo e deixar as coisas por fazer, com o peso na consciência e a "opção" de ter que fazê-las a qualquer custo. Estamos o tempo todo perdendo tempo... se há tempo, façamos no tempo, se não há tempo corramos atrás do tempo, o tempo não volta e, volta e meia, quando percebemos, já não há mais tempo.

Retomando o início, vamos usar nossa inteligência e nossa vontade para usar bem o nosso tempo. Afinal, a vida é curta, vamos viver o presente e fazer o que tem que ser feito.

Publicado originalmente em: http://www.pelosbaresdavida.com.br/ana_luiza_acidental_importante_ou_essencial.htm


domingo, 10 de julho de 2011

"A bússola do escrever"

"E quando não temos ciência, necessariamente impera o senso comum e a intuição, carregados de ideologias".

Afirmação de Ana Maria Netto Machado, em "A bússola do escrever", diretamente da minha estante.


MACHADO, Ana Maria Netto. A Relação entre a autoria e a orientação no processo de elaboração de teses e dissertações. In: BIANCHETTI, Lucídio; MACHADO, Ana Maria Netto (Org.). A Bússola do Escrever: desafios e estratégias na orientação de teses e dissertações. 2.ed. Florianópolis: UFSC; São Paulo: Cortez, 2006. p.45-66.


Encantei-me com a obra, uma coletânea organizada por Lucído Bianchetti e Ana Maria Netto Machado (ambos também contribuem com seus trabalhos), tratando exclusivamente da questão da orientação dos docentes junto aos mestrandos e doutorandos. Muitas experiências relatadas, tudo em prol da produção científica.

A tarefa de orientação é árdua, sei muito bem disso, não por ter sido orientadora, mas por ter acompanhado muitos nessa trajetória,  enquanto bibliotecária, ora buscando e indicando bibliografia, ora ajudando na construção do raciocínio,  ora comentando sobre a metodologia, até o auxílio na formatação final.

Os organizadores e colaboradores de "A bússola do escrever" expõem em seus textos as dificuldades durante esse percurso para ambos os sujeitos envolvidos: orientador e orientando, trazendo suas experiências na atividade e os pontos críticos, o processo de orientação/pesquisa/escrita.

E, retomando o início desse post, fazendo novamente a leitura, vê-se a importância da afirmação da autora, pois todo trabalho científico é constituído da tríade: epistemologia, metodologia e normalização. Esse é o curso normal para que seja aceito na comunidade acadêmica, é dessa forma que se registra e se divulga o conhecimento e, por conseguinte, a sua evolução, pois, quando analisado pelos pares, sempre haverá quem acrescente algo ou refute. É nesse contexto que temos ciência.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Cenário bibliotecas


O que faz um escritor escolher uma biblioteca para ser o cenário de sua trama de ficção?

Afinal são tantos e tantos livros que usam bibliotecas como motivo ou pano de fundo, seja para o desenrolar de uma história policial, de terror, de aventura ou seja lá do que for... As bibliotecas são carismáticas e atraentes nesse sentido, haja vista a infinidades de títulos à disposição no mercado editorial:


Em poucos minutos, visitando sites de algumas livrarias detectei muitos deles, alguns até já esgotados.

A maioria atende ao público infanto-juvenil, mas há também romances, crônicas e contos para adultos e livros não ficção ("A biblioteca à noite", Biblioteca de Alexandria", "A conturbada história das bibliotecas", "A longa viagem da biblioteca dos reis"), os quais contam a sua evolução e trajetória, o legado que elas deixaram para a Humanidade e outros assuntos polêmicos e de reflexão relacionados à História e ao tema.




 
  




Daí eu pergunto:

Será a familiaridade que temos com ela?
Ou
Será por ser um ambiente ainda desconhecido para muitos e, por isso, se torna curioso, atraente e cativante?

O fato é que os corredores, as estantes, as prateleiras e, essencialmente, os livros e seus autores se encarregam de tornar o ambiente convidativo.

Cheio de mistérios?
Ou
Que desvenda mistérios?

Imaginem a discussão que deve ocorrer à noite, no meio do silêncio, da quietude e da ausência dos usuários, entre os filósofos que se opõem, entre os cientistas em relação às novas teorias que refutam as anteriores, entre os autores de diversos países, uma verdadeira torre de babel na comunicação!
Ou
Talvez haja paz, quando no descanso do intelecto, os escritores buscam pistas dos seus leitores, tentando ouvir a alma de cada um, para sentir o que agradou ou o que desagradou.

Acho que essa é a questão: o ambiente é rico em detalhes, para cada escritor/leitor, um contexto, atendendo às duas tendências, conforme a leitura de cada um.

São tantos os títulos que incluem a biblioteca na sua descrição, mas ainda há e haverá espaço para mais outros tantos, pois o proprio autor é "vítima" da sua criatividade, ele, por sua vez, já foi e ainda é bom leitor e leitor que se preza viaja, garimpa, imagina, sente... E os que mais exercitam esses verbos se dão ao "trabalho" de registrar tudo minuciosamente, é daí que nasce o escritor.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Calímaco e a obra de referência

Calímaco de Cirene (294-224),  foi designado bibliotecário pelo Faraó Ptolomeu II, cargo que ocupou por 20 anos na Biblioteca de Alexandria. Ele foi o criador do primeiro catálogo sistematizado, organizando 490.000 rolos de papiros, para elaboração de um catálogo por assunto, onde constaria por essa ordem, os nomes dos autores alfabeticamente organizados.

O trabalho de Calímaco foi concluído por Aulo Gélio (120-175) e Amiano Marcelio (330-395), que organizaram mais 700.000 rolos. Segundo a história, todas as obras de Alexandria, mais de um milhão de rolos de papiro, foram catalogados em 120 volumes, os Pinakes, com a descrição em ordem alfabética de autores e uma breve biografia de cada um.

Considerando o contexto da época, Calímaco iniciou, assim, a ordem do caos. Antes dele, somente por sorte alguém seria capaz de encontrar um texto específico.

A leitura atual que fazemos de tudo isso é que a obra de referência, na concepção de ajuda ao leitor, remonta à Antiguidade e, sem dúvida, Calímaco, como bibliotecário, deu sua contribuição.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Imagens que dispensam texto

As ilustrações de Pawel Kuczynski dispensam qualquer comentário, é para ver e entender. Sátiras inteligentíssimas do cotidino, da pólítica, da vida social, às vezes simples, outras vezes profundas e complexas. Fisguei essas duas da coleção numerosa do artista, as quais têm a ver com livros, leitura e contexto.



Ilustrações de Pawel Kuczynski, artista polonês que nasceu no ano de 1976 em Szczecin. Formado com especialização gráfica na Academia de Belas Artes de Poznam.

sábado, 25 de junho de 2011

Arquivos e Bibliotecas

As bibliotecas e os arquivos são organismos de informação e documentação que remontam à Antiguidade, quando ainda havia uma indefinição entre ambos. Nesse período histórico têm-se notícias da Biblioteca de Alexandria e da Biblioteca de Pérgamo, do Archeion, local onde se guardavam os papéis do governo (Roma e Grécia) e do Tabularium, situado no Capitólio, onde guardavam leis e documentos judiciais.

Os dois organismos sofreram mudanças de acordo com o período histórico. Na Idade Média as Bibliotecas eram situadas nos mosteiros e os Arquivos eram monásticos. No Renascimento, com a eclosão da classe dos enciclopedistas e da classe erudita em geral, tantos as Bibliotecas como os arquivos ganharam riqueza e organização. Na Idade Moderna surgiram as bibliotecas e os arquivos nacionais e na atualidade a informatização de ambos, disseminando a informação e facilitando a vida dos usuários.

Para Luciana Duranti e Cruz Mundet a gestão e o tratamento dos documentos podem remontar à constituição dos primeiros grupos sociais. Outros como Leopoldo Sandri, dão como origem o início da escrita, mais precisamente a sua difusão e o uso de material de escrita.

Para Pierre Levy a história tem 3 tempos: o tempo em que as pessoas só conversavam, com uma necessidade de contar histórias para que elas se perpetuassem nas gerações vindouras. O tempo da escrita, que mudou consideravelmente a cultura em razão dos processos de emissão e recepção, dando margem à interpretação e crítica textual. A oralidade ainda se prolongou, mesmo depois da escrita, até pouco antes da Renascença em função da necessidade de esclarecer os textos filosóficos, jurídicos e religiosos de difícil compreensão, funcionando como uma espécie de “mídia”. A informática que chega como o terceiro tempo uma tecnologia da inteligência que intensifica a escrita ao tempo em que a torna tão dinâmica e interativa, transformando-a quase num falar, como o que acontece nos chats, groupwares e listas de discussão e redes sociais do ciberespaço.

O fato é que a escrita revolucionou a Humanidade e as bibliotecas e os arquivos são frutos dessa evolução.

Hoje, com as duas ciências bem definidas Arquivologia e Biblioteconomia  e suas respectivas profissões, o posicionamento de cada uma é claro, sendo a principal diferença a forma pela qual as unidades de seu acervo são reunidas. Na Biblioteca essa forma caracteriza-se pela coleção intencional, ou seja, opta-se por obras de acordo com os usuários e finalidade de atendimento. Já nos arquivos existe um acúmulo natural, não intencional, dos documentos gerados pela pessoa (física ou jurídica), no desenvolver de suas atividades, cuja guarda é obrigatória para efeito probatório.

Esses organismos, promotores do conhecimento humano, através das informações neles reunidas e organizadas, sejam publicações em geral ou documentos primários são ambientes que propiciam o desenvolvimento cultural e científico para a sociedade.

E no meio disso tudo estou eu a atuar em ambos. Um lado meu é Arquivo, o outro é Biblioteca, um expediente é Arquivo, o outro é Biblioteca.






domingo, 19 de junho de 2011

Você já desengasgou com espinha de peixe?

E aí? Entendeu a questão colocada no título? Como desengasgar com a espinha de peixe? O normal não seria engasgar com a espinha de peixe?

Seria se não estivéssemos falando do Diagrama de Ishikawa, também conhecido como Diagrama de Causa e Efeito, Diagrama 6M ou Diagrama Espinha-de-peixe.

Existe um problema engasgado na empresa ou em casa, de difícil solução que você deseja resolver? Pois bem, desengasgue com “espinha-de-peixe”, com Ishikawa, o idealizador do Diagrama de Causa e Efeito.

Kaoru Ishikawa, da Universidade de Tóquio, criou o diagrama em 1943, mas somente na década de 60, com a introdução do conceito de Círculo do Controle da Qualidade, no Japão, foi que o diagrama serviu como uma forte ferramenta nos ambientes industriais, para analisar as causas em busca da solução do problema, objetivando sempre a qualidade do produto.

O diagrama ajuda a identificar, categorizar e interrelacionar as causas do problema, de forma sistemática e hierarquizada, facilitando a sua solução. E, quando bem internalizado pela equipe, pode servir para identificar antecipadamente uma oportunidade de melhoria, sem que o problema se inicie.

Para categorizar as causas, podemos usar os 6M (material, método, mão-de-obra, máquina, meio ambiente, medida) e identificar a falha em cada um desses grupos.

Para construir o diagrama, na cabeça do peixe, indicamos o problema (efeito), no corpo do peixe incluímos as espinhas principais (categorias) e nelas as espinhas secundárias (causas) e nestas as terciárias (subcausas). As categorias apenas auxiliam na descoberta, nem sempre todas estarão em evidência, vai depender do problema. Caso uma categoria se apresente como dominante, elabore um diagrama específico e se uma delas aparece de forma repetida nas categorias, isto poderá levar à raiz do problema.


Identifique as causas secundárias que afetam as primárias, depois, as causas terciárias que incidem nas secundárias e assim por diante, faça a leitura de tudo até que se obtenham os detalhes suficientes para solução do problema.

Em casa ou na empresa, convide todos os envolvidos para ajudar na construção do diagrama, utilizando a técnica de tempestade de ideias (Brainstorming), buscando sempre os porquês, até chegar à origem da causa do problema. Depois de construído, a visualização do contexto do problema é nítida e induz a sua solução.

A ordem é desengasgar, resolver!

Publicado originalmente em: http://www.pelosbaresdavida.com.br/ana_luiza.htm

sábado, 11 de junho de 2011

Das tabuletas cuneiformes aos tablets PC's: semelhanças nas diferenças

Há mais de 5.500 anos, o povo sumério que viveu na Mesopotâmia, já se preocupava com os seus registros e os fazia por intermédio de pictogramas, primeiras formas da escrita, que representavam formas de mundo. Registravam-se as necessidades de administração (cobrança de impostos, transações comerciais, heranças, registro de patrimônio, tais como cabeças de gado, medidas de cereais, medidas de terras, etc.), além de receitas, cartas pessoais, rezas, histórias. Esses ícones eram cunhados em tabuletas de argila, daí o nome escrita cuneiforme, em que o objeto gravado expressava uma ideia. E se os registros tivessem o caráter permanente, as tabuletas eram cozidas em fornos, do contrário eram recicladas. Com elas não era mais necessário guardar tudo na memória, o povo conseguia deixar o legado para as gerações futuras e também com elas nasciam as figuras do escriba e do leitor. A informação estava ali, não exigindo a presença de quem as detinha, era só recuperar.

Hoje um tablet é um tipo de PC de mão, de extrema portabilidade, em formato de prancheta eletrônica, com tela tipo touch-screen, ou seja, sensível ao toque, que é o dispositivo de entrada principal para acionar funções, programas, aplicativos, vídeos, livros, fotos e muitos outros registros. É só tocar nos ícones para fazer a interface de operação e o mundo se abrir. Esses dispositivos situam-se entre smartphones e notebook, netbooks, um misto de cada um com algo a mais. É a febre tecnológica da atualidade, que está sendo chamada por especialistas de "quarta tela" e pode ser utilizada para estudo, negócios, entretenimento ou, simplesmente, para se obter informação.

Mas, estamos falando de duas épocas tão distantes, de objetos tão diferentes, de contextos tão diferentes! Onde encontrar semelhanças, quando as diferenças são tão aparentes?

Tabuletas são de argila, de maior espessura, com superfície áspera e são muito pesadas em relação ao seu tamanho. Já os tablets utilizam materiais leves como o alumínio e a tecnologia de silício, têm superfície lisa de cristal líquido, espessura bem fina e são levíssimos.

É que as semelhanças são intrínsecas ao uso, senão vejamos.

Em ambos são efetuados e recuperados registros, os quais interagem com o usuário por intermédio de ícones, que representam alternativas de informação. A guarda desses registros pode ser temporária ou mais prolongada, dependendo da necessidade e eles podem ser acessados a qualquer momento.

Preservados e respeitados os respectivos contextos, amante da história como sou e fazendo a leitura das imagens abaixo, eu diria que os tablets voltaram, que resurgiram de 3.500 anos A.C, evoluiram com uma nova roupagem e performance, para a alegria de todos nós, que amamos tecnologia, portabilidade, comodidade e, sobretudo, informação.



domingo, 5 de junho de 2011

Bibliotecário de referência, quem não é?

Atire a primeira pedra, quem de nós, bibliotecários, não fica impaciente, com a sensação de dever não cumprido, por não corresponder a uma necessidade de informação de seus usuários.

É por essa razão que buscamos a resposta seja onde for, esteja ela onde estiver, mesmo que seja só um encaminhamento, uma indicação externa, um link, uma dica. É a biblioteca sem paredes, buscando informação na rede, por intermédio de outras bibliotecas, de outros bibliotecários e até de outros profissionais, tudo em função e em prol do usuário, centro do problema em questão. Eu diria, é a conspiração para o bem.

Por isso considero que, na sua essência, todo bibliotecário, é bibliotecário de referência.

É claro que, nas grandes bibliotecas, há a necessidade de manter o serviço com nome próprio e com equipe específica, daí estamos falando de algo que ganhou corpo e dimensão − o Serviço de Referência e, para atuar neste, os Bibliotecários de Referência.

Mas, afinal, o que é essa referência de que falamos?

Para qualquer dicionário, referência é o ato de referir ou consultar; narração ou relação de algo; aquilo que se refere; sinal ou indicação que remete o leitor a outra fonte; fonte de informação ao qual o leitor é remetido; obra em formato de dicionário ou enciclopédia, que contém fatos e informações úteis.

O assunto nos compêndios biblioteconômicos é bem mais antigo e complexo do que as definições acima, já sintetizadas na atualidade, remonta ao século IX, quando Samuel Sweett Green, em 1876, fez a primeira proposta explícita de um programa de assistência pessoal aos leitores, diferentemente da ajuda ocasional − o Serviço de Referência. E aí vierem outros estudiosos e teóricos da área que só contribuíram e ampliaram o conceito, tornando-o discutido na literatura, até os dias de hoje, isto porque agora, além do serviço presencial (face a face) temos a versão virtual, em que, por sua vez, estão em jogo outros conceitos.

Mas, o auxílio que o usuário precisa vai além da própria obra de referência, permeando todo um complexo de atendimento até o resultado da busca final. Portanto, é constituído da atividade fim resultante dos outros serviços realizados pela biblioteca (registro, catalogação, classificação, indexação), com o objetivo de atender as demandas informacionais dos usuários.

Conforme Grogan (1) , hoje exercemos o serviço de referência em seu sentido mais amplo, pois, o bibliotecário de referência, tanto cumpre as funções informacionais, como as funções instrucionais, educando o usuário a utilizar melhor os serviços da Biblioteca, principalmente a recuperarem a informação da qual necessitam. O processo ocorre em duas grandes etapas: análise da natureza do problema e localização das respostas e o autor definiu oito passos para esse processo:

1 O problema
É o momento em que o usuário sente necessidade de buscar alguém da biblioteca que o auxilie;

2 A necessidade de informação
É o que o usuário necessita, no entanto, isso em algumas vezes não está muito definido;

3 A questão inicial
É a busca do usuário pela informação, são as indagações que ele faz, na tentativa de recuperá-la;

4 A questão negociada
É o momento que o bibliotecário recebe do usuário suas questões;

5 A estratégia de busca
É o momento da intervenção do bibliotecário, quando ele faz a análise da necessidade do usuário e transcodifica para o sistema de linguagem do acervo, selecionando e localizando as fontes adequadas;

6 O processo de busca
É a procura das questões do usuário junto ao acervo, agora já adaptadas ao contexto;

7 A resposta
É o resultado da busca, que pode ser já a solução do problema se satisfazer à necessidade do usuário apresentada no início do processo;

8 A Solução
É a resposta sem qualquer dúvida para atender ao usuário e, se há dúvida, o processo se reinicia.

As tecnologias da informação estão aí, prontas para serem utilizadas e dar o aporte necessário para a eficácia e eficiência de qualquer serviço de referência e informação. Se nós bibliotecários, não nos sentimos bibliotecários de referência, é hora de correr atrás do prejuízo e ver o que está faltando em nossa formação (conhecimentos, habilidades e atitudes – CHA), pois, na nossa essência, devemos todos ser bibliotecário de referência enquanto atuamos, para que sejamos também uma referência de bibliotecário.


Entendeu o contexto da mensagem? Fez a leitura correta dos dois momentos, o primeiro genérico e amplo e o segundo específico e diretivo?

(1) GROGAN, Denis. A prática do serviço de referência. Brasília, DF: Briquet de Lemos, 2001.

terça-feira, 17 de maio de 2011

A Aventura do livro

Roger Chartier, em A Aventura do livro: do leitor ao navegador, ilustra a página 116, verso do capítulo A Biblioteca: entre reunir e dispersar, com a pintura de Carl Spitzweg, referenciando-a como um ávido leitor. Já o próprio autor da pintura, a denomina como O rato de biblioteca (Le rat de bibliothèque, em francês e Der Bücherwurm, em alemão). Eu o denominaria como o guardião do tesouro, que entre uma atividade e outra de seu trabalho, escolhe os livros que pode segurar para matar sua sede e curiosidade de informação. 
Questão de leitura, questão de contexto!

Nas páginas seguintes desse mesmo capítulo, ele discorre acerca do sonho da biblioteca universal, que remonta à Biblioteca de Alexandria,  com a ideia de reunir toda a produção de livros existentes num mesmo lugar e chega aos dias de hoje, com a realidade do texto eletrônico, que independe de lugar. No entanto, ressalta a necessidade de contextualizar a leitura de um texto eletrônico, saber da sua procedência de publicação, dos outros textos que o acompanham na publicação, etc., pois a experiência do leitor difere quando ele tem esses elementos, a construção do sentido é mais rica e completa.
Questão de leitura, questão de contexto! 

Recomendo a leitura do livro, o autor, um historiador do livro, aborda ainda a questão da preservação da evolução das formas da cultura escrita, a difusão e a proliferação dos textos, os novos suportes e mídias, a transferência de informação, dentre outras, que torna o texto dialético e reflexivo, além das belíssimas ilustrações.

 Carl Spitzweg
Le rat de bibliothèque, cerca de 1850.
Schweinfurt, coleção de Georg Schaefer

sábado, 7 de maio de 2011

Museu: cultura, história e memória



De 16 a 22 de maio de 2011 acontecerá a 9ª Semana Nacional de Museus com o tema "Museu e Memória". Eventos em todo o país ocorrerão promovidos pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram/MinC) em comemoração ao Dia Internacional de Museus (18 de maio). No Ceará, a semana conta com o apoio da Secretária da Cultura do Estado do Ceará, por meio do Sistema Estadual de Museus – SEM/CE, com atividades acontecendo em 26 cidades e 44 instituições (museus, casas de cultura e centro culturais).

A programação completa está no folder, conforme região/cidade, confira.

Na verdade, museus, arquivos e bibliotecas merecem toda a nossa admiração. São instituições comprometidas com a preservação dos registros da humanidade. Apesar de preservarem a memória e disponibilizarem a informação, há diferenças básicas entre elas, no tocante ao tratamento dispensado ao documento. O contexto varia, conforme a leitura da finalidade de cada uma. Em postagem anterior já expus a diferença entre Arquivos e Bibliotecas, mas encontrei um trabalho bem completo da Profª Lillian Alvares, da Universidade de Brasília, que inclui os museus nesse paralelo. Para saber mais...