quinta-feira, 28 de maio de 2020

Ciência: nunca foi tão evocada

Em tempos de Coronavírus (essa introdução já se tornou um clichê), a Ciência tem sido evocada quase que a toda hora. Os argumentos, posicionamentos e falas para o discurso sobre o assunto têm que ser fundamentados na Ciência. É óbvio, ela é o fio condutor, o leme, a bússola, o caminho, e tantos outros substantivos relacionados à direção, para levar as instituições máximas de saúde, cientistas, médicos e demais profissionais da área a tomarem suas decisões.

O que estamos assistindo é uma corrida alucinada e frenética contra o tempo para se chegar a uma descoberta que possa exterminar, conter ou, pelo menos, mitigar os estragos fatais que esse infeliz vírus vem causando ao mundo, junto às pessoas, literalmente, ceifando-lhes as vidas ou afetando de maneira radical toda a sua estrutura econômica, social e familiar, repercutindo em suas atividades diárias. 

Não é necessário dizer que essa situação acarreta em prejuízo aos municípios, estados, países, blocos econômicos e ao mundo inteiro, pois, para se viver, além da dádiva divina da vida, há de se precisar das atividades econômicas, agricultura, indústria, comércio e serviços, de onde veem os recursos e onde tudo acontece.

Mas, voltando à Ciência, nessa rotina incessante de pesquisas pelos cientistas, de ter a evidência empírica e a materialidade dos fenômenos para chegar a um resultado, muitos estudos serão refutados, não serão positivados, outros redirecionados, pois surgirão novas descobertas pelo caminho e atenderão a outros objetivos, e outros, ainda, serão completados, até termos a solução de fato para o problema em questão, quando a teoria é  testada, confirmada e consolidada. 


Nós, bibliotecários, conhecemos bem esse ritual do rigor científico, e para quem consegue enxergar toda essa trajetória e esforço, entende que é assim que a Ciência avança, aliás, sempre foi assim, uma pena que, no ramo da saúde, antes de chegarmos à solução, temos vítimas pelo caminho. 

Que os familiares das vítimas do Coronavírus sejam confortados com as bênçãos do Senhor!

domingo, 10 de maio de 2020

Uma mãe, uma fortaleza

Um Dia das Mães a longa distância que, com certeza, não será esquecido. Em contexto de pandemia reina o isolamento social, nada de aproximação, muito menos beijos e abraços. Muito difícil para todos, principalmente para mães e filhos.

E nós, filhos da D. Concita, sem vê-la, sem sentí-la mais de perto, estamos com aquela saudade.


Mas, para tudo há um jeito, as tecnologias estão aí e o que está longe pode ficar bem perto. E para uma mãe forte, toda antenada com tudo, ainda é mais fácil isso acontecer.



É claro e óbvio que estou falando da minha mãe que, prestes a fazer 90 anos, é  tudo isso e mais alguma coisa: sábia, atualizada em todos os sentidos, politizada, tecnológica, sensível, poeta, inteligente por demais, consciente de tudo que está a sua volta, além de supermãe.



Enfrentando agora essa pandemia, com todas as limitações impostas de convivência, consolida-se a sua fortaleza.



Neste Dia das Mães, mas do que nunca, gostaria de estar bem pertinho para lhe abraçar,  lhe acariciar. Mas, vamos ter paciência, que tudo há de voltar à normalidade.



Feliz Dia das Mães, para ela e para tantas outras mães afastadas de seus filhos. Vamos usar as conexões necessárias, para nos aproximar de quem está longe e mandar aquele abraço e muitos beijinhos.




sexta-feira, 8 de maio de 2020

De portas fechadas, mas de coração aberto

Continuamos assim, de portas fechadas, sem atendimento físico, mas de coração aberto, desejando que todos se adaptem a esse novo contexto de aulas e de novas leituras, de novos formatos, para não perdermos o curso das coisas.  

Tudo passa, tudo passará e estaremos mais firmes e fortes.


sexta-feira, 1 de maio de 2020

Um Dia do Trabalho pra lá de diferente!


Nesse período de isolamento social, com um vírus que ameaça a todos, em que muitos perderam o emprego, talvez não se tenha muito o que comemorar, no entanto, mesmo assim, cabe reflexão nas diferentes situações.


Reflexão para aqueles que não valorizavam o trabalho que tinham e agora perderam, para aqueles que ainda não pararam e continuam na frente de batalha, para aqueles que estão no modelo home office aprendendo um jeito novo de trabalhar, para aqueles que estavam ainda tentando um trabalho e foram impedidos por essa onda, para aqueles que perderam o emprego por conta da pandemia. 

Cada um no seu quadrado é hora de refletir para avançar e melhorar. É hora de se reinventar, de aproveitar essa amarga experiência e transformá-la em algo bom, proveitoso. A receita, eu não sei, mas sabemos pela literatura, que são das crises, guerras, tormentas e outras desgraças, que se consegue criar, inovar, fazer diferente, e o brasileiro é mestre nisso, em se virar como pode, em tirar leite de pedra. Mas nem por isso se dispensa ajuda e solidariedade, quem puder, deve fazer acontecer. 

Mas, voltando à comemoração, vivam todos os trabalhadores batalhadores! Especialmente aqueles da área da saúde envolvidos com o combate ao novo Coronavírus.


quinta-feira, 23 de abril de 2020

Livro: nunca foi tão requisitado e revisitado

Este Dia Mundial do Livro é  diferente. Nunca o livro foi tão requisitado e revisitado. Em tempos de Coronavírus, ele é a solução para diversão, instrução, meditação, orientação, distração, contação e tantas outras "ação", todas benéficas e oportunas.

Nesse contexto, estamos vendo muitos profissionais, pessoas públicas e até anônimas se apresentarem para leitura coletiva, lives sobre livros, contação de histórias, por outro lado, editoras disponibilizando gratuitamente livros digitais, bibliotecas que entregam livros a domicílio e tantas outras maravilhas.

Que o livro continue com essa valorização para sempre, que esse processo não sofra solução de continuidade quando acabar a pandemia. Não esperemos uma próxima pandemia para tê-lo assim tão em alta, tão em voga.

E o que seria do livro se não fosse o seu autor? Este dia também é Dia Mundial do Direito do Autor. Valorizemos e respeitemos esses direitos.



domingo, 19 de abril de 2020

Tapeçaria, pontos de alegria

Fui aluna do Colégio Estadual Jenny Gomes, quando entrei em 1972 na sétima série, logo depois da reforma da educação, que juntou o curso primário ao ginasial, intitulando como  Ensino Fundamental. Cursei também a oitava série no ano seguinte. O Colégio era referência de ensino no Estado e nesse período foi credenciado pelo Conselho de Educação Estadual, pois antes disso, era uma instituição ligada diretamente aos militares da Base Aérea de Fortaleza, criada para atender exclusivamente aos filhos dessa categoria. Depois do credenciamento, a instituição militar continuou parceira em projetos de benfeitorias.

No currículo tínhamos uma aula semanal denominada GOT, não sabia o significado da sigla, mas, tinha noção, fazia a leitura que era algo ligado a trabalhos manuais, tanto para os meninos como para as meninas, claro que respeitadas todas as exigências de gênero da época. Naquele contexto havia tarefas específicas para meninos e, separadamente, outras específicas para meninas.  

Pesquisando na internet encontrei a denominação Ginásios Orientados para o Trabalho, creio que seja isso mesmo, pois o direcionamento da aula era com esse intuito. Nessas aulas, as meninas aprendiam diversas atividades, tais como costurar, pintar, modelar, tricotar, fazer croché, etc. Destaco a tapeçaria que aprendemos com direito a conhecer diversos pontos: ponto de cruz; ponto gobelim reto, inclinado e desencontrado; ponto kilim; ponto de arroz; ponto mosaicos, dentre outros, ao ponto de criarmos um álbum, que valia pontos para o bimestre.

Hoje, apresento aqui essa raridade, guardada por minha mãe durante todos esses anos, que já são quase 50, fruto do meu esforço e dedicação à atividade, em plena adolescência nos anos 70.




quinta-feira, 9 de abril de 2020

Hora de colocar a leitura em dia!



Hora de colocar a leitura em dia! Não há dia, nem contexto, nem momento mais oportuno do que hoje, Dia da Biblioteca combinado à quarentena Coronavírus. Se não há tarefas a serem executadas home office, se cumpre isolamento social, em confinamento, com mais permanência em casa, sem passeios, sem festa, entre quatro paredes, resta voltar-se para si, para reflexão, para afazeres domésticos e, por que não, para a leitura?



Quando há menos obrigação, com certeza, há mais leitura. Aquela leitura leve, descompromissada, ler o que quer, na hora e do jeito que quiser, do meio para o fim, do fim para o começo, não importa, qualquer que seja a forma e o conteúdo, vale muito a pena.

Para ler, basta querer, os espaços, os momentos e os equipamentos estão recheados de bibliotecas, além daquela tradicional, que, por sinal, em tempos de Coronavírus não está aberta, temos as mais variadas formas, que se apresentam na atualidade. A um simples clique ou toque, um mundo se abre e se transforma em bibliotecas, daí é só navegar e se deixar levar pela onda da leitura.

Mas, quando tudo isso passar, vale a pena visitar essa majestosa instituição na sua concepção original, dotada de ambiência característica, desde o imagético das capas dos livros, passando pelo cheiro de suas folhas, até o barulho do silêncio. Nós, bibliotecários, estaremos a postos para recebê-los com o carinho de sempre.

quinta-feira, 2 de abril de 2020

Fábula e vida

Quantos Soldadinhos de Chumbo, Patinhos Feios e Pequenas Sereias se encarnam na vida real, fazendo com que os conheçamos no dia a dia, com seus feitos, suas aflições e emoções? Quantos reis vaidosos com suas roupas novas desfilam, soberbamente, entre nós? Hans Christian Andersen que nos responda.

E quantas Brancas de Neve, Rapunzéis, Joãos e Marias fictícios passam na realidade as mesmas situações daqueles personagens reais vividos nas fábulas? Os Irmãos Grimm que nos respondam.

Alguém que tem limitação, mas se adapta e consegue viver com a ajuda do outro, alguém que se sente rejeitado, mas de alguma forma supera a situação, mulheres perseguidas, em situação de cativeiro, que lutam pelo amor, crianças maltratadas e por aí vai... Se pensarmos nos cenários e contextos dessas narrativas, vemos que é possível identificá-los no nosso cotidiano e que sempre há um desfecho com uma lição de vida.

Não esquecendo de La Fontaine e Esopo, as fábulas e os contos transmitidos de geração em geração, há séculos, deixam vivas a tradição e a literatura, que tanto contribuem para a formação de crianças, jovens e adultos. Muitas vezes uma fábula real nos leva a uma realidade fabulosa.

Neste Dia Internacional do Livro Infantil, comemorado na data do nascimento de Hans Christian Andersen, me fez pensar o quanto a fábula está na vida, assim como a vida está na fábula.


domingo, 29 de março de 2020

Leitura em tempos de Coronavírus

Se há um vírus que todo mundo pode e deve pegar, é o vírus da leitura. Nesse contexto de Coronavírus, a ordem é aproveitar o confinamento compulsório, para ler de forma livre tudo aquilo que quiser e tiver vontade, a qualquer hora. 



A leitura sem obrigação é a melhor leitura que existe. Pegar aquele livro que está na estante, quase criando raízes, por ser impossível de ler em época normal de trabalho, de atribulações, e devorá-lo em dois tempos, não tem preço.

Também está valendo aquela leitura de um e-book, seja direto na rede ou por intermédio de um leitor digital, o importante é a informação segura, para gerar conhecimento, ou uma simples leitura de lazer, para distrair, tanto faz, a ordem é não ficar sem ler.

Há exemplos de muitas bibliotecas que estão oferecendo leituras online para pequenos, adultos e até com facilidades de acessibilidade, para quem precisa, assim como diversas editoras que estão disponibilizando gratuitamente o acesso à diversas publicações.

Vamos ver se conseguimos tirar alguma vantagem dessa crise de saúde, nos dedicando mais à geração de conhecimento e à cultura. A literatura é enfática em dizer que de toda crise se tira lições, vantagens e benefícios, temos isso comprovado em vários momentos extremos em todo o planeta.

Se você ainda não pegou o vírus da leitura, ainda é tempo, aliás, todo tempo é tempo para essa "contaminação".

E você que já está "contaminado", quantos e quais livros já leu? Compartilhe! Vamos trocar ideias!

Cascão dá exemplo de higiene

Quem foi ou é leitor da Turma da Mônica sabe que o Cascão detesta tomar banho, higiene e limpeza em geral. Mas, nesse contexto de Coronavírus, a coisa é tão séria, que não tem distinção, até o Cascão dá exemplo, tem que lavar as mãos! 
A ordem é ninguém na contramão! 
Parabéns ao Maurício de Sousa pela iniciativa e contribuição.

Contra covid-19, Cascão da Turma da Mônica é ilustrado lavando as mãos 
Imagem: Reprodução/Twitter

sábado, 21 de março de 2020

Todo cuidado é pouco!

Nesse contexto de Corona*,
Que não é coisa boa,
Não se pega carona,
Nem de cara, nem de coroa.
Como ele veio à tona,
Melhor não ficar na proa,
Nem que seu bolso doa!
Vamos ficar de boa!

Nad
a de carona,
Nada de maratona,
Nada de zona!
Melhor solitário,
Do que em coma,
Não seja otário,
Do contrário,
Vamos todos à lona!

Todo cuidado é pouco!
Vamos cuidar e agir,
Ninguém é louco,
Nada de espirrar, nem tossir,
Nem ficar perto do outro.
Só admitir e transmitir,
Limpeza de fora a dentro.
Vai passar, vamos resistir!

AnaLu



*Sobre o Coronavírus



sexta-feira, 13 de março de 2020

Que bom ser lembrado!

Mais um Dia do Bibliotecário que passo na MRH. Mais uma vez fomos lembrados e carinhosamente enaltecidos, é  a MRH valorizando seus talentos.

quinta-feira, 12 de março de 2020

Bibliotecário, qual é a sua onda?

Nós, bibliotecários, atuamos em diversas áreas, exercendo diversas funções, desde a mais tradicional à mais inovadora, todas importantes e necessárias em cada contexto. O mercado vai se abrindo, se modificando e os bibliotecários vão encarando as novas frentes de trabalho. 

As oportunidades vão surgindo e na medida que isso acontece, vamos agarrando-as, como se estivéssemos surfando em uma onda. Tomando esse raciocínio, vamos dizer que nós, bibliotecários, "surfamos nas ondas": a onda das bibliotecas escolares, das bibliotecas universitárias, dos centros de documentação e informação, das editoras, das novas tecnologias, dos bancos de dados, das mídias sociais, e por aí vai... 

Onda no sentido de atuação, de identificação, de relacionamento, de pertencimento, de relação com a mesma atividade, para trocar experiências, ideias e se desenvolver individualmente, usando o coletivo. 

Então, nesse Dia do Bibliotecário, que tal surfar muito, aproximando-se de pessoas da mesma onda, para compartilhar ideias? Atuando em grupos podemos servir mais ao nosso público específico.

Texto com final modificado, a partir do original publicado no Mural Interativo do Bibliotecário, em 09/03/2020, por Ana Luiza Chaves.

domingo, 8 de março de 2020

Proximidade com o cliente

Palestra com Frederico Steiner, promovida pela MRH: "Costumer Centricity e Customer Experience". Perfeita! Muito proveitosa. Eu lá só pensando em como aplicar nos nossos negócios. E não é que surgiram ideias?


Alguns tópicos da fala do instrutor que captei, alguns já de conhecimento, mas, em função do contexto, surgiram novas leituras, outros, ainda não conhecidos, juntei tudo e comecei a trabalhar as ideias, com vistas à concretização.
  • Melhor valor para cliente é o tempo;
  • Em vez de foco no produto/venda, melhor servir ao cliente;
  • Em vez de foco no portfólio, melhor focar na carteira de clientes;
  • Estar em todos os momentos importantes da vida do cliente;
  • Cliente é o início de tudo, não o fim da linha;
  • Cliente é quem consume e quem compra;
  • Expressar e agir com paixão pelo cliente;
  • Em vez de ter, ser;
  • Promover ao cliente experiências sensoriais, emocionais, cognitivas, físicas e de identificação;
  • É necessário dar empoderamento para a linha de frente;
  • É fundamental ter profissionais que são capazes de resolver problemas sem a intervenção dos superiores;
  • A empresa deve se adequar à necessidade do cliente;
  • Todos devem sair do seu mindset e enxergar oportunidades.


Traduzindo tudo, devemos ter proximidade com o cliente. Mãos à obra!

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

Conhecimento em diferentes formas

Em livros, em documentos, em falas, em pensamentos; nas práticas, nas ciências, nas aulas ou nas experiências, dependendo do contexto, o conhecimento pode se apresentar em diferentes formas, mas a leitura é  sempre positiva.

Sabedoria popular, senso comum, conhecimento filosófico, histórico ou científico, lidamos com ele diariamente e, na maioria das vezes, não  percebemos que estamos compartilhando, ampliando ou modificando algo, que já podia estar estabelecido.


Foi assim desde sempre e continuará a ser, vemos a cada dia tudo acontecer, desde os tempos mais remotos, ainda no período Neolítico, o homem inventou a roda, que viria a simplificar por demais os esforços mecânicos humanos, sendo utilizada nas maquinarias pesadas e complexas nos dias de hoje.

Se pegarmos o período clássico da Grécia Antiga, vamos ao encontro da célebre frase de Sócrates "Só sei que nada sei", propagando ela, o filósofo tinha a intenção de conduzir as pessoas a perceberem o que não sabiam, seus desconhecimentos, daí a outra frase "Conhece-te a ti mesmo".

O conhecimento se apresenta em diferentes formas, nas tarefas diárias, lendo um livro, conversando com alguém, ou simplesmente navegando na internet. Nesse caso, se pararmos para irmos ao encontro do significado de tudo que nos deparamos e não conhecemos, estaremos ampliando o conhecimento e abrindo novas oportunidades.


Por isso, devemos correr atrás daquilo que não conhecemos. É difícil? Sim, mas é motivador, atraente e surpreendente, quando descobrimos e passamos a lidar com algo novo. 

E o bibliotecário pode contribuir com a intermediação dessa jornada, buscando a informação certa, para a pessoa certa, na hora certa, de forma que gere o conhecimento necessário e oportuno.

Evolução, progresso, inovação, conquistas e descobertas... E assim tu
do evolui e se transforma, que seja para o bem.

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020

Meu primeiro livrinho de história

"Bingo, o macaquinho" foi a minha primeira leitura na alfabetização, ganhei dos meus pais, em 1965. Feliz por tê-lo conseguido no Mercado Livre, pela Internet, pois o meu original não resistiu aos 55 anos que já se passaram.


Valeu muito a pena a aquisição, muitas recordações  voltaram à  mente e até tive a oportunidade de checar um trecho marcado na lembrança: 
_ "Um dia apareceu um caçador. Bingo não viu o caçador,  mas viu seu chapéu". Lembro-me, também, da viagem que fiz junto com Bingo pendurada aos balões coloridos, sobrevoando a cidade, sentindo o vento bater no rosto.

Além da lembrança da conquista da proficiência da leitura, o momento foi mágico, tanto pelo texto em si, como pelas imagens cheias de lembranças, que me fizeram transportar para a época, com direito a sensações sinestésicas de toda sorte.

Talvez hoje não fosse recomendado por não ser "politicamente correto", uma vez que Bingo sai do seu hábitat natural e vai parar em um jardim zoológico, apesar de na historinha ele ficar feliz da vida com a aventura da viagem.

Contextos a parte, o importante foi a leitura. O que um livro de história infantil proporciona a uma criança é por demais positivo e satisfatório ao seu desenvolvimento afetivo, social e cognitivo. Eu tive o privilégio de ter acesso aos livros muito cedo e com eles conquistei maravilhas.

quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

Quadrinhos, uma das primeiras leituras de todos nós

Quem já não passou pela leitura de história em quadrinhos? Na verdade, ela é, na maioria das vezes, a primeira leitura que fazemos na infância, mesmo que não seja a leitura no sentido literal da palavra, mas aquela leitura de imagens que aguçam a imaginação e a criatividade da criança. 

As histórias em quadrinhos são pequenas narrativas acompanhadas de uma sequência de quadros ilustrativos com imagens, contendo pequenos balões, onde são inseridas as conversas, interjeições e aqueles sons onomatopaicos bem característicos, que tanto animam e divertem. 

No passado, havia quem as condenasse argumentando que nada acrescentavam conhecimento, mas os objetivos das HQ vão além disso, pois conseguem interagir mais com o leitor envolvendo a sua imaginação.

Conhecer esse gênero textual é fundamental para a aproximação da leitura, pois todos os elementos estão ali bem próximos do leitor, movimentando-se a cada quadro, em uma dinâmica muito peculiar. 

Hoje, educadores estão convictos de que elas são indicadas para o desenvolvimento da criatividade, gerando arte e incentivando a leitura e a escrita.

Afora essa questão educacional, as histórias em quadrinhos divertem e são responsáveis pela geração de inúmeros personagens, dentre eles, os super-heróis, que se tornaram ídolos mundiais de crianças e adolescentes, tais como: Superman, Mulher Maravilha, Yellow Kid, Tarzan, Batman, Batgirl e Fantasma.

No Brasil, a primeira revista brasileira em quadrinhos em cores teve início com Ziraldo e seu personagem Pererê, com a Turma do Pererê. Mas foram “As Aventuras de Nhô-Quim ou Impressões de uma Viagem à Corte” a primeira história em quadrinhos publicada no Brasil, em 30.01.1869, de autoria do cartunista Angelo Agostini, razão pela comemoração do Dia do Quadrinho Nacional, neste dia de hoje.

Temos a maravilhosa Turma da Mônica, bem brasileira, criada pelo cartunista e empresário Mauricio de Sousa, que traz um rol de histórias envolvendo diversos personagens, cada um com uma personalidade bem peculiar, que encanta a todos nós. Quem não é fã da turma da Mônica?

sábado, 25 de janeiro de 2020

Representação escolar da Infância

O ano era 1964, a classe era o Jardim II do Colégio Christus, a Professora era a D. Fransquinha, e o registro escolar era o caderno de atividades efetuadas ao longo do período. Recordo-me que ela dizia: "Guardem esse álbum para vocês mostrem aos seus filhos!"

E eu, na minha pequena compreensão, sem noção de tempo e de como seria o amanhã, achava o conteúdo daquela fala improvável de ser realizado.


Mas, os anos foram se passando, e o álbum resistindo ao tempo, às intempéries do próprio papel, às mudanças de lugar, tanto dentro da casa, como de uma casa para outra, e até às peraltices dos filhos, sim, porque teve quem recortasse os desenhos. 

Nesse contexto, entre mortos e feridos o fato é que o álbum existe até hoje, ratificando a fala da D. Fransquinha nos idos do ano 64, completando já 55 anos, em 2019.

E eu, que já mostrei aos meus filhos, cumpri a missão, quem sabe eles passam adiante e o álbum resiste à próxima geração. Neste caso, em se tratando de Arquivística, é uma peça documental do fundo arquivístico da família, de guarda permanente.


domingo, 19 de janeiro de 2020

Parado, mas funcionando

Em visita técnica a trabalho efetuada junto ao Instituto de Saúde dos Servidores do Estado do Ceará (Issec), deparei-me com essa belezura de relógio de ponto, que apesar de estar parado, ainda funciona.

A servidora informou que, periodicamente, ele recebe, carinhosamente, corda mecânica, e assim vai se mantendo, preservando o patrimônio público histórico.

Uma peça e tanto!


sábado, 18 de janeiro de 2020

Foco, persistência, resiliência e resistência

Foco, persistência, resiliência e resistência, esta é a leitura que faço dessa imagem, nesse contexto perceptível de lição da natureza.

Na vida pessoal, na vida profissional, no convívio familiar e em sociedade, é fundamental esses quatro posicionamentos comportamentais, na medida em que as realidades são cada vez mais difíceis de se enfrentar no dia a dia, com caminhadas ingrimes, desafios constantes, imprevistos e falta de condições ideais.

Que tenhamos nesse ano que se incia as características desse pequeno arbusto, fincando suas raízes no mais puro concreto.


Foto de Altino Farias
31/12/2019